Escola Primária de Abreiro / Escola Básica do 1.º Ciclo de Abreiros
| IPA.00026818 |
Portugal, Bragança, Mirandela, Abreiro |
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Arquitectura educativa, do século 20. Escola urbana do Plano dos Centenários, com quatro salas de aula gémeas, para dois sexos, do projecto-tipo Douro-granito, de Rogério de Azevedo, material visível na solução decorativa do portal de acesso, com arco de moldura côncava assente em plintos com volutas relevadas, vão curvo do piso superior, e outros elementos. Edifício de planta rectangular simples, com quatro salas de aula rectangulares, viradas a E., iluminadas por três amplos vãos, tendo, nos topos, vestíbulos, de onde partem as escadas de acesso ao piso superior, e com a acesso aos sanitários, dispostos transversalmente na fachada posterior, onde surge recreio coberto, suportado por pilares. No interior, as salas de aula conservam o arranjo frontal, com iluminação dominante unilateral da esquerda e impossibilidade de visualizar o exterior em posição sentada, com quadro no topo e salamandra para aquecimento. |
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Número IPA Antigo: PT010407020188 |
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Registo visualizado 122 vezes desde 27 Julho de 2011 |
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Edifício e estrutura Edifício Educativo Escola Escola primária Tipo plano dos Centenários
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Descrição
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Planta rectangular, com quatro amplas salas de aula, duas em cada um dos pisos, cada uma delas antecedida por vestíbulo situado nos extremos, e por recreio coberto na fachada posterior, cobrindo o corpo dos sanitários, rectangular, disposto perpendicularmente. Massa horizontal, de volumes escalonados com coberturas diferenciadas em telhados de duas águas, na escola, e de uma, no alpendre posterior. Fachadas rebocadas e pintadas de branco, percorridas por embasamento de cantaria e rematadas em cornija de betão e beirada simples. Fachada principal virada a E., com três panos apenas definidos pelos módulos dos vãos, os laterais rasgados por portal em arco de volta perfeita, de aduelas largas e moldura exterior saliente, assente, na zona inferior, em dois plintos de cantaria contendo volutas relevadas, com acesso por dois degraus ladeados por vaseiras de cantaria paralelepipédicas; no segundo piso, é encimado por vão estreito com perfil em arco de volta perfeita e moldura de capialço. No pano central, surgem duas salas de aula em cada um dos pisos, cada uma delas rasgada por três amplos vãos rectangulares, de igual dimensão, com caixilharia de madeira formando quadrícula, interligados por peitoril e envolvidas, a toda a volta, por moldura recta de cantaria, tendo nos nembos, silhares em cantaria fendida. Ao centro das janelas do piso superior, surge mísula de cantaria sustentando o mastro da bandeira, em ferro. Fachadas laterais semelhantes, terminadas em empena com cornija avançada, apresentando em cada um dos pisos da sala de aula, ampla cartela rectangular, pintada a cinzento claro, com os topos laterais curvos, integrando uma outra mais pequena, ornada de elemento fitomórfico relevado. A fachada posterior apresenta dois recreios cobertos, sustentados, cada um deles, por três pilares de cantaria, actualmente fechados por pano de muro e, superiormente, por grelhagem de cimento, em três fiadas; ao centro, possui marcado os panos correspondentes às instalações sanitárias, geminadas, dispostas perpendicularmente sob o alpendre, cada uma delas virando-se para a respectiva ala, e acedidos por porta a partir dos vestíbulos. Sobre a cobertura das salas de aula, erguem-se, ao centro, duas pequenas chaminés metálicas. INTERIOR rebocado e pintado, vestíbulos com portas de verga recta, uma de acesso ao alpendre posterior e outra de acesso às salas de aula, as quais têm nas paredes testeiras o quadro de lousa. |
Acessos
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Abreiro, EN 314. WGS84: 41º21'00.19''N., 7º17'43.34''O. |
Protecção
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Inexistente |
Enquadramento
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Urbano, isolado, no limite exterior da povoação, junto à estrada nacional que a atravessa e numa plataforma rebaixada relativamente à mesma. Insere-se num recreio descoberto, com pavimento de terra, pontuado de oliveiras, vedado por muro, desenvolvendo-se junto à fachada posterior campo de jogos, pavimentado a cantaria e vedado por rede. Nas imediações, ergue-se a Igreja Paroquial (v. PT010407020057) e, do outro lado da estrada, a Casa do Povo. Para lá da escola ficam campos de cultivo e serra. |
