Edifício na Avenida D. Carlos I, n.º 126

IPA.00023493
Portugal, Lisboa, Lisboa, Misericórdia
 
Arquitectura administrativa, arquitectura educativa e arquitectura de transportes, contemporânea, característica do Movimento Moderno do pós guerra. Edifício concebido para cumprir várias funções em simultâneo: garagem abaixo do nível do solo, escritórios nos pisos zero a 7 e jardim-de-infância nos dois últimos pisos, com um projecto de linhas arquitectónicas modernas, típico da época de construção, em que se pretendia substituir a malha existente na rua, composto por volumes paralelepípedos que se intersectam e rasgado amplamente por janelas rectilíneas, com caixilharia em alumínio, de modo a aproveitar a exposição solar e a conferir iluminação natural nos espaços de escritório e do jardim-de-infância, e com coberturas planas, em terraço, visitáveis. Os pisos apresentam uma planta versátil, em "open space", estruturada em função de vestíbulos, que se encontram num mesmo eixo vertical que atravessa os pisos, e corredores longitudinais.
Número IPA Antigo: PT031106281134
 
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Registo

 
Edifício e estrutura  Edifício  Serviços / Educativo  Jardim de infância    

Descrição

Planta rectangular, irregular, de volumes articulados, dispostos na vertical e na horizontal. Coberturas diferenciadas em terraço. Implantado num terreno com declive, as fachadas têm treze pisos, dos quais, o -3 surge abaixo do nível do solo e os pisos -2 e -1 parcialmente abaixo do nível do solo, apresentando a fachada principal dez pisos e a posterior doze; são revestidas a placas de mármore, amplamente rasgadas por vãos simples, rectangulares, abertos a ritmo regular, com caixilharia de alumínio, e terminadas em cornija. Fachada principal voltada a O., para a Av. D. Carlos I, com dois corpos, parcialmente sobrepostos, um acompanhando a Avenida, com fachada de 9 pisos, o outro, recuado, de10 pisos. O piso zero do corpo mais avançado acompanha toda a largura do imóvel, sendo rasgado por dois vãos de entrada e 12 vãos de montra; pisos 1 a 7 rasgados por 8 janelas, que no piso 1 e 7 são de varanda. Corpo mais recuado, visível do piso 1 ao 9; pisos 1 a 7, rasgados por 4 janelas; piso 8, por 5 e piso 9 por 8. Ao nível da cobertura do corpo mais recuado, surge uma pequena construção de acesso ao terraço e da casa dos motores. Fachadas laterais adossadas a edifícios da malha urbana, ainda que sejam visíveis os alçados voltados a S. (fachada lateral direita), de dois corpos avançados, 1 do lado na Av. D. Carlos I, com alçado de 8 pisos, o 1.º, ao nível do piso 1, rasgado por porta envidraçada e 5 janelas do lado direito, os restantes, do 2.º ao 7.º piso, rasgados por um vão quadrado, amplo, envidraçado, do lado direito e com parede cega coberta a placas de cantaria do lado esquerdo; o 2º corpo, do lado da R. de São Bento, é composto por 2 volumes, o inferior, avançado, com alçado de 3 pisos, rasgado, ao nível do piso zero, por 3 vãos de montra, ao nível dos pisos 1 e 2, por 2 vãos rectangulares e 3 frestas; volume superior, recuado, com alçado de 4 pisos, correspondentes aos pisos 1 a 4, os 3 inferiores rasgados por 4 janelões do lado esquerdo e com parede cega coberta a placas de cantaria do lado oposto. Fachada posterior, voltada a E., para a R. de São Bento, composta por 4 corpos sobrepostos, rematados por cornija encimada por guardas em ferro. Corpo mais avançado, do lado direito, com fachada de 7 pisos, o térreo rasgado, do lado direito, por dois vãos de entrada com pé-direito duplo, um deles de acesso a viaturas, e 3 janelas, amplas, com grade em ferro; piso 1, rasgado por 3 janelas, pisos 2 a a 5 por 6 janelas; piso 6, recuado, rasgado por 6 janelas que abrem para varanda coberta por estrutura em betão assente em pilares de betão, intercalados por guardas em ferro. Corpo intermédio, do lado esquerdo, com fachada de 3 pisos, o piso zero rasgado por vão de garagem e 2 vãos amplos com grade em ferro, e os restantes por 4 vãos amplos. Corpo recuado, do lado esquerdo, com fachada de 12 pisos, os 3 inferiores tapados pelo corpo intermédio, os pisos 3 a 5 por 4 janelas e os restantes por 8; ao nível da cobertura, existe uma pequena construção, de acesso ao terraço e à casa dos motores. Corpo mais recuado, do lado direito, com 11 pisos, abrindo para pátio, sendo visível do exterior apenas a partir do piso 7, sendo este e os pisos 8 e 9 rasgados por 6 janelas rectangulares e uma janela pequena jacente; o piso 10 é rasgado por 3 janelas que abrem para varanda. Fachadas do pátio interior: fachada N., com 11 pisos, o térreo tapado por 1 corpo de 2 pisos, avançado, que acompanha o declive do terreno (uma rampa de acesso ao pátio), com pios térreo parcialmente abaixo do nível do