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Edifício e estrutura Edifício Residencial unifamiliar Quinta
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Descrição
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Planta longitudinal, desenvolvendo-se uma parte em rés-do-chão (a N.), e outra parte com primeiro andar (fachada principal voltada a S.). A fachada S. revela dois vãos de acesso ao piso inferior e, sobre estes, duas janelas de peitoril. Todos os vãos são guarnecidos a cantaria, excepto os pórticos do rés-do-chão (rasgados à posteriori na parede e rectificados com tijolo). A fachada O. apresente duas janelas de peitoril aprumadas ao centro do paramento de alvenaria e dispostas uma ao nível do rés do chão e outra ao nível do primeiro andar. Na sequência deste corpo, a parte do edifício que outrora fora de rés-do-chão está completamente arruinado. No extremo N. existem vestígios de um lagar de vinho com sistema de prensa (parafuso de madeira e pesos de pedra). Na fachada E. quase todos os paramentos de alvenaria ruíram, embora se manifeste a existência de escadaria para um acesso directo ao primeiro andar. De acordo com os modelos de construção típicos da época e da região, esta entrada deverá ter sido alpendrada. Anexo à construção principal existe um outro edifício, a E., outrora um curral. Na parte posterior deste imóvel encontra-se, ainda, um forno de pão, que outrora deverá ter estado protegido por um telheiro. INTERIOR:Nada resta dos interiores primitivos, excepto as conversadeiras nas janelas dos pisos superiores, típicas das construções locais do século 17. |
Acessos
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Lugar da Capeleira |
Protecção
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Inexistente |
Enquadramento
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Rural, isolado |
Descrição Complementar
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A habitação pertenceu a Baltazar Gomes Figueira (1604-1674), pintor e oficial da Casa de Bragança, tendo a propriedade passado a sua filha, Josefa de Ayala e Cabrera (Josefa de Óbidos), por testamento. Com a morte de Josefa de Óbidos em 1684, a propriedade transitou à posse de Catarina de Camacho de Cabrera Romero, mãe de Josefa. Algumas das obras ditas dos "meses" que Baltazar Gomes Figueira pintou e que, em parte, foram concluídas por Josefa, revelam o Casal da Capeleira como pano de fundo (tais são os casos do "Mês de Abril", do "Mês de Junho" (?) e do "Mês de Agosto", todas em colecções privadas). Além das habitações, nessas telas verificam-se, ainda, algumas das actividades típicas (como a ceifa) e alguns dos bens da horta ou pomar que ali existiram. Tratando-se de um imóvel sem especial interesse arquitectónico, é contudo um dos mais raros exemplares de arquitectura com referência iconográfica coeva á sua construção, além de ter sido residência secundária (quinta de fresco) de duas das mais eminentes personalidades da cultura portuguesa. |
Utilização Inicial
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Residencial: quinta |
Utilização Actual
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Devoluto |
Propriedade
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Privada |
Afectação
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Sem afectação |
Época Construção
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Séc. 17 |
Arquitecto / Construtor / Autor
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Desconhecido |
Cronologia
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Séc. 17 - construção do edifício; 1674 - após a morte de Baltazar Gomes Figueira, a casa passa, por testamento, à posse da sua filha, Josefa de Óbidos; 1684 - morte de Josefa de Óbidos, tendo a propriedade transitado para a posse de Catarina de Camacho de Cabrera Romero, mãe de Josefa. |
Dados Técnicos
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Paredes autoportantes |
Materiais
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Alvenaria de pedra, tijolo e cantaria |
Bibliografia
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Documentação Gráfica
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Documentação Fotográfica
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DGEMN: DSID |
Documentação Administrativa
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Intervenção Realizada
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Observações
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Seria interessante a sua aquisição por parte da autarquia para a instalação de um serviço educativo que combinasse aspectos típicos da vivência de um espaço rural, produção biológica e também de acolhimento de projectos de artísticos e educativos, reportando-se ao ambiente vivido no tempo de Baltazar Gomes Figueira e Josefa de Óbidos. |
Autor e Data
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Sérgio Gorjão 2004 |
Actualização
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