Acampamento militar de Chões de Alpompé / Estação Arqueológica de Chões de Alpompé
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Portugal, Santarém, Santarém, União das freguesias de São Vicente do Paul e Vale de Figueira |
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Sítio arqueológico. Estrutura arquitectónica. Acampamento militar romano com vestígios de habitat pré-histórico. Campo fortificado com vestígios da muralha envolvente e de torreões, semelhante ao de Antanhol, Coimbra (060304028) (Zbyszewski: 1968) e aos castros e campos fortificados do Alentejo como os da Mesa dos Castelinhos (020204005), Santa Clara a Nova, Ourique (021203001) Miróbriga, estratos mais antigos (150906005), etc. (Zbyszewski: 1972) | |
Número IPA Antigo: PT031416240034 |
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Registo visualizado 1543 vezes desde 27 Julho de 2011 |
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Edifício e estrutura Estrutura Militar Acampamento militar
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Descrição
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Vestígios de muralhas de forma irregular acompanhando o rebordo do terraço (c. de 1km no sentido N. / S. por 500m no sentido E. / O.; a parte central apresenta restos de 2 muralhas transversais, dispostas no sentido E. / O., isolando uma parte ligeiramente mais elevada. Os bordos do terraço são cortados por ravinas, mais marcadas no flanco ocidental, algumas aproveitadas como acessos |
Acessos
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EN. para Vale Figueira e Pombalinho |
Protecção
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Categoria: IIP - Imóvel de Interesse Público, Decreto n.º 28/82, DR, 1.ª série, n.º 47 de 26 fevereiro 1982 / ZEP, Portaria n.º 901/91, DR, 1.ª série-B, n.º 203 de 04 setembro 1991 |
Enquadramento
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Rural. Terraço fluvial situado a uma cota de 80 a 90m., ocupando um espigão situado na confluência do Tejo com o Alviela. |
Descrição Complementar
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Utilização Inicial
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Militar: acampamento militar |
Utilização Actual
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Cultural e recreativa: marco histórico-cultural |
Propriedade
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Privada: pessoa colectiva |
Afectação
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Época Construção
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Época romana |
Arquitecto / Construtor / Autor
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Não aplicável |
Cronologia
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Séc. 05 - 04 a.C. - data provável de construção do campo fortificado, numa zona com vestígios de ocupação humana do Acheulense ao Mustierense; séc. 02 - 01 a.C. - ocupação romana; trata-se provavelmente da cidade de Moron, referida por Estrabão, no séc. 1 a.c. (a partir de fontes de Políbio), distando c. de 92 Km. do oceano, onde Iunius Brutus estabeleceu em 138 a.c. um acampamento militar de apoio a Scalabis (Oleiro: 1953); 1953 - Amorim Girão e Bairrão Oleiro recolhem fragmentos de cerâmica, um peso de tear, pedaços de mós em granito; Afonso do Paço, Maria de Lurdes Costa Artur - reconhecimento do local, recolha de fragmento de unguentário em barro; 1967 - G. Zbyszewski, o. da Veiga Ferreira, M. Cristina Santos - reconhecimento do local e recolha de materiais à superfície: artefactos do Paleolítico, cerâmica negra campaniense A, cerâmica ibérica pintada e estampilhada, cerâmica negra de tipo grego, cossoiros, fíbula, asa de sítula, da Idade do Ferro, materiais romanos; c. 1971 - M. Leitão e C.T. North - recolhem c. de 300 artefactos do Acheulense Superior e Mustierense |
Dados Técnicos
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Paredes autoportantes |
Materiais
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Pedra |
Bibliografia
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GIRÃO, V.A. de Amorim e OLEIRO, J.M. Bairrão, Geografia e campos fortificados romanos , Boletim do Centro de Estudos Geográficos, Coimbra, 1953; SAA, Mário, As vias da Lusitânia - o itinerário de Antonino Pio, Vol. I, Lisboa, 1956, Vol. V, Lisboa, 1964; ZBYSZEWSKI, G., FERREIRA, O. da Veiga e SANTOS, M. Cristina, Acerca do campo fortificado de "Chões" de Alpompé, O Arqueólogo Português, 3ª série, 2, 1968; ZBYSZESKI, FERREIRA, O. da Veiga, LEITÃO e NORTH, C.T., O Paleolítico do povoado pré-romano de Chões de Alpompé in Arqueologia e História, Vol. IV, Lisboa, 1972; SERRÃO, Vítor, Santarém, Lisboa, 1990 |
Documentação Gráfica
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Planta topográfica 1:25.000, com implantação do povoado |
Documentação Fotográfica
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Documentação Administrativa
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Intervenção Realizada
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Observações
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A cerâmica campaniense A, que remonta ao séc. 4 a.c., prova a existência de relações comerciais da Lusitânia com a Bacia do Mediterrâneo |
Autor e Data
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Isabel Mendonça 1996 |
Actualização
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