Núcleo urbano da vila de Óbidos
| IPA.00002195 |
Portugal, Leiria, Óbidos, Santa Maria, São Pedro e Sobral da Lagoa |
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Núcleo urbano sede municipal. Vila situada em colina. Vila medieval de fundação e jurisdição régia e posterior jurisdição senhorial (Casa das rainhas), com castelo, cerca e arrabalde. Núcleo urbano muralhado integrando alcáçova de origem muçulmana. Traçado consolidado na época medieval com importantes intervenções de rectificação no séc. 16, em especial no que se refere à Rua Direita e à Praça da Vila. Implantação em socalcos paralelos ao declive, onde se desenvolvem as ruas principais, paralelas entre si: a Rua Direita, a Rua de Cima e a Rua de Baixo. Os percursos transversais são feitos por ruas secundárias, que frequentemente são transpostas através de escadas. As ruas apresentam-se estreitas e os espaços públicos de dimensões reduzidas, à excepção da Praça da Vila ou de Santa Maria, que concentra os edifícios públicos e religiosos de maior relevância e que, tal como em Monsaraz, se abre lateralmente à Rua Direita, a qual liga a Alcáçova à Porta da Vila. É ainda na Rua Direita que se concentram as casas nobres e as casas abastadas, todas de frente larga, geralmente ocupando toda a profundidade do lote, incluindo o quintal. São de salientar as situações em que o lote é construído na sua totalidade, localizando-se o quintal e outros anexos da casa num quarteirão vizinho, obrigando a que o acesso seja feito por passadiço sobre a rua. As casas nobres, de 2 e 3 pisos, apresentam características que denunciam alguma erudição, tais como o cuidado na distribuição formal e decorativa dos diversos elementos. Com janelas de sacada, varandas de pedra e guardas de ferro a marcar o piso nobre, apresentam vãos bem ritmados, com cantaria de verga recta ou curva e cornijas em argamassa a rematar os panos de parede. Na maioria dos casos os cunhais são de pedra, sendo frequente o uso do aparelho rusticado. A casa abastada é também uma casa grande e rica, mas com uma configuração menos elaborada. Geralmente de 2 pisos e sem janelas de sacada ritmadas, apresenta com mais frequência janelas de peito. Ambas têm o piso térreo afecto a funções de apoio à habitação, adegas, lagares e cocheiras, enquanto os pisos superiores eram reservados a habitação. As casas correntes apresentam esquemas formais muito simples e de grande uniformidade. Dividem-se em dois grandes grupos, definidos pela existência ou inexistência de quintal. As casas sem quintal são em menor número e de dimensões reduzidas. Surgem por vezes adossadas à muralha ou à rocha, em zonas de maior declive. Existem situações de edifícios sem quintal, com 1, 2 e 3 frentes, com alguma concentração na Rua Direita, mas com presença pontual na restante área urbana. As casas com quintal são predominantes e têm como variantes a posição relativa da entrada. São diversos os casos em que a entrada para a casa é assegurada exclusivamente pelo quintal. Mais comuns são as situações de entrada pela casa e pelo quintal, ou só pela casa. Os quintais são murados e de carácter intimista. As suas dimensões são variáveis, mas quase sempre surpreendentemente amplas para um conjunto urbano muralhado. São de salientar dois tipos particulares de casa, que se destacam independentemente da presença do quintal, um caracterizado pela presença de escadas exteriores, outro pela integração de um passadiço sobre a rua, que prolonga o espaço privado para outro quarteirão. A organização dos volumes, a composição das fachadas e a distribuição interna das casas não reflecte especificidades relativamente a cada uma das variantes, sendo muito grande a diversidade de soluções. Também as soluções e os materiais construtivos são comuns aos vários tipos, com excepção da utilização da pedra em maior quantidade nas casas nobres e noutras situações pontuais. São de salientar as portas medievais em arco quebrado e as janelas maineladas, assim como os trabalhos de cantaria em portas e janelas dos séculos 16, 17 e 18., e os cunhais, em especial os de aparelho rusticado. São frequentes os pormenores decorativos em trabalhos de argamassa, caiados com as mesmas cores dos socos e faixas verticais, assinalando os limites do alçado das casas. Imagem urbana homogénea e de grande efeito na paisagem dada a implantação alongada da povoação fortificada