Igreja Paroquial de Outeiro / Igreja de Nossa Senhora da Assunção
| IPA.00002661 |
Portugal, Bragança, Bragança, Outeiro |
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Arquitectura religiosa, vernácula. Igreja paroquial de planta longitudinal composta por nave, capela-mor, sacristia, alpendre e campanário de sineira dupla adossados. Portal principal em arco de volta perfeita, moldurado pelas respectivas aduelas. Interior com coberturas diferenciadas de madeira, em masseira na nave e em abóbada de berço abatido na capela-mor. Junto à parede fundeira, pia baptismal, no lado do Evangelho, surgindo o púlpito igualmente deste lado. Retábulo-mor de talha dourada do estilo nacional, sobre supedâneo. |
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Número IPA Antigo: PT010402260028 |
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Registo visualizado 512 vezes desde 27 Julho de 2011 |
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Edifício e estrutura Edifício Religioso Templo Igreja paroquial
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Descrição
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Planta rectangular transversal com eixo longitudinal interno, composta por nave, capela-mor, sacristia adossada à face posterior, pequeno alpendre na principal e campanário no lado esquerdo. Volumes de disposição horizontalista, cortada pela verticalidade do campanário, com coberturas diferenciadas de uma (sacristia e alpendre) e duas águas. Fachadas rebocadas e pintadas de branco, excepto o campanário, em xisto aparente, percorridas por embasamento pintado de cinzento e remate em cornija de betão e beiral. Fachada principal voltada a S., com portal em arco de volta perfeita moldurado pelas aduelas que o compõem, situado no volume da nave e antecedido por alpendre com trave de madeira assentes em duas colunas de fuste liso e bases distintas, a direita paralelepipédica e a esquerda, de maiores dimensões, cilíndrica; do lado direito, placa de mármore com inscrição. No volume da nave, fenestração rectangular moldurada e gradeada e, no da capela-mor, janela com o mesmo perfil. Os dois volumes são marcados por pequeno contraforte. Fachada lateral esquerda, virada a O., é dominada pelo campanário, revestido a cimento na face posterior, com estrutura compacta, acesso por escadaria, remate em empena, com peanha sustentando cruz latina pétrea no vértice, sobre dois vãos de perfil curvo, que constituem as sineiras. Fachada lateral direita, virada a E., é cega na cabeceira, delimitada por cunhais perpianhos. Fachada posterior é vazada no volume da sacristia por dois vãos rectangulares de modinaturas graníticas, correspondentes a uma janela gradeada e uma porta, sendo cega e com remate em empena com cruz no vértice na capela-mor. INTERIOR com paredes rebocadas e pintadas de branco, cobertura de madeira em masseira e pavimento em tijoleira. É visível, na parede fundeira, um pequeno lanço de degraus através do qual se obteria acesso ao templo e que constituía a primitiva entrada; junto a estes, surge, sobre um degrau, a pia baptismal em granito, de pé curto e bacia gomeada no exterior. Púlpito quadrangular com guarda de ferro e bacia assente em consola relevada na face frontal, ambos de granito, tal como a escada de acesso, igualmente adossada ao pano murário. Do lado da Epístola, o portal com perfil em arco abatido, ladeado por pia de água-benta em granito, com pé curto e bacia generosa, apresentando vestígios de relevo na superfície exterior. Confrontantes, dois retábulos de talha policromada e dourada, ambos dedicados à Virgem. Arco triunfal de volta perfeita, com moldura de granito formando arquivolta, assente em impostas salientes, acede à capela-mor, com eixo distorcido relativamente à parede, com paredes rebocadas e pintadas de branco com rodapé de vermelho, cobertura em falsa abóbada de berço em madeira e pavimento idêntico ao da nave, embora interrompido pelos degraus de granito que formam o supedâneo. No lado do Evangelho, é visível o primitivo púlpito, em balaustrada torneada e com atril incorporado. A parede testeira é constituída por blocos de xisto colocados em aparelho ciclópico, com as juntas pintadas de branco, tendo, ao centro, retábulo-mor de talha dourada e policromada, de planta recta e um eixo composto por tribuna circunscrita por duas colunas torsas com pâmpanos e três pilastras, decoradas com acantos, as exteriores suportadas por pequenos atlantes, as quais se prolongam em quatro arquivoltas, a central torsa, unidas no sentido do raio, formando o ático. Altar paralelepipédico com o frontal decorado por cartela, anjos e acantos. |
Acessos
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Outeiro, Rua da Igreja; Rua de Nossa Senhora da Assunção |
Protecção
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Categoria: IM - Interesse Municipal, Decreto nº 67/97, DR, 1.ª série-B, n.º 301 de 31 dezembro 1997 |
Enquadramento
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Peri-urbano, numa planície isolado e destacado do aglomerado primitivo, mas tendo nas imediações algumas casas de um e dois pisos e algo degradadas e rodeado por várias oliveiras. O imóvel está parcialmente delimitado por muro de xisto que arranca da sacristia, sendo logo interrompido por portão de ferro, e contorna a cabeceira, definindo pequena área correspondente ao cemitério, disposto ao longa da fachada S., e terminando na linha da fachada O., onde se encontra um portão de ferro. |
