Casa Paroquial de Sanfins do Douro
| IPA.00026824 |
Portugal, Vila Real, Alijó, Sanfins do Douro |
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Casa paroquial construída no séc. 18, de planta em L invertida e grandes dimensões, com fachada principal de cunhais apilastrados, de três pisos, separados por friso, e terminada em friso e cornija, sendo rasgada no piso térreo por portal de verga recta, com moldura encimada por friso, frontão de lanços e brasão, entre três janelas de peitoril rectilíneas e nos pisos superiores por janelas de sacada, com guarda de ferro, no segundo piso de verga curva e no último rectilínea com friso e cornija. Na frontaria tem as armas dos arcebispos de Braga, os promotores da sua construção. As fachadas laterais de fenestração irregular, denotam já a ruína já de alguns corpos e a posterior tem amplo arco no piso térreo. A casa integrava-se no passal da igreja.
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Número IPA Antigo: PT011701120132 |
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Registo visualizado 380 vezes desde 27 Julho de 2011 |
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Edifício e estrutura Edifício Residencial unifamiliar Casa de função Casa paroquial
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Descrição
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Planta em L invertido, de volumes articulados e coberturas diferenciadas em telhados de quatro e uma água. Fachadas rebocadas e pintadas ou em alvenaria de pedra aparente. Fachada principal virada a S., rebocada e pintada de branco, percorrida de embasamento, de três pisos separados por friso, com cunhal direito de cantaria, mas ambos com esperas, e terminada em duplo friso e cornija sobreposta por beirada simples. No primeiro piso rasga-se, descentrado, portal de verga recta, ladeado de meias pilastras, com moldura terminada em cornija, encimada por friso e frontão de lanços sobrepujado por brasão com as armas dos arcebispos de Braga, já no segundo piso; lateralmente abrem-se três janelas rectilíneas de peitoril, com bandeira. No segundo e terceiro piso rasgam-se três janelas de sacada, com guarda em ferro, as primeiras de verga curva e as segundas rectilíneas, encimadas por friso e cornija recta. Fachada lateral esquerda de dois panos, o primeiro termina em beirada simples e com o piso térreo cego e formando ligeiro esbarro, o segundo rasgado por dois vãos rectangulares e o terceiro por duas portas transformadas em janelas de peitoril. O segundo pano, mais recuado e o pano perpendicular, possuem o primeiro piso irregularmente fenestrado, e nos outros dois abrem-se janelas de peitoril ou portas sobrepostas. Fachada posterior com o topo do L rasgado, no piso térreo, por amplo arco, o segundo por porta e pequeno janelo. Fachada lateral direita com pano de dois pisos, rasgado irregularmente por portas e janelas, duas delas jacentes e gradeadas, e um outro pano, marcado por duas pilastras e vãos em eixo e outros irregularmente dispostos. INTERIOR: a partir do vestíbulo, desenvolve-se escada de cantaria de ligação aos vários pisos, com dois braços. No primeiro piso conserva vestígios de ampla cozinha, com pavimento em cantaria, uma sala de jantar, uma outra espaçosa de recepção e mais outras duas. No segundo piso possui amplo salão ladeado, a E. por duas grandes salas e no último piso tem duas dependências com pavimento de tijolo. |
Acessos
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Sanfins do Douro, Avenida do Paço |
Protecção
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Inexistente |
Enquadramento
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Peri-urbano, isolado, no interior da povoação, adaptado ao declive acentuado do terreno, a O. da Igreja Paroquial, que se ergue numa plataforma sobrelevada à mesma, e cujo muro lateral de protecção se adossa à casa. Frontalmente, possui amplo adro, pavimentado a calçada e com canteiros arelvados pontuados de árvores. Junto a um dos panos da fachada lateral direita, consolidado, desenvolve jardim infantil, vedado por muro. |
Descrição Complementar
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Utilização Inicial
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Residencial: casa paroquial |
Utilização Actual
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Devoluto |
Propriedade
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Privada: Igreja Católica |
Afectação
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Sem afectação |
Época Construção
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Séc. 18 |
Arquitecto / Construtor / Autor
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Desconhecido. |
Cronologia
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1732 - segundo a tradição foi mandada edificar pelo Abade Dr. Francisco Xavier de Magalhães Feio de Azevedo; 1758, 20 Março - segundo o relato do padre Vicente Ferreira nas Memórias Paroquiais da freguesia, numa vinha pertencnete ao passal da igreja, no local chamado de Pontelhas, haviam aparecido várias pedras de cantaria lavradas "a escada", sendo umas de portais, outras eram colunas com os seus capitéis e tijolos lavrados de várias formas; apareceram ainda muitas medalhas, de cobre, sendo algumas do Imperador Constantino; séc. 19 / 20 - desanexação dos terrenos que constituíam o passal da igreja para a construção da Avenida do Paço, Campo de Futebol, Adega Cooperativa, Bairro Novo, e outros; séc. 20 - ocupada como depósito, capoeiras no 1º (parte), correios e Bombeiros. |
Dados Técnicos
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Sistema estrutural de portantes. |
Materiais
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Estrutura em alvenaria de granito, aparente ou rebocada e pintada; embasamento, frisos, cornijas, molduras dos vãos em cantaria de granito; portas de madeira; cobertura de telha. |
Bibliografia
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GRÁCIO, Joaquim, Monografia de Sanfins do Douro, Porto, 1990; CAPELA, José Viriato, BORRALHEIRO, Rogério, MATOS, Henrique, As Freguesias do Distrito de Vila Real nas Memórias Paroquiais de 1758. Memórias, História e Património, Braga, 2006. |
Documentação Gráfica
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Documentação Fotográfica
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DGPC: DGEMN:DSID |
Documentação Administrativa
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Intervenção Realizada
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Observações
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A Câmara manifestou desejo de comprar o edifício à Diocese de Vila Real, mas esta tem-se mostrado renitente. |
Autor e Data
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Paula Noé 2008 |
Actualização
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