solo, rasgado por pequenas janelas jacentes, e piso superior rasgado por vãos de montra. A fachada apresenta dois panos, o da esquerda com 6 pisos, o térreo rasgado, do lado direito, por 4 vãos quadrados, envidraçados, ladeados por parede cega preenchida a placas de cantaria, os restantes 5 pisos, rasgados, cada 1 deles, por 4 janelas e uma janela pequena com função de respirador; o pano do lado direito, tem 11 pisos, o térreo rasgado por 2 portas, os 5 pisos seguintes rasgados por conjuntos de 4 janelas jacentes, em cantos, e pequeno respirador, os 3 pisos seguintes idênticos mas sem janela respirador, e os últimos 2 pisos com alçado idêntico aos anteriores mas prolongando-se para o lado direito, onde se abrem 4 janelas, no 8º andar e 3 no 9º andar. Fachada S., constituído por muro forrado com pastilha castanha. Fachada voltada E., com 11 pisos, o inferior rasgado por 2 vãos de montra com grade em ferro e uma porta de garagem, em ferro, os 8 seguintes rasgados por 6 janelas rectangulares e uma pequena janela jacente, o último rasgado por 3 janelas que abrem para varanda e um respirador. Fachada O., com 6 pisos, o inferior com vão amplo, de acesso ao pátio e um corpo de 1 piso adossado, do lado direito, rasgado por porta envidraçada com caixilharia de alumínio; pisos 2 a 6 rasgados por 4 janelas e um respirador do lado direito. INTERIOR: Entrada principal no imóvel voltada para a Av. D. Carlos I, marcada por escadaria em mármore, seguida de vestíbulo de planta semicircular, com um painel de azulejos policromo na parede, em cerâmica esmaltada, encimado por uma fiada de janelas rectangulares jacentes, com caixilharia em alumínio, à semelhança da caixilharia do vão de acesso ao vestíbulo. O piso -3 e -2 têm planta em "open space", com pilares estruturais dispostos regularmente, formando quadricula, a E., escada de um lanço e 2 elevadores que facultam o acesso até ao piso 4, e uma rampa, a O.. O piso -2 abre para a R. de São Bento através de dois vãos, amplos, de garagem dispostos no lado esquerdo da fachada, possuindo instalações sanitárias e rampa de acesso aos restantes pisos. O piso -1 tem planta de área idêntica à dos pisos anteriores mas funcionalmente diferente; abre para a R. de São Bento através de vão envidraçado com caixilharia de alumínio, no lado direito do alçado, seguido de vão de garagem de acesso a um pátio interior; no seguimento da entrada principal, vestíbulo e corredor, com caixa de elevador e escadas de serviço, no eixo das descritas nos pisos anteriores; o pátio, antecedido de rampa, de planta longitudinal, faculta o acesso às instalações do Arquivo, dispostas ao longo da fachada principal do imóvel (Av. D. Carlos I), às instalações do jardim-de-infância, antecedidas de vestíbulo com elevador e escadas de um lanço, em torno dos quais se dispõem gabinetes do jardim-de-infância, e a escritórios, do lado direito do piso, em "open space", aos quais se acede, igualmente, pelo vestíbulo voltado para a R. de São Bento. Os pisos zero, 1, 2, 3 e 4 têm planta estruturada em função de dois vestíbulos, ligados por corredor longitudinal que se desenvolve no sentido O. / E., o primeiro, sensivelmente ao centro da planta (no piso zero no seguimento da entrada principal no imóvel), com 5 elevadores, (2 de acesso até ao piso 4, 2 ao piso 4 e 7 e 1 de acesso aos pisos 8 e 9), 1 monta-cargas e escadas de 2 lanços; o 2.º, a E., com dois elevadores, de acesso até ao piso 4, e uma escada; ambos apresentam pavimento e paredes forradas com placas em mármore; em torno destes vestíbulos distribuem-se os escritórios e instalações sanitárias. Nos pisos 1 e 4, parte da zona de escritórios dá lugar a terraços pelo que apresenta menor área coberta: no piso 1, tem um terraço voltado para a Av. D. Carlos I e outro para a R. de São Bento; no piso 4, um terraço voltado para a R. de São Bento. Os pisos 5, 6 e 7 têm planta de menor área que a dos pisos anteriores, sem a vertente voltada para a R. de São Bento, com apenas um vestíbulo, o central, este idêntico ao dos pisos inferiores, mas só com 3 elevadores (2 de acesso aos pisos 4 e 7 e 1 de acesso aos pisos 8 e 9) e 1 monta-cargas, em torno do qual se distribuem escritórios e instalações sanitárias aos quais se acede por corredores. Pisos 8 e 9, os de menor área, têm planta longitudinal e abrem para terraço, a O. (voltado para a Av. D. Carlos I); um corredor longitudinal, disposto no sentido N. / S., paralelamente à fachada principal, faculta o acesso às dependências da creche; no extremo deste corredor, a N., surgem o vestíbulo, elevador e escadas de serviço; sensivelmente a meio do corredor, o monta-cargas. Pavimentos em mármore nos vestíbulos, madeira nos escritórios, cerâmico nas instalações sanitárias e em vinil nos corredores e salas da creche.

