Câmara Municipal de Tomar
| IPA.00002034 |
Portugal, Santarém, Tomar, União das freguesias de Tomar (São João Baptista) e Santa Maria dos Olivais |
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Câmara municipal quinhentista, construída sobre o paço de D. Manuel executado no final do séc. 15, justificando a dimensão do edifício quando comparado com as suas congéneres da mesma data. Deste período restará a estrutura do edifício, com três corpos, cada um deles com a sua cobertura própria e os escudos na fachada principal. Foi remodelada em meados do séc. 17, tendo parte das verbas destinadas à Guerra da Restauração sido aplicados à finalização das obras. Desta data será a estrutura da fachada principal e a remodelação da posterior, que terá alguns arcos que poderão ser da primitiva construção quinhentista, talvez correspondente a uma loggia. Ao centro, os serviços e, nos corpos laterais, o açougue e a cadeia. Em 1740, foi remodelada internamente, com criação de várias divisórias. A sua dimensão levou a que, ao longo do tempo, estivessem nela vários serviços, nomeadamente no séc. 20, altura em que albergava, além dos serviços camarários, os tribunais, a cadeia, a Caixa Geral de Depósitos, Registos, tendo funcionando, no local, ainda outras dependências, como o açougue e a roda dos Expostos até 1873. De destacar a majestosidade da sua fachada principal, erudita, clássica, introduzindo um mezanino entre os dois pisos principais, a sua simetria perfeita, o recurso às janelas de sacada, as das fachadas laterais truncadas atualmente e transformadas em janelas de peitoril. Apresenta uma enorme zona de distribuição, iniciado no topo das estreitas escadas de acesso, com dois lanços divergentes a levar a uma ampla sala para onde abrem as portas das diversas dependências. |
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Número IPA Antigo: PT031418120021 |
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Registo visualizado 946 vezes desde 27 Julho de 2011 |
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Edifício e estrutura Edifício Político e administrativo regional e local Câmara municipal Casa da câmara e tribunal
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Descrição
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Planta retangular simples, de volume único, com cobertura homogénea em telhado de quatro águas, rematadas em beiradas simples, interrompido por chaminé. Evolui em dois pisos, com mezanino intermédio, definidos exteriormente por frisos de cantaria, com as fachadas rebocadas e pintadas de branco, percorridas por socos de cantaria, flanqueadas por cunhais de cantaria, firmados por pináculos piramidais, a principal e a posterior dividida em três panos por pilastras, surgindo no topo das primeiras gárgulas de canhão, todas rematadas em frisos e cornijas. Os vãos possuem caixilharias de madeira e vidro simples, tendo portadas de madeira internas. Fachada principal virada a oriente, com o pano central marcado por três amplos arcos de volta perfeita, assentes em impostas salientes e emoldurados a cantaria, surgindo, nos panos entre cada um deles, apainelados retilíneos, correspondendo a antigos vãos entaipados, os inferiores encimados por lápides de cantaria com inscrições. Os três arcos acedem, através de três degraus, a uma galeria ampla, com coberturas em abóbadas de arestas, com arcos formeiros de volta perfeita, reforçadas por tirantes de ferro, tendo pavimento em cantaria de granito. Para esta, abrem quatro janelas retilíneas, do mezanino, e sete portas, as das ilhargas, de volta perfeita e, as demais, retilíneas, de acesso a dependências do piso inferior, a central de acesso ao mezanino, protegida por grades metálicas e encimada por lápide com inscrição; á segunda porta do lado direito, acede uma rampa. No piso superior, cinco janelas de sacada, com bacia em cantaria e guarda metálica, para onde abrem portas-janelas retilíneas, rematadas em frisos e cornijas, surgindo a encimar e a ladear a central, a Cruz de Cristo, o escudo de D. Manuel e a Esfera Armilar. Os panos laterais são semelhantes, cada um deles com janela de peitoril no registo inferior, surgindo