Capela de Vilarinho / Capela de Santo António

IPA.00021286
Portugal, Vila Real, Mondim de Basto, Vilar de Ferreiros
 
Arquitectura religiosa, vernácula. Capela de planta longitudinal composta de uma nave e capela-mor, mais baixa e estreita, com espaço interior diferenciado coberto em falsa abóbada de berço, de madeira. Fachada principal terminada em empena de cornija truncada por sineira, com portal de verga recta encimado por fresta, de capialço. Fachadas laterais terminadas em cornija, com pináculos nos cunhais, horizontalizados, rasgadas na nave por fresta e, na lateral esquerda, porta travessa, e, na capela-mor por fresta; à lateral direita adossa-se campanário e sacristia. Interior com coro-alto, pias de água benta gomadas ladeando os portais e púlpito. Retábulo-mor revivalista, de talha dourada e policroma.
Número IPA Antigo: PT011705080071
 
Registo visualizado 140 vezes desde 27 Julho de 2011
 
   
   

Registo

 
Edifício e estrutura  Edifício  Religioso  Templo  Capela / Ermida  

Descrição

Planta longitudinal composta por nave única e capela-mor, mais baixa e estreita, rectangulares, com campanário e sacristia, também rectangulares, adossadas a S.. Volumes escalonados com coberturas diferenciadas em telhados de duas águas na igreja e de quatro na sacristia. Fachadas em cantaria de granito, de aparelho em fiadas regulares, terminadas em cornija, sobrepostas por beiral, com pináculos piramidais terminados em bola e assentes em plintos a coroar os cunhais, horizontalizados, e cruzes sobre acrotério no remate das empenas. Fachada principal voltada a O. terminada em empena de cornija truncada por sineira de uma ventana, em arco de volta perfeita, sobrepujada por cornija recta e cruz sobre acrotério entre dois pináculos piramidais terminados em bola. Portal de verga recta sobrepujado por fresta de capialço. Fachadas laterais marcando o acrescento da nave por vãos envidraçados em L invertidos, rasgadas por porta de verga recta e fresta de capialço, na nave, e fresta de capialço, na capela-mor, tendo a voltada a S. o volume da sacristia, com porta a E., e campanário com escada de acesso em pedra; este tem dois registos, separados por cornija recta, o primeiro registo com amplo arco de volta perfeita e o segundo, piramidal, com ventana, em arco de volta perfeita, albergando sino, sobrepujada por óculo circular, rematado por cornija recta coroada por pináculos e cruz sobre alta base piramidal. Fachada posterior terminada em empena de cornija, cega. INTERIOR rebocado e pintado de branco, com embasamento pintado de branco e silhar de azulejos industriais de estampilha azul e branca, formando padrão. Nave com coro-alto muito profundo sobre placa de betão revestida a madeira envernizada, com balaustrada de madeira e escada de acesso, também em madeira, desenvolvida sobre a base do púlpito, rectangular, e com grande patamar intermédio em madeira, do lado da Epístola; sub-coro com pia de água benta, gomada, colocada do lado da Epístola. Colateralmente, conservam-se duas mísulas confrontantes, possivelmente de suporte do antigo coro, e porta para o exterior ladeada por pia de água benta, gomada, no lado do Evangelho. Arco triunfal de volta perfeita sobre pilastras toscanas, ambos pintados de branco na face frontal, ladeado por duas mísulas com baldaquino integrado, de talha dourada albergando imagens. Pavimento em tijoleira cerâmica, com passadeira geométrica, central, e tecto em masseira, de madeira envernizada, com a imagem do padroeiro pintada, ao centro, em cartela oval enquadrada por acantos, onde surge Santo António segurando o Menino sobre livro na mão esquerda e um lírio na direita. Capela-mor sobrelevada, com dois degraus de pedra, iluminada pelas frestas confrontantes, com porta para a sacristia no lado da Epístola. Retábulo-mor de talha dourada e policroma, em marmoreados fingidos a rosa, azul e verde, de planta recta e três eixos definidos por quatro colunas de fuste liso ornado com elementos fitomórficos assentes em consolas e com capitéis coríntios; o eixo central, em arco de volta perfeito, é côncavo, surgindo flanqueado por duas colunas torsas, percorridas por espira fitomórfica e quatro pilastras, as exteriores mais largas e todas com decoração fitomórfica. No centro surge painel pintado com querubins a rodear um sacrário, sobrepujado por baldaquino assente em quatro colunas, com o terço inferior torço, e em duas pilastras, rematado por cornija e Agnus Dei. Nos eixos laterais existem painéis pintados de azul com flores, que enquadram mísula com imaginária. As colunas e pilastras do corpo prolongam-se em cinco arquivoltas, uma delas torça, unidas no sentido do raio, e formando apainelados intermédios de acantos, constituindo o ático que remata por querubim central. Altar paralelepipédico, com frontal decorado com acantos, flanqueado por duas portas de acesso ao nicho central, com a mesma decoração. Pavimento em madeira e tecto em falsa abóbada de berço, de madeira envernizada, com cartela central oval, integrando acantos concheados, representando a adoração da Custódia. Sacristia rebocada e pintada de branco, com pavimento lajeado e tecto de madeira.

