Mosteiro de São Pedro / Mosteiro de Folques
| IPA.00002675 |
Portugal, Coimbra, Arganil, Folques |
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Mosteiro masculino da Ordem dos Cónegos Regrantes de Santo Agostinho, de que susbsistem alguns elementos medievais, como a torre sineira e o claustro primitivo, datados dos séc. 15 - 16, enquadrados em edifício do tipo seiscentista, equilibrado; existe ums egundo claustro do séc. 18; ala S. e fachada são remodelações do séc. 19, bem como, o lagar. De realçar os retábulos setecentistas em madeira, o púlpito com mísula manuelina, a pia de água benta, também manuelina, com a taça estriada obliquamente e várias esculturas em pedra e madeira. |
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Número IPA Antigo: PT020601090011 |
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Edifício e estrutura Edifício Religioso Convento / Mosteiro Mosteiro masculino Ordem dos Cónegos Regrantes de Santo Agostinho
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Descrição
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Composto pela igreja e zona monacal, de igreja com planta simples regular longitudinal. Igreja de volumes simples dispostos longitudinalmente apresenta nave única com capela - mor quadrangular, ligeiramente escalonada em altura e em largura. Cobertura diferenciada para cada corpo da igreja, em telhados de 2 águas. Fachada principal orientada a 0. com embasamento em pedra, onde se inserem 2 degraus de acesso ao portal, composta por um único pano limitado pelas pilastras nos cunhais. Apresenta dois pisos, marcados pela presença do portal e do óculo de perfil octogonal moldurado. O remate da fachada que é em cornija, segue a forma da empena do telhado e sobe sobre as pilastras dos cunhais é coroada por coruchéus piramidais coroados por bolas. O portal apresenta molduração simples em arco abatido e frontão semicurvo e interrompido tendo a meio as armas de São Pedro, com as 3 chaves, o amito e as duas chaves dispostas em aspa. À direita, a torre moderna com elemento reaproveitado. O alçado N. apresenta embasamento corrido, pano único flanqueado por cunhais em cantaria. A cerca de 1 / 3 do alçado abre-se porta singela, de verga recta e emolduração tradicional. Aquele possui 2 registos marcados unicamente pela linha de implantação da fenestração, 2 janelas de verga em arco rebaixado, profundamente reentrantes na estrutura murária. Capela - mor de idêntica organização de alçado tem janela de verga recta. O alçado oposto tem organização idêntica embora adossado ao claustro e à sacristia, adossada por sua vez à capela - mor. Interior de espaço único composto pela nave e capela - mor ligeiramente mais baixa é iluminado por 6 janelas, 4 na nave e 2 na ousia. Coro alto assente em 2 colunas. Apresenta 2 altares junto ao arco triunfal. Na capela - mor porta permite acesso à sacristia. Os tectos da nave são apainelados. A parte mais antiga da zona monacal organiza-se tendo por eixo os 2 claustros, instalação ao Cinterbei. A zona mais antiga compreende o claustro encostado à igreja que apresenta alguns lanços manuelinos, com dois registos de arcaria singela no primeiro e colunas no segundo. Para E. existe outro claustro com comunicação directa para o exterior, arcaria singela no primeiro registo e alas habitadas. |
Acessos
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Folques, EM Arganil - Fajão |
Protecção
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Categoria: IIP - Imóvel de Interesse Público, Decreto n.º 5/2002, DR, 1ª série-B, nº 42 de 19 fevereiro 2002 *1 |
Enquadramento
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Rural, integrado em vasta quinta agrícola explorada pelo Centro de Formação Profissional lnterempresas da Beira Serra (Cinterbei), encontra-se num vale junto à ribeira de Folques. |
Descrição Complementar
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Utilização Inicial
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Religiosa: mosteiro masculino |
Utilização Actual
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Religiosa: igreja / Educativa: escola de ensino especial |
Propriedade
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Pública: municipal |
Afectação
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Época Construção