Acessos

Avenida D. Carlos I, n.º 126, 126A e 126B; Rua de São Bento n.º 9, 9A e 9B

Protecção

Parcialmente incluído na Zona Especial de Protecção conjunta do Museu Nacional de Arte Antiga (v. IPA.00003153), da Igreja de São Francisco de Paula (v. IPA.00002621), do Convento das Trinas do Mocambo (v. IPA.00003151) e do Chafariz da Esperança (v. IPA.00004943) *1 / Incluído na Zona de Proteção do Aqueduto das Águas Livres (v. IPA.00006811)

Enquadramento

Urbano, integrado na Av. D. Carlos I, aberta nos finais do séc. 19, sobre o tecido urbano existente sobrevivente ao terramoto de 1755, para ligar o Palácio das Cortes à marginal, sendo utilizada nos cortejos régios aquando da abertura anual das Cortes. Adossado a edifícios da malha urbana, maioritariamente constituída por prédios de rendimento construídos no séc. 19, é antecedido de passeio, largo, pontuado por árvores, e pavimentado a calçada à portuguesa. A N., ergue-se o Palácio de São Bento (v. PT031106170254), a NO., o chafariz da Esperança (v. PT031106370029) e a O., o Quartel dos Bombeiros de Sapadores de Lisboa, antigo Convento da Esperança, e o Bairro da Madragoa. A S., surge o antigo eixo marginal, actualmente a R. de Santos o Velho, Cç. Marquês de Abrantes, Lg. Conde Barão e R. da Boavista, onde se situa o Palácio dos Marqueses de Abrantes, actual embaixada de França (v. PT031106370369). A E., fica o Bairro de Santa Catarina com o tecido urbano da Lisboa ocidental anterior ao terramoto: R. de São Bento que liga ao Rato e a R. do Poço dos Negros que constitui um eixo de ligação à Cç. do Combro e ao Bairro Alto. Nas traseiras do imóvel, dispõe-se um pátio, cujo acesso é feito através da R. de São Bento, de planta longitudinal, com pavimento pivotado.

