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Sítio Sítio pré e proto-histórico Gruta
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Descrição
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Compõe-se de duas grandes salas contíguas às quais se associam, em várias direcções, galerias e salas mais diminutas. A entrada localiza-se a S. dando acesso à primeira sala, com comprimento máximo de 10 m. e largura média de 3 m., a qual comunica com outra que lhe é praticamente perpendicular e que tem dimensões máximas idênticas à anterior. Alguns dos espaços colaterais encontram-se ainda preenchidos de sedimentos quase até ao tecto. As alturas das salas maiores oscilam entre 1 e 4 m.. As paredes e tecto apresentam-se verrugosos e arregueirados. |
Acessos
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Dine, no final da EN 308-3; o sítio localiza-se nas imediações da extremidade SO. da aldeia |
Protecção
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Categoria: IIP - Imóvel de Interesse Público, Decreto n.º 67/97, DR, 1.ª série, n.º 301 de 31 de dezembro de 1997 |
Enquadramento
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Rural, a meia-encosta, isolado, tendo a sua entrada na vertente SO. do outeiro onde se levanta a igreja paroquial. Rodeado de coberto vegetal autóctone, com destaque para a azinheira, tendo o espaço fronteiro à sua entrada beneficiado de valorização recente, no âmbito de projecto de recuperação do conjunto de fornos da cal localizados contiguamente, nomeadamente pela limpeza de vegetação e instalação de papeleira e de banco paralelepipédico de granito |
Descrição Complementar
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Utilização Inicial
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Não aplicável |
Utilização Actual
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Não aplicável |
Propriedade
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Pública: Municipal |
Afectação
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Sem afectação |
Época Construção
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Calcolítico |
Arquitecto / Construtor / Autor
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Não aplicável |
Cronologia
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Calcolítico - presumível início da ocupação humana do sítio; Idade do Ferro - final da ocupação do sítio; 1964 - campanha de trabalhos arqueológicos realizada por C. Harpsöe; 1974 - instalação de porta na entrada da gruta; 1981 - escavação clandestina realizada por grupo de bancários de Bragança; 1975, Março - despacho de classificação como IIP; 1982 - realização de sondagens arqueológicas por iniciativa do Serviço Regional de Arqueologia da Zona Norte, sob a direcção de João Pedro Ribeiro; 1983 - continuação dos trabalhos arqueológicos do ano anterior, sob a direcção de João Pedro Ribeiro e de Mário Brito; 1984 - continuação dos trabalhos arqueológicos do ano anterior, sob a direcção de Mário Brito; década de 90 - entrega dos cadernos de campo e do espólio das escavações de Harpsöe ao Instituto Português do Património Cultural; 1998 - entrada dos cadernos de campo e do espólio das escavações de Harpsöe no Museu D. Diogo de Sousa (Braga) *1. |
Dados Técnicos
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Não aplicável |
Materiais
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Gruta calcária com materiais arqueológicos cerâmicos, líticos e ósseos e material osteológico (humano e dos géneros Bos, Sus, Ursus, Cervus...). |
Bibliografia
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HARPSÖE, Carl H. e RAMOS, Miguel F. - "Lorga de Dine" (Vinhais, Bragança), Arqueologia, 12, Porto, 1985; JORGE, Susana Oliveira - Povoados da Pré-história Recente da região de Chaves, Porto, 1986; LEMOS, Francisco Sande - O povoamento romano de Trás-os-Montes Oriental (tese de doutoramento policopiada), Braga (Universidade do Minho), 1993; MACIEL, Tarcísio - Roteiro arqueológico da região de Vinhais in Vinhais, Terra e Gentes, Vinhais, 1993; SANCHES, Maria de Jesus - Pré-história recente de Trás-os-Montes e Alto Douro, Porto, 1997; LEMOS, Francisco Sande - A Lorga de Dine, um sítio arqueológico a descobrir, Vinhais Património, n.º 2, Vinhais 1999 (2000). |
Documentação Gráfica
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DGEMN: DSID |
Documentação Fotográfica
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DGEMN: DSID |
Documentação Administrativa
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Intervenção Realizada
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Câmara Municipal de Vinhais: 1974 - instalação de porta na entrada da gruta; Parque Natural de Montesinho e Câmara Municipal de Vinhais: 2001 - instalação de núcleo interpretativo na antiga casa paroquial. |
Observações
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*1 - o espólio proveniente desta gruta conta com numerosíssimos fragmentos de cerâmica, atribuíveis, predominantemente, ao Calcolítico e Idade de Bronze, mas também à Idade do Ferro, pontas de seta de base côncava e bicôncava em sílex, xisto e corneana, contas de colar e ossos humanos e de animais; para os períodos crono-culturais melhor representados destacam-se pequenos vasos, associáveis a ossos humanos, a elementos de adorno e eventualmente, a pontas de seta, situação que leva alguns autores a considerarem para a gruta uma exclusiva função funerária, descurando a hipótese de ter sido também depósito de cereais; considerando a hipótese de dupla função desta cavidade, Francisco Sande Lemos admite que o habitat se pode localizar no topo do outeiro que a alberga. |
Autor e Data
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Ernesto Jana 1993 / Armando Redentor e Miguel Rodrigues 2001 |
Actualização
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