no topo de uma elevação e, também, devido à fraca incidência de imóveis totalmente dissonantes; apresenta uma malha pouco densa, devido à predominância de lotes com quintal; existência de arrabaldes em época recuada (séc.12). O arrabalde principal desenvolveu-se no vale E. junto à Porta de Nossa Senhora da Graça e não junto à porta da Vila, provavelmente por aqui ter funcionado até ao séc. 17, a gafaria e a albergaria; os eixos principais de circulação na vila e de ligação ao exterior desenvolveram-se inicialmente no sentido transversal E./ O. Só a partir do séc. 17, a Rua Direita, que se desenvolve no sentido N./ S., entre a Alcáçova e a Porta da Vila, passa a ser o eixo fundamental; são notáveis as portas medievais com a verga em arco de ogiva e as portas de cantaria chanfrada, bem como a presença de cunhais rusticados; notável colecção de varandas em ferro na Rua Direita; intervenção arquitectónica contemporânea na área do castelo. |
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Número IPA Antigo: PT031012040050 |
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Registo visualizado 1841 vezes desde 27 Julho de 2011 |
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Conjunto urbano Aglomerado urbano Vila Vila medieval Vila fortificada Régia (D. Sancho I)
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Descrição
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Núcleo urbano com castelo (v. PT031012040001), definido por perímetro muralhado de traçado aproximadamente triangular, sendo o maior dos lados de orientação N./ S. Inclui dois pólos de expansão extramuros, a E. e a S. As muralhas da cerca acompanham o declive acentuado do terreno e têm como pontos mais altos a alcáçova, onde se ergue o Paço do Alcaide, a N., e a e a torre do Facho, a S.. Conservam-se cinco portas e dois postigos: a Porta da Vila a S., integrando oratório, a Porta do Vale a E., que inclui a capela de Nossa Senhora da Graça, e a Porta da Talhada a O., que ligavam a vila aos três principais eixos de comunicação com o exterior. A Porta da Traição e a Porta da Cerca são as mais antigas e abrem-se na muralha da alcáçova, a primeira a O., estabelecendo a ligação inicial ao núcleo extramuros do Mocharro e ao caminho para a lagoa, e a segunda, voltada a E., de difícil acesso, que seria utilizada só em tempo de guerra. Os postigos terão surgido posteriormente, por necessidade de acessos intermédios, um dos quais a O.; outro foi aberto a E., onde se desenvolveu o arrabalde e onde existiam os poços públicos. O traçado urbano intramuros é de formação linear, estruturado por um eixo principal, a Rua Direita, que liga a Porta da Vila à Porta do Castelo e à igreja de São Tiago (v. PT031012040027) e que se desenvolve paralelamente à muralha N.. A Rua de Baixo (actual Rua Padre Antunes Tavares) acompanha a muralha no lado S. e liga a Porta da Vila à Porta do Vale. Aqui nasce a Rua Nova (actual Rua do Coronel Pacheco), que faz a ligação à Porta do Castelo, fechando o triângulo principal de circulação. Adjacente à Rua Direita, e num plano inferior a esta, no lado E., abre-se a Praça de Santa Maria, amplo espaço rectangular, actualmente arborizado, onde se erguem a igreja de Santa Maria (v.PT031012040003), a antiga Casa da Câmara (v. PT031012040029), o pelourinho (v. PT031012040002), o antigo mercado da vila (conhecido por Telheiro da Vila) e os principais edifícios de habitação senhorial. Este é o principal espaço público da vila, pensado e ordenado de forma a constituir uma zona de acolhimento e comércio, simultaneamente pólo de representação do poder político. Resultante da demolição de algumas construções, foi regularizado no séc. 16, desenvolvendo-se numa zona plana, de cota inferior à da Rua Direita. A diferença de cotas é vencida por duas rampas de larguras diferentes. Na praça, adossado ao muro de sustentação da Rua Direita, voltado à praça e no eixo do portal da igreja, encontra-se o chafariz da Vila. O pelourinho foi colocado no mesmo eixo, sobre o muro de sustentação ao nível da Rua Direita. É possível que a localização inicial do pelourinho tivesse sido fronteira à Casa da Câmara, na mesma praça. Quase paralela à Rua Direita, a Rua de Cima (actual Rua D. Antão Moniz) é estreita e irregular, mas representa um eixo fundamental na ocupação da parte alta da vila. Estes eixos desenvolvem-se em patamares paralelos ao