Descrição Complementar

AZULEJARIA: na entrada principal do edifício, voltada para a Av. D. Carlos I, surge um painel de azulejos, colocado sobre uma parede côncava, policromo, com representação de figuras de natureza onírica, de linhas curvas e sinuosas - máscaras, olhos e massas tentaculares -, em tons de amarelo, castanho roxo e azul, sobre fundo verde.

Utilização Inicial

Serviços / Educativa: jardim-de-infância / creche

Utilização Actual

Política e administrativa: instituto

Propriedade

Privada: Misericórdia

Afectação

Sem afetação

Época Construção

Séc. 20

Arquitecto / Construtor / Autor

ARQUITECTOS: João Guilherme Faria da Costa (1960); Jorge Costa Maia (1968); Maria João Eloy (1998). DRENAGENS: Hidroprojecto - consultores de hidráulica e Salubridade, SARL (1967). EMPREITEIROS: Corul - Construções e Reparações Urbanas, Lda. (1966); Figueira, Simões & Silva, Lda. (1967); Alcides Viana de Amorim (1967); Júlio Luís Joaquim Lima Gonçalves (1973). ENGENHARIA: Guy de Castro (1967); Areosa Feio (1967); Progencil, Gabinete de Engenharia Civil, Lda. (1985); Isolfrei - estudos de empreitadas de isolamentos e revestimentos, Lda. (1988). PINTOR DE AZULEJOS: Querubim Lapa. (SONDAGENS DE SOLOS: Sopecate - Sociedade de Pesquisas, captações de água e transportes, Lda. (1962).