duas no mezanino, todas retilíneas e com molduras simples; no topo, janelas de sacada, semelhantes às do pano central. Fachada lateral esquerda com três janelas de peitoril no piso inferior, uma de maiores dimensões, surgindo três no mezanino, a do lado esquerdo com pano de peito em cantaria, a que corresponde no piso superior, janelas de peitoril com remates em frisos e cornijas, possuindo pano de peito, que corresponderia aos vãos das antigas portas-janelas, de acesso às sacadas, entretanto entaipadas. Fachada lateral direita com três janelas retilíneas no piso inferior, a que correspondem duas no mezanino e, no topo, três semelhantes às da fachada oposta. Fachada posterior com três panos, o central com três pisos de sete arcadas de volta perfeita, assentes em impostas salientes, o do topo, entre dois registos cegos, definidos por frisos de cantaria. No piso inferior, as arcadas estão parcialmente entaipadas, com uma sequência de janela de peitoril e porta, duas de verga reta e a central ocupando todo o perfil do vão, protegidas por caixilharias metálicas. No registo correspondente ao mezanino, as duas arcadas de cada extremo estão entaipadas, surgindo as centrais protegidas por vidro. No topo as sete arcadas estão protegidas por vidro. Sobre o remate, sineira de volta perfeita, assente em impostas e rematada por cornija de perfil contracurvo, de inspiração borromínica. O pano do lado esquerdo, tem uma janela em cada piso, a do piso inferior, descentrada e, a do topo, semelhante às das fachadas laterais. O pano do lado direito é cego. INTERIOR com escadas centrais em cantaria, que acedem ao mezanino, criando um patamar, de onde saem dois vãos de circulação e dois lanços de escadas divergentes, de acesso ao piso superior. Esta galeria tem cobertura de madeira em masseira. O piso inferior tem, na fachada posterior, ampla sala de duas naves com abóbadas de arestas. Salão nobre com as paredes rebocadas e pintadas, teto em masseira e pavimento em soalho. |
Acessos
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Tomar, Praça da República. WGS85: 39,603508; long.: -8,415504 |
Protecção
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Categoria: IIP - Imóvel de Interesse Público, Decreto n.º 37 077, DG, 1.ª série, n.º 228 de 29 setembro 1948 / Abrangido pela Zona Especial de Proteção da Igreja de São João Batista (v. IPA.00006538) |
Enquadramento
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Urbano, isolado, implantado em pleno centro histórico (v. IPA.00006271), na praça principal da vila (sucessivamente denominada de Praça de São João e Praça de D. Manuel), em zona com médio pendor de inclinação, a que se adapta. A fachada principal abre para a ampla praça, pavimentada a calçada, com vias estritas que orlam grande área central, pavimentada com motivos geométricos, criando um axadrezado de branco e preto, tendo, no lado oriental, a Igreja e, ao centro, o Monumento a D. Gualdim Pais (v. IPA.00036142), surgindo, no lado sul, o Palácio D. Maria da Silveira (v. IPA.00024205). A fachada posterior liga a uma via estreita, onde se integra parque de estacionamento subterrâneo. |
Descrição Complementar
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Entre a ARCADA, duas lápides retangulares, com moldura saliente e inscrição incisa em capitais, a da esquerda com a inscrição: "EM SINAL DE PERPETUIDADE :: A CAMARA MUNICIPAL / DE TOMAR : NO TRICENTENARIO DA PADROEIRA : NA / PASSAGEM DA VENERANDA IMAGEM DE N(oss)A s(enhor)A DO RO / SARIO DE FATIMA POR ESTE CONCELHO . DELIBEROU : EM SESSÃO DE XVIII DE DEZ(embr)O DO ANO DE N(osso) S(enhor) J(esus) C(risto) / DE MCMXLVI CONSAGRA-LO AO IMACULADO CORA / ÇÃO DE MARIA : O QUE SE FEZ A XXIII DO MESMO / MEZ E ANO PERANTE A MESMA VENERANDA IMAGEM :" A do lado direito, possui inscrição latina. Na GALERIA, sobre a porta principal, a inscrição: "13 de Fevereiro de 1844 / POR CARTA RÉGIA DE D. MARIA II / FOI A NOTAVEL VILA DE TOMAR / ELEVADA Á CATEGORIA DE CIDADE / HOMENAGEM DO MVNICIPIO NO DIA DO / I CENTENÁRIO / 13 2 1944". No patamar das escadas, surge PIA, composta por base com toros e escócias, encimado por taça hemisférica, de bordo saliente. Sobre a ARCADA CENTRAL, painel de azulejos retangular, com moldura azul e a inscrição azul sobre fundo branco: "O POVO / É / QUEM MAIS ORDENA". |
