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Edifício e estrutura Estrutura Transportes Ponte / Viaduto Ponte pedonal / rodoviária Tipo arco
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Descrição
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Ponte de tabuleiro horizontal, orientado sensivelmente no sentido N. - S. assente em cinco arcos desiguais, os três maiores quebrados e dois de menor dimensão, de volta perfeita, localizados junto dos dois encontros. Os arcos possuem aduelas estreitas e compridas, com o extradorso muito regular. Tem sistematicamente entre os arcos contraforte com talhamar triangular e talhante rectangular. Apresenta consolas estilizadas de sustentação dos antigos passeios. Pavimento em asfalto, marcado com duas faixas de rodagem e passeios laterais sobrelevados, em betão. As guardas são de gradeamento em ferro, pintado de verde. Alguns dos arcos mostram numerosas pedras sigladas. |
Acessos
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EN 206 (Fafe - Ribeira de Pena), Largo da Ponte |
Protecção
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Categoria: MN - Monumento Nacional, Decreto 16-06-1910, DG nº 136 de 23 junho 1910 |
Enquadramento
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Rural, isolado, lançado sobre o rio Tâmega. As margens são altas apresentando alguns campos estreitos em socalco com vinha em bordadura. Na margem esquerda, para jusante, existe a Fonte de São Bartolomeu. Na margem direita, também para jusante, as margens apresentam um declive menos acentuado localizando-se aí a Casa de Cavez e a sua Capela de São Bartolomeu (v. PT010304070011). A cerca de 300 m para jusante da ponte localiza-se a foz do rio Cavez onde se implanta a Ponte antiga sobre o rio Cavez (v. PT01030407008). Um pouco mais para montante, ainda sobre o Cavez, a EN 206 atravessa o rio sobre uma outra ponte, com um único arco quebrado, construída nos finais do séc. 19 (v. PT010304070109). |
Descrição Complementar
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Utilização Inicial
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Transportes: ponte |
Utilização Actual
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Transportes: ponte |
Propriedade
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Pública: Estatal |
Afectação
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Sem afectação |
Época Construção
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Séc. 13 |
Arquitecto / Construtor / Autor
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ARQUITETO: Martim Esteves (1260). |
Cronologia
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1260 - Testamento de Ermígio Esteves entregando dez morabitinos a Frei Lourenço Mendes para ajuda da construção da ponte; referência ao arquitecto da ponte Martim Esteves ou Martim Marra, irmão e testamenteiro de Ermígio Esteves; 1263 - a obra da ponte recebe donativos pelo testamento de João Diogo; 1267 - novos donativos para a obra, pelo testamento de Marinha Pires; séc. 16 - a "Geografia..." de João de Barros refere-se-lhe como a mais bem feita que se pode achar aludindo ainda à existência junto dela de um monumento onde jazia o seu construtor; 1599 - D. Cristóvão de Moura, Primeiro Marquês de Castelo Rodrigo manda colocar um marco a meio da ponte, para delimitar as províncias do Minho e de Trás-os-Montes; 1640 - após a Restauração o marco que existia no meio da ponte é destruído e substituído por outro com as armas reais; séc. 19 - profunda remodelação na estrutura superior, com alargamento do tabuleiro. |
Dados Técnicos
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Sistema estrutural de paredes portantes. |
Materiais
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Estrutura em cantaria de granito. guardas de ferro; pavimento em alcatrão; passeios em betão. |
Bibliografia
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CUNHA, VITOR, Monografia de Cabeceiras de Basto. Histórias, lendas, curiosidades, Cabeceiras de Basto, 1958. ALMEIDA, C. A. F. de, Vias Medievais. I Entre Douro e Minho, Porto, 1968, p. 191 - 192; Tesouros Artísticos de Portugal, Lisboa, 1976, p. 192; Património Arquitectónico e Arqueológico Classificado, Inventário, Lisboa, 1993, vol. II, Distrito de Braga, p. 36; RIBEIRO, Aníbal Soares, Pontes antigas classificadas, 1998; CAPELA, José Viriato, As Freguesias do Distrito de Braga nas Memórias Paroquiais de 1758, A Construção de um imaginário setecentista, 2003; FERREIRA, José Francisco, ASSIS, Francisco de, Ponte de Caves arquitectada por Frei Lourenço Mendes, in Diário do Minho, 26 Outubro 2006, p. 22. |
Documentação Gráfica
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Documentação Fotográfica
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IHRU: DGEMN |
Documentação Administrativa
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IHRU: DGEMN |
Intervenção Realizada
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1865/1870 - Alargamento do tabuleiro da ponte para a passagem da Estrada Real nº 32 (EN 206). |
Observações
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* 1 - O importante eixo viário medieval que passava nesta ponte, partindo de Guimarães, passava a Fafe e Arco de Baúlhe, dirigindo-se depois a Aguiar da Pena donde permitia o acesso à zona de Montenegro / Valpaços e Bragança. A construção da ponte no séc. 13 é atribuída a S. Lourenço Mendes, o qual teria operado numerosos milagres a favor da ponte e alcançado para ela muitas esmolas, vindo a falecer em 1280. A romaria que ainda hoje aqui se realiza a 22 e 23 de Agosto, em honra de S. Bartolomeu, acentuava uma tradicional rivalidade entre as populações minhotas e as de Trás-os-Montes, cujas limites se demarcavam pelo meio da ponte, e era lugar de graves desordens celebrizadas em algumas novelas de Camilo Castelo Branco. |
Autor e Data
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Isabel Sereno / Paulo Dordio 1994 |
Actualização
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Sónia Basto 2011 |
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