maciço, sendo que todas as ruas secundárias que lhes são perpendiculares se apresentam estreitas e com grande declive, recorrendo em diversas situações a escadas. A Rua Josefa de Óbidos é um eixo intermédio que liga a entrada da vila ao Largo de São Pedro, espaço de forma trapezoidal, onde se encontra a igreja com o mesmo nome (v. PT031012050026), o Palácio da Vigararia (actual Câmara Municipal, v. PT031012050033) e a capela de São Martinho (v. PT031012050006). O Largo apresenta algum desequilíbrio nas proporções, sendo a área fronteira à igreja e à capela de dimensões reduzidas. A rua segue para N. em direcção ao Largo da Misericórdia, espaço rectangular de pequenas dimensões, constituindo o adro da igreja homónima (v. PT031012040028). A circulação para a Praça de Santa Maria, que se desenvolve a N. e se encontra num nível superior, é estabelecida por vários patamares de escadas. A implantação urbana ter-se-á iniciado na zona intra-muros, que até à época de ocupação muçulmana se restringiu à primeira linha da cerca ou alcáçova (SILVA, 1997), com um arrabalde exterior na encosta O., concentrado em redor de um templo, posteriormente igreja de São João do Mocharro ( actual capela de Nossa Senhora do Carmo, v. PT031012040005). A hipótese, não confirmada, da igreja de Santa Maria ter sido erguida sobre uma mesquita, significaria que o núcleo urbano muçulmano teria maiores dimensões. Com a Reconquista Cristã desenvolveu-se a O. da cerca a mouraria, e posteriormente a judiaria, ao longo de uma rua com direcção E./ O., que veio a dar origem à Calçada, posteriormente Rua Nova (actual Rua do Coronel Pacheco). Este eixo seria fundamental por ligar o núcleo do Mocharro, a Porta da Alcáçova e o vale onde corre o rio Arnóia. O espaço urbano terá sofrido uma expansão progressiva de N. para S., com o estabelecimento das duas paróquias criadas após o avanço cristão, a primeira sedeada na igreja de Santa Maria e a segunda na igreja de São Pedro. A partir dos séc. 12 e 13, desenvolveu-se o arrabalde a E. da vila, no vale mais próximo do rio Arnóia, estabelecendo a transição da zona agrícola com a vila. Era por onde se acedia aos moinhos e aos poços, onde se encontrava o açougue e onde deveriam residir e trabalhar grande parte dos oleiros e outros mestres de ofícios. Com uma estrutura irregular, formada por ruas estreitas, onde foi implantada a igreja da Ordem Terceira de São Francisco, o arrabalde era polarizado pelo largo da Fonte Nova, onde se encontra um chafariz. Deste espaço acede-se à vila intramuros pelo Postigo de Baixo ou do Poço. Do povoado O. só resta a igreja de Nossa Senhora do Carmo ou do Mocharro, pois terá sido progressivamente abandonado, a partir do séc. 15. A grande destruição provocada pelo terramoto de 1531 terá contribuído para o processo de desertificação desta área, o que levou à transferência, no séc. 17, da paróquia de São João do Mocharro para a igreja de São João Baptista (v. PT031012050043), construída no local da capela de São Vicente dos Gafos, instituída no séc. 13 junto à Porta da Vila. Desenvolve-se aqui o terceiro núcleo extramuros, de pequenas dimensões, estruturado pela Rua da Porta da Vila, antigo caminho que dava acesso à estrada que ligava Óbidos a Lisboa e a Torres Vedras. Até ao séc. 17 aí funcionou uma gafaria e a confraria do Divino Espírito Santo com a albergaria anexa, o que tornava este local numa zona marginal e de exclusão. Só após o encerramento da referida instituição este espaço terá começado a ser procurado para habitação e comércio. Numa cota superior e paralela à via de acesso à Porta da Vila, encontra-se a referida igreja de São João Baptista e a rua que leva ao cemitério. O actual Largo Prof. Mário Moreira, de forma trapezoidal, antecede a Porta da Vila e deverá ter funcionado como espaço de mercado, ainda hoje a funcionar na sua proximidade. Este espaço é limitado a E. pelo último troço visível do Aqueduto da Usseira (v. PT031012050007), antes da sua entrada no perímetro muralhado. As antigas infra-estruturas de abastecimento de água à vila marcam também de forma decisiva o espaço urbano, estando alguns dos largos mais importantes associados à existência de uma fonte ou chafariz. Desde logo, a presença marcante do já referido Aqueduto da Usseira, que liga a nascente, na Usseira, à Porta da Vila, atravessando o Vale dos arcos, e termina no representativo Chafariz