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Edifício e estrutura Edifício Militar Fortaleza
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Descrição
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Planta quadrangular irregular com baluartes pentagonais nos ângulos, intercalados por cortinas com escarpa exterior em talude; remates em parapeito liso, possuindo sobre alguns ângulos flanqueados guaritas cilíndricas ou prismáticas. No seu terrapleno existem algumas edificações, como a antiga casa de comando, quartel e armazéns. No interior erguem-se várias construções de planta rectangular, com fachadas rebocadas e pintadas de branco ou ocre e com coberturas em telhados de duas águas, rematadas em beirada simples. |
Acessos
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Bissau |
Protecção
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Inexistente |
Enquadramento
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Urbano, isolado, envolvido por construções. Nas suas proximidades, projectou-se uma cintura urbana a partir da histórica região de Bissau-Bedju (Bissau-Velho), e que estendeu a parte central da capital guineense aos bairros periféricos que a constituem. |
Descrição Complementar
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No interior possui o Mausoléu de Amílcar Cabral. |
Utilização Inicial
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Militar: fortaleza |
Utilização Actual
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Cultural e recreativa: marco histórico-cultural / Funerária: mausoléu |
Propriedade
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Pública:estado da Guiné-Bissau |
Afectação
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Época Construção
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Séc. 17 / 18 |
Arquitecto / Construtor / Autor
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ARQUITECTO: Luís Benavente (década 1970). DESENHO: Frei Manuel de Vinhais Sarmento (1753). MESTRE: Manuel Germano da Mata (1766). |
Cronologia
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1687, 4 Março - carta do capitão-mor de Cacheu, António de Barros Bezerra, ao rei português dando conta das pretensões francesas em construir uma fortificação em Bissau, para o que haviam sido enviados navios com materiais, mas que ele teria conseguido evitar aportar; na mesma data o feitor de Cacheu também informa o rei do desejo francês em erguer uma fortificação no ilhéu junto a Bissau, possivelmente o ilhéu de Bandim; séc. 17, último quartel - a presença francesa na região intensifica-se com as actividades da Companhia do Senegal, empresa monopolista constituída para explorar o fornecimento escravos para as Antilhas; 1687, 2 Abril - o novo governador de Cabo Verde, Veríssimo Carvalho da Costa, em visita à Guiné, informa o rei sobre as pretensões francesas, referindo as medidas acertadas em conjunto com o capitão-mor da Guiné de modo a evitar o estabelecimento dos franceses; uma das medidas era a construção de uma fortaleza, para o qual o rei de Bissau dera o melhor sítio na ilha, nomeando-se Manuel Teles de Avelar para tomar posse do lugar; possivelmente a fortificação de Bissau não foi concluída; 1692, 15 Março - alvará régio constituindo a Capitania de Bissau estipulando-se-lhe uma guarnição de quarenta praças, e ordenando a construção da fortaleza em Bissau, com custos suportados pela Companhia do Cacheu e Cabo Verde; 1696 - início da construção por forças portuguesas, sob o comando do Capitão-mor José Pinheiro; 1707 - apresentando a Companhia prejuízos, a Coroa deixa de lhe renovar o contrato de exploração, o que conduziu ao abandono da Capitania de Bissau, sendo a sua fortificação arrasada; 1753 - reconstrução da fortificação, conforme planta do Frei Manuel de Vinhais Sarmento; 1766 - início da construção da nova fortaleza, com o concurso da Companhia Geral de Comércio e Navegação do Grão Pará e Maranhão, já que a estrutura existente não cumpria os requisitos mínimos, introduzindo-se-lhe alterações no traçado, da autoria do Coronel Manoel Germano da Mota; 1893 - violento incêndio destrói a enfermaria militar; 1879 - até esta data a fortificação acolheu a sede do governo; 1913 - destruição da muralha da estrutura defensiva primitiva, que se manteve com a designação de Praça; 1974 - com a proclamação da independência, a fortaleza passa a pertencer às Forças Armadas Revolucionárias do Povo, (FARP), e nela passam a funcionar o Ministério da Defesa Nacional e o gabinete do Estado-Maior; 1975 - aqui são depositados os restos mortais de Amilcar Lopes Cabral, e mais tarde de outros destacados heróis nacionais, entre os quais, Francisco Mendes, Osvaldo Vieira, Titina Silá, e Pansau Na Isna. |
Dados Técnicos
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Sistema estrutural de paredes portantes. |
Materiais
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Estrutura em alvenaria de pedra rebocada e cantaria; edifícios do interior rebocados e pintados; coberturas e beirais em telha. |
Bibliografia
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ANDRADE, Bernardino António Álvares de, Planta da Praça de Bissau e suas adjacentes, Lisboa, Academia Portuguesa de História, 1990; Arquivo Histórico Ultramarino, Papéis avulsos, Guiné, nrs. 183, 184, 187 e 189; FERNANDES, José Manuel, Luís Benavente e as fortalezas de África (1956-1973) in Oceanos, n.º 28, Out./Dez. 1996, pp. 42-52; SANTOS, José Valdez dos, As Fortalezas de Bissau, Bissau, 1971; SARAIVA, José da Cunha, A Fortaleza de Bissau e a Companhia do Grão Pará e Maranhão, Lisboa, Arquivo Histórico do Ministério das Finanças, 1947; SERRÃO, Veríssimo, História de Portugal, vol. V, p. 284 e segs.; http://pt.wikipedia.org/wiki/Fortaleza_de_São_José_da_Amura, Janeiro 2010; http://www.didinho.org/fortaleza_damura.htm, Janeiro 2010; |
Documentação Gráfica
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DGA/TT: Arquivo Pessoal Luís Benavente |
Documentação Fotográfica
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IHRU: SIPA; Arquivo Histórico Ultramarino: Agência Geral do Ultramar; DGA/TT: Arquivo Pessoal Luís Benavente |
Documentação Administrativa
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Intervenção Realizada
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1970, década - obras de restauro, sob orientação do Arquitecto Luís Benavente. |
Observações
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EM ESTUDO. |
Autor e Data
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Sofia Diniz 2006 |
Actualização
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Manuel Freitas (Contribuinte externo) 2011 |
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