Igreja Paroquial de Cavernães / Igreja de Santo Isidoro
| IPA.00002481 |
Portugal, Viseu, Viseu, Cavernães |
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Igreja paroquial maneirista e barroca, de planta retangular composta por nave e capela-mor, mais baixa, tendo sacristia e torre sineira adossadas, com coberturas interiores diferenciadas, de madeira em caixotões, a do coro-alto resultante de uma ampliação recente da nave, formando tecto em masseira. É iluminada por amplos janelões, rasgados nas fachadas laterais. Fachada principal tripartida e escalonada, com o corpo central em empena, e com os vãos rasgados em eixo composto por portal em arco de volta perfeita e por janelão. Fachadas circunscritas por cunhais apilastrados, rematadas em friso e cornija, a lateral direita rasgada por porta travessa. Torre de três registos divididos por friso, com sineiras em arco de volta perfeita dobrado e cobertura em coruchéu, tendo acesso pela face posterior. Interior com coro-alto e arco triunfal de volta perfeita, assente em pilastras toscanas, flanqueado por retábulos colaterais de talha dourada do estilo nacional, que se prolongam revestindo-o. O retábulo-mor é também de talha dourada e policroma do estilo barroco nacional, integrando duas pinturas a óleo de meados de quinhentos |
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Número IPA Antigo: PT021823070036 |
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Registo visualizado 506 vezes desde 27 Julho de 2011 |
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Edifício e estrutura Edifício Religioso Templo Igreja paroquial
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Descrição
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Planta retangular composta por nave, capela-mor ligeiramente mais estreita e baixa, sacristia e torre sineira adossadas, respectivamente, à fachada lateral esquerda e à direita, de volumes articulados e coberturas diferenciadas em telhado de duas águas na igreja, a uma na sacristia e coruchéu cónico na torre sineira. Fachadas em cantaria aparente de granito, excepto a principal e a torre, rebocadas e pintadas de branco, estas percorridas por embasamento proeminente em cantaria, flanqueadas por cunhais também de cantaria e rematadas em cornija, antecedida por friso na fachada principal e na torre, e beirada simples. Fachada principal voltada a O., em empena com cruz latina no vértice assente em plinto, estando dividida em três panos escalonados, o central ligeiramente saliente e rasgado por portal em arco dobrado, de volta perfeita, protegido por porta de duas folhas de madeira almofadada, e encimado por janelão com os extremos curvos, também com moldura de cantaria, sendo os panos laterais cegos. No lado direito e em plano mais recuado, a torre sineira, de três registos, o inferior dividido do intermédio por friso e este último separado do superior por cornija; os dois primeiros são rasgados por janela rectangular na face principal e o superior por quatro ventanas em arco de volta perfeita; a torre remata em friso e cornija, com pináculos piramidais nos ângulos; o acesso processa-se por escadas na face posterior que ligam a porta de verga recta emoldurada. A fachada lateral esquerda, virada a N., possui duas janelas rectilíneas, surgindo, no corpo da sacristia, porta de verga recta, na face E., e janela quadrada na N.. A fachada lateral direita, virada a S., tem, na nave, porta travessa e janela rectangular, surgindo uma segunda janela, em capialço, na capela-mor. Fachada posterior cega, em empena, alteada relativamente à cornija, tendo cruz latina no vértice. INTERIOR rebocado e pintado de branco, percorrido por azulejos de padrão policromo, formando silhar, e cobertura em falsa abóbada de berço de madeira, com caixotões pintados com imagens de santos, com molduras pintadas e douradas, com florões nos nós, assente em friso e cornija, com mísulas equidistantes, possuindo tirantes de madeira; este tipo de tecto não cobre a totalidade do espaço, pois a zona do coro-alto, resultante de uma ampliação, encontra-se com cobertura em masseira. Coro-alto de madeira, com guarda vazada de balaústres e acesso por porta de verga recta, a partir da torre sineira. Arco triunfal de volta perfeita, assente em pilastras toscanas, flanqueado por duas estruturas retabulares em talha pintada e dourada, dedicados ao Sagrado Coração de Jesus (Evangelho) e a Nossa Senhora do Rosário (Epístola), que se prolongam em três arquivoltas, duas delas torsas, unidas no sentido do raio e formando apainelados de acantos sobre o arco triunfal. Capela-mor elevada por um degrau, com paredes rebocadas e pintadas de branco, com pavimento em lajeado de granito e cobertura em falsa abóbada de berço, de madeira, formando caixotões com representações hagiográficas, com molduras pintadas de branco e dourado, com florão central, assentes em friso e cornija, com mísulas equidistantes, Na parede testeira, retábulo-mor de talha dourada, de planta recta e três eixos definidos por seis colunas torsas, quatro delas ornadas por pâmpannos, e por dois quarteirões, que se prolongam em três arquivoltas unidas no sentido do taio, formando o ático. O eixo central tem tribuna em arco de volta perfeita, emoldurado por estreito friso dourado, contendo trono de três degraus e tndo na base um sacrário; nos eixos laterais, tábuas pintadas a representar São Vicente e Santo António. Em frente à estrutura, a mesa de altar, em cantaria de granito, composta pelo tampo, sustentados por dois pilares do mesmo material. No lado do Evangelho, porta de verga recta de acesso à sacristia, com paredes rebocadas e pintadas de branco e tecto plano, dividido em quatro caixotões de madeira, assentes em friso de entrelaçados, elementos que se repetem nas molduras, com amplo florão central; cada caixotão possui uma cartela assimétrica, ornada por acantos, enrolamentos e concheados. |
