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Edifício e estrutura Edifício Religioso Templo Capela / Ermida
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Descrição
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Planta longitudinal, composta por 1 rectângulo correspondente à nave, a que se justapõe ábside quadrangular. Volumes articulados de massa horizontalista. Coberturas diferenciadas de telhados a 2 águas. Frontespício orientado, sem embasamento, rasgado por portal em arco quebrado de moldura facetada e rematado em empena com cruz pétrea no topo e pequeno campanário à dir.. Fachada S.: pano da nave com uma porta em arco rebaixado e um contraforte proeminente coberto por aba de telhado, que se repete na fachada contrária, cega; ambas rematadas em cornija sob beiral. Cabeceira: com uma fresta a S. e cega nas restantes fachadas, rematada em cornija sob beiral lateralmente e em empena na fachada posterior. INTERIOR: nave única coberta com tecto de masseira; duas imagens, de São Sebastião e São João *1, sobre peanhas simples, ladeiam o arco triunfal pleno, emoldurado por toro liso sobre colunelos com bases oitavadas e capitéis vegetalistas, e decorado com caules entrelaçados e floridos intercalados por rosetas, que se elevam de cestos, e com capitel de folhagem que abrange o intradorso do arco. Capela-mor ladeada por bancos de pedra com revestimento de azulejos de padrão, iluminada por uma pequena janela de capialços profundos a S.; pavimento lajeado com degrau e cobertura em abóbada polinervada de combados sobre mísulas vegetalistas e antropomórficas, e decorada com bocetes florais, o do centro com flechas alusivas ao martírio de São Sebastião; na parede testeira um nicho de pedra e mesa de altar com frontal revestido a azulejos de padrão *2. |
Acessos
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EN Sintra - Ericeira. WGS84 (graus decimais) lat.: 38,850138; long.: -9,379740 |
Protecção
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Categoria: IIP - Imóvel de Interesse Público, Decreto n.º 37 366, DG, 1.ª série, n.º 70 de 05 abril 1949 |
Enquadramento
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Peri-urbano. Isolada; implantada em terreno plano, tendo defronte cruzeiro constituido por cruz latina simples sobre plinto cúbico assente em 2 degraus quadrangulares escalonados; circundada por amplo adro triangular, com alguns canteiros com cedros, calcetado em redor da capela e parcialmente murado; enquadrado por arruamentos a N. e S. e por estrada a O. |
Descrição Complementar
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A arquivolta do arco triunfal é totalmente esculturada com caules ondulantes entrelaçados de onde pendem pequenas flores, frutos, bagas e bolotas, intercalado por rosetas quadrifoliadas, erguendo-se de bases decoradas com enastrados que imitam cestos. A abóbada da capela-mor é de perfil rebaixado planificado, polinervada com combados, onde se conjugam nervuras primárias, liernes e terceletes formando uma estrela de 4 pontas, todas unidas por nervuras curvas compondo um círculo; o apoio é feito em mísulas cantonais decoradas com motivos vegetalistas e máscaras e rematadas inferiormente por florão; os bocetes sõa todos florais exceptuando o central em que figura o atributo do padroeiro num escudo. |
Utilização Inicial
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Religiosa: capela |
Utilização Actual
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Religiosa: capela |
Propriedade
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Pública: municipal |
Afectação
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Sem afectação |
Época Construção
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Séc. 16 (conjectural) / 20 |
Arquitecto / Construtor / Autor
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Desconhecido. |
Cronologia
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1426, 23 Julho - o arcebispo de Lisboa, D. Afonso Nogueira, deferiu um pedido dos habitantes para terem uma pequena ermida, com pia baptismal e um capelão, para evitarem deslocar-se à sede da Freguesia, então Santa Maria; Séc. 16 - Provável construção ou reconstrução da capela; 1937 - a capela encontra-se em ruinas e o telhado da nave desabou; 1941 - o interior da capela servia para se guardarem os utensílios do coveiro; 1951 - a Junta de Freguesia pretendeu efectuar obras, sob orientação da DGEMN, pois a capela só possui as paredes exteriores e a cabeceira, mas continuou arruinada até 1955; 1957 - durante as obras de restauro foi encontrado um fragmento de pedra com inscrição mutilada, que aparentava ser a base do cruzeiro, e foi recolhida no Museu Municipal. |
Dados Técnicos
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Estruturas autoportantes. |
Materiais
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Cantarias de calcário; alvenaria mista rebocada; azulejos; madeira; telhas. |
Bibliografia
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FRANCISCO GONÇALVES, F. Ragon, A Ermida de S. Sebastião da Terrugem in Arquivo do Concelho de Sintra, Sintra, Mano 1941, p. 39 - 42; AZEVEDO, Carlos de, FERRÃO, Julieta, GUSMÃO, Adriano de, Monumentos e Edifícios do Distrito de Lisboa, Lisboa, 1963. |
Documentação Gráfica
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IHRU: DGEMN/DSID |
Documentação Fotográfica
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IHRU: DGEMN/DSID |
Documentação Administrativa
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IHRU: DGEMN/DSID |
Intervenção Realizada
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1956 - DGEMN: Início das obras de consolidação e restauro: demolição dos contrafortes da fachada principal; construção de cintas de betão armado para consolidação das paredes; construção e assentamento da armação completa do telhado e cobertura de telha romana e portuguesa, argamassada e beirais; tecto de masseira com forro casquinha; 1957 - 2ª fase das obras: picagem de rebocos velhos; rebocos novos, guarnecimentos e caiações exteriores e interiores; renovação de portas e janelas; pintura a óleo do tecto; pavimentação de tijoleira na nave e lajes de pedra na capela-mor; consolidação do arco triunfal; arranjo do altar, com mesa e banqueta em pedra e revestimento de azulejos decorativos; colocação de sineta no campanário; 1958 - Conclusão das obras de restauro: arranjo do lg. envolvente com assentamento de lancil de cantaria rústica, calçada à portuguesa em redor, regularização do terreno, plantação de cedros e lajedo de cantaria rústica; 1965 - Reparação do telhado: levantamento das telhas portuguesas do lado da fachada S., reconstrução, substituição de telhas partidas e argamassar braceiras e bocas; limpeza e enceramento do tecto de masseira; 1976 - Obras de conservação: limpeza do telhado com substituição de telhas partidas; raspagem do tecto, portas e janelas e aplicação de "Bondex"; picagem do guarnecimento de massa de areia e novo guarnecimento e caiação; 1981 - Reparação da instalação eléctrica; 1983 - Montagem de cabo eléctrico (ramal de alimentação); DRML/2004 - substituição de tijoleira do pavimento da nave por tijoleira artesanal |
Observações
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*1 - as imagens estavam à guarda da Igreja Paroquial da Terrugem; *2 - Os azulejos primitivos eram hispano-mouriscos. |
Autor e Data
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Paula Noé 1991 / Lina Oliveira 2004 |
Actualização
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Ana Rosa 2005 |
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