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Edifício e estrutura Edifício Religioso Templo Igreja paroquial
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Descrição
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Edifício simples de estilo barroco, mandado erigir pela comunidade piscatória, a que as famílias dos pescadores recorrem em momentos de necessidade. A fachada apresenta uma torre sineira lateral de grandes dimensões. Na fachada tardoz da igreja encontra-se adossado um farol. No corpo do farol encontra-se uma imagem de Nossa Senhora da Lapa bem como um painel azulejar evocativo de uma tragédia que aconteceu aos pescadores perto do local. A sua lanterna é uma réplica em betão da original. Este farol substituiu o antigo Facho da Atalaia da Ordenança, uma pequena estrutura de metal montada junto ao lado sul do templo. Foi construído pela Real Irmandade de Nossa Senhora da Assunção e colocado no templo devido à grande devoção que os poveiros tinham por esta igreja. Actualmente encontra-se desactivado. |
Acessos
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N13; Rua Almirante Reis; Rua Pereira Azurar; Rua da Caverneira |
Protecção
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Inexistente |
Enquadramento
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Urbano, isolado, fronteiro ao mar. |
Descrição Complementar
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EPIGRAFIA: no corpo do farol encontra-se um painel azulejar com a inscrição "27 DE FEVEREIRO / 1892 / 27 DE FEVEREIRO / 1992/ SUPPLICA/NO DIA 27 DE FEVEREIRO, 1982 / Um medonho e terrivel temporal se desencadeiou na nossa costa, apanhando toda / a pescaria da POVOA DE VARZIM no meio do mar, e, / accessando-a ceifou 105 pescadores que a dois passos da terra morreram no / meio das vagas encapelladas e cyclopicas. Pede-se às almas boas e generozas que, / pelo eterno descanço DAS ALMAS D'ESSES POBRES MARTYRES do trabalho, rezem um / PADRE NOSSO E AVE-MARIA / para que ellas peçam a Deus Nosso Senhor por todas aquellas caritativas / pessoas que de tao boa vontade deram suas esmolas para suavizar os horrores / da fome e da miseria, a viuvez e a orphandade desprotegida. / Ficou a Povoa de lucto, / Pelo horror da tempestade, / Mas caiu do ceu um fructo, / Balsamo e Amor - CARIDADE! / Quando a gente, suspirosa, / Chorava com tanta dor, / Bendizia, lacrimosa, / Esse fructo do Senhor. / Que Jesus cubra de bençãos, / Quem suas esmolas deu; / E a todos esses christãos, / Lhes dê um lugar no céu. |
Utilização Inicial
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Religiosa: igreja paroquial |
Utilização Actual
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Religiosa: igreja paroquial |
Propriedade
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Privada: Igreja Católica (Diocese de Braga) |
Afectação
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Época Construção
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Séc. 19 |
Arquitecto / Construtor / Autor
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Cronologia
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Séc. 16 - primeira referência ao sinal luminoso da vila; 1582 - construção da Ermida de São Roque no largo de São Roque; 1762 - a Confraria de Nossa Senhora da Lapa da Póvoa de Varzim que assistia à comunidade piscatória poveira, cuja fundação se deve a missionários espanhóis, situava-se na Ermida de S. Roque; 1770, 9 Dezembro - é lançada a primeira pedra da Capela da Senhora da Lapa por pescadores, apoiados por uma missão de padres franciscanos e com licença do arcebispo primaz; 1772, 15 Agosto - a capela recebe a bênção solene. Passa a ser o local onde os pescadores e as suas famílias recorrem em momentos de aflição venerando a sua padroeira, Nossa Senhora da Assunção; 1791, 21 Fevereiro - alvará em que D. Maria I se declara protectora da Irmandade e outorga novo estatuto, isentando-a de jurisdição paroquial. Este diploma confere o título de Irmandade de Nossa Senhora da Assunção, à confraria; 1833, 9 Maio - o alferes do Castelo requisita à autarquia ajuda para a iluminação do "facho desta vila" para 6 noites, o "facheiro" encontrava-se estacionado na fortaleza e decorria a guerra entre miguelistas e liberais; 1857 - construção do farol; 1883 - a confraria passa a designar-se Real Irmandade de Nossa Senhora da Assunção, mercê concedida pelo rei D. Luís I e que ainda hoje se mantém; 1892 - com a construção do Farol de Regufe (v. PT011313100024) o Farol da Pena passa a ser a luz anterior do enfiamento Lapa-Regufe do varadouro da enseada da Póvoa de Varzim; Fevereiro - tempestade causando a morte no mar de 105 pescadores; 1935 - dá-se o desmembramento da paróquia da Póvoa de Varzim (Matriz) passando a Capela da Senhora da Lapa a ser a igreja sede da Paróquia da Lapa (Bairro Sul da Póvoa de Varzim); 1960, década - o farol é desactivado. A construção dos novos molhes altera a topografia do local deixando de ser necessária a sua utilização. |
Dados Técnicos
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Estrutura autoportante |
Materiais
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Bibliografia
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AGUILAR, J. Teixeira de, NASCIMENTO, J. Carlos, e SANTANDREU, Roberto, Onde a terra acaba, história dos faróis portugueses, Lisboa, 1998; AGUILAR, J. Teixeira de, Faróis de Portugal - a terra ao mar se anuncia, Lisboa, Clube do Coleccionador dos Correios; AMORIM, Sandra Araújo. Vencer o Mar, Ganhar a Terra. [S.l.]: Na Linha do horizonte - Biblioteca Poveira, CMPV, 2004; VILHENA, Francisco João, e LOURO, Maria Regina, Faróis de Portugal, Lisboa, 1995; Lista de faróis, bóias luminosas, radiofaróis, sinais de nevoeiro e sinais horários e de mau tempo, estações radiotelegráficas e de socorros a náufragos, Lisboa, Direcção de Faróis, 1955; http://arciprestado.no.sapo.pt/Patrimonio.htm, 2007-1-24; http://forum.g-sat.net/archive/index.php/t-100768.html, 2009-8-6. |
Documentação Gráfica
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Documentação Fotográfica
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Documentação Administrativa
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Intervenção Realizada
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Observações
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EM ESTUDO |
Autor e Data
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Patrícia Costa 2007 / Teresa Ferreira 2011 |
Actualização
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