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Edifício e estrutura Edifício Residencial unifamiliar Casa
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Descrição
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Acessos
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Rua de São Roque da Lameira, Rua da Lameira de Cima |
Protecção
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Categoria: MIP - Monumento de Interesse Público / ZEP, Portaria n.º 318/2010, DR, 2.ª série, n.º 87, de 05 maio 2010 |
Enquadramento
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Urbano, isolado, implantada num dos pontos mais altos da cidade, permitindo desfrutar de uma visão panorâmica, o que lhe valeu a designação de bela vista. Encontra-se envolvida por vários espaços verdes que resistem à construção urbana, testemunhos do que outrora foi freguesia de Campanhã, local de eleição dos endinheirados durienses, que aqui construíram os seus edifícios apalaçados. Para O. e N. desenvolvem-se os jardins Mata e Palacete da antiga Quinta de São Roque da Lameira (v. PT011312030473 e PT011312030487). |
Descrição Complementar
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Utilização Inicial
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Residencial: casa |
Utilização Actual
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Segurança: quartel da Guarda Nacional Republicana (GNR) |
Propriedade
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Publica: Estatal de administração directa |
Afectação
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Sem afetação |
Época Construção
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Séc. 20 |
Arquitecto / Construtor / Autor
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ARQUITECTO: José Teixeira Lopes (1872-1919) ; MESTRE-DE-OBRAS: Avelino Ramos Meira (1912), Inácio Pereira de Sá (1915) |
Cronologia
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Séc. 19 (primeira metade) - Nesta data a quinta da Bela Vista (que ainda não existia) encontrava-se dividida em três propriedades. A primeira era constituída por uma morada de casas térreas com quintal, ramada, árvores de fruto, poço com água e mais pertences, localizada na rua da Lameira de Cima, nº 98. A segunda compunha-se de uma morada de casas de dois andares, águas furtadas, lavradio, água, árvores de fruto e outros pertences, e situava-se na rua de São Roque da Lameira com os nºs 984 e 992, mais tarde 2000, e pertencia a três irmãos de apelido Gomes Ferreira. A terceira propriedade pertencia a Joaquim Vitorino Mesquita Soares e esposa. *1; 1876, 21 de Setembro - nesta data a primeira propriedade foi comprada por João Lino dos Santos*1, funileiro e morador na Lameira de Cima, pela quantia de 75$000 réis; 1892 - na sequência do processo de partilhas com os herdeiros de João Lino dos Santos, a propriedade que foi avaliada em 800$000 réis, passa para Maria Josefina de Jesus Correia e sua irmã, Vitória dos Santos Correia; 1911, 21 de Dezembro - José de Oliveira Lima, professor da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto, morador na Rua da Boavista, 444, compra a primeira e segunda propriedade; 1912 (inicio) - compra também a terceira propriedade, ficando assim formada a Quinta da Bela Vista; 1912, 11 de Abril - José de Oliveira Lima, pede autorização para construir dentro e na parte mais alta da sua quinta sita na Rua de São Roque da Lameira nº 1998, três edifícios (escola, ginásio e pavilhão / enfermaria) destinados à instalação de um estabelecimento de educação e ensino, ficando os três edifícios isolados uns dos outros; 2 de Maio - foi aprovado*2 o projecto e iniciadas as obras de construção do edifício destinado ao Instituto Moderno; 30 de Outubro - pedido de licença para construção da entrada da quinta, com átrio, varandim e escadas; 1915, 15 de Janeiro - pedido de autorização para demolição de uma casa velha localizada junto da entrada da Quinta da Bela Vista, e construção de vários muros ou paredes no interior da mesma quinta e fazer terraplanagens para melhor regularização dos terrenos; 7 de Outubro - pedido de licença para construção de despensas e garagem anexas ao instituto, e estábulos para vacaria, a fim de abastecer de leite as alunas internas do estabelecimento de ensino; 1914 - inauguração do colégio; 1918 - um surto de tifo exantemático avassalou o país não ficando imune a cidade do Porto, deixando os hospitais da cidade esgotados tendo o edifício do "instituto" requisitado para funcionar como secção do Hospital Joaquim Urbano; 1919, 21 de Agosto - o edifício foi comprado pela GNR pela quantia de 275000$00, para aí se instalar, mantendo-se no edifício até hoje; 2009, 22 junho - proposta da DRCNorte para a classificação como IIP e fixação da respetiva ZEP; 15 julho - parecer favorável do Conselho Consultivo do IGESPAR, I.P.; 2010, 15 fevereiro - despacho de homologação do Secretário de Estado da Cultura. |
Dados Técnicos
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Sistema estrutural de paredes portantes. |
Materiais
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Paredes exteriores em pedra de granito e divisórias de tijolo, estucadas e caiadas com cantos e ângulos arredondados; pavimentos, caixilharias e portas interiores em madeira de pinho, exteriores em madeira de castanho; cozinhas e casas de banho revestidas a azulejo com pavimentos a mosaico; cobertura em telha tipo "marselha" e ginásio coberto a lousa. |
Bibliografia
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Ministério das Obras Públicas, Relatório da Actividade do Ministério nos anos de 1957 e 1958, 1º Volume, Lisboa, 1959; Ministério das Obras Públicas, Relatório da Actividade do Ministério nos Anos de 1959, 1º Volume, Lisboa, 1960; http://www.j-f.org/monografia/pagina43.htm, 2009, 6 de Abril. |
Documentação Gráfica
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IHRU: DGEMN/DREMN, DGEMN/DREL, DGEMN/DSARH; CMP: Arquivo Histórico, D-CMP/9 (208), D-CMP/9 (139) |
Documentação Fotográfica
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IHRU: SIPA |
Documentação Administrativa
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IHRU: DGEMN/DREMN, DGEMN/DREL, DGEMN/DSARH; CMP: Arquivo Histórico, D-CMP/9 (208), D-CMP/9 (139 |
Intervenção Realizada
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DGEMN: 1937 - Apeamento do muro de suporte, que se encontrava em ruínas; 1944 - obras de ampliação, adaptação, conservação e melhoramento de acessos ao quartel; 1957 - obras de profunda beneficiação das coberturas e pavimentos, pela Delegação nas Obras de Edifícios de Cadeias, das Guardas Republicanas e Fiscal e da Alfândegas; 1958 - conclusão dos trabalhos de beneficiação da rede de distribuição de águas do edifício das casernas, beneficiação do edifício da cantina e obras de reparação da instalação elétrica, pela Delegação nas Obras de Edifícios de Cadeias, das Guardas Republicanas e Fiscal e da Alfândegas; 1959 - reparação e beneficiação do ginásio do quartel, pela Delegação nas Obras de Edifícios de Cadeias, das Guardas Republicana e Fiscal e das Alfândegas; 1972 - obras de conservação das coberturas. |
Observações
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EM ESTUDO. *1 - O projecto mereceu uma apreciação especial por parte do executivo, não só pela grandeza e boa distribuição das suas instalações, mas também pelo esmerado cuidado dedicado às condições higiénicas de todo o edifício. |
Autor e Data
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Patrícia Costa 2004 / Ana Filipe 2009 |
Actualização
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