Mercado Municipal da Covilhã
| IPA.00021160 |
Portugal, Castelo Branco, Covilhã, União das freguesias de Covilhã e Canhoso |
|
Arquitectura comercial, modernista. Mercado de planta rectangular irregular, composto por vário módulos curvilíneos ou rectilíneos, criando um jogo de volumes, com a fachada principal em gaveto e convexa, ladeada por torre rectilínea de dois registos, tendo a fachada lateral direita curva, permitindo alargar o espaço de venda, com entrada pela fachada posterior, a partir de pequeno átrio de abastecimento, protegido por muro de cantaria e portão metálico, onde se ergue uma torre cilíndrica e vários corpos, construídos em fase posterior. Possui, no piso inferior, janelas amplas, ladeadas por molduras e colunas cilíndricas de cantaria, as da fachada lateral direita, numa sucessão de arcos de volta perfeita, surgindo, no piso superior, rematado em friso de betão, vãos jacentes, todos com caixilharias metálicas e vidros simples. Tem vários portais de acesso, encimados pelo escudo da cidade, que assume particular relevância na fachada principal, aposto num muro cego, emoldurado a cantaria. Interior com dois pisos, o inferior formando parque de estacionamento e o superior a zona de vendas, ambos com coberturas em vigamento de betão, o inferior assente em colunas cilíndricas e o superior em pilares, todos e betão. A zona de venda é composta por três corredores de bancadas. |
|
Número IPA Antigo: PT020503190193 |
|
Registo visualizado 89 vezes desde 27 Julho de 2011 |
|
|
|
Edifício e estrutura Edifício Comercial Mercado
|
Descrição
|
Planta rectangular irregular, com algumas faces curvilíneas, adaptando-se à via em que se implanta e marcado por várias saliências, possuindo um pequeno pátio de acesso, protegido por muro de em alvenaria de granito, vazado superiormente, com portão metálico ladeado por dois pilares de cantaria, onde surgem algumas casas de apoio, de um único piso; o edifício principal possui coberturas diferenciadas a duas águas e em coruchéu cilíndrico numa das torres. Fachadas rebocadas e pintadas de branco, percorridas por embasamento de cantaria de granito, com os elementos estruturais em cantaria, rematando em friso saliente de betão, rebocado e pintado de branco. Fachada principal formando gaveto, virada a S., com o piso inferior protegido por pala saliente em betão, que protegem cinco vãos rectilíneos, divididos por colunas cilíndricas em cantaria, com caixilharias metálicas pintadas de verde e vidro simples, o central constituindo portão de duas folhas. Sobre este, oito vãos jacentes, separados por pequenas colunas cilíndricas, com caixilharia de alumínio lacado pintado de verde e vidro simples. Sobre a zona centra, amplo pano cego, ladeado por frisos verticais emoldurados, que centram um enorme escudo da cidade, em cantaria de granito. Sobre a fachada e extravasando para a lateral esquerda, um acrescento em chapa ondulada pintada de verde, rasgada por sequência de vãos rectilíneos ao longo de todo o seu perímetro. No lado direito, torre de dois registos, o superior de menor perímetro, o primeiro rasgado por duas frestas longilíneas, divididas por moldura de granito; o segundo registo, em cantaria e com remate em ameias decorativas, é rasgado por janelas em arco de volta perfeita. Fachada lateral esquerda, virada a O., com amplo portal de verga recta e moldura dupla, a exterior ampla e em silharia fendida, de acesso ao parque de estacionamento, encimada pelas armas da cidade em cantaria de granito; num nível superior, janelas semelhantes às da fachada principal, umas separadas por colunas cilíndricas, outras com pano de muro em cantaria. No lado esquerdo, muro de cantaria encimado por grades metálicas pintadas de verde, ladeado por corpo rectilíneo com cobertura plana e com as fachadas rematadas e pintadas de branco, rematadas por cornija de cantaria, com a principal rasgada por portão semelhante ao anterior, mas de menores dimensões, com fecho saliente e encimado pelas iniciais "SMC" e por duas janelas jacentes separada por coluna cilíndrica, com caixilharia metálica e vidro simples. Fachada lateral direita, virada a E., forma ampla curvatura, ostentando dois pisos de vãos, o inferior formando dezoito janelas em arcos de volta perfeita, assentes em pequenas colunas cilíndricas de cantaria e com caixilharias metálicas com vidros simples, criando duas sequências interrompidas por amplo portal de verga recta, semelhante aos anteriores, encimado pelo escudo da cidade e de acesso ao parque