da Vila (v. PT031012040036), na Praça de Santa Maria. No arrabalde, junto ao Postigo do Poço, encontra-se o Chafariz do Poço, também conhecido por Chafariz D. Maria I ou do Arrabalde (v. PT031012050017). Ainda no arrabalde, encontra-se ainda o Chafariz da Biquinha (v. PT031012050024). A área construída apresenta-se pouco densa, sendo muito significativa a presença de amplos logradouros. A Rua Direita é o único eixo formado por uma sequência regular de quarteirões rectangulares, cujo lado maior é paralelo à rua. Numa clara adaptação ao terreno acidentado e sem desenho regulador, o traçado urbano apresenta grande irregularidade e variação nas dimensões de lotes e quarteirões. O espaço construído é dominado por casa de dois pisos que, por adaptação ao acentuado declive do terreno, apresentam menos ou mais pisos para as traseiras. A Rua Direita funciona como patamar intermédio, sendo a "rua de cima" constituída fundamentalmente por muros de quintais e traseiras dos edifícios que têm frente para a primeira, tal como acontece na Rua Josefa de Óbidos. Em regra geral os edifícios apresentam vãos regulares de pequenas dimensões, guarnecidos por cantarias ou pintura com cal pigmentada, constituindo o único elemento decorativo, à excepção de situações pontuais com relevância, como chaminés e trabalhos em relevo de argamassa pintada. Salienta-se a fachada do Solar dos Aboins (v. PT031012040032), o Solar da Praça de Santa Maria (v. PT031012040034), ambos na Praça de Santa Maria, bem como o Solar dos Sanhudos (v. PT031012050048) no arrabalde e a Casa do Arco da Cadeia (v. PT031012040046), que representa um dos frequentes exemplos de casas com passadiço sobre a rua. Predominam os edifícios de habitação unifamiliar com quintal murado, muitas vezes com porta directa para a rua. Actualmente o piso térreo é utilizado para comércio ou serviços, mantendo-se os pisos superiores com uma utilização residencial. O quintal é um factor decisivo na implantação e caracterização do edificado em Óbidos. Com áreas consideráveis e em grande número, são um indício de que a densidade populacional e a pressão urbanística não deverá ter sido grande ao longo do tempo. A sua presença não é evidente no perfil das ruas, uma vez que são murados e muitas vezes desnivelados em relação à rua. |
Acessos
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Desvio da EN 8, das Caldas da Rainha para Lisboa, por Torres Vedras |
Protecção
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Categoria: MN - Monumento Nacional, Decreto n.º 38 147, DG, 1ª Série, nº 4, de 5 Janeiro 1951 / ZEP / Zona "non aedificandi", Portaria, DG 219 de 18 Setembro 1948 *1 |
Enquadramento
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Rural, situado em colina. A vila de Óbidos implanta-se sobre um maciço calcário à cota altimétrica de 50 m. A NO. localiza-se uma planície de aluvião muito fértil, que se estende até à Lagoa de Óbidos. A E. e a S. encontra-se delimitada por serras onde se efectuava a principal captação de água para abastecimento da vila, conduzida através do aqueduto da Usseira (v. PT031012050007). A N., junto à base do maciço rochoso, corre o rio Arnoia. Esta paisagem ribeirinha sub-atlântica, com cultura diversificada de regadio, tem sido progressivamente substituída por monocultura, consequência do emparcelamento rural. A paisagem envolvente ao núcleo urbano, de carácter marcadamente rural, tem sofrido nos últimos anos alguma pressão urbanística. |
Descrição Complementar
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As áreas verdes públicas são escassas e recentes, tanto no perímetro intra-muros como nos arrabaldes, como é característico da cidade tradicional. A praça de Santa Maria constitui o único espaço central com arborização, havendo outras duas zonas verdes periféricas: junto ao Postigo do Poço e no Miradouro do Jogo da Bola, tradicional área destinada a actividades de recreio. Inversamente, a área verde privada constituída por quintais, pátios e jardins é muito significativa, sendo uma presença constante em toda a malha urbana, adquirindo menos significado apenas na Rua Direita. |
Utilização Inicial
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Não aplicável |
Utilização Actual
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Não aplicável |
Propriedade
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Não aplicável |