Utilização Inicial
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Política e administrativa: câmara municipal |
Utilização Actual
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Política e administrativa: câmara municipal |
Propriedade
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Pública: municipal |
Afectação
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Sem afetação |
Época Construção
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Séc. 16 / 18 |
Arquitecto / Construtor / Autor
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CANTEIRO: José Henriques (1812). CARPINTEIROS: Filipe de Sousa (1813); João da Silva (1811); José António Lopes (1821); José Pereira Prista (1817). FERREIRO: José Lourenço (1812, 1819). PEDREIROS: Domingos Rodrigues Freire (1769); José Miguel (1817); Manuel Antunes (1740). |
Cronologia
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1430 - primeira referência a uma casa do concelho, a denominada Casa da Fala (CAETANO, 26); 1521, 04 setembro - carta régia indicando que as escadas para a Câmara e a casa dos contos estão a ser feitas, tendo que ser bastante larga e com grande tabuleiro, para servir ambas as casas (CAETANO, 28); a casa situar-se-ia no Chão de Pombal (CAETANO, 26); séc. 15 - o Infante D. Henrique manda construir sete casas, a funcionar como boticas, seis do hospital de São João e uma do Hospital de Santiago, o Velho, as quais boticas iam da Rua de São João até à fronteira da Rua da Corredoura; séc. 15, final - neste local, D. Manuel manda construir um paço (CAETANO, 24), demolindo as sete boticas (FRANÇA, 95), as quais pertenciam à Santa Casa da Misericórdia, que passa a receber, anualmente, o valor de 1$000, pela expropriação (SOUSA, 66); 1495 - com a saída de D. Manuel para Lisboa, o paço é cedido à Câmara para nela se instalar (DIAS, 18); 1542 - num tombo da Ordem, refere-se que a Câmara está situada no lado poente da praça, nas casas mandadas fazer por D. Manuel, com três partes [corpos]: a primeira é uma casa grande, sobradada de pedra e cal com janelas de pedraria e portais necessários para servir de câmara no alto e sobrado e no baixo para servir de casa pública de audiências [no piso térreo, é caso único nos edifícios da época [(CAETANO, 27-28)], ao lado acede-se por uma escadas de pedraria que sobe da praça a um recebimento e tabuleiro que está entre esta casa e a casa da banda sul, que é a Casa dos Contos do Mestrado, e ambas têm seus portais, um defronte do outro, para serventia; a dos contos tem janelas de pedraria sobre a praça e debaixco desta, a Casa de Audiência da Almotaçaria; além desta, contra sul a terceira que é a casa da arrecadação das sisas, com portal acedido por escada de pedra, por onde se sobe diretamente a partir da praça; debaixo desta, vendem-se e recolhem-se mantimentos que vêm de fora para vender a esta vila; a Casa da Almotaçaria e a de recolhimento e venda, têm portais para a praça, em pedraria; a Casa da Audiência tem sua porta e serventia para a rua da Corredoura, no lado norte (ROSA, 1971, VII, 299-300); os açougues estão na praça no lado sul, com entrada a poente, na rua Direita, desde o canto da praça até às casas de Zuzarte Lopes Cabeça de Vaca, com as quais partem a sul e levante com Pedro Godinho e de norte com a praça; tem dois talhos, um à esquerda e outro à direita; os altos estão aforados a Pero Godinho e a Zuzarte Lopes (ROSA, 1971, VII, 300); 1712 - segundo o Padre Carvalho da Costa, a casa tem, na fachada, três escudos divididos, num as armas de Cristo, noutro as quinas reais e a esfera armilar, empresa de D. Manuel; tem uma tarja verde com inscrição em louvor da Imaculada Conceição, feita por António de Sousa Macedo, havendo várias semelhantes em outros edifícios da vila (COSTA, 155); 1644, 06 agosto - os sobejos do dinheiro aplicado à Guerra da Restauração é cedido para a conclusão das obras do edifício, que visavam refazer a cobertura, forros e janelas (ROSA, 1968, IV, 241); 1740, 10 junho - apresenta-se