Pelourinho de Vinhais

IPA.00000191
Portugal, Bragança, Vinhais, Vinhais
 
Arquitectura político-administrativa e judicial, quinhentista Pelourinho de pinha piramidal embolada, com soco octogonal de quatro degraus e fuste octogonal, encimado por capitel cúbico com elementos heráldicos, sobrepujado por quatro braços crucíferos e remate em pináculo. Pelourinho reconstruído no séc. 20 reaproveitando o primitivo remate quinhentista, composto por vários elementos, o primeiro facetado com decoração relevada bastante interessante, formada por florões, cadeia, braços e pés, sobreposto numa das faces por brasão nacional. Os braços em cruz do remate, onde se fixavam os ferros de sujeição, à semelhança dos Pelourinhos de Bragança (v. PT010402420005) e de Torre de D. Chama (v. PT010407300006), terminam em cabeças de serpente, com boca entreaberta deixando ver os dentes. O fuste da coluna é hexagonal em resultado das faces serem chanfradas. A coroa que encima o brasão tem inscrito a denominação da vila. O elemento tipo pinha sobre a esfera armilar deve ter sido acrescentado aquando da colocação da cruz e que nunca foi removido.
Número IPA Antigo: PT010412350004
 
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Registo

 
Edifício e estrutura  Estrutura  Judicial  Pelourinho  Jurisdição senhorial  Tipo pinha

Descrição

Estrutura em cantaria de granito, composta por soco octogonal de cinco degraus escalonados; sobre esta surge base prismática, mais alta que os degraus e com algumas concavidades num dos lados, e coluna de fuste hexagonal, liso e com chanfros, formada por duas secções e tendo no terço inferior anel em ferro. Remate constituído por bloco facetado, com corpo principal decorado, em cada uma das faces, por uma flor relevada encimando duas mãos, dois pés e dois elementos curvos, todos relevados; inferiormente corre cadeia ou corrente, igualmente relevada; a face principal é sobreposta por brasão, recortado nos ângulos superiores, com as armas de Portugal. Sobre este elemento dispõe-se um outro com quatro braços iguais, dispostos em cruz, com representações zoomórficas, tipo cabeças de serpente, de boca entreaberta, com dentes, e corpo a imitar escamas; intercalam os braços florões relevados, iguais aos anteriores. Coroa a estrutura elemento campaniforme, igualmente facetado e decorado com florões relevados, tendo no alinhamento do brasão coroa com a inscrição VINHAES no aro, encimado por esfera armilar e motivo tipo pinha.

Acessos

Largo do Pelourinho. VWGS84 (graus decimais) lat.: 41,834963; long.: -6,999915

Protecção

Categoria: IIP - Imóvel de Interesse Público, Decreto nº 23 122, DG, 1.ª série, n.º 231 de 11 outubro 1933

Enquadramento

Urbano, isolado, no interior do recinto do castelo, integrado em plataforma artificial que vence o grande desnível, sendo enquadrado por várias habitações, de um e dois pisos.

Descrição Complementar

Utilização Inicial

Judicial: pelourinho

Utilização Actual

Cultural e recreativa: marco histórico-cultural

Propriedade

Pública: estatal

Afectação

Autarquia local, Artº 3º, Dec. nº 23 122, 11 Outubro 1933

Época Construção

Séc. 16 / 20

Arquitecto / Construtor / Autor

Desconhecido.

Cronologia

1253, 20 Maio - D. Afonso III concede foral à vila; séc. 14 - é senhor da Honra de Vinhais Martim Gonçalves de Morais; 1512, 4 Maio - D. Manuel concede Foral Novo, na sequência da qual se deve ter erguido o pelourinho; 1706 - é da Comarca de Miranda e tem 150 vizinhos; 1758, 13 Maio - segundo o abade de Morais Sarmento nas Memórias Paroquiais, a vila pertencia ao bispado e comarca de Miranda do Douro, tinha juiz ordinário e câmara composta pelo mesmo juiz, dois variadores, um procurador, dois almoçatés, um escrivão e meirinho sem que reconheça sujeição a outra justiça que não ao corregedor da comarca; 1779 - D. Maria I concede o título de Condes de Vinhais a Simão Costa Pessoa; séc. 19, finais - demolição do pelourinho que se erguia junto da Casa da Câmara e da cadeia, aproveitando-se a pedra em diferentes obras do município; séc. 20 - reconstrução do pelourinho, reaproveitando o antigo remate; 1967 - fotografia desta data documenta o pelourinho recentemente reconstruído, com a plataforma e o fuste em cantaria muito clara e as figuras zoomórficas dos braços suspendendo nas bocas argolas em ferro; 1971 - fotografia documenta a colocação de uma cruz latina sobre a esfera armilar do remate; posteriormente - removeu-se a cruz sobre a estrutura e desapareceram as argolas da boca das figuras.

Dados Técnicos

Sistema estrutural autónomo.

Materiais

Estrutura erm cantaria de granito; ferro.

Bibliografia

ALMEIDA, José António Ferreira de, Tesouros Artísticos de Portugal, Lisboa, 1986; CAPELA, José Viriato, BORRALHEIRO, Rogério, MATOS, Henrique, OLIVEIRA, Carlos Prada de Oliveira, As Freguesias do Distrito de Bragança nas Memórias Paroquiais de 1758. Memórias, História e Património, Braga, Barbosa Xavier, Ldª, Artes Gráficas, 2007; CARDOSO, Nuno Catarino, Pelourinhos de Trás-os-Montes, Lisboa, 1936; COSTA, António Carvalho da (Padre), Corografia Portugueza…, vol. I, Lisboa, Valentim da Costa Deslandes, 1706; Guia de Portugal Trás-os-Montes e Alto Douro II, Lisboa, 1988; MAGALHÃES, F. Perfeito de, Pelourinhos Portugueses, Lisboa, 1991; MALAFAIA, E.B. de Ataíde, Pelourinhos Portugueses - tentâmen de inventário geral, Lisboa, Imprensa Nacional - Casa da Moeda, 1997; Pelourinhos, Lisboa, 1935; Pelourinhos do Distrito de Bragança, Bragança, 1982.

Documentação Gráfica

Documentação Fotográfica

IHRU: DGEMN/DSID

Documentação Administrativa

Intervenção Realizada

Observações

Autor e Data

Ernesto Jana 1993 / Paula Noé 2009

Actualização

 
 
 
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