Pelourinho de Telheira / Marco Jurisdicional do Couto de Sanfins

IPA.00002224
Portugal, Viana do Castelo, Valença, Verdoejo
 
Arquitectura político-administrativa, setecentista. Marco de demarcação da jurisdição de couto, de construção setecentista e fuste cilíndrico, transformado em pelourinho sem remate, pelo que não pode ser alvo de classificação tipológica. Antigo marco de demarcação jurisdicional de couto, actualmente considerado pelourinho, de grande simplicidade, com fuste cilíndrico subdividido em cinco tambores.
Número IPA Antigo: PT011608160004
 
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Registo

 
Edifício e estrutura  Estrutura  Político e administrativo  Estrutura de delimitação territorial  Marco  Marco de couto

Descrição

Estrutura em cantaria de granito, composta por soco quadrangular de um único degrau, onde assenta fuste cilíndrico liso, com c. de 3,4 m de altura, formado por cinco tambores, encimada por capitel simples, tendo numa das faces a inscrição "Era de 1729".

Acessos

Verdoejo, Lugar de Telheira, Quinta de Sanfins, marginando a EN 101 ao Km 6. WGS84 (graus decimais) lat.: 42.044958; long.: -8.580684

Protecção

Categoria: IIP - Imóvel de Interesse Público, Decreto nº 23 122, DG, 1.ª série, n.º 231 de 11 outubro 1933

Enquadramento

Urbano, isolado, junto à Capela do Senhor dos Passos (v. PT011608160112), num adro murado e sobrelevado à estrada.

Descrição Complementar

Utilização Inicial

Política e administrativa: marco de couto

Utilização Actual

Cultural e recreativa: marco histórico-cultural

Propriedade

Pública: estatal

Afectação

Autarquia Local, Artº 3º, Dec. 23 122 de 11 Outubro 1933

Época Construção

Séc. 18

Arquitecto / Construtor / Autor

Desconhecido.

Cronologia

1729 - data de construção; 1758, 10 Maio - segundo o vigário encomendado Manuel Felgueira do Cabo nas Memórias Paroquiais, a freguesia pertencia ao rei, integrava-se no couto de São Fins e, quanto ao secular, pertencia à comarca de Valença; tinha 114 vizinhos e 290 pessoas; no lugar de Portuzelo estava o foral do couto de São Fins, paço do concelho, com cadeia, nela se fazendo as audiências às 2ª feiras de cada semana e os actos da câmara; o couto tinha juiz ordinário e câmara por eleição do corregedor de Viana, que também estava sujeito à provedoria da mesma câmara; os escrivães que serviam no couto eram os do auditório do concelho de Coura, tal como o inquiridor e distribuidor; o vigário refere ainda que havia memória de antigamente se fazerem as audiências no castelo de Farão ou da Turna, por ser na época o couto pouco povoado; posteriormente, com o aumento populacional no mesmo, conseguiu-se do rei a colocação de um juiz ordinário e os oficiais da câmara.

Dados Técnicos

Sistema estrutural autónomo.

Materiais

Estrutura em cantaria de granito.

Bibliografia

CAPELA, José Viriato, As freguesias do distrito de Viana do Castelo nas Memórias Paroquiais de 1758, Braga, Casa Museu de Monção / Universidade do Minho, 2005; CHAVES, Luís, Os Pelourinhos do Distrito de Viana do Castelo; MALAFAIA, E.B. de Ataíde, Pelourinhos Portugueses - tentâmen de inventário geral, Lisboa, Imprensa Nacional - Casa da Moeda, 1997; OLIVEIRA, A. Lopes de, Valença do Minho, Póvoa do Varzim, 1978; SOUSA, Júlio Rocha e, Pelourinhos do Distrito de Viana do Castelo, Viseu, 2001; VIEIRA, José Augusto, O Minho Pittoresco, 1, Lisboa, 1886, p. 83.

Documentação Gráfica

Documentação Fotográfica

DGPC: DGEMN:DSID

Documentação Administrativa

Intervenção Realizada

Nada a assinalar.

Observações

*1 - Segundo Malafaia, é provável que o pelourinho seja oriundo de Sanfins, que antigamente foi vila e couto de São Fins de Friestas, que D. Afonso Henriques coutou em 1172, em proveito dos frades. D. João III, deu todos os bens e o couto de Sanfins aos padres da Companhia de Jesus para com as rendas fundarem o Colégio de Coimbra. *2 - A Casa da Câmara encontra-se actualmente a funcionar como escola primária.

Autor e Data

Paulo Dordio e Paulo Amaral 1995

Actualização

 
 
 
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