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Edifício e estrutura Estrutura Transportes Elevador
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Descrição
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O elevador é composto por um corpo inferior, por fuste, corpo superior, um passadiço, um pavilhão, escadas de salvação e três patins. O corpo inferior de planta semicircular é composto pelo edifício de recepção, sanitários e salas diversas, com cobertura em terraço / miradouro cujo acesso é feito por duas escadarias simétricas semicirculares que se erguem lateralmente; a partir deste patamar em nível superior, nasce a escada de emergência, de caracol, integradas numa armadura em aço que se elevam até ao patim superior. A mole que serve de base ao percurso ascendente / descendente, de cerca de 50 metros de percurso - que leva a percorrer cerca de um minuto - é um pilar em U, no meio do qual passa o elevador e em cujos lados assentam os apoios, a cablagem e os contrapesos; este pilar que corresponde à coluna de subida / descida da cabina é constituído por um único bloco em betão liso, rematado por corpo saliente para passagem do elevador. A ponte de ligação ao miradouro e conducente a uma série de serviços, assenta em asna metálica e tem guardas em perfis tubulares de desenho curvilíneo e pavimento de madeira. O passadiço, destacando-se da arriba e acompanhando as suas linhas de curvas de nível, comportando guardas que seguem o seu perfil, faz a ligação a um pavilhão com pé direito alto, onde estão instaladas as bilheteiras e salas de restauração. Estas salas estão protegidas por dois extensos gradeamentos que fecham as entradas de alto a baixo. A cabina (com lugar para 16 pessoas) é panorâmica, compõe-se por um cilindro de aço inox, com o interior em alumínio termolacado e portas em aço inoxidável, apresentando um painel de envidraçado laminado que proporciona uma visão de 180 graus (abarca do Bugio a Vila Franca de Xira). Fronteiro a este pavilhão fica um terraço equipado com cadeiras em material sintético, com pavimento em betonilha. A base do elevador insere-se numa área de jardim onde se destacam duas grandes rochas que permanecem como decoração a lembrar os desmoronamentos havidos antes. |
Acessos
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Olho do Boi, Cais do Ginjal, Largo da Boca do Vento, Rua Latino Coelho |
Protecção
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Incluído na Zona Especial de Proteção do Palácio da Cerca (v. IPA.00002135) |
Enquadramento
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Urbano, ribeirinho, ergue-se junto à margem S. do rio Tejo, fronteiro à falésia, no sopé da arriba, virado a N., defrontando a cidade de Lisboa; articula a zona ribeirinha com a parte antiga da cidade inter-relacionando-se com o cais e o rio; na base espraia-se um jardim que faz a ligação com pontos singulares locais, como a Fonte da Pipa (v. PT031503010021), Museu Náutico e Arqueológico, Cais da Câmara (para utilização dos taxis do rio) e antigas fábricas e armazéns do cais do carvão. |
Descrição Complementar
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A cabina do elevador é de tracção eléctrica com motor regulado VVVF, está suportada por robusta armação metálica, cabos de suspensão, comporta um sistema de intercomunicação com as bilheteiras e casa de máquinas. Esta está sobre a caixa vertical em betão armado, é semiaberta com quatro acessos de emergência além dos acessos principais, tem cobertura em chapa de cobre sobre esteira em painel "sandwich" de polimetano chapeado e lacado, comporta emtradas de luz através de chapas de policarbonato translúcido, com favos. A escada de emergência é constituída por uma estrutura com guardas e corrimão em tubo de aço carbono, patins de gradil, esteira de degraus em chapa de aço e uma porta de segurança inferior em tubo de aço idêntico à estrutura da escada. O passadiço tem guardas de tubo metálico, estrados em madeira e as esteiras em tubo de aço de secção quadrada, sendo o preenchimento da quadrícula com gradil estreito, e a estrutura da asna é em tubo de aço. O terraço de chegada da escada de emergência tem pavimento e degraus em lajedo de vidraço. Na base, o edifício de chegada é constituído externamente por caixilharia em aço, sendo o interior pavimentado em lajedo de vidraço; as instalações sanitárias têm portas em aço e as paredes e o pavimento revestidos a lajedo de vidraço e coberturas de tectos falsos. |
Utilização Inicial
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Transportes: elevador |
Utilização Actual
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Transportes: elevador |
Propriedade
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Pública: municipal |
Afectação
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Sem afectação |
Época Construção
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Séc. 20 |
Arquitecto / Construtor / Autor
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Escultor José Aurélio (liderança na modelação plástica da proposta de construção); Arquitectos: Fidalgo Mineiro (projecto de execução, desenvolvimento e adaptação da proposta), Helena Moreira e Anabela Felício (edifício do elevador). |
Cronologia
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1999 / 2000 - construção do elevador; 2000 - inauguração do elevador. |
Dados Técnicos
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Estrutura autónoma |
Materiais
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Alvenaria: pedra e cal; betão; betonilhas; vidro; metal; produtos sintéticos; gesso cartonado; cartão prensado; madeira de kâmbala. |
Bibliografia
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Estudo Prévio - Memória Descritiva e Justificativa, pasta 1, Empreitada de Concepção / Execução do Elevador da Boca do Vento, 28/97, 0803.03.0104, DOMH - D. O., Câmara Municipal de Almada; CAMACHO, João, Almada Velha muda de figurino, in, Arquitectura e Vida, Lisboa, Abril, 2001; |
Documentação Gráfica
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DGEMN: DSID; CMA: Arquivo da DOMH - pasta 1, Empreitada de Concepção / Execução do Elevador da Boca do Vento, 28/97, 0803.03.0104 |
Documentação Fotográfica
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DGEMN: DSID; CMA: Arquivo da DOMH - pasta 1, Empreitada de Concepção / Execução do Elevador da Boca do Vento, 28/97, 0803.03.0104 |
Documentação Administrativa
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CMA: Arquivo da DOMH - pasta 1, Empreitada de Concepção / Execução do Elevador da Boca do Vento, 28/97, 0803.03.0104 |
Intervenção Realizada
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CMA: 2000 - consolidação da escarpa da arriba por ancoragem, pregagem e projecção de betão corado, projectado com a cor natural da falésia, o ocre. |
Observações
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*1: Jardim do Rio de autoria das arquitectas Helena Moreira e Anabela Felício, marcado por um eixo principal que parte da Fonte da Pipa e estabelece a ligação e integra o elevador; nele destaca-se a peça arquitectónica isolada de um mirante de cariz estético que assenta sobre uma plataforma de pavimento em mosaico hidráulico, com composição em xadrez azul e branco; alguns blocos que cairam da arriba integram o conjunto, assentes e envolvidos por ondas de calçada que formam as caldeiras onde se encontram plantadas árvores exóticas. |
Autor e Data
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Albertina Belo 2001 |
Actualização
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