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Edifício e estrutura Edifício Religioso Templo Capela / Ermida
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Descrição
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Nave rectangular a que se adossa a E. o corpo quadrangular de menores dimensões e mais elevado da capela-mor. Volumes articulados com coberturas diferenciadas de 2 águas sobrea nave, em terraço sobre a capela-mor. Fachada principal revelando a nave única, de empena triangular rasgada por porta de frontão triangular, ladeada por 2 vãos de verga de arco redondo, um vazado, outro transformado em nicho; um óculo de vão abocinado e um escudo nacional rematam a empena. Nas fachadas laterais rasgam-se frestas e na fachada N. abre-se uma porta em arco quebrado. A capela-mor contrafortada nos vértices por 2 esbarros de 3 andares, ornados com gárgulas animalistas, é coroada por merlões chanfrados. INTERIOR: a nave de paredes nuas é coberta por tecto de madeira de 3 planos. Um arco triunfal de volta perfeita, assente em colunelos de capitéis lisos e ábaco oitavado, abre a capela-mor coberta por abóbada de cruzaria de ogivas, de um tramo, estribada em colunelos de capitéis fitomórficos; no fecho o pelicano, emblema de D. João II. |
Acessos
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Desvio da EN 1, a 3 km da Batalha |
Protecção
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Categoria: MN - Monumento Nacional, Decreto de 16-06-1910, DG n.º 136 de 23 junho 1910 / Zona "non aedificandi", Portaria, DG, 1.ª série, n.º 170 de 21 Julho 1954, Portaria, DR, 1.ª série, n.º 266 de 17 novembro 1977 |
Enquadramento
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Rural. Implantada num adro, numa zona ajardinada, no local onde se desenrolou a Batalha de Aljubarrota. |
Descrição Complementar
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Utilização Inicial
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Religiosa: capela |
Utilização Actual
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Religiosa: capela |
Propriedade
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Pública: estatal |
Afectação
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DRCCentro, Portaria n.º 829/2009, DR, 2.ª série, n.º 163 de 24 agosto 2009 |
Época Construção
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Séc. 14 / 15 / 19 |
Arquitecto / Construtor / Autor
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Francisco Manuel Caldeira Cabral, filho (projecto de arquitectura paisagista) |
Cronologia
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1393 - Início da obra segundo inscrição em lápide existente na fachada - a capela é mandada fazer pelo condestável, D. Nuno Álvares Pereira, no local onde esteve o seu pendão, antes da batalha; 1960 - projecto de arquitectura paisagista, de Ribeiro Telles, de arranjo exterior da capela não chegando a ser realizado; Só mais tarde foi realizado e executado novo projecto pela mão de Francisco Manuel da Fonseca Caldeira Cabral; 1961, 10 maio - portaria publicada em DG, 1.ª série, n.º 111, fixa Zona Especial de Proteção; 1977, 17 novembro - portaria substitui a anterior Zona Especial de Proteção; 1992, 01 junho - o imóvel é afeto ao Instituto Português do Património Arquitetónico, pelo Decreto-lei 106F/92, DR, 1.ª série A, n.º 126; 2003 - o IPPAR procedeu a uma inspecção e diagnóstico do avançado estado de degradação da capela e, na sequência desta a obras de reparação e beneficiação; |
Dados Técnicos
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Paredes autoportantes na nave, estrutura autónoma de abobadamento na capela-mor. |
Materiais
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Alvenaria e cantaria calcárias, telha cerâmica. |
Bibliografia
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LEAL, Pinho, Portugal Antigo e Moderno, Vol. VII, Lisboa, 1877; Guia de Portugal, vol. II, Lisboa, 1927; CALADO, Rafael, artigo em A União Nacional, nºs 135/136, 20.03.31; SEQUEIRA, Gustavo de Matos, Inventário Artístico de Portugal, Vol. V, Lisboa, 1955; DGEMN, A Capela de S. Jorge, Boletim nº 120, 1965; PAÇO, Afonso do, Alguns problemas da capela de Nª Sª da Vitória, in Anais da Academia Portuguesa de História, XVI, Lisboa, 1967; CARAPINHA, Aurora e TEIXEIRA , J. Monterroso, A Utopia com os Pés na Terra. Gonçalo Ribeiro Telles, Lisboa, 2003, pág. 263 |
Documentação Gráfica
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IHRU: DGEMN |
Documentação Fotográfica
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IHRU: DGEMN |
Documentação Administrativa
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IHRU: DGEMN; CML:Arquivo Distrital de Leiria, cx. 2, Dep. VI, 20-A-2 |
Intervenção Realizada
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1872 / 1899 - Alteração da porta principal: é criado o tímpano triangular (mudanças verificadas em estampas); 1928 - construído alpendre adossado à fachada principal (Ernesto Korrodi). Obras no interior: guarnecimento das paredes, imitando silharia; construção de nicho para abrigar a estátua do Condestável, altar em pedra. Prevista a transferência da sacristia para a retaguarda da capela-mor, que não chega a realizar-se; 1931 - assentamento de 6 colunas, nicho na frente da capela, 4 capitéis e fustes respectivos, 2 bases, fustes e capitéis, cantarias para o alpendre; 1940 - apeamento do alpendre construído em 1928 e do coro-alto existente dentro da capela; reparação de lajedo da entrada, telhados e madeiramentos; demolição dos anexos adossados do lado S. e N. da capela; desentaipamento da porta ogival do lado N.; 1959 - obras no interior, destinadas a repôr a "inicial austeridade da época a que pertence": remoção de púlpito em madeira, da mesa de venda de objectos aos turistas; execução e assentamento de mísulas em pedra na parede S.; construção de banquetas para os altares laterais, de tocheiros em ferro para os altares; 1972 - substituição da porta principal e consolidação da lateral; reparação da cobertura e paramentos interiores da capela-mor; nivelamento de lajes da plataforma envolvente; 1980 - previstas obras de beneficiação dos telhados; IPPAR - 2003 - obras de reparação e beneficiação: picagem da ageológica do material pétreobóbada rebocada com argamassa à base de cimento; trabalhos de prospecção electromagnética e eléctrica; estudo de de caracterização; picagem das paredes e intradorso da abóbada com remoção dos cimementos existentes voltando a ser rebocadas com por argamassa de cal aérea. |
Observações
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1. O cântaro de barro no nicho ao lado da porta principal conserva água fresca para matar a sede aos passantes, numa tradição que se mantem desde a construção da capela. 2. Todos os anos no dia de São Jorge se realizava uma procissão até à capela, na qual participavam membros das Câmaras, párocos, beneficiados e a cleresia de Porto de Mós, Aljubarrota e Batalha, bem como os religiosos do mosteiro dominicano. |
Autor e Data
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Isabel Mendonça 1991 |
Actualização
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2010 |
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