Igreja Paroquial de Mação / Igreja de Nossa Senhora da Conceição
| IPA.00002072 |
Portugal, Santarém, Mação, União das freguesias de Mação, Penhascoso e Aboboreira |
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Igreja paroquial tardo-gótica e maneirista, de grandes dimensões, com três naves cobertas por tecto em madeira, capela-mor abobadada; fachada de empena angular, com torre sineira adossada saliente. Sinais do gótico final no remate da torre sineira, com o seu coroamento de merlões de remate pentagonal e coruchéu prismático. Portal de feição tardo-renascentista; espacialidade maneirista, mantendo embora estrutura característica da arquitectura gótica. A torre sineira, com o seu coroamento de merlões de remate pentagonal, poderá ter funcionado como torre vigia, a par da torre vizinha dos antigos Paços do Concelho, no antigo Largo da Praça. |
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Número IPA Antigo: PT021413060008 |
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Registo visualizado 712 vezes desde 27 Julho de 2011 |
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Edifício e estrutura Edifício Religioso Templo Igreja paroquial
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Descrição
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Planta longitudinal composta pelo corpo da nave a que se adossa a capela-mor ladeada por sacristias, a torre sineira do lado oposto. Volumes escalonados com coberturas diferenciadas em telhado com beiral, com cruz na empena, coruchéu piramidal rematando a torre sineira, rematada por merlões de perfil pentagonal e pináculos sobre acrotérios. Fachada principal virada a SE., com empena triangular, parcialmente encoberta pelo volume saliente da torre sineira, do seu lado esquerdo, com contraforte prismático adossado no lado oposto; no eixo central rasga-se o pórtico rematado por frontão curvo, ladeado de aletas, e um pequeno óculo abaixo da empena; a torre sineira é rasgada por 4 janelões sineiros, de verga em arco redondo. Fachadas laterais, com cimalha envolvente, simetricamente rasgadas por 1 porta de vão rectangular moldurada e 2 janelas de verga recta e enxalço profundo. Na cabeceira, os volumes desiguais das sacristias, de 2 pisos do lado direito, de 1 piso do lado oposto. No interior 3 naves de 5 tramos, divididas por arcos de volta perfeita sobre altas colunas toscanas; coro-alto ocupando o 1º tramo; arco triunfal de volta perfeita sobre pilastras toscanas; tectos em madeira de 3 planos. Capela-mor coberta por abóbada de berço. Retábulos em talha dourada e fundo marmoreado, em estilo nacional, na capela-mor, altares colaterais e laterais na nave. Azulejos de padrão, polícromos, seiscentistas, cobrem as paredes na zona dos altares colaterais e laterais e o interior da nave central, enquadrando pequenos quadros devocionais com temas da vida de Cristo e da Virgem; sobre o altar colateral da Epístola uma representação do tema da Árvore de Jessé; no topo do alçado lateral da nave do mesmo lado, sobre o altar lateral, um painel com a representação de S. João Baptista, datado de 1644; pequenos painéis azulejares com a representação de cruzes, feitos de recortes dos azulejos da nave, revestem as paredes nuas da nave. Frontal do altar-mor representando a última ceia de Ghirlandaio, adaptação de Battistini, datado de 1931. Púlpito em forma de cálice sobre coluna, sem escada de acesso. Guarda-vento em madeira e coro-alto com balaustrada também em madeira *1. |
Acessos
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Largo de Santo António; Largo Dr. Samuel Mirrado |
Protecção
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Categoria: IIP - Imóvel de Interesse Público, Decreto n.º 95/78, DR, 1.ª série, n.º 210 de 12 setembro 1978 |
Enquadramento
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Urbano. Implantação harmónica em largos formados pela confluência de várias ruas, rodeados por edifícios de 2 a 3 pisos; ladeando a fachada lateral, virada a SO., um espaço ajardinado; desse lado a igreja é envolvida por banco corrido em pedra. |
Descrição Complementar
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Utilização Inicial
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Religiosa: igreja paroquial |
Utilização Actual