o arrematante da obra da Câmara, o pedreiro Manuel Antunes, prevendo-se o gasto de 1:850$000, com a ampliação do edifício em altura, em cerca de 10 a 12 palmos, para aproveitar as águas furtadas, com a feitura de novo telhado; na casa de entrada, fazer de novo as arcadas, depois de alinhado o friso do remate, ladrilhar a Casa de Audiência de tijolo, com a colocação de mais quatro pilares de pedra; a Casa do Senado será ladrilhada e colocados dois portais de pedra para as duas escadas do cartório; do alto destas duas casas, também será colocado ladrilho; a Casa do Açougue será repartida em ambos os pisos, com duas paredes de frontal, sendo feitas três janelas de peitoril, em pedra branca; todas as casas serão rebocadas e caiadas e feita obra de carpintaria; a Casa de Entrada com 28,5x87 palmos e frisos e tetos de madeira, com linhas de ferro; a Casa da Audiência com 30x71 palmos, com duas janelas de sacada e três de peitoril, onde se fará um estrado central com assentos; a Casa do Senado tem 36,5x78 palmos, com soalho e madeiramento; tem quatro janelas de sacada e dois portais, um para a Casa das Medidas com 17,5 palmos em quadrado, que será forrada de esteira; o outro portal liga à Casa do Cartório, com uma janela de sacada; Casa do Açougue com portal e a casa tem 30,5x71 palmos, que dará dois pisos sobre dois arcos de tijolo e serão assoalhadas; duas janelas de sacada e três de peitoril, duas frestas e um portal em correspondência ao da cadeia (ROSA, 1969, V, 79-82); 1761, 17 julho - a sessão da Câmara funciona na casa do Dr. Silvestre Sousa e Fonseca, por a Câmara estar ocupada com tropas (ROSA, 1969, V, 275); 1762 - o edifício continua ocupado por militares, no contexto da Guerra do Pacto de Família (ROSA, 1969, V, 297); 22 dezembro - desocupada a Câmara (ROSA, 1969, V, 306); 1784 - 1785 - nas sucessivas sessões, verifica-se serem urgentes obras nas coberturas do edifício (ROSA, 1970, VI, 170, 194); 1785, 15 outubro - decide-se arrematar a obra das coberturas (ROSA, 1970, VI, 195); feitura da sineira na fachada principal; 1791, 12 fevereiro - verifica-se ser necessário arranjar as grades da cadeia (ROSA, 1970, VI, 299); 1792, 14 janeiro - conclusão das obras (ROSA, 1970, VI, 313); 1808, 30 maio - em sessão da Câmara, decide-se chamar o carpinteiro João da Silva e o pedreiro José dos Santos, para avaliarem as obras que se desejavam fazer no edifício (ROSA, 1966, II, 82); 18 agosto - nesta sessão, decidem criar uma Casa das Armas na Câmara, por baixo da cadeia (ROSA, 1966, II, 92); 1811, 06 abril - reunião da Câmara fora do edifício, pois este ficara em mau estado, após a retirada das tropas francesas (ROSA, 1966, II, 125); 18 abril - a sessão já se realiza no edifício (ROSA, 1966, II, 126); 1822, 27 novembro - é decidido em sessão de Câmara pedir ao Rendeiro da Medidagem e ao Alcaide para removerem as palhas que tinha, nas caves do edifício (ROSA, 1966, II, 294); 1823, 23 junho - verifica-se urgente a reparação do telhado sobre a Casa da Audiência (ROSA, 1966, II, 338); 1833, 25 fevereiro - por uma evasão da cadeia, surge referido que esta ocupava um terço do edifício e consistia numa enxovia pequena, com acesso descendente por uma escada, que, no cimo, tem uma porta para a Casa Livre (ROSA, 1966, II, 419); 1850, 01 outubro - a Câmara fica responsável pelos Expostos, pelo que criou uma roda no edifício n o lado virado ao Pé da Costa, em frente da Praça do Peixe (ROSA, 1940, I, 124);1852, 27 março - a Casa dos Expostos é uma dependência abobadada, sustentada por dois grossos pilares e tem apenas uma pequena janela não permitindo uma correta ventilação, agravada pelo facto das amas fazerem o comer no local (ROSA, 1940, I, 133); 1853, outubro - decide-se fazer algumas obras nas dependências da cadeia (ROSA, 1940, I, 150); 1864, 14 janeiro - o comandante da Divisão Telegráfica, António Joaquim da Encarnação Júnior, solicita a cedência de várias dependências, como a casa da entrada para a Repartição da Fazenda, um vão no segundo lance de escadas e uma casa no primeiro andar, para instalar maquinaria; a Câmara não cede, pois precisa da primeira casa para residência da ama dos Expostos, o