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Séc. 10 / 15 / 16 / 17 / 18 / 19 / 20 |
Arquitecto / Construtor / Autor
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Cronologia
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1086 - carta de doação a Vermudo Peiagii e a Elvira Draiz de terras em Arganil para a fundação do mosteiro de São Pedro; 1190 - autorização do Bispo de Coimbra para transferência do Mosteiro para Folques; 1566 - sentença a favor da Coroa contra Luis Carneiro que dizia ter a posse do Mosteiro; 1595, 23 Maio - anexação, com o aval do Papa Clemente VIII, à congregação dos Cónegos regrantes de Santa Cruz de Coimbra; 1598, 18 de Setembro - Alvará concedido por D. Filipe I, assinado em Lisboa, concedendo ao licenciado Ambrózio de Andrade 400 reis para realizar o tombo de todos os bens do Mosteiro; 1616, 29 de Janeiro - Breve de Paulo V a permitir anexação perpétua das rendas do Mosteiro de São Pedro de Folques ao colégio da Sapiência da Congregação de Santa Cruz de Coimbra, 1620 - anexação defenitiva ao Colégio Universitário de Santo Agostinho; 1760 - datação do claustro inferior; 1834 - inventário dos bens do mosteiro; 1850 (antes de) - Após a extinção das Ordens Religiosas passa à posse da Marquesa de Valada, que o utilizou como habitação; a igreja torna-se paroquial; 1850 - Mosteiro vendido nesta data a Manuel Jorge de Carvalho e Sousa; 1850 (depois de) - Mosteiro vendido a Manuel da Costa Ventura que o legou ao filho Dr. José Albano da Costa Ventura Matoso da Câmara, secretário da Academia de Belas Artes de Lisboa; Séc. 20 - Vendido ao Doutor Abel de Andrade, passa mais tarde para o Doutor Abel de Andrade Júnior; 1979 - Após a morte deste, a Câmara Municipal acorda com os herdeiros a compra do complexo; 1995 - efctua-se a compra por 8 000 contos; partir dessa data o espaço passa a ser gerido por 3 entidades: Câmara Municipal, Instituto de Emprego e Formação Profissional e Associação de Empresas da Agricultura, Comércio e Indústria da Beira Serra (Acibeira) que por decisão conjunta deram corpo ao Centro de Formação Profissional para o Sector lnterempresas da Beira Serra (Cinterbei); 2000, Setembro - Câmara Municipal de Arganil inicia processo de venda do mosteiro gerando vivos protestos na região, passando a ser propriedade do estado se a venda for efectuada. |
Dados Técnicos
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Sistema estrutural de paredes portantes. |
Materiais
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Pedra, alvenaria, madeira, vidro, telha |
Bibliografia
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ABRANCHES, J, Santo, Summa do Bullario Portuguez, Coimbra, 1895; CARDOSO, Jorge, Agiológio Lusitano, Lisboa, 1657; GONÇALVES, Nogueira, A., CORREIA, Virgílio, Inventário Artístico de Portugal, Lisboa, 1953; ENCARNAÇÃO, Tomás da, História Ecclesiae Lusitanae, Coimbra, 1760; Jornal Correio da Manhã, Lisboa, 30 Setembro 2000, p.13; Jornal Comércio do Porto, Porto, 4 Setembro2000, p.10; Jornal de Notícias, Porto, 11 Setembro2000, p.32; SANTA MARIA, Frei Nicolau, Chrónica dos Conegos Regrantes de Santo Agostinho, s. I., 1699; Epílogo das Heróicas Virtudes de São Goidrofe, s. I., 1758; SANTA MARIA, Padre Francisco de, O Céu aberto na Terra, Lisboa, 1697; SANTOS, A. Cid, Um desconhecido processo respeitante a São Goldrofe, in A Comarca de Arganil, Arganil, 1947; http://www.patrimoniocultural.pt/pt/patrimonio/patrimonio-imovel/pesquisa-do-patrimonio/classificado-ou-em-vias-de-classificacao/geral/view/73266 [consultado em 11 agosto 2016]. |
Documentação Gráfica
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Documentação Fotográfica
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IHRU: DGEMN/DSID |
Documentação Administrativa
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Intervenção Realizada
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Cinterbei: 1985 - intervenção de restauro e conservação; 2015 / 2016 - restaruo de peças pelos alunos do Cearte - Centro de Formação Profissional do Artesanato. |
Observações
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*1 - DOF: Mosteiro de Folques, recheio artístico e quinta. |
Autor e Data
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João Cravo 1994 / Maria Bonina / Fernando Grilo 1996 |
Actualização
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