Acessos

Lugar de Vilarinho; Gauss: M-220.1, P-493.9; Fl. 87

Protecção

Inexistente

Enquadramento

Rural, numa encosta sobranceira à ribeira Velha, afluente do rio Cabril, isolada, numa pequena plataforma, à face da estrada, rodeada por casas e quintais. Possui adro, empedrado a cubo granítico, rodeado por muro de pedra, com duas entradas, uma frontal e outra posterior, estruturadas por pilares sobrepujados por pináculos piramidais, cerradas por portões de ferro. Na parte frontal do adro existe um cruzeiro comemorativo da Restauração da Independência, de plinto paralelepipédico, de cantos arredondados, fuste quadrangular possuindo no topo de cada face escudos relevados, um com Cruz de Cristo e outro com as cinco chagas, encimado por cruz de braços quadrangulares. Na parte posterior, ergue-se uma cruz de via-sacra e, junto ao muro do adro e na berma da estrada, jazem seis bases de cruzes da via-sacra, algumas com as faces decoradas.

Descrição Complementar

Utilização Inicial

Religiosa: capela

Utilização Actual

Religiosa: capela

Propriedade

Privada: Igreja Católica

Afectação

Sem afectação

Época Construção

Séc. 18 / 20

Arquitecto / Construtor / Autor

Desconhecido.

Cronologia

1758 - o abade de Vilar de Ferreiros, Pe. Manuel Paulo da Silva Pereira refere a existência da capela de Santo António e Santa Bárbara, no lugar de Vilarinho *1; 2002 - ampliação da nave da capela e execução do campanário.

Dados Técnicos

Estrutura autoportante.

Materiais

Estrutura, pias de água benta, base de púlpito e pavimento da sacristia de granito; silhar de azulejos, na nave e capela-mor; portas, revestimento, balaustrada e escada do coro-alto, tectos e pavimento da capela-mor de madeira; suporte do coro-alto em betão; retábulo-mor em talha dourada e policroma; pavimento da nave de tijoleira cerâmica; grades das janelas e corrimão para a sineira de ferro; cobertura exterior de telha.

Bibliografia

LOPES, Eduardo Teixeira, Mondim de Basto Memórias Históricas, Mondim de Basto, 2000, pp. 441, 465.

Documentação Gráfica

IHRU: DGEMN/DSID

Documentação Fotográfica

IHRU: DGEMN/DSID

Documentação Administrativa

Intervenção Realizada

F.I.P.: 2002 - ampliação da nave; remodelação do coro-alto e construção de escada interior para acesso; colocação de silhar de azulejos; recuperação dos tectos e pavimento da capela-mor, repinte do retábulo e das imagens.

Observações

*1 - Embora a imagem de Santa Bárbara conserve lugar destacado no retábulo-mor, actualmente a população reconhece Santo António como o único orago da capela.

Autor e Data

António Dinis 2003

Actualização

 
 
 
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