Capela de São Leonardo
| IPA.00022365 |
Portugal, Vila Real, Peso da Régua, União das freguesias de Galafura e Covelinhas |
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Arquitetura religiosa, vernácula . Capela simples, de volume único e cobertura homogénea de duas águas, com fachadas em empena, rebocadas e pintadas de branco, terminadas em cornija de betão. Fachada principal rasgada por portal de verga reta com moldura de granito, encimada por cartela e varandim de betão. Fachada posterior coroada, sobre a empena, pela imagem de São Leonardo em granito. |
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Número IPA Antigo: PT011708030100 |
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Registo visualizado 3171 vezes desde 27 Julho de 2011 |
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Edifício e estrutura Edifício Religioso Templo Capela / Ermida
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Descrição
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Planta retangular, simples de volume único e cobertura homogénea, de duas águas. Fachadas rebocadas e pintada de branco, terminadas em cornija de betão, sobreposta nas laterais por beiral simples. Fachada principal virada a S., de pano único, terminada em empena coroada por cruz latina no vértice, rasgada por pórtico de verga reta, com moldura de granito e acesso por um degrau, encimado por cartela de granito com a data 1924 registada, ladeada por duas pequenas frestas retangulares verticais. Sobre o pórtico rasga-se janela de sacada, de verga reta, com base do varandim circular de betão, com guarda de ferro. Fachadas laterais semelhantes, rasgadas rasgadas por duas janelas de verga reta e peitoril de granito, protegidas por grades de ferro. Fachada posterior cega, terminada em empena coroada sobre o vértice, pela imagem de São Leonardo voltado para o Rio. Nesta mesma fachada, apresenta painel de azulejos de fundo branco e bordadura formada por ramalhete de flores em tons de azul, onde se lê um poema de Miguel Torga À PROA DUM NAVIO DE PENEDOS, A NAVEGAR NUM DOCE MAR DE MOSTO, CAPITÃO NO SEU POSTO DE COMANDO, S. LEONARDO VAI SULCANDO AS ONDAS DA ETERNIDADE, SEM PRESSA DE CHEGAR AO SEU DESTINO. ANCORADO E FELIZ NO CAIS HUMANO, É NUM ANTECIPADO DESENGANO QUE RUMA EM DIRECÇÃO AO CAIS DIVINO. LÁ NÃO TERÁ VINHEDOS NEM SOCALCOS NA MENINA DOS OLHOS DESLUMBRADOS SERÃO CHARCOS DE LUZ ENVELHECIDA; RASOS, TODOS OS MONTES DEIXARÃO PROLONGAR OS HORIZONTES ATÉ ONDE SE EXTINGA A COR DA VIDA. POR ISSO, É DEVAGAR QUE SE APROXIMA DA BEM-AVENTURANÇA. É LENTAMENTE QUE O RABELO AVANÇA DEBAIXO DOS SEUS PÉS DE MARINHEIRO. E CADA HORA A MAIS QUE GASTA NO CAMINHO É UM SORVO A MAIS DE CHEIRO A TERRA E A ROSMANINHO. MIGUEL TORGA IN DIÁRIO IX. |
Acessos
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Monte de São Leonardo |
Protecção
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Inexistente |
Enquadramento
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Peri-urbano, isolado, no topo do monte, a cerca de 640 m de altitude, com um excelente domínio visual a sobre o rio Douro, algumas povoações, quintas e socalcos que que se encaixam nas margens e encostas do rio. Nos pontos mais elevados predominam as formações rochosas e vegetação agreste, que completam o cenário da paisagem duriense. A capela ergue-se no centro da plataforma pontuada por azinheiras, mimosas, medronheiros e cedros, delimitada por muro de proteção formado por blocos de granito sobrepostos. No recinto surge uma placa informativa, um painel de azulejos com com excerto da obra de Miguel Torga e pequena casa de granito, para apoio. |
Descrição Complementar
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No Monte surgem vários poços de minas romanos, onde se extraía sílex e quartzo. No recinto apresenta uma placa informativa e um painel de azulejos fixados na rocha com seguinte excerto da obra de Miguel Torga: O DOIRO SUBLIMADO. O PRODÍGIO DE UMA PAISAGEM QUE DEIXA DE O SER À FORÇA DE SE DESMEDIR. NÃO É UM PANORAMA QUE OS OLHOS CONTEMPLAM: É UM EXCESSO DE NATUREZA. SOCALCOS QUE SÃO PASSADOS DE HOMENS TITÂNICOS A SUBIR AS ENCOSTAS, VOLUMES, CORES E MODULAÇÕES QUE NENHUM ESCULTOR PINTOR OU MÚSICO PODEM TRADUZIR, HORIZONTES DILATADOS PARA ALÉM DOS LIMIARES PLAUSÍVEIS DE VISÃO. UM UNIVERSO VIRGINAL, COMO SE TIVESSE ACABADO DE NASCER, E JÁ ETERNO PELA HARMONIA, PELA SERENIDADE, PELO SILÊNCIO QUE NEM O RIO SE ATREVE A QUEBRAR, ORA A SUMIR-SE FURTIVO POR DETRÁS DOS MONTES, ORA PASMADO LÁ NO FUNDO A REFLECTIR O SEU PRÓPRIO ASSOMBRO. UM POEMA GEOLÓGICO. A BELEZA ABSOLUTA. MIGUEL TORGA IN "DIÁRIO XII". |
Utilização Inicial
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Religiosa: capela |
Utilização Actual
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Religiosa: capela |
Propriedade
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Privada: Igreja Católica |
Afectação
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Sem afectação |
Época Construção
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Séc. 20 |
Arquitecto / Construtor / Autor
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Desconhecido |
Cronologia
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1758 - O pároco de São Vicente da Galafura, refere que existem quatro ermidas fora da povoação, a de São Roque, a de Santo António, a do Espírito Santo e a de São Leonardo, sendo todas de "obra diminuta"; 1924 - Data gravada sobre a porta principal, correspondendo provavelmente ao ano de reconstrução da capela; 2000 (década) - arranjo do miradouro. |
Dados Técnicos
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Sistema estrutural de paredes portantes. |
Materiais
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Estrutura rebocada e pintada; moldura da porta principal, cartela e peitoris das janelas laterais em cantaria de granito; guarda do varandim e grades das janelas em ferro; janelas com vidro simples; porta principal de madeira e a da sacada metálica; cornija e base do varandim de betão; painéis de azulejos com inscrição; imagem de são Leonardo de granito; bancos do miradouro de granito branco; cobertura em telha. |
Bibliografia
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Coord. SILVA, Isabel, Dicionário Enciclopédico das Freguesias, vol. 3, Matosinhos, 1997; http://ttonline.dgarq.gov.pt/dserve.exe?dsqServer=calm6&dsqIni=Dserve.ini&dsqApp=Archive&dsqCmd=show.tcl&dsqDb=Catalog&dsqPos=2&dsqSearch=(Title='galafura'), 15 de Novembro de 2011. |
Documentação Gráfica
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Documentação Fotográfica
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IHRU: SIPA |
Documentação Administrativa
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Intervenção Realizada
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1924 - Obras de reconstrução; 2000 (década) - arranjo dos espaço envolvente. |
Observações
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EM ESTUDO. |
Autor e Data
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Paula Noé 2004 / Ana Filipe 2011 |
Actualização
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