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Edifício e estrutura Edifício Residencial unifamiliar Casa
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Descrição
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| Construção principal, de três pisos e águas-furtadas, a que adossa outra, de menores dimensões, com dois pisos. Fachada principal, voltada sensivelmente a N., dando sobre pequeno largo, adjacente ao arruamento, integrando-se neste último a fachada lateral esquerda. Jardim murado, com mirante, envolvendo as restantes fachadas. Consiste actualmente em duas habitações*. O piso térreo, com acessos a partir do arruamento e do jardim, inclui uma adega, um lagar, uma antiga salgadeira e lojas (arrecadações). Uma escadaria exterior dá acesso ao 2º piso, levando ao átrio de entrada, comum às duas habitações. No corpo principal, este piso inclui, além de um hall com o acesso (independente) ao piso superior, um corredor central, várias salas e quartos, varanda (marquise), casa de jantar e instalação sanitária. Uma porta, no alçado lateral direito, estabelece ligação com o corpo adossado, que inclui a primitiva cozinha, áreas de serviço, um quarto e outra instalação sanitária, mais antiga. O 3º piso inclui: corredor central, salão, casa de jantar, diversas salas e quartos e, ainda, após adaptação de dois compartimentos e parte de um outro, cozinha e duas instalações sanitárias. Do corredor parte a escada de acesso às águas-furtadas (espaço de lazer e arrecadações). FACHADAS: embasamento em massa, muito fenestradas. Molduras de vãos e cimalha em granito. Janelas de guilhotina, no caso geral, e de sacada, com guardas em ferro forjado, nos restantes. Na fachada principal destaca-se, a eixo, uma escada em granito, de bom desenho, com dois lances, o primeiro dos quais simétrico. Porta principal com interessantes entalhados, sobrepujada por janela de sacada, com varandim de recorte recurvado. COBERTURA: telhado de quatro águas, com duas trapeiras, no edifício principal, e terraço, no corpo anexo. O piso superior integra parte da cobertura, donde serem parcialmente sotados os compartimentos situados junto às fachadas laterais. |
Acessos
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| Rua Dr. Abel Pais Cabral, n.º 26 (do lado direito da EN. 231, ao atravessar Nelas no sentido IP3 / Guarda) |
Protecção
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| Categoria: IM - Interesse Municipal, Decreto n.º 67/97, DR, 1.ª série-B, n.º 301 de 31 dezembro 1997 |
Enquadramento
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| Urbano, destaque da envolvente pelo desenho nobre da sua arquitectura - evidenciado sobretudo na fachada principal - e pela solidez que inspira a massa construída. O conjunto, constituído pelo edificado e por um jardim murado, implanta-se quase no topo de uma encosta voltada a SE., com vistas previlegiadas sobre a Serra da Estrela. Adossa parcialmente a uma construção de dois pisos, contígua à fachada principal, que, em ângulo recto com a mesma, constitui um dos lados de um pequeno largo frontal àquela. É delimitado pela fachada principal, pela fachada lateral esquerda e pelo muro do jardim. |
Descrição Complementar
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| Na cozinha antiga (2º piso) destacam-se elementos constituídos por grandes silhares graníticos: uma chaminé de grandes dimensões, um depósito de água e uma pia. Nos restantes compartimentos é muito interessante a decoração com entalhados de portas, portadas, sancas e florões de tecto. Tais características estendem-se ao piso superior. |
Utilização Inicial
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| Residencial: casa |
Utilização Actual
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| Residencial: casa |
Propriedade
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| Privada: pessoa singular |
Afectação
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| Sem afectação |
Época Construção
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| Séc. 19 |
Arquitecto / Construtor / Autor
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Cronologia
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| Séc. 18 - há notícia da ocupação do local por esta família. Algumas paredes mestras da primitiva construção integram a actual, conforme se pode comprovar observando as plantas; 1840 / 1850 - durante essa década foi construído o presente edifício sobre a casa pré-existente, por Joaquim Homem de Morais Rosado, médico em Viseu, para residência de férias; 1863 - parte da casa foi arrendada à Câmara Municipal para «o establecimento de todas as repartições públicas», situação que perdurou até estar construído o novo edifício camarário, terminado na década de oitenta do mesmo século**. A partir dessa data, os Rosados voltaram a ocupar a totalidade da casa, situação que tem perdurado até ao presente, alternando-se períodos em que foi essencialmente residência de férias, com outros em que foi utilizada como residência permanente, como sucede hoje numa das habitações. Em ambos, constituíu sempre ponto de reunião previlegiado de toda a família, durante as épocas festivas; 1996, 21 Outubro - Despacho de classificação do Ministro da Cultura. |
Dados Técnicos
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| Construção tradicional, paredes autoportantes em alvenaria com cunhais em granito, estrutura entre pisos e da cobertura em madeira, revestimento dos telhados com telha de canudo. |
Materiais
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| Lajedo, silharia e cantaria de granito, alvenaria mista, madeira, vidro, telha de canudo. |
Bibliografia
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| LOUREIRO, José Pinto, Concelho de Nelas - Subsídios Para a História da Beira, Nelas, 1988; |
Documentação Gráfica
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| IHRU: DGEMN/DSID |
Documentação Fotográfica
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| IHRU: DGEMN/DSID |
Documentação Administrativa
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| IHRU: DGEMN/DSID |
Intervenção Realizada
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| 1928 - execução de uma instalação sanitária completa, com água canalizada, no 2º piso, junto ao bloco que inclui a cozinha, utilizando o então inovador processo construtivo do betão armado (refira-se, à margem, que foi a segunda casa de banho que existiu em Nelas); 1932 / 1933 - reparações gerais no telhado e águas furtadas e reforço estrutural de algumas paredes; c. 1944 / 1945 - obras de adaptação de uma das divisões do 3º piso a cozinha; 1946 / 1947 - adaptação de um outro compartimento do 3º piso a casa de banho; 1951 - pinturas exteriores e reparações pontuais no telhado; 1961 - reparação geral da cobertura, com substituição de ripado, telhas danificadas e arames, e limpeza das telhas recuperáveis; 1972 - revisão geral da cobertura, incluindo reparações pontuais e substituição de telhas danificadas ou em falta; 1994 - obras de adaptação de uma parte da varanda / marquise do 3º piso para instalação de uma segunda instalação sanitária no 3º piso. |
Observações
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| Proposta a classificação, Maio 1995 * O conjunto foi recentemente transformado em propriedade horizontal, ficando o jardim e cerca de dois terços do 1º piso afectos ao proprietário da habitação do 2º piso, e a parte restante do 1º piso, e as águas furtadas afectas ao proprietário da do 3º piso; ** v. Loureiro, obra citada, pp. 212. |
Autor e Data
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| Ana Brito 1995 |
Actualização
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