Pelourinho de Tomar
| IPA.00001971 |
Portugal, Santarém, Tomar, União das freguesias de Tomar (São João Baptista) e Santa Maria dos Olivais |
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Pelourinho setecentista, que veio substituir o pelourinho velho, localizado na Rua da Graça, demolido e arrecadado em 1895, dando origem ao pedido de várias peças do mesmo para reutilizações. Em 1912, é pensada a sua recolocação no local, havendo uma preocupação de reunir as peças dispersas. Originalmente de pinha piramidal, assenta sobre plataforma quadrangular de quatro degraus, encimado por base e fuste galbados, rematado por pequena pinha e esfera armilar, ambos de feitura mais recente, datáveis das obras da primeira metade do séc. 20. |
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Número IPA Antigo: PT031418120015 |
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Registo visualizado 555 vezes desde 27 Julho de 2011 |
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Edifício e estrutura Estrutura Judicial Pelourinho Jurisdição de ordem militar Tipo pinha
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Descrição
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Estrutura em cantaria de calcário, composta por plataforma quadrangular de cinco degraus, onde assenta coluna com base muito alta, de ângulos inferiores e superiores chanfrados, estrangulado na parte superior e decorado de molduras simples. Sobre esta, no estrangulamento da base, ergue-se um fuste galbado, monolítico, com cada uma das faces decoradas por elementos vegetalistas (acantos e rosetas). No topo, pequenos frisos contracurvos, sobre os quais se ergue plinto côncavo e esfera armilar em ferro. |
Acessos
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Tomar, Largo do Pelourinho. WGS84 (graus decimais): 39,605900; long.: -8,415239 |
Protecção
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Categoria: IIP - Imóvel de Interesse Público, Decreto n.º 23 122, DG, 1.ª série, n.º 231 de 11 outubro 1933 / ZEP, Portaria, DG, 2.ª série, n.º 245 de 21 outubro 1946 |
Enquadramento
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Urbano, isolado, implantado num praça de pendor inclinado, a que se adapta, pavimentado a calçada e protegido por pinocos metálicos, impedindo o estacionamento no local. O largo está confrontado por casas de habitação, algumas com interesse patrimonial, como a Casa com janela quinhentista (v. IPA.00036162) e a ampla casa dos Silva Magalhães (v. IPA.00024199). |
Descrição Complementar
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Utilização Inicial
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Judicial: pelourinho |
Utilização Actual
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Nada a assinalar |
Propriedade
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Pública: estatal |
Afectação
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Autarquia local, Art.º 3.º, Dec. n.º 23 122, 11 outubro 1933 |
Época Construção
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Séc. 18 |
Arquitecto / Construtor / Autor
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Desconhecido. |
Cronologia
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1162 - concessão de foral a Tomar pelo Mestre dos Templários; 1510, 01 Maio - D. Manuel I concede-lhe foral novo; provável colocação do Pelourinho na Praça de São João (DIAS, 18); 1623 - o Pelourinho está situado no fundo da Rua da Graça (ROSA, IV, 167); séc. 18, final - provável edificação do novo Pelourinho; 1839, 12 abril - a Câmara recebu o recibo de 13$595 com obras de reparação do Pelourinhio Velho (ROSA, II, 482); 1843 - elevação da povoação a cidade; 1870, 21 janeiro - decide-se abater as três árvores existentes junto ao Pelourinho (ROSA, III, 4); 25 fevereiro - em sessão de Câmara e mediante petição de vários munícipes, decide-se a demolição do Pelourinho, já muito mutilado (ROSA, III, 9); 19 agosto - decide-se, com um voto contra de Rodrigo Pereira Mendes, a demolição do pelourinho (ROSA, III, 18); 1895, 14 março - o Provedor da Misericórida pede a coluna do perlourinho, guardada no Matadouro Velho, para colocar como candeeiro no claustro do edifício da Santa Casa (ROSA, III, 352); 1869, 27 dezembro - o Conde de Tomar sugere que a coluna do Pelourinho seja utilizada como base para uma estátua de D. Manuel ou do Infante D. Henrique, o que é aprovado (ROSA, I, 296); 1903 - J.M. Sousa descreve o desparecido Pelourinho como composto por plataforma retangular, com quatro degraus, onde assenta "uma pilastra de pedra de aproximadamente quatro metros d'altura, de forma pyramidal com base rectangular, tendo no vértice uma esphera armilar de ferro (SOUSA, 10); 1912, 29 janeiro - o vogal Magalhães pede que se oficie à Misericórdia, para que seja devolvida o pedaço do antigo pelourinho que lhe havia sido cedido, para colocar no Museu Arqueológico, dando-se em troca uma das colunas da demolida capela de São Sebastião na Várzea Grande (ROSA, IX, 2585-286); 12 fevereiro - a Misericórdia concorda com a ideia (ROSA, IX; 287); 1939 - 1940 - reconstrução com aproveitamento de algumas peças originais; 1946 - o Pelourinho, recentemente alvo de intervenção não necessita de uma zona especial de proteção, bastando a proteção dos 50 metros (SIPA: TXT.01825234). |
Dados Técnicos
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Sistema estrutural autónomo. |
Materiais
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Estrutura em cantaria de calcário; esfera armilar em ferro. |
Bibliografia
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CHAVES, Luís - Os Pelourinhos. Lisboa: 1938; COSTA, António Carvalho da (Padre) - Corografia Portugueza. Lisboa: Officina Real Deslandesiana, 1712, vol. III; DIAS, José Cabral - «A evolução urbana de Tomar. Uma interpretação da morfologia urbana de fundação templária» in Monumentos. Lisboa: DGPC, 2019, n.º 37, pp. 14-23; MALAFAIA, E.B. de Ataíde - Pelourinhos Portugueses - tentâmen de inventário geral. Lisboa: Imprensa Nacional - Casa da Moeda, 1997; MONTEIRO, Manuel - Os Pelourinhos. Lisboa: 1935; ROSA, Alberto de Sousa Amorim - Anais do Município de Tomar… Tomar: Câmara Municipal, 1940 a 1968, vols. I a 4; SEQUEIRA, Gustavo de Matos - Inventário Artístico de Portugal, Distrito de Santarém. Lisboa: Academia Nacional de Belas-Artes, 1949, vol. III; SOUSA, J.M. - Noticia descriptiva e historica da cidade de Thomar. Tomar: Typographia Silva Magalhães, 1903. |
Documentação Gráfica
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DGPC: DGEMN:DRMLisboa |
Documentação Fotográfica
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DGPC: DGEMN:DRMLisboa, DGEMN:DSID, SIPA |
Documentação Administrativa
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DGPC: PT DGEMN:DSARH-010/264-0137, PT DGEMN:DSID-001/014-015-2095/1 |
Intervenção Realizada
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PROPRIETÁRIO: 1839 - reparação, tendo a obra custado 13$555 reis; séc. 20 - obras de restauro. |
Observações
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Autor e Data
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Paula Figueiredo 2019 |
Actualização
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