Casa da Rua D. Duarte / Paço da Torre

IPA.00002564
Portugal, Viseu, Viseu, União das freguesias de Viseu
 
Arquitectura residencial, trecentista e manuelina. Torre medeival, siglada, inserida em via estreita e comprida, de massa simples com acentuada disposição verticalista. Pano murário em cantaria, empena recta com cornija. Janela geminada, com moldura decorativa manuelina.
Número IPA Antigo: PT021823240003
 
Registo visualizado 1063 vezes desde 27 Julho de 2011
 
   
   

Registo

 
Edifício e estrutura  Edifício  Residencial senhorial  Casa nobre  Casa nobre  

Descrição

Planta rectangular, massa simples de acentuada verticalidade com cobertura em telhado de duas águas assente em empena recta. Fachada definindo três pisos, sendo o primeiro cego. No segundo, uma janela geminada, bipartida por um colunelo cilíndrico, emoldurada por calabres torcidos e arcos policêntricos, com grossos toros que partem do topo do mainel e caem de ambos os lados combinados com o exterior das vergas, com decoração vegetalista e Brasão de Armas do cónego Pedro Gomes de Abreu *2. O terceiro piso é rasgado por duas janelas polilobadas, de guilhotina.

Acessos

Rua D. Duarte, Rua do Comércio, n.º 86 *1. WGS84 (graus decimais) lat.: 40,658857, long.: -7,911789

Protecção

Categoria: MN - Monumento Nacional, Decreto de 16-06-1910, DG, 1.ª série, n.º 136 de 23 junho 1910

Enquadramento

Urbano, situa-se em via de declive relativamente acentuado, adossado a outros edifícios.

Descrição Complementar

Utilização Inicial

Residencial: casa nobre

Utilização Actual

Residencial: casa

Propriedade

Privada: pessoa singular

Afectação

Sem afectação

Época Construção

Séc. 14 (conjectural) / 16

Arquitecto / Construtor / Autor

Desconhecido.

Cronologia

Séc. 14 - construção do imóvel, que pertencia ao Ducado e Senhorio de Viseu; 1391 - segundo a tradição terá nascido no local o rei D. Duarte; 1460 - morte do Infante D. Henrique, duque de Viseu, passando a casa para a posse do Cabido da Sé; 1476 - emprazado pelo Cabido a Antão Gomes de Abreu ( irmão do bispo, D. João Gomes de Abreu ), fidalgo da Casa Real e a sua mulher Isabel Soares de Melo *3, Senhores de Santo Estêvão de Travaços; 1500 - renovação do emprazamento ao filho do anterior, Pedro Gomes de Abreu *4, que ordena a abertura da janela geminada manuelina, ao qual sucedeu o filho, Diogo Soares de Melo e Abreu *5.

Dados Técnicos

Paredes autoportantes.

Materiais

Granito, cantaria.

Bibliografia

MOREIRA, F. de Almeida, Imagens de Viseu, Porto, 1937; Guia de Portugal, Dir. Raúl Proença, 2ª. Ed., III Vol., Beira - II Beira Baixa e Beira Alta, Lisboa; AZEVEDO, Correia de, Arte Monumental Portuguesa, vol. IV, Porto, 1975; Tesouros Artísticos de Portugal, Dir. José António Ferreira de Almeida, Lisboa, 1980; CORREIA, Alberto, Viseu, Lisboa, 1989.

Documentação Gráfica

Documentação Fotográfica

IHRU: DGEMN/DSID

Documentação Administrativa

Intervenção Realizada

Observações

*1 - o acesso ao edifício faz-se por imóvel incaracterístico na Rua do Comércio, n.º 86. *2 - brasão esquartelado de Abreu e Soares de Albergaria. *3 - esta era filha de Fernão Soares da Albergaria, senhor da Vila do Prado, em Braga e de D. Isabel de Melo, a qual, já viúva, também habitou no edifício. *4 - este foi cónego da Sé, capelão-fidalgo da Casa Real e detinha o cargo de protonotário do bispado de Viseu ( 1521 - 1550 ), sendo doutorado em Cânones em Salamanca. *5 - foi escrivão do Auditório Eclesiástico do bispado de Viseu.

Autor e Data

João Carvalho 1996

Actualização

Paula Figueiredo 2001
 
 
 
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