vão de escada e a casa de espera da Repartição da Fazenda para arrecadação (ROSA, 1940, 239-240); 1864, 10 novembro - no edifício funcionam a Sala das Sessões e respetiva secretaria, a Secretaria da Administração do Concelho e gabinete do administrador; Casa da Roda, Açougue Público, a Repartição da Fazenda, que ocupa três dependências e o Tribunal de Justiça e Cadeia (ROSA, 1940, I, 249); 1870, 11 fevereiro - a Câmara decide abrir um portal de cantaria no lado poente, para melhorar a comunicação à casa que serve de Roda dos Expostos (ROSA, 1967, III, 7); 1873, 16 maio - a Junta Geral do Distrito resolve extinguir o Hospício dos Expostos de Tomar (ROSA, 1966, II, 55); 1876, 21 janeiro - o Governo acede em atribuir uma dotação para a formação de uma biblioteca popular numa das dependências do edifício (ROSA, 1967, III, 101); 22 dezembro - obras, para que o tribunal passe a ter melhores condições de funcionamento (ROSA, 1967, III, 115); 1882, 05 abril - decide-se adaptar uma sala do piso inferior a biblioteca (ROSA, 1967, III, 195); 1890, 06 fevereiro - prorpõe-se em sessão de Câmara a construção de uma cadeia comarcã, libertando a área ocupada (ROSA, 1967, III, 295); 1901, 31 janeiro - pedido de autorização ao rei para que a cadeia seja transferida do edifício da Câmara para uma zona do Convento de Cristo (ROSA, 1974, IX, 13); dezembro - pretende-se mudar a Repartição da Fazenda para outro local, mas os funcionários discordam (ROSA, 1974, IX, 29); 1918, 27 maio - decide-se cortar as árvores existentes junto à Câmara e è Igreja de São João (ROSA, 1974, IX, 445); 1919, 13 outubro - cedida a Sala das Sessões para o funcionamento do recém-constituído Tribunal do Trabalho (ROSA, 1974, IX, 482); 1922 - criação da corporação de bombeiros, instalada nas traseiras do edifício (ROSA, 1991, 128); 1925, outubro - a Caixa Geral de Depósitos está instalada no átrio do edifício e a Comissão de Tursimo pede este local para se instalar (ROSA, 1974, IX, 611); 1939, 09 março - carta da Câmara a pedir assistência técnica da DGEMN para intervenção no edifício (SIPA: TXT.01825622); 1946, 26 junho - reitera-se o pedido, desejando transformar a cobertura comum de quatro águas, por três coberturas, uma sobre cada corpo, com quatro águas, aproveitando as antigas vigas de madeira de castanho que subsistem (SIPA: TXT.01825628); 20 setembro - a DGEMN, em virtude de falta de pessoal, pede à Câmara que elabore um projeto, para que se possa estudar uma solução (SIPA: TXT.01825633); 1955, 18 janeiro - segundo parecer da DGEMN, a proposta de alteração da estrutura do telhado de quatro para doze águas, segundo a primitiva traça, não se deve realizar, pois é de muito difícil manutenção, considerando os sistemas de caleiras e de queda (SIPA: TXT.01825688); 1958 - até saem do edifício o Tribunal Judicial e a Cadeia; 1971 - proposta para reparar a cobertura e construção de uma cinta de betão armado para travamento das paredes, a nível da cimalha; de colocação de tetos em masseira na casa da escada e secretaria, idênticos aos já existentes e fornecimento de guarnições e aros em madeira. |
Dados Técnicos
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Sistema estrutural de paredes portantes. |
Materiais
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Estrutura em alvenaria e cantaria, rebocada e pintada; modinaturas, cunhais, gárgulas, pináculos, pilastras, pia, escadas e pavimentos em cantaria de calcário; portas, portadas, coberturas e pavimentos de madeira; portas metálicas; caixilharias de madeira e alumínio lacado, com vidro simples; cobertura em telha cerâmica. |
Bibliografia