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Religiosa: igreja paroquial |
Propriedade
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Pública: estatal |
Afectação
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Sem afectação |
Época Construção
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Séc. 16 |
Arquitecto / Construtor / Autor
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ARQUITECTO: Pedro Sanches (1600). |
Cronologia
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1320, 23 maio - bula do Papa João XXII concedendo a D. Dinis, por três anos, para subsídio de guerra contra os mouros, a décima de todas as rendas eclesiásticas do reino, sendo a igreja taxada com a de Amêndoa em 350 libras; pertence à Ordem de Santiago e integra o termo de Abrantes e o bispado da Guarda: 1574 - a igreja pertence ao padroado real e integra a Diocese da Guarda, anexa a Santa Maria do Castelo de Abrantes; 1585, 05 Abril - autorização régia para lançamento de uma finta para a reconstrução da igreja; contrato para a execução da igreja matriz, obra arrematada por 650$000; 1597 - conclusão das obras, segundo data gravada no tímpano do portal, certamente utilizando estruturas de anterior edifício - a torre sineira, coroada por merlões chanfrados, é certamente uma sobrevivência de construção anterior; 1600, 10 agosto - Filipe II perdoa ao arquitecto (Pedro Sanches) por ser "velho e pobre" a pena de cadeia a que fora condenado por não ter acabado a Igreja da Conceição de Mação, com a obrigação de a acabar; 1644 - revestimento azulejar, segundo data inscrita num dos painéis de azulejos; 1825 - várias obras de reconstrução, a seguir a um incêndio. |
Dados Técnicos
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Paredes autoportantes (nave), estrutura mista (capela-mor). |
Materiais
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Alvenaria de pedra rebocada em estruturas (igreja), tijolo e betão (sacristia do lado da Epístola); cantaria - granito - nas colunas e arcos de sustentação; calcário no portal; telha cerâmica em cobertura; madeira em portas e caixilhos (igreja), ferro (sacristia); azulejo, tijoleira. |
Bibliografia
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SERRÃO, Joaquim Veríssimo - Livro das Igrejas e Capelas do Padroado dos Reis de Portugal - 1574. Paris: Fundação Calouste Gulbenkian Centro Cultural Português, 1971; SERRÃO, Vítor, As Igrejas de S. Vicente e de S. João Baptista, em Abrantes, e os seus Arquitectos, pp. 451- 458, in AAVV, Estudos de Arte e História, Homenagem a Artur de Gusmão, Lisboa, 1995; VITERBO, Sousa, Diccionario Historico e Documental dos Architectos, Engenheiros e Construtores Portuguezes ou a serviço de Portugal, Lisboa, Imprensa Nacional, 1904, vol. III; http://www.patrimoniocultural.pt/pt/patrimonio/patrimonio-imovel/pesquisa-do-patrimonio/classificado-ou-em-vias-de-classificacao/geral/view/73223 [consultado em 28 dezembro 2016]. |
Documentação Gráfica
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IHRU: DGEMN/DSID |
Documentação Fotográfica
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IHRU: DGEMN/DSID |
Documentação Administrativa
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IHRU: DGEMN/DSID |
Intervenção Realizada
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1920, anos - os azulejos que revestiam integralmente a igreja foram retirados, sendo a parede posteriormente rebocada e caiada; as colunas da nave foram libertas de reboco; 1959 - levantamento e reassentamento de painel de azulejos de um altar; 1979 - reconstrução da cobertura a expensas da paróquia; 1981 - instalação eléctrica; 1982 - substituição do pavimento lajeado por tijoleira; acrescento da sacristia do lado da epístola em largura e altura; construção de sanitários; restauro dos cinco altares. |
Observações
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*1 - os retábulos da igreja provieram da destruída Igreja de Santiago de Abrantes; no coro-alto um órgão de sala, da 2ª metade do século 18, proveniente de uma das igrejas de Santarém. |
Autor e Data
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Isabel Mendonça 1995 |
Actualização
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Cecília Matias 2007 |
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