Descrição Complementar
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Utilização Inicial
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Educativa: escola primária |
Utilização Actual
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Educativa: escola básica |
Propriedade
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Pública: municipal |
Afectação
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Sem afectação |
Época Construção
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Séc. 20 |
Arquitecto / Construtor / Autor
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ARQUITECTO: Manuel Fernandes de Sá, autor do projecto-tipo. |
Cronologia
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1917, 11 Agosto - o Inspector do Círculo de Mirandela, Manuel Joaquim Manteigas, envia o mapa da vistoria que procedeu na escola feminina de Abreiro, ao Ministério da Instrução Pública; a escola ficava num compartimento, com 5 m de largura por 4,60 de comprimento e 2,50 de altura, com pavimento de madeira e uma janela virada a E., ficava na antiga residência paroquial, tendo habitação para o professor, com quatro compartimentos; no boletim de informação, diz-se que, relativamente a obras necessárias, era preciso demolir quase tudo e construir a armação de telhados, sobrados, abrir janelas e pintar; 1919, 17 Agosto - exposição do Inspector do Círculo Escolar de Mirandela expõe que a escola merecia a sua completa reprovação por não possuir as mínimas condições exigidas para o bom funcionamento das exercícios escolares e estar em completa ruína, podendo, contudo, fazer-se uma bonita casa de aula se recebesse subsídio de, pelo menos, 2.000$00, para adaptação do edifício; essas obras orçavam em 2.000$00; 1940, 17 Dezembro - no Orçamento Geral do Estado, no artigo n.º 1985, surgem designadas as escolas a construir como fazendo parte do Plano dos Centenários; 1941, 15 Julho - despacho do Conselho de Ministros a referir a existência de uma Comissão a trabalhar no desenvolvimento da rede escolar, definindo distribuição de verbas e o número de escolas a construir até 1951; 1943, início - publicação de um mapa final da rede escolar com o número de salas a construir por distrito, concelho e freguesia, sendo questionadas as Câmaras sobre acessos, materiais utilizados na região e sobre a qualidade e custos da mão-de-obra; 17 Setembro - a Direcção dos Monumentos do Norte apresentou, pelo seu arquitecto Manuel Fernandes de Sá, uma escola-tipo, cuja planta foi seguida noutras regiões, com dois tipos, de um só sexo ou geminadas, optando-se por seguir as tipologias do Alto Minho e tipo Douro de Rogério de Azevedo, nas escolas construídas na década de 30; 1940, década - época provável da construção da escola de Abreiro; séc. 20, 2ª metade - época provável do fecho do recreio coberto posterior. |
Dados Técnicos
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Sistema estrutural de paredes autónomas. |
Materiais
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Estrutura rebocada e pintada; placa de betão; molduras dos portais e vãos, pilares, mísula e outros elementos em cantaria de granito; portas e caixilharia de madeira; janelas e portas com vidros simples; mastro da bandeira em ferro; cobertura exterior em telha. |
Bibliografia
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BEJA, Filomena, SERRA, Júlia, MACHÁS, Estella, SALDANHA, Isabel, Muitos Anos de Escolas, Edifícios para o ensino infantil e primário até 1941, vol. 1, Lisboa, 1987; SILVA, Carlos Miguel de Jesus Manique da Silva, Escolas Belas ou Espaços São? Uma análise histórica sobre a arquitectura escolar portuguesa (1860 - 1920), (Dissertação de Mestrado), Lisboa, 2000. |
Documentação Gráfica
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Documentação Fotográfica
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DGEMN:DSID |
Documentação Administrativa
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DGEMN:DREMN (DGEMN:DREMN-0654/04) |
Intervenção Realizada
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Observações
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Autor e Data
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Paula Noé 2009 |
Actualização
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