Afectação
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Não aplicável |
Época Construção
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Séc. 12 / 13 / 15 / 16 |
Arquitecto / Construtor / Autor
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Desconhecido |
Cronologia
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Séc. 4 a.c. - povoado de origem celta, habitado pelo povo eburone (segundo tradição lendária); séc. 1 - conquista da vila por tropas romanas, passando a denominar-se Eburobrittium; período visigótico - construção de templo no local da igreja de São João do Mocharro; séc. 8 - ocupação muçulmana com construção de muralhas no local da actual Cerca Velha; eventual construção de mesquita no local da actual igreja de Santa Maria; 1148, 10 janeiro - conquista da vila por D. Afonso Henriques, instituindo como 1º alcaide D. Ourigo da Nóbrega, fidalgo e cavaleiro que participou na conquista e fundador da Casa de Aboim; 1148 / 1185 - fundação da igreja de Santa Maria e nomeação do seu prior, S. Teotónio; instituição da mouraria extramuros, para fixação da população; campanha de obras para reforço das muralhas da vila; 1153 - instituição do Couto de Alcobaça, que reduziu a extensão do termo de Óbidos; 1184 - tentativa falhada de reconquista da vila pelos muçulmanos; 1186 - concessão de foral por D. Sancho I; fundação da igreja de São Tiago do Castelo; construção da torre albarrã e reforço das muralhas entre o Jogo da Bola e o Facho; séc. 13 - fundação da igreja paroquial de São Pedro, por possível crescimento da população; fundação da capela de Nossa Senhora de Monserrate; construção da muralha entre o Postigo de Cima e o Facho; instalação da prisão na Torre Albarrã, junto à igreja de Santiago, por ordem de D. Sancho; surge o Arrabalde do Vale; 1221 - doação da vila, por D. Sancho II a sua mulher D. Urraca, passando a fazer parte do dote de todas as rainhas portuguesas até 1834; 1245 - a vila resistiu ao cerco de D. Afonso III, à época Conde de Bolonha; 1246 - início da construção do oratório de Nossa Senhora da Graça, inserido na Porta do Vale; 1264 - doação, por D. Afonso III, do direito de padroado da igreja de Santa Maria ao Mosteiro de Santa Cruz de Coimbra; 1288 - obras para alargamento da muralha da vila para o lado N. e construção da torre de D. Dinis a O.; primeira referência a "calçada", correspondendo a uma via pública junto à sinagoga; 1296 - referência documental a uma rua que deverá ser a Rua Direita; séc. 14 - crescimento urbano entre as áreas de Santa Maria e São Pedro; 1309, conjectural - fundação das capelas de São Vicente e do Senhor Jesus dos Milagres e do convento das Donas Emparedadas da Ordem de São Domingos, durante a estadia da rainha Santa Isabel; terá sido nesta época instituída a gafaria para tratamento de leprosos e a confraria do Divino Espírito Santo; 1314 - doação pela rainha Santa Isabel, no seu primeiro testamento, às Donas Emparedadas; 1320 - fundação da capela de São Martinho, pelo vigário da Lourinhã, Pêro Fernandes; 1327 - último testamento da rainha Santa Isabel, com nova doação às Donas Emparedadas; 1330, conjectural - ao concelho de Óbidos foi acrescida a veiga do Mocharro, por doação de D. Pedro I; 1333 - referência documental à sinagoga, que aponta para a existência de uma comunidade judaica importante; existem referências ao dinamismo e rendimento deste grupo social dedicado sobretudo ao artesanato; 1334 - referência documental ao edifício da Casa da Câmara; 1339 - construção de capela dedicada a São Luís, rei de França, junto à porta da igreja de São Pedro, por Joaneanes Paio Cordeiro; 1369 - reedificação de parte das muralhas da vila e do castelo por D. Fernando; 1375 - conclusão da torre de menagem, com um poço e cisterna; 1376 - nova campanha de obras na cerca do castelo; 1394 - representantes do concelho às Cortes de Coimbra, alertam o rei para a fraca densidade populacional do termo e solicitam incentivos para atrair habitantes; 1400, conjectural - instalação na ermida de Monserrate da Ordem Terceira de São Francisco; 1430 - confirmação, por D. Afonso V, de todos os privilégios concedidos anteriormente à vila; o telheiro da Praça Nova, actual Santa Maria, é referido em documento como propriedade do concelho; 1439 - novo pedido às Cortes de Lisboa, a fim de serem tomadas medidas para o povoamento do termo de Óbidos, a par de