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Edifício e estrutura Edifício Militar Castelo
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Descrição
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Grande fortaleza composta por muralha com 900 m, envolvendo várias estruturas, incluindo o Palácio de Iyasu, Mentewab do Castelo o Castelo do Rei Fasilides, o Enqulal Gemb (ou "Castelo do Ovo"), a mais antiga das estruturas da cidade, o arquivo real, o estábulo, o palácio de banhos, mosteiros, sete igrejas e sete pontes. |
Acessos
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Gondar |
Protecção
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Património Mundial - UNESCO, 1979 |
Enquadramento
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Urbano, isolado. |
Descrição Complementar
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Utilização Inicial
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Militar: castelo |
Utilização Actual
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Cultural e recreativa: marco histórico-cultural |
Propriedade
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Pública: Estado da Etiópia |
Afectação
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Época Construção
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Séc. 16 / 17 |
Arquitecto / Construtor / Autor
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Desconhecido. |
Cronologia
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1543 - data do estabelecimento da comunidade portuguesa; 1555 - chegada ao território dos primeiros padres jesuítas; 1557 - presença turca na costa da Eritreia; na sequência destes dois eventos, inicia-se a construção dos primeiros castelos etíopes em pedra aparelhada; séc. 16 / 17 - residência do imperador etíope Fasilides e dos seus sucessores; 1640, década - construção do Castelo do Rei Fasilides; 1979 - inscrição e classificado Património Mundial, Região de Amhara (Gondar) Critérios: (II) (III) Referência: 19. |
Dados Técnicos
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Materiais
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Estrutura em alvenaria de pedra rebocada; coberturas dos edifícios em terraço. |
Bibliografia
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ÁLVARES, Francisco, Verdadeira Informação da Terra do Preste João das Índias, 2 vols., Lisboa. Alfa, 1989; ALBUQUERQUE, Luís, "Etiópia" in Dicionário de História dos Descobrimentos Portugueses, dir. Luís de Albuquerque, vol. I, pp. 398-400; MOREIRA, Rafael, "The stone and the cross: indo-portuguese jesuit architecturein Ethiopia, 1600-1633" in Revista de História da Arte, n.º 1, 2005, pp. 82-93; |
Documentação Gráfica
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Documentação Fotográfica
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Documentação Administrativa
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Intervenção Realizada
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Observações
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EM ESTUDO. *1 - A presença europeia na Etiópia resulta na busca quase utópica de um reino cristão que existiria em África e que seria o aliado primordial para a evangelização e cristianização de todo o mundo conhecido e na luta contra o infiel. Esta lenda tem os seu primeiros registos no século 11 e mantém-se durante toda a Idade Média. Com os avanços no descobrimento da costa ocidental africana aumenta também a procura pelo reino católico, pensando-se que estaria próximo. Mas esses avanços revelavam-se recuos, porque há medida que mais terra era descoberta, mais distante e incerto ficava esse reino. Contudo, as buscas nunca cessaram e D. João II enviou, em 1487, Afonso de Paiva numa expedição pelo interior do continente africano à procura desse reino cristão, e Pêro da Covilhã em direcção à Índia. D. Manuel I também participou na busca mítica do reino do Preste e enviou, em 1515, uma embaixada sob as ordens de Duarte Galvão, que faleceu no caminho, não permitindo que a comitiva atingisse o seu objectivo. Em 1520 a embaixada foi reorganizada a mando de Diogo Lopes de Sequeira, escolhendo D. Rodrigo de Lima como embaixador. Esta embaixada veio a encontrar Pêro da Covilhã que não teria seguido a missão inicialmente ordenada pelo rei, e teria chegado à corte etíope entre 1491 e 1492. Nela tomou também parte o padre Francisco Álvares que escreveu depois a Verdadeira Informação do Reino do Preste João das Índias (1540), o único relato existente acerca da viagem e do encontro com o reino católico da Etiópia. *2 - A escolha de Gondar por Fasilides é incerta, existindo uma série de lendas que procuram explicar a sua escolha. A mais popular diz que um anjo apareceu e profetizou que a nova capital seria construída numa cidade cujo nome começava com a letra G. Outra lenda afirma que, quando Fasilides estava numa expedição de caça, um búfalo, guiado por Deus, liderada Fasilides ao local de Gondar. *3 - O Palacio Iyasu, também no prazo de Fasil Ghebbi, foi descrito como ricamente decorado com todo tipo de adornos. As paredes interiores apresentavam pinturas murais com motivos fitomórficas, revestimentos com pedras preciosas, marfim e madeira fina e decoração com folha de ouro. |
Autor e Data
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Sofia Diniz 2006 |
Actualização
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Manuel Freitas (Contribuinte externo) 2011 |
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