Descrição Complementar
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Retábulos laterais são semelhantes, de planta recta e um eixo com mísula central, ladeado por quatro pilastras e duas colunas, as da estrutura do Evangelho torsas com falsa espira e a oposta decorada por concheados, assentes em anjos atlantes e prolongando-se em três arquivoltas decoradas e as exteriores do lado do Evangelho unidas no sentido do raio, com sanefas e lambrequins. Ambos têm altar paralelepipédico, de frontal pintado a imitar adamascados e com sanefa de franja. O do lado do Evangelho possui sacrário na base, ladeado por anjos e encimado por querubins. Na fachada S., a inscrição: "A MATRIZ DE NOSSA SENHORA DA ASSUNÇÃO DO OUTEIRO FOI TOTALMENTE RESTAURADA PELO POVO DA FREGUESIA EM 1980-1984"". |
Utilização Inicial
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Religiosa: igreja paroquial |
Utilização Actual
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Religiosa: igreja paroquial |
Propriedade
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Privada: Igreja Católica (Diocese de Bragança - Miranda) |
Afectação
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Sem afectação |
Época Construção
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Séc. 13 (conjectural) / 17 / 20 |
Arquitecto / Construtor / Autor
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Desconhecido. |
Cronologia
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Séc. 13 - fundação da povoação de Outeiro, então designada Outeiro de Miranda - topónimo que perduraria até ao séc. 16; por ordem de D. Dinis, no contexto da entrada da rainha Isabel em Portugal, ocorrida próximo de Quintanilha; na sequência, provável construção do imóvel; 1258 - a vila e a igreja pertenciam ao Mosteiro de Castro de Avelãs; 1297 - referência ao Outeiro nas Inquirições; 1319, 19 Março - doação régia da aldeia a D. João Afonso, filho de D. Dinis e seu alferes-mor; 1355, 28 Agosto - pedido dos moradores para elevar a povoação a vila, pressupondo um aumento da sua população; 1509, cerca - no desenho da fortaleza, de Duarte de Armas, representação da igreja no mesmo local que a actual, a cabeceira de menores dimensões, com coberturas diferenciadas a duas águas e com cruz latina nos vértices das empenas; 1514, 11 Novembro - concessão de foral a Outeiro de Miranda, por D. Manuel I; séc. 17 - obras no portal e provável execução do campanário; feitura do retábulo-mor; 1706 - segundo o Padre Carvalho da Costa a povoação é da Casa de Bragança; séc. 20 - construção do alpendre, com reaproveitamento de materiais; 1980 - 1984 - obras profundas, levadas a cabo pela população. |
Dados Técnicos
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Sistema estrutural de paredes portantes. |
Materiais
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Granito na estrutura, com reboco, molduras, cunhais, cruzes, degraus do supedâneo da capela-mor, base do púlpito, mísula da nave, pias de água-benta e baptismal; xisto no campanário; cimento nas juntas; madeira nas portas, estruturas retabulares e imaginária; imaginária em gesso; pavimento cerâmico, telha de aba e canudo; vidro simples nas janelas; ferro na guarda do púlpito. |
Bibliografia
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AFONSO, Ana Maria, O Tombo do Mosteiro de São Salvador de Castro de Avelãs de 1501 - 1514, um Património monástico no dealbar da Idade Moderna, [dissertação na Universidade do Minho], Braga, 2000; ALVES, Francisco Manuel, Memórias arqueológico-históricas do distrito de Bragança, 2.ª ed., 11 vols., Bragança, 1981 - 1982; AZEVEDO, José Correia de, Inventário artístico ilustrado de Portugal. Trás-os-Montes e Alto Douro, Algés, 1991; COSTA, António Carvalho da (Padre), Corografia Portugueza..., Lisboa, Valentim da Costa Deslandes, 1706, tomo I; Dicionário enciclopédico das freguesias, 3.º vol., Matosinhos, 1997, pp. 39-41; FELGUEIRAS, Francisco, Monografias bragançanas. Outeiro. in Separata de Amigos de Bragança, Bragança, s.d.; GARRIDO, César, Outeiro. Apontamento monográfico, Brigantia, vol. 1, n.º 1, Bragança, Abril - Junho 1981, pp. 109-119; Guia de Portugal. Trás-os-Montes e Alto Douro, 3.ª ed., tomo II, vol. V, Lisboa, 1995; http://www.patrimoniocultural.pt/pt/patrimonio/patrimonio-imovel/pesquisa-do-patrimonio/classificado-ou-em-vias-de-classificacao/geral/view/70720 [consultado em 14 julho 2016]. |
Documentação Gráfica
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DGPC: DGEMN:DSID |
Documentação Fotográfica
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DGPC: DGEMN:DSID |
Documentação Administrativa
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DGPC: DGEMN:DSID |
Intervenção Realizada
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População local: 1980 / 1981 / 1982 / 1983 / 1984 - recuperação das fachadas S. e E., bem como da cobertura; reparação de rebocos exteriores e interiores e de pavimentos, com rebaixamento do mesmo no interior. |
Observações
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Autor e Data
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Ernesto Jana 1994 / Marisa Costa 2001 |
Actualização
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