um pedido para reparações urgentes nas muralhas; 1441, 15 agosto - celebração na igreja de Santa Maria das cerimónias dos esponsais do infante D. Afonso, filho do rei D. Duarte, com D. Isabel, filha do Infante D. Pedro, duque de Coimbra; 1488 - instituição de um couto de homiziados nas caldas de Óbidos, actuais Caldas da Rainha, pertencentes ao termo do concelho; 1491 - instalação da rainha D. Leonor em Óbidos, após a morte de seu filho D. Afonso; 1496 - expulsão dos judeus e consequente extinção da judiaria; séc. 16 - intervenções no tecido urbano da vila: abertura da Rua Nova sobre o antigo caminho da judiaria / mouraria, rectificação da Rua Direita, alargamento da Praça de Santa Maria, construção do Cruzeiro da Memória e da respectiva capela, ampliação da capela de São Vicente (actual São João Baptista), construção do Solar da Praça (Solar Brito Pegado) e do "Palácio da Vigararia"; 1503 - referência às casas onde D. João de Noronha vivia com a família, antes da construção do Paço dos Alcaides; 1510, cerca - construção do Paço dos Alcaides no castelo e do novo edifício dos Paços do Concelho, na Praça de Santa Maria (actual Museu Municipal); 1511 - fundação da Misericórdia de Óbidos, pela rainha D. Leonor, com sede na capela do Espírito Santo; 1513 - concessão de foral novo por D. Manuel; 1515 - colocação de novo pelourinho com as armas do rei e de D. Leonor; 1522 - terramoto provoca danos na vila; 1520 - encerramento da gafaria por ordem de D. João III, passando os seu bens para o hospital da Misericórdia; 1525 - morte de D. João de Noronha, alcaide-mor da vila e construção do seu de túmulo na igreja de Santa Maria; 1527 - obras de reforma de uma torre do castelo e fortificação da zona junto às portas da vila, por altura de uma visita de D. João III; na referida torre passou a ser ministrada uma cadeira de Matemática que funcionou até 1660; 1531 - 7 janeiro - terramoto de grande intensidade que causou danos profundos na vila, provocando desmoronamentos nas igrejas de São Pedro, São Tiago e Nossa Senhora do Mocharro; as duas primeiras sofreram obras de recuperação, mas a igreja do Mocharro não teve intervenção por se encontrar já abandonada; 1535 - obras de alargamento da Praça de Santa Maria; 1536 - as religiosas do Convento da Cerca ou das Donas Emparedadas foram transferidas, pela rainha D. Catarina, para Santarém e Leiria; 1537 - início da construção do Paço das Rainhas ou Palácio Real, no local onde se encontravam as ruínas do convento das Donas Emparedadas; "instituição de 5 merceeiras" (CMO, 2003); 1541 - campanha de obras de renovação na igreja da Misericórdia; 1566 - acabou a campanha de obras no campanário da igreja de Santiago, 1569 - construção de novas pontes e de dois cais na margem da lagoa; 1571 - encerramento da igreja de Santa Maria e posterior campanha de obras de reconstrução, incluindo construção da actual torre sineira; 1573 - início da construção do aqueduto da Usseira, do chafariz da Praça e de diversas fontes por ordem da rainha D. Catarina, que recebeu do Concelho a Veiga do Mocharro, actual Várzea da Rainha; 1599 - obras de reforma na capela de Nossa Senhora de Monserrate e nova campanha de intervenções na igreja da Misericórdia; 1622 - alvará de D. Filipe III, ordenando a reparação do aqueduto, a construção de uma nova mãe de água e de um chafariz junto à Porta da Vila; 1631 - referência a obras de recuperação das calçadas da vila e na Casa da Câmara; 1634 - elevação da vila a cabeça de Condado, sob o domínio de D. Vasco de Mascarenhas; 1643 - reparação da muralha e do castelo D. João IV, incluindo o fechamento de todas as portas e janelas abertas por particulares nas muralhas; 1653 - transferância da cadeia de uma das torres do castelo para o edifício da Casa da Câmara, reformado para o efeito; 1660 - substituição da leccionação de Matemática por uma cadeira de Teologia Moral; 1684, 22 julho - morte da pintora Josefa D'Óbidos, sepultada na igreja de São Pedro; séc. 18 - abertura do Largo de Santiago; obras de remodelação no aqueduto da Usseira, com construção de uma mãe de água, reconstrução de arcos e do chafariz da praça; início da construção de uma estrada até ao Senhor da Pedra; 1702 - autorização régia para utilização do dinheiro das terças para reparar os madeiramentos dos Paços do Concelho; 1705 - construção de um novo chafariz; 1711 - reabertura ao culto da