Pelourinho de Vinhais
| IPA.00000191 |
Portugal, Bragança, Vinhais, Vinhais |
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Arquitectura político-administrativa e judicial, quinhentista Pelourinho de pinha piramidal embolada, com soco octogonal de quatro degraus e fuste octogonal, encimado por capitel cúbico com elementos heráldicos, sobrepujado por quatro braços crucíferos e remate em pináculo. Pelourinho reconstruído no séc. 20 reaproveitando o primitivo remate quinhentista, composto por vários elementos, o primeiro facetado com decoração relevada bastante interessante, formada por florões, cadeia, braços e pés, sobreposto numa das faces por brasão nacional. Os braços em cruz do remate, onde se fixavam os ferros de sujeição, à semelhança dos Pelourinhos de Bragança (v. PT010402420005) e de Torre de D. Chama (v. PT010407300006), terminam em cabeças de serpente, com boca entreaberta deixando ver os dentes. O fuste da coluna é hexagonal em resultado das faces serem chanfradas. A coroa que encima o brasão tem inscrito a denominação da vila. O elemento tipo pinha sobre a esfera armilar deve ter sido acrescentado aquando da colocação da cruz e que nunca foi removido. |
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Número IPA Antigo: PT010412350004 |
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Registo visualizado 570 vezes desde 27 Julho de 2011 |
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Edifício e estrutura Estrutura Judicial Pelourinho Jurisdição senhorial Tipo pinha
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Descrição
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Estrutura em cantaria de granito, composta por soco octogonal de cinco degraus escalonados; sobre esta surge base prismática, mais alta que os degraus e com algumas concavidades num dos lados, e coluna de fuste hexagonal, liso e com chanfros, formada por duas secções e tendo no terço inferior anel em ferro. Remate constituído por bloco facetado, com corpo principal decorado, em cada uma das faces, por uma flor relevada encimando duas mãos, dois pés e dois elementos curvos, todos relevados; inferiormente corre cadeia ou corrente, igualmente relevada; a face principal é sobreposta por brasão, recortado nos ângulos superiores, com as armas de Portugal. Sobre este elemento dispõe-se um outro com quatro braços iguais, dispostos em cruz, com representações zoomórficas, tipo cabeças de serpente, de boca entreaberta, com dentes, e corpo a imitar escamas; intercalam os braços florões relevados, iguais aos anteriores. Coroa a estrutura elemento campaniforme, igualmente facetado e decorado com florões relevados, tendo no alinhamento do brasão coroa com a inscrição VINHAES no aro, encimado por esfera armilar e motivo tipo pinha. |
Acessos
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Largo do Pelourinho. VWGS84 (graus decimais) lat.: 41,834963; long.: -6,999915 |
Protecção
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Categoria: IIP - Imóvel de Interesse Público, Decreto nº 23 122, DG, 1.ª série, n.º 231 de 11 outubro 1933 |
Enquadramento
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Urbano, isolado, no interior do recinto do castelo, integrado em plataforma artificial que vence o grande desnível, sendo enquadrado por várias habitações, de um e dois pisos. |
Descrição Complementar
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Utilização Inicial
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Judicial: pelourinho |
Utilização Actual
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Cultural e recreativa: marco histórico-cultural |
Propriedade
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Pública: estatal |
Afectação
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Autarquia local, Artº 3º, Dec. nº 23 122, 11 Outubro 1933 |
Época Construção
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Séc. 16 / 20 |
Arquitecto / Construtor / Autor
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Desconhecido. |
Cronologia
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1253, 20 Maio - D. Afonso III concede foral à vila; séc. 14 - é senhor da Honra de Vinhais Martim Gonçalves de Morais; 1512, 4 Maio - D. Manuel concede Foral Novo, na sequência da qual se deve ter erguido o pelourinho; 1706 - é da Comarca de Miranda e tem 150 vizinhos; 1758, 13 Maio - segundo o abade de Morais Sarmento nas Memórias Paroquiais, a vila pertencia ao bispado e comarca de Miranda do Douro, tinha juiz ordinário e câmara composta pelo mesmo juiz, dois variadores, um procurador, dois almoçatés, um escrivão e meirinho sem que reconheça sujeição a outra justiça que não ao corregedor da comarca; 1779 - D. Maria I concede o título de Condes de Vinhais a Simão Costa Pessoa; séc. 19, finais - demolição do pelourinho que se erguia junto da Casa da Câmara e da cadeia, aproveitando-se a pedra em diferentes obras do município; séc. 20 - reconstrução do pelourinho, reaproveitando o antigo remate; 1967 - fotografia desta data documenta o pelourinho recentemente reconstruído, com a plataforma e o fuste em cantaria muito clara e as figuras zoomórficas dos braços suspendendo nas bocas argolas em ferro; 1971 - fotografia documenta a colocação de uma cruz latina sobre a esfera armilar do remate; posteriormente - removeu-se a cruz sobre a estrutura e desapareceram as argolas da boca das figuras. |
Dados Técnicos
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Sistema estrutural autónomo. |
Materiais
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Estrutura erm cantaria de granito; ferro. |
Bibliografia
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ALMEIDA, José António Ferreira de, Tesouros Artísticos de Portugal, Lisboa, 1986; CAPELA, José Viriato, BORRALHEIRO, Rogério, MATOS, Henrique, OLIVEIRA, Carlos Prada de Oliveira, As Freguesias do Distrito de Bragança nas Memórias Paroquiais de 1758. Memórias, História e Património, Braga, Barbosa Xavier, Ldª, Artes Gráficas, 2007; CARDOSO, Nuno Catarino, Pelourinhos de Trás-os-Montes, Lisboa, 1936; COSTA, António Carvalho da (Padre), Corografia Portugueza…, vol. I, Lisboa, Valentim da Costa Deslandes, 1706; Guia de Portugal Trás-os-Montes e Alto Douro II, Lisboa, 1988; MAGALHÃES, F. Perfeito de, Pelourinhos Portugueses, Lisboa, 1991; MALAFAIA, E.B. de Ataíde, Pelourinhos Portugueses - tentâmen de inventário geral, Lisboa, Imprensa Nacional - Casa da Moeda, 1997; Pelourinhos, Lisboa, 1935; Pelourinhos do Distrito de Bragança, Bragança, 1982. |
Documentação Gráfica
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Documentação Fotográfica
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IHRU: DGEMN/DSID |
Documentação Administrativa
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Intervenção Realizada
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Observações
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Autor e Data
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Ernesto Jana 1993 / Paula Noé 2009 |
Actualização
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