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Edifício e estrutura Edifício Religioso Convento / Mosteiro Convento masculino Congregação dos Cónegos Seculares de São João Baptista - Frades Lóios
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Descrição
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Planta em cruz latina, de nave única e capela-mor rectangular, articulado com o corpo rectangular que compõe o edifício conventual, à direita. Massas diferenciadas e coberturas em telhados de duas águas (nave e transepto) e de quatro águas (convento). Frontaria tratada em pano central composto de forma retabular, com dois registos arquitectónicos horizontais e frontão triangular, incorpora duas torres sineiras paralelepipédicas laterais com revestimento em azulejo de padrão, destacando-se relógios insertos em cartelas. A fachada retabular central onde se rasgam um portal central de remate triangular e janelão rectangular superior, ergue-se em dois registos, de triplas pilastras de cada lado, desenvolvendo o jónico ao qual se sobrepõe o toscano com remates que sobrepassam a empena do frontão triangular com nicho central em alto relevo, fogaréus e cruz de dupla haste assente em base em forma de mitra. Edifício conventual com fachadas exteriores desornamentadas com vãos revestidos de cantaria, elevando-se em dois pisos. INTERIOR com coro-alto assente em arco abatido, capelas colaterais comunicantes rasgadas em arcos de volta perfeita, largo transepto e capela-mor emoldurada por arco cruzeiro arquivoltado. Nos alçados, entre a arcaria lateral, cravam-se nichos com frontões triangulares abrigando estatuária e janelões rectangulares cegos, enquanto retábulos de talha dourada se espalham pelas capelas laterais, transepto e capela-mor. Entablamento toscano corrido e pouco pronunciado sustenta abóbada de berço da nave, dividida em caixotões, interceptada no transepto por abóbada de arestas e capela-mor com abóbada de berço composta por três tramos e nove caixotões com molduras decorativas de formas geométricas. Claustro de dois pisos, demarcado por pilastras colossais toscanas, sendo o piso térreo constituído por sistema arquivoltado e o superior, composto por vãos rectangulares com sacada suportada por mísulas. No centro da quadra, chafariz com taça circular quadrilobada e tanque único e paredes com lambril de azulejos de padrão. |
Acessos
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Rua Dr. dos Santos Carneiro |
Protecção
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Categoria: MIP - Monumento de Interesse Público / ZEP, Portaria n.º 718/2012, DR, 2.ª série, n.º 237, 7 dezembro 2012 |
Enquadramento
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Urbano, isolado no centro da cidade, em local de destaque, emoldurado por escadaria, integrado lateralmente no parque municipal. |
Descrição Complementar
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Utilização Inicial
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Religiosa: convento masculino |
Utilização Actual
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Religiosa: igreja paroquial / Cultural e recreativa: biblioteca / Cultural e recreativa: museu |
Propriedade
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Privada: Igreja Católica (Diocese do Porto) / Pública: municipal |
Afectação
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Sem afectação |
Época Construção
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Séc. 16 / 17 |
Arquitecto / Construtor / Autor
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ENTALHADOR: Domingos Nunes (1702); ORGANEIROS: E.F. Walcker (1896); Pedro Guimarães (1996). PEDREIROS: Francisco Carvalho (1625); Jerónimo Luís (1558); Valentim Carvalho (séc. 17). |
Cronologia
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1558 - D. Diogo Forjaz Pereira e sua esposa D. Ana de Meneses, fundadores, contratam Jerónimo Luís para que iniciasse a obra da capela-mor; 1559 - Fundação e lançamento da 1ª pedra; 1574 - a igreja pertence ao padroado real e integra a Diocese do Porto; 1618 - nova cerimónia de lançamento da 1ª pedra, depois da morte do fundador D. Diogo Forjaz Pereira ter paralisado a fábrica; 1625 - inicia-se a obra do cruzeiro, com nova cerimónia simbólica sendo mestre da obra Francisco Carvalho e, por sua morte, Valentim Carvalho, mestres de pedraria da cidade do Porto; 1632 - 1633 - datas gravadas no transepto, do lado exterior da igreja; 1693 - o corpo da igreja ainda não tinha sido integralmente concluído; 1702, 03 novembro - quatro retábulos para as capelas da igreja por Domingos Nunes por 335$000; 1743 - conclusão da torre sineira do lado direito; 1746 - data do cruzeiro da escadaria; 1896 - feitura do órgão por E.F. Walcker; 1986, 1 Julho - proposta de classificação pela Câmara Municipal de Santa Maria da Feira; 2003, 25 Março - proposta de abertura da DRPorto; 28 Março - despacho de abertura do Vice-Presidente do IPPAR; 2008 / 2009 - Remodelação e qualificação dos espaços para destino museológico do edifício existente, 1.ª fase; 2011, 30 Março - proposta da DRCNorte para a classificação como CIP; 22 Agosto - nova proposta da DRCNorte; 11 Novembro - parecer da SPAA do Conselho Nacional de Cultura a propor a classificação como MIP; 2012, 20 Abril - publicado em D.R., 2ª série, nº 79, o anúncio 8775/2012 com o projecto de decisão relativo à classificação como Monumento de Interesse Público (MIP) da Igreja e Convento dos Loios, incluindo a escadaria monumental e fixação da respectiva zona especial de protecção. |
Dados Técnicos
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Estrutura mista. |
Materiais
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Alvenaria e cantaria (granito), coberturas exteriores de tijolo. |
Bibliografia
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BRANDÃO, Domingos de Pinho, Obra de talha dourada, ensamblagem e pintura na cidade e na Diocese do Porto - Documentação, Porto, Diocese do Porto, 1985, vol. II; FERREIRA, Vaz, Convento da Feira. Lista dos Reitores - Capela-mor, Arquivo do Distrito de Aveiro, 1949, XV, pp. 129 - 138; IDEM, O Convento da Feira, pelo Padre Jorge de São Paulo, Arquivo do Distrito de Aveiro, 1950, XVI, pp. 189 - 212, 247 - 270 e 1951, XVII, pp. 36 - 66; GONÇALVES, Nogueira, DIAS, Pedro, Concelho de Vila da Feira. Arte e História, Vila da Feira, 1979, pp. 10 - 11; GONÇALVES, Nogueira, Inventário Artístico de Portugal. Distrito de Aveiro, X, Lisboa, 1981, pp. 53 - 62; SERRÃO, Joaquim Veríssimo - Livro das Igrejas e Capelas do Padroado dos Reis de Portugal - 1574. Paris: Fundação Calouste Gulbenkian Centro Cultural Português, 1971. |
Documentação Gráfica
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Documentação Fotográfica
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IHRU: DGEMN/DSID |
Documentação Administrativa
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Intervenção Realizada
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1996 - reparação do órgão por Pedro Guimarães (Opus n.º 18). |
Observações
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Autor e Data
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Carlos Ruão 1996 |
Actualização
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