igreja de S. João do Mocharro, sob invocação de Nossa Senhora do Carmo, após obras de reedificação; 1732 - referência documental à confraria do Senhor da Pedra, cuja imagem foi muito venerada durante os tempos de seca que se seguiram; 1739 - construção de uma capela em madeira para guardar a imagem do Senhor da Pedra; 1740 - início da construção do Santuário do Senhor Jesus da Pedra, segundo projecto do capitão Rodrigo Franco; 1747 - campanha de obras na igreja da Misericórdia e sagração do santuário do Senhor da Pedra; 1755 - a vila sofreu de novo com o grande terramoto, com danos graves no Palácio Real e nas igrejas de São Pedro e de Santiago, tendo sido iniciada de imediato a reconstrução; 1756 - obras de reconstrução do castelo e abertura da capela de São Martinho para albergar as cerimónias litúrgicas da antiga igreja de São Pedro; 1762 - alvará régio instituindo a feira anual, em Maio, no terreiro do santuário do Senhor Jesus da Pedra; 1763 - obras de conservação da Casa da Câmara e Cadeia e do telheiro da Praça; 1765 - construção da nova igreja de Santiago e extinção da cadeira de Teologia Moral que era leccionada numa das torres do castelo; 1774 - construção do portal barroco da igreja da Misericórdia; 1775 - "extinção das merceeiras instituídas por D. Catarina em 1537" (CMO, 2003); 1782 - D. Maria I estanciou em Óbidos, por altura de uma epidemia nas Caldas da Rainha, tendo ficado instalada no Solar da Praça, que sofreu obras de melhoramento para a receber, tendo a sua fachada principal passado da Praça de Santa Maria para a Rua Direita; 1792 - construção do Chafariz Novo, junto ao Postigo de Baixo, no Arrabalde, por ordem de D. Maria I; 1803 - a torre do castelo funcionava de novo como cadeia; 1833 - demolição dos vestígios do convento da Cerca e do bairro da Cerca (junto ao castelo); 1834 - extinção da Casa das Rainhas, passando a posse da Várzea da Rainha para os bens nacionais, instalação dos Paços do Concelho no Palácio da Vigararia; 1835 - a freguesia de Santiago foi anexada à freguesia de Santa Maria; 1842 - colocação do relógio na torre albarrã; 1846 - construção de um novo açougue e reforma da cadeia; 1849 - descoberta de uma lápide romana, dedicada a Júpiter, junto à igreja de São João do Mocharro; 1850 - encerramento dos antigos Paços do Concelho, por se encontrarem em ruínas; 1858 - construção de calçada entre a Porta da Vila e Santa Iria; 1884 - inauguração do telégrafo da vila; 1888 - a linha de caminho-de-ferro chegou a Óbidos; 1931 - alargamento do Largo do Alcaide-mor, junto ao castelo; 1934 -inauguração da luz eléctrica; 1946 - inauguração da rede de distribuição de água; 1948 - alargamento da Rua de Baixo (actual Padre Nunes Tavares);1966 - o mercado da Praça de Santa Maria passou para um novo local, junto das Portas da Vila; 1970 - inauguração da galeria de arte Ogiva e do Museu Municipal de Óbidos; 1971 - inauguração do Posto de Turismo na Rua Direita; 1977 - o Solar de Santa Maria foi adquirido pela CMO para utilização cultural; 1982 - primeiro festival de Música Antiga de Óbidos; 1988 - inauguração da Biblioteca Municipal; 1989 - conversão da antiga igreja de Santiago em auditório municipal; 1992 - lançamento a de concurso de ideias para a reabilitação da cerca do castelo pela CMO; 1994 - início das escavações arqueológicas que deram a conhecer vestígios da cidade romana Eburobrittium, dirigidas pelo arqueólogo José Beleza Moreira; 1995 - instalação da rede de TV Cabo; 1996 - publicação do PDM de Óbidos; 1999 - instituição do GTL de Óbidos; 2000 - primeiro Festival do Chocolate de Óbidos; 2013, 28 janeiro - criação da União das Freguesias de Santa Maria, São Pedro e Sobral da Lagoa por agregação das mesmas, pela Lei n.º 11-A/2013, DR, 1.ª série, n.º 19. |
Dados Técnicos
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Não aplicável |
Materiais
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Não aplicável |
Bibliografia