Acessos
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Na EN 229, em Cavernães, a 2,2, Km, junto ao cemitério |
Protecção
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Categoria: MIP - Monumento de Interesse Público / ZEP, Portaria n.º 509/2014, DR, 2.ª série, n.º 123 de 30 junho 2014 *1 |
Enquadramento
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Peri-urbano, a meia encosta, isolado e destacado, insere-se em adro murado, horizontalizado artificialmente, mas mantendo um ligeiro declive, em cota inferior à principal via pública que atravessa a povoação com acesso frontal; o adro encontra-se envolvido por muro de cantaria, capeado, com acesso frontal e, sobre ele, surgem alguns candeeiros de iluminação. A capela-mor e a sacristia implantam-se sobre afloramento granítico. Em volta do adro, surgem casas de habitação unifamilares, de um ou dois pisos. |
Descrição Complementar
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Os retábulos colarerais são semelhantes, de talha dourada e de planta recta, com um eixo formado por duas colunas torsas, assentes em consolas, e por duas pilastras, as interiores com misulas adossadas, que se prolongam em duas arquivoltas, uma delas torsa, formando o ático. Ao centro, apainelado em arco de volta perfeita, com moldura dourada e o fundo pintado de azul celeste com motivos florais, contendo plinto com as imagens dos respectivos oragos; altares paralelepipédicos, totalmente revestidos a azulejo semelhante ao das paredes da nave. |
Utilização Inicial
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Religiosa: igreja paroquial |
Utilização Actual
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Religiosa: igreja paroquial |
Propriedade
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Privada: Igreja Católica (Diocese de Viseu) |
Afectação
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Sem afectação |
Época Construção
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Séc. 16 (conjectural) / 17 / 18 / 20 |
Arquitecto / Construtor / Autor
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PINTOR: António Vaz (atr.). |
Cronologia
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Séc. 16 - provável execução do imóvel; 1550, cerca - pintura das duas tábuas a óleo que integram o retábulo-mor, provavelmente pelo pintor viseense António Vaz; séc. 17 - execução dos retábulos; séc. 18 - feitura dos tectos em caixotões; meados - feitura do tecto da sacristia; séc. 20 - ampliação da nave e obras de remodelação; 1996, 8 Maio - projecto de recuperação do imóvel pelo Centro de Conservação e Restauro de Viseu - IPPAR; 1996, 27 junho - Despacho de abertura do processo de classificação pelo vice-presidente do IPPAR; 1997, 01 abril - proposta da DRCoimbra de classificação como Valor Concelhio; 2001, 22 fevereiro - parecer do Conselho Consultivo do IPPAR a propor a classificação da igreja; 15 maio - Despacho de homologação da classificação do edifício como Imóvel de Interesse Público, do Ministro da Cultura; 2011, 07 setembro - proposta da DRCCentro de fixação da Zona Especial de Proteção; 07 novembro - parecer favorável do Conselho Nacional de Cultura à proposta da DRCCentro; 2013, 30 janeiro - publicação em DR, 2ª série, nº 21, o anúncio nº 40/2013 relativo à fixação da zona especial de proteção (ZEP). |
Dados Técnicos
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Estrutura autoportante. |
Materiais
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Estrutura em cantaria de granito, parcialmente rebocada e pintada; portas, coberturas, retábulos, coro-alto, tirantes, mísulas, frisos e cornijas de madeira; silhares de azulejo; cobertura exterior em telha; cimento. |
Bibliografia
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Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira, vol. 6, Lisboa / Rio de Janeiro, s.d.; MOUTA, J. Henriques, Pintores de Viseu: escola ou Dinastia?, in Separata da Revista Beira Alta, Viseu, s.d.; LEAL, Augusto Soares de Azevedo Barbosa de Pinho, Portugal Antigo e Moderno, vol. II, Lisboa, 1874; SANTOS, Luís Reis, Dois Painéis no estilo António Vaz na Matriz de Cavernães, in Revista da Beira Alta, vol. IV, Viseu, 1945; PAMPLONA, Fernando de, Dicionário de Pintores e Escultores Portugueses, vol. V, Lisboa, 1988; RODRIGUES, Dalila, António Vaz, in Grão Vasco e a Pintura Europeia do Renascimento, Lisboa, 1992; http://www.patrimoniocultural.pt/pt/patrimonio/patrimonio-imovel/pesquisa-do-patrimonio/classificado-ou-em-vias-de-classificacao/geral/view/155968 [consultado em 2 janeiro 2017]. |
Documentação Gráfica
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IPPAR |
Documentação Fotográfica
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IHRU: DGEMN/DSID; IPPAR |
Documentação Administrativa
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IHRU: DGEMN/DSID; IPPAR |
Intervenção Realizada
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PROPRIETÁRIO / IPPAR: 1999 / 2000 - restauro geral do imóvel; enquadramento do adro; 2001 - colocação de novas coberturas exteriores (em curso). |
Observações
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*1 - DOF: Igreja Paroquial de Cavernães, bem como o património que a integra (com especial relevo para o conjunto retabular do altar-mor, o tecto decorado de caixotões e as tábuas atribuídas ao pintor António Vaz). |
Autor e Data
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João Carvalho 2001 |
Actualização
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