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«Actividade Municipal» in Boletim Cultural e Informativo da Câmara Municipal de Tomar. Tomar: Câmara Municipal de Tomar, 20 outubro 1982, n.º 4, pp. 197-221; «Actividade Municipal» in Boletim Cultural e Informativo da Câmara Municipal de Tomar. Tomar: Câmara Municipal de Tomar, 1 março 1985, n.º 8 e 9, pp. 193-203; CAETANO, Carlos - «A casa da câmara de Tomar» in Monumentos. Lisboa: DGPC, 2019, n.º 37, pp. 24-35; COSTA, Padre António Carvalho da - Corographia Portugueza. vol. III, 1712; DIAS, José Cabral - «A evolução urbana de Tomar. Uma interpretação da morfologia urbana de fundação templária» in Monumentos. Lisboa: DGPC, 2019, n.º 37, pp. 14-23; FRANÇA, José-Augusto - Tomar. Lisboa: Editorial Presença, 1994; ROSA, Alberto de Sousa Amorim - Anais do Município de Tomar. Tomar: Câmara Municipal, 1967-1974, 9 vols.; ROSA, José Inacio da Costa - «Evolução da fisionomia urbana, arquitetónica e construtiva de Tomar». In Tomar - Perspectivas. Tomar: Festa dos Tabuleiros, 1991, pp. 57-135; SEQUEIRA, Gustavo de Matos - Inventário Artístico de Portugal - Distrito de Santarém. Lisboa; Academia Nacional de Belas Artes, 1949; SOUSA, João Maria de - Noticia descriptiva e historica da cidade de Thomar. Rio Maior: Litografia Antunes, 1991, 2.ª ed. [1.ª ed. de 1903]. |
Documentação Gráfica
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DGPC: DGEMN:DRMLisboa; CMTomar |
Documentação Fotográfica
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DGPC: DGEMN:DSID, DGEMN:DRMLisboa, SIPA; CMTomar |
Documentação Administrativa
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DGPC: PT DGEMN:DSARH-010/264-0151, PT DGEMN:DSARH-010/264-0152; PT DGEMN:DRML-004-1000/1 [não digitalizado], PT DGEMN:DRML-0400/3 [não digitalizado], PT DGEMN:DRML-0400/4 [não digitalizado], PT DGEMN:DRML-0406/3 [não digitalizado]; CMTomar |
Intervenção Realizada
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PROPRIETÁRIO: 1769, 23 setembro - conserto do telhado por Domingos Rodrigues Freire por 50$750 (ROSA, 1969, V, 382); 1811, 14 julho - arrematação da obra das cloacas da cadeia ao carpinteiro João da Silva por 390$000 (ROSA, 1966, II, 136); 1812, 17 agosto - arrematada a obra da cadeia pelo canteiro José Henriques, por 440$00 (ROSA,1966, II, 156); 06 setembro - obra nas grades de ferro da cadeia adjudicadas ao ferreiro José Lourenço por 140$000 (ROSA, 1966, II, 158); 1813, 03 maio - arrematadas a Filipe de Sousa as obras de carpintaria da cadeia (ROSA, 1966, II, 170); 1817, 05 outubro - arrematadas as obras dos telhados, pelo pedreiro José Miguel, por 15$000 (ROSA, 1966, II, 247); 17 dezembro - arrematadas as obras da cadeia, pelo carpinteiro José Pereira Prista, por 51$750 (ROSA, II, 253); 1819, 03 julho - obras nas grades da cadeia, arrematadas ao ferreiro José Lourenço por 50$000 (ROSA, 1966, II, 261); 1821, 16 agosto - o carpinteiro José António Lopes é notificado que terá que terminar as obras até ao dia 23 do mês corrente (ROSA, 1966, II, 270); 1837, 29 março - pagamento de 27$890 de obras de pedraria e mão-de-obra (ROSA, 1966, II, 453); 18 abril - pagamento de $530 de obras de carpintaria e serralharia (ROSA, 1966, II, 454); 1851, 14 junho - carreto de materiais para as obras do edifício (ROSA, 1966, II, 128); 1854 - conserto de grades; conserto na sala do tribunal, reparações no topo das escadas, pequenos reparos na cadeia (ROSA, 1940, I, 159); 1858 - reparação e feitura de novos telhados, conserto dos canos da latrina (ROSA, 1940, I, 197); 1888, 05 março - é decidido reparar o átrio, melhorar o pavimento, reparar as escadas e adquirir pedras para reparar as ombreiras das portas (ROSA, 1967, III, 272); 1904, 22 dezembro - reparos no gabinete e mobiliário do tribunal (ROSA, 1974, IX, 84); 1905, 13 abril - autorizadas obras de reparação (ROSA, 1974, IX, 92); 1906 - reparação dos telhados (ROSA, 1974, IX, 111); DGEMN: 1974 - projeto e assistência técnica e financeira na reparação das coberturas em madeira aligeirada, devido ao estado de conservação de algumas paredes, cintadas junto à cimalha e feitura de um teto de masseira no salão nobre; PROPRIETÁRIO: 1980 - obras no edifício, para instalação da Delegação Escolar (Actividade Municipal, 210); 1981 - obras de conservação do edifício (Actividade Municipal, 1982, 212); 1984 - obras de recuperação do edifício (Actividade Municipal, 1985, 201); 2016 - colocação de uma rampa de acesso para pessoas com mobilidade reduzida. |
Observações
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Autor e Data
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Paula Figueiredo 2019 |
Actualização
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