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Guia de Portugal-Extremadura, Alentejo e Algarve, Lisboa, 1927; DGEMN, Igreja de Santa Maria de Óbidos, Boletim nº 58, Lisboa, 1949; DGEMN, Castelo de Óbidos, Boletim nº 68-69, Lisboa, 1952; SEQUEIRA, Gustavo de Matos, Lisboa, 1955, vol. V; AAVV, Arquitectura Popular em Portugal, Lisboa, [1961] 1980, vol. II, p. 154; s.a., Memórias Históricas, local, 1985; PEREIRA, José Fernandes, Óbidos, Lisboa, 1988; CÂMARA, Teresa Bettencourt da, Óbidos Arquitectura e Urbanismo - Séc. 16 e 17, Lisboa, 1990; SILVA, Manuela Santos, "O Concelho de Óbidos nas Cortes Medievais" in A Região de Óbidos na Época Medieval. Estudos, Caldas da Rainha, Património Histórico, Grupo de Estudos, 1994, pp. 71-84; SILVA, Manuela Santos, "Óbidos" Terra que foi da Rainha Dona Filipa" in Arqueologia do Estado - 1ª Jornadas sobre formas de organização e exercício dos poderes na Europa do Sul, séculos XIII-XVIII, vol.I, Lisboa, História e Crítica, 1988, pp. 311-330 e in A Região de Óbidos na Época Medieval. Estudos, Caldas da Rainha, Património Histórico, Grupo de Estudos, 1994, pp. 85-109; SILVA, Manuela Santos, "Uma prestigiada linhagem obidense: a de Rui Nunes nos séculos XIV e XV" in A Região de Óbidos na Época Medieval. Estudos, Caldas da Rainha, Património Histórico, Grupo de Estudos, 1994, pp. 123-154; HENRIQUES, Pedro Castro e Cunha, Óbidos - Um convite ao Olhar, Lisboa, 1995; BOTELHO, Joaquim da Silveira, Óbidos Vila Museu, Óbidos, 1996; SILVA, Manuela Santos, Estruturas Urbanas e Administração Concelhia - Óbidos Medieval, Cascais, [1987] 1997; Câmara Municipal de Óbidos, PDM Óbidos, 1996; MOREIRA, José Beleza, "Cidade Romana de Eburobrittium - Óbidos", ed. Mimesis, Porto, 2003 |
Documentação Gráfica
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IHRU: DGEMN/DSID; DGEMN/DRML; DGOTDU: Arquivo Histórico (Anteplano de Urbanização da Vila de Óbidos, Federação dos Municipios da Estremadura - Serviços Técnicos - Arq. António Varela, 1953; Anteplano de Urbanização da Vila de Óbidos, MOP/DGSU - Serviços de Urbanização de Coimbra - Arq. Travassos Valvez e Eng José de Matos Cardoso, 1959); CMObidos |
Documentação Fotográfica
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IHRU: DGEMN/DSID, DRML; CMObidos |
Documentação Administrativa
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IHRU: DGEMN/DSID; DGEMN/DRML; CMObidos; ANTT; planta in MARQUES, A. H. de Oliveira, GONÇALVES, Iria, ANDRADE, Amélia Aguiar, Atlas das Cidades Medievais Portuguesas (Séculos XII-XV), Lisboa, Centros de Estudos Históricos da Universidade Nova de Lisboa, 1990, vol. I, p. 63 |
Intervenção Realizada
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DGEMN: 1932/1946 - intervenções diversas de restauro da muralha e do castelo, incluindo reconstrução de panos, guardas, ameias e portas da muralha; 1947- construção de sanitários públicos; 1948/1951 - obras de reconstrução do Paço do Alcaide e adaptação a pousada; 1952 - intervenção de restauro da Porta da Graça; 1954 - obras diversas no edifício da pousada; 1955 - iluminação exterior do castelo; 1959 - instalação de pára-raios em duas torres; 1962/1966 - apeamento e reconstrução de diversos troços da muralha; 1968 - instalação de nova rede eléctrica; 1969 - reparações dos danos causados pelo sismo de 1966; 1994/2001 - Intervenções pontuais de limpeza, conservação e consolidação de diversos troços nos panos da muralha e nas coberturas de torreões e portas; IPPC: 1986/1987 - obras de recuperação de troços das muralhas; CMO: 1955 - demolição de edifício junto à Porta da Vila, adquirido pelo município, e posterior arranjo do espaço com a colocação do Padrão Camoniano; deliberação camarária para atribuição de nomes de obidenses ilustres às ruas da vila e colocação das respectivas placas toponímicas; arranjo urbanístico extramuros, entre a estrada dos Arrifes e a estrada nacional; 1963 - obras de adaptação do edifício dos antigos Paços do Concelho a museu; 1997 - início da execução do projecto vencedor do Concurso de Ideias para intervenção na cerca a norte do Castelo, incluindo a construção de dois anfiteatros e respectivas infraestruturas; ampliação do Museu Municipal; reabilitação de imóveis camarários; 2000 - recuperação da Cerca do Castelo e Palácio da Vigararia (actuais Paços do Concelho); 2001 - início da campanha de escavação arqueológica junto à Igreja de Nossa Senhora do Carmo; 2003 - iluminação das muralhas e beneficiação do adarve (concurso público, DR, 3.ª série, nº 63 de 15 Março). |
Observações
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*1 - DOF: Castelo e todo o conjunto urbano da vila de Óbidos. |
Autor e Data
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Silva Passos 1998 / Marta Clemente 2003 |
Actualização
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