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Edifício e estrutura Edifício Religioso Convento / Mosteiro Mosteiro feminino
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Descrição
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| De planta composta organizada em torno de um pátio rectangular em alas rectangulares cobertas por telhados a 2 águas articuladas nos ângulos, o edifício apresenta uma volumetria marcada pela presença do zimbório octogonal que se eleva sobre o cruzeiro da igreja, adossada à ala O.. No conjunto, a ala E. prolonga-se para além do seu encontro com a ala S., formando com esta um L enquadrando um pátio ajardinado, pelo qual se efectua o acesso. Os alçados das alas S. e E., desenvolvidos em 2 pisos, apresentam-se ritmados pela abertura de 11 e de 12 vãos, respectivamente, sendo rematados por beirado a S. e platibanda a E.. A igreja, planimetricamente organizada em cruz latina, apresenta uma volumetria escalonada, coberta por telhados a 2 e 3 águas, destacando-se a cobertura piramidal sobre o alto tambor octogonal cujas faces são rasgadas por janelas iluminantes. O alçado principal, a S., encontra-se dividido por pilastras de cantaria em 3 panos, vendo-se no central a porta, de verga recta encimada por frontão curvo e sobrepujada por janelão. Nos panos laterais são visíveis 2 janelas sobrepostas a eixo. O conjunto é lateralmente delimitado por cunhais de cantaria e superiormente por frontão triangular no qual se inscreve um motivo decorativo relevado em estuque alusivo aos emblemas iconográficos do fundador da ordem (São Francisco de Sales). No interior, iluminado pelos vãos do tambor, da fachada principal e por 2 janelas abertas no muro O. da nave, notam-se as paredes decoradas com marmoreados e destaca-se o coro-alto sustentado por três arcos, que se repetem na parte superior, no mesmo alinhamento de colunas, não apresentando os altares motivos de interesse. As abóbodas da nave central e transversal e a cúpula do transepto são pintadas a têmpera, em trompe l'oeil, imitando relevos em estuque. |
Acessos
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| Rua Alexandre Sá Pinto, n.º 26 |
Protecção
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| Em vias de classificação (Homologado como IM - Interesse Municipal, Despacho de 22 outubro 1996 do Ministro da Cultura) / Incluído na Zona Especial de Proteção conjunta da Capela de Santo Amaro (v. IPA.00006224), Palácio Burnay (v. IPA.00006535), Salão Pompeia (v. IPA.00006536) e Casa Nobre de Lázaro Leitão Aranha (v. IPA.00006221) |
Enquadramento
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| Urbano, destacado, parcialmente isolado por jardim murado. a N., a Escola Secundária Marquês de Pombal (v. PT031106321039) e, a SE., os terrenos da Casa Nobre de Lázaro Leitão Aranha / Universidade Lusíada (v. PT031106320161). |
Descrição Complementar
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| No restante conjunto edificado, apenas nos corredores de acesso ao refeitório e na portaria (localizada na ala E.) se observam alguns silhares de azulejos do início do séc. 19. |
Utilização Inicial
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| Religiosa: mosteiro feminino |
Utilização Actual
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| Educativa: colégio |
Propriedade
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| Pública: estatal |
Afectação
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| Casa Pia de Lisboa |
Época Construção
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| Séc. 18 / 19 |
Arquitecto / Construtor / Autor
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| PINTOR: António Manuel da Fonseca (1850). |
Cronologia
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| 1714 - fundação, por acção do Pe. Teodoro de Almeida, do convento de religiosas salésias (braço feminino da ordem instituída por São Francisco de Sales), sob a invocação de Nossa Senhora da Visitação; 1782 - chegam de França 5 freiras, destinadas ao convento da Junqueira, ficando instaladas no Recolhimento da Encarnação (v. PT031106240182), enquanto se iniciam as obras de construção do primitivo convento, o qual era dotado de uma diminuta capela; 1792 - já se denominava Rua das Freiras de Nossa Senhora da Visitação aquela em que se procedia à edificação do convento; 1833 - início da construção da actual igreja; segundo Luís Gonzaga Pereira, a igreja é pequena e está a ser construída uma nova, toda pintada a escaiola, sendo semelhante às Igrejas de São Pedro de Alcântara e do Socorro; 1846 - é dada por concluída a obra do convento, entrando nele as religiosas; 1846 - inauguração da nova igreja conventual; 1850 - pintura de uma Visitação para o retábulo-mor, por António Manuel da Fonseca; 1897, 24 agosto - inventário do espólio do convento, após o falecimento da última freira, tendo algumas obras ingressado no Museu Nacional de Arte contemporânea; 1910 - a implantação da República implica a cessação da actividade docente das freiras, no contexto da Associação de Beneficência de São Francisco de Sales, a funcionar no convento; 1914 - leilão do recheio do convento, entretanto extinto; 1927 - instalação no edifício do Refúgio e Casas de Trabalho, que mais tarde se converte no Asilo Nun' Álvares; 1940 - a antiga cerca conventual é transformada em campo de jogos do clube Os Belenenses. |
Dados Técnicos
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| Paredes autoportantes |
Materiais
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| Alvenaria mista, reboco pintado, cantaria de calcário, mármore, estuque, azulejos |
Bibliografia
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| PEREIRA, Luís Gonzaga - Monumentos Sacros de Lisboa em 1833. Lisboa: Oficinas Gráficas da Biblioteca Nacional, 1927; ARAÚJO, Norberto de, Peregrinações em Lisboa, Livro 9, Lisboa, s.d.; SANCHES, José Dias, Belém e Arredores Através dos Tempos, Lisboa, 1940; Ministério das Obras Públicas, Relatório da Actividade do Ministério no ano de 1954, Lisboa, 1955; SANCHES, José Dias, Belém do Passado e do Presente, Lisboa, 1970; FERREIRA, Fátima, DIAS, Francisco S., CARVALHO, José S., PEREIRA, Nuno Teotónio, PONTE, Teresa N. da, Guia Urbanístico e Arquitectónico de Lisboa, Lisboa, 1987; ATAÍDE, M. Maia, (dir. de), Monumentos e Edifícios Notáveis do Distrito de Lisboa, Lisboa - Tomo III, Lisboa, 1988; CAEIRO, Baltazar Matos, Os Conventos de Lisboa, Lisboa, 1989; FREITAS, Eduardo de, CALADO; Maria, FERREIRA, Vítor Matias, Lisboa. Freguesia de Belém, Lisboa, 1993; COSTA, Vítor - «Uma obra desconhecida. A Visitação de António Manuel da Fonseca» in Invenire - Revista de Bens Culturais da Igreja. Lisboa: Secretariado Nacional para os Bens Culturais da Igreja, julho - dezembro 2013, n.º 7, pp. 48-54. |
Documentação Gráfica
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| IHRU: DGEMN/DRMLisboa, DGEMN/DRELisboa/DRC/DIE/DEM, DGEMN/DSARH |
Documentação Fotográfica
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| IHRU: DGEMN/DSID, DGEMN/DSARH |
Documentação Administrativa
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| IHRU: DGEMN/DSID, DGEMN/DSARH; CML: Arquivo de Obras, Pº Nº 13.305 |
Intervenção Realizada
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| DGEMN: 1954 - realização de diversas obras de conservação e reparação, pela Direcção dos Serviços de Construção e Conservação; 1995 - recuperação da igreja, designadamente substituição da cobertura. |
Observações
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Autor e Data
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| Teresa Vale e Carlos Gomes 1995 |
Actualização
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