Igreja Paroquial de Alvites / Igreja de São Vicente

IPA.00019086
Portugal, Bragança, Mirandela, Alvites
 
Arquitectura religiosa, quinhentista. Igreja paroquial de planta longitudinal composta por nave única e capela-mor, mais alta e mais estreita, interiormente com iluminação axial e unilateral. Fachada principal em cantaria aparente, terminada em empena truncada por dupla sineira e rasgada por portal em arco de volta perfeita, de aduelas largas. Fachadas laterais com porta travessa de verga recta, a esquerda ainda com nave e capela-mor rasgadas por janelas; a posterior é cega e termina em empena.
Número IPA Antigo: PT010407040065
 
Registo visualizado 134 vezes desde 27 Julho de 2011
 
   
   

Registo

 
Edifício e estrutura  Edifício  Religioso  Templo  Igreja paroquial  

Descrição