de estacionamento. No piso superior, número igual de janelas jacentes, divididas por molduras de cantaria, de perfil convexo. No lado direito, surge um muro em cantaria de granito aparente, vazado na zona superior, com acesso por portão de ferro, flanqueado por pilares facetados, que leva a um átrio aberto e à fachada posterior em empena rasgada por portal de modinatura semelhante aos anteriores, de acesso ao mercado propriamente dito. No lado direito possui corpo torreado cilíndrico, com cobertura cónica em folha metálica, com três vãos rectilíneos no piso inferior, com molduras de cantaria, marcado por escada curva em metal pintado de verde e guarda tubular, que leva a porta de verga recta, encimado por três frestas, tudo com molduras de cantaria. No átrio, no lado direito, uma casa de piso único e cobertura plana, com as fachadas pintadas de branco, rasgadas por amplos vãos rectilíneos, com caixilharias de alumínio e vidro simples. INTERIOR tem, no piso inferior, o parque de estacionamento com tecto em vigamento de betão, rebocado e pintado de branco, sustentado por colunas cilíndricas e pavimento em cimento. O mercado, propriamente dito tem as paredes pintadas de branco, com tecto em vigamento de betão, rebocado e pintado de branco, sustentados por pilares do mesmo material e também pintados de branco, formando três corredores, o central mais amplo, onde se dispõem as 70 bancas das hortaliças e legumes, ficando o do peixe no lado esquerdo e o de outros produtos no direito; possui 30 lojas em redor. |
Acessos
|
Rua António Augusto Aguiar. WGS84: 40º16'45.01''N., 7º30'18.99''O. |
Protecção
|
Incluído na Zona de Proteção das Muralhas da Cidade da Covilhã (v. PT020503170010) |
Enquadramento
|
Urbano, isolado, situado a um dos troços da antiga muralha da cidade, implantado numa zona de forte declive, formando gaveto e abrindo directamente para duas vias públicas, a principal pavimentada a alcatrão e a outra a calçada de paralelos de granito, encontrando-se separado delas por estreito passeio público, pavimentado a calçada. Na zona frontal, desenvolve-se o núcleo de São Silvestre, desenvolvido em torno de uma capela com a mesma invocação (v. PT020503170066). |
Descrição Complementar
|
No escudo da fachada lateral direita, a inscrição: "PELO ESFORÇO DA GREI MUNICIPAL SE CONSTRUIU ÊSTE MERCADO ANO DO SENHOR DE MCMXLIII". |
Utilização Inicial
|
Comercial: mercado |
Utilização Actual
|
Comercial: mercado |
Propriedade
|
Pública: municipal |
Afectação
|
Sem afectação |
Época Construção
|
Séc. 20 |
Arquitecto / Construtor / Autor
|
ARQUITECTO: Almeida Araújo (1942-1943). |
Cronologia
|
1758 - nas Memórias Paroquiais é referido que nos terceiros Domingos do mês existia um mercado, tendo feiras de um dia em Domingo de Lázaro, no dia de São Tiago e no de São Miguel; 1928, 27 Abril; 1942-1943 - construção do mercado, conforme projecto do arquitecto Almeida Araújo, executada pela DGEMN, com comparticipação do Fundo de Desemprego; 1943, 8 Dezembro - inauguração do mercado municipal; 1953, 27 Abril - obra pela DGEMN, com comparticipação do Fundo de Desemprego; 2000, Julho - remodelação do edifício, com construção de uma garagem com 50 espaços de parqueamento, e um elevador. |
Dados Técnicos
|
Sistema estrutural de paredes autónomas. |
Materiais
|
Estrutura em alvenaria de granito e betão, rebocado e pintado; embasamento, colunas, modinaturas, escudos, muro em cantaria de granito; caixilharias metálicas e vidros simples; colunas e pilares de betão; pavimento em cimento e em lajeado de granito; portas em ferro; cobertura e revestimentos superiores em folha metálica; cobertura em telha. |
Bibliografia
|
Ministério das Obras Públicas, Relatório da Actividade do Ministério no ano de 1952, Lisboa, 1953; DIAS, Luiz Fernando de Carvalho, História dos Lanifícios (1750 / 1834) - Documentos, Lisboa, 1958; FERNANDES, José Manuel, "Covilhã, uma leitura de síntese: estrutura urbana, conjuntos edificados e arquitecturas, sua evolução", in Monumentos, n.º 29, Lisboa, Instituto da Habitação e Reabilitação Urbana, 2009, pp. 40-53. |
Documentação Gráfica
|
|
Documentação Fotográfica
|
IHRU: SIPA |
Documentação Administrativa
|
|
Intervenção Realizada
|
PROPRIETÁRIO: 2000 - arranjo pontual das fachadas e construção de um parque de estacionamento subterrâneo, aproveitando o forte desnível do terreno; tratamento de rebocos e pinturas e limpeza das cantarias. |
Observações
|
|
Autor e Data
|
Patrícia Costa 2004 / Paula Figueiredo 2009 |
Actualização
|
|
|
|
|
|
| |