Cronologia

1834, 8 Maio - Fundação da Sociedade das Casas de Asilo de Infância Desvalida de Lisboa; 1875 - Fundação da Associação das Creches sob o patrocínio do Rei D. Luís e da Rainha D. Maria Pia; 1883, 5 Julho - doação do Estado português a ambas as instituições do terreno da Cerca do Convento da Esperança compreendido entre a R. de São Bento e a nova avenida que havia de ligar o Largo da Esperança e o Largo das Cortes, para aí serem construídos dois edifícios destinados a creche e a asilo de infância desvalida com a cláusula de reversão para o Estado caso deixasse de ter esta função; construção do edifício com a denominação de Creche de Nossa Senhora da Conceição pela Associação de Creches; a Sociedade das Casas de Asilo de infância Desvalida de Lisboa construiu no seu lote o Asilo José António Nunes; 1885, 18 Maio - inauguração da Creche de Nossa Senhora da Conceição; 1931, 2 Janeiro - o Estado autorizou a passagem dos activos e passivos da Creche de Nossa Senhora da Conceição para a SCML com a condição desta manter a mesma função no edifício; 13 Março - realização da escritura notarial que fez transitar o imóvel da Associação de Creches e Asilos de Lisboa para a SCML no âmbito do Dec. Lei 19.1861 de 2-1-1931; 1950 - demolição da creche de Nossa Senhora da Conceição; 1959, 15 Setembro - Despacho do Ministro da Saúde e Assistência autorizando a construção de um novo imóvel; 1960, 10 Novembro - por proposta dos Serviços de Património, a Mesa escolheu o arquitecto urbanista João Faria da Costa para elaborar o projecto do novo edifício; 1961, 17 Maio - a Comissão Administrativa de Obras deu parecer de se aumentar a altura do edifício de 3 a 5 pisos para 10 a 11, aumentando assim o seu valor e rendimento; 25 Maio - estudo de aproveitamento do terreno pela CML, que impôs uma cércea mais reduzida; 1962, 21 Março - a Mesa da SCML renovou o convite ao arquitecto João Guilherme Faria da Costa; 1962, Maio - o arquitecto apresentou o ante-projecto que pressupunha apenas 3 pisos; 22 Maio - adjudicação à firma Sopecate - Sociedade de Pesquisas, captações de água e transportes, Lda. da empreitada de realização do estudo geológico do terreno; 20 Junho - a empresa Sopecate entregou à Comissão Administrativa de Obras o respectivo relatório que viria a servir de base à elaboração do projecto definitivo; 28 Dezembro - tendo em conta uma colaboração entre a SCML e a Sociedade das Casas de Asilo da Infância Desvalida, o Engenheiro Pedro Bandeira realizou um estudo das potencialidades do edifício da Sociedade propondo a sua demolição e construção de um novo imóvel em conjunto com o lote da Misericórdia elevando em muito a dimensão do projecto e tornando-o mais rentável; 1963, 23 Maio - elaboração do novo ante-projecto do imóvel com 13 pisos (3 dos quais caves subterrâneas) aproveitando a união dos terrenos da SCML e da Sociedade; 1966, 30 Junho - realização do concurso da empreitada de construção do imóvel; 13 Outubro - o conselho de Ministros autorizou a adjudicação da empreitada à firma Corul - Construções e Reparações Urbanas, Lda.; 30 Novembro - o Ministro das Obras Públicas anulou a adjudicação devido a incompatibilidades entre o contrato da empreitada e a legislação em vigor; 21 Dezembro - o Ministro das obras públicas autorizou nova adjudicação à firma Corul; 1967, 23 Fevereiro - adjudicação da empreitada de construção de um tapume e de uma vedação no terreno da R. de São Bento à firma Figueira, Simões & Silva, Lda.; 26 Março - o Engenheiro civil especialista em geotecnia Guy de Castro elaborou um parecer sobre as fundações do edifício afirmando que estas não estavam preparadas para receber a carga do imóvel; 4 Maio - a Mesa adjudicou à firma Alcides Viana de Amorim a empreitada de obras de conservação no edifício da Sociedade da Infância Desvalida; 1 Junho - início da construção do imóvel com a demolição do existente; Julho - abertura das fundações e descoberta de um troço do aqueduto da esperança onde passava um cabo eléctrico de abastecimento à Emissora Nacional; 20 Julho - a pedido da Corul, a Hidroprojecto - consultores de hidráulica e Salubridade, SARL fez um estudo de drenagem das caves do imóvel devido à existência de grande quantidade de águas subterrâneas de origem desconhecida; 27 Julho - adjudicação ao empreiteiro Júlio Luís da obra de remoção do cabo eléctrico; Setembro - a Comissão Administrativa de Obras decidiu não demolir o muro de sustentação da Av. D. Carlos I temendo o seu desabamento, optando por fazer pilares mais grossos para suster as placas das caves; Novembro - o terreno sofreu infiltrações de gasolina provenientes de tanques da Sacor - Sociedade Anónima Concessionária da Refinação de Petróleos de Portugal, SARL, obrigando à paragem dos trabalhos; 2 Novembro - o Engenheiro Areosa Feio foi encarregado pela SCML de realizar o projecto de uma laje de betão armado abaixo do nível da 1ª cave para evitar a bombagem futura de grandes caudais da água; 1968, Fevereiro - alteração da rampa para viaturas entre os pisos A e B sob projecto do arquitecto Jorge Costa Maia; 1968, Junho - início da construção da infra-estrutura; 1969, 20 Janeiro - Despacho do Subsecretário de Estado do Tesouro autorizando a SCML a demolir o troço do Aqueduto da Esperança, ramal do Aqueduto das Águas Livres; 1971 - conclusão da construção do imóvel com 9 pisos e 3 caves; a SCML instalou o Arquivo Geral na 3ª Cave e uma creche nos 8º e 9º andares, arrendou as 1.ª e 2.ª caves à Auto Malapique, Lda. e os restantes pisos a diversos organismos do Estado: Secretaria-Geral do Ministério do Plano e Coordenação Económica (piso térreo), Junta Nacional de Investigação Científica e Tecnológica (piso térreo, 2º e 3º andares), Presidência do Conselho de Ministros (4º, 5º, 6º, 7º e 8º andares); 1974, Março - transferência do Arquivo Geral da SCML para o edifício; 1983 - a Sociedade das Casas de Apoio à Infância de Lisboa propôs à SCML construir no seu lote de terreno um edifício similar que seria partilhado por ambas as instituições; 1996 - início de estudo destinado à recuperação total do prédio coordenado pelo co-autor do projecto, Arquitecto Costa Maia que não foi entregue; 1998 - a Arquitecta Maria João Eloy entregou um estudo para a recuperação integral do imóvel; 2002, Setembro - infiltrações afectaram o Arquivo Histórico da SCML; 2005, 4 Agosto - outra vistoria detectou mais indícios de infiltrações; 2007 - transição do Arquivo Histórico / Biblioteca da SCML para os serviços centrais da SCML; encerramento do Jardim-de-infância.

Dados Técnicos

Paredes autoportantes.

Materiais

Estrutura de betão armado; alvenaria rebocada e revestida a placas de mármore; pavimentos de tijoleira, mármore, madeira e cerâmico; caixilharias de alumínio; portas interiores em madeira.

Bibliografia

Documentação Gráfica

SCML: DGIP; IHRU: DGEMN/DSID, DGEMN/DREML, DGEMN/DRC, DGEMN/DIE/DP, DGEMN/DSPI, DGEMN/DREMN/DE

Documentação Fotográfica

SCML: DGIP; IHRU: DGEMN/DSID

Documentação Administrativa

SCML: DGIP, Proc.º 91 e 80B

Intervenção Realizada

1967 - construção de um tapume e de uma vedação no terreno da Rua de São Bento; DGEMN: 1971 - obras de instalação da Presidência do Concelho; 1973, Janeiro / Fevereiro - pedido dos Serviços de Património á Comissão Administrativa de Obras da SCML para se proceder a vários trabalhos de reparação e afinação; 6 Abril - concurso da empreitada das obras de adaptação do Arquivo Histórico da SCML; 28 Abril - adjudicação da empreitada à firma Joaquim Lima Gonçalves; Junta Nacional de Investigação Científica e Tecnológica: 1975 - modificações na escada; 1978, Outubro / Novembro - reparação de parte da cimalha do 5º piso do prédio; Ministério das Finanças e do Plano: 1978 / 1980 - abertura de uma porta directamente para o interior do edifício; 1979, Maio - informação do porteiro relativamente aos estragos provocados por uma viatura do Departamento de Jogos da SCML; pedido de substituição das 3 pedras mármores partidas; DGEMN: 1980 - alterações na loja; 1981, Outubro / Novembro - informação do porteiro relativa a alguns azulejos da entrada do prédio se estarem a deslocar, solicitando a sua reparação; Proprietário: 1982 - obras de conservação do piso térreo pelo empreiteiro Jovino António Rodrigues Fidalgo; 12 Outubro - adjudicação à firma Electrotécnicos Reunidos, Lda. da instalação de um sistema automático de detecção de incêndios no Arquivo Geral; Departamento Central de Planeamento do Ministério das Finanças e do Plano: 1985 - instalação de um refeitório no 4º piso, projectado pela firma Progencil, gabinete de engenharia civil, Lda; Proprietário: 1988 - obras de reparação e conservação do terraço do 6º andar pela firma Isolfrei - estudos de empreitadas de isolamentos e revestimentos, Lda.; Auto-Malpique: 1997 - obras por exigências do Batalhão de Sapadores Bombeiros; 1998 - a Fundação para a Ciência e Tecnologia mandou limpar as pedras mármores da fachada do edifício até ao 2º andar; Auto-Malpique: 2000 - substituição da estrutura do escritório em madeira por alumínio e colocação de ladrilho no chão nas suas instalações.

Observações

*1 DOF: Zona Especial de Proteção conjunta aos imóveis: Museu Nacional de Arte Antiga, Igreja de São Francisco de Paula, Túmulo da rainha D. Maria Vitória, Palácio do conde de Óbidos, Chafariz das Janelas Verdes, Teatro da Casa da Comédia, Edifício da rua das Janelas Verdes n.º 78 - 78, Cinema Cinearte, Chafariz da Esperança, Convento das Trinas, Casa de António Sérgio, Palacete do viscondes e condes dos Olivais e da Penha Longa, Troço do do Aqueduto das Águas Livres, Abadia de Nossa Senhora da Nazaré do Mocambo.

Autor e Data

Helena Mantas e João Simões 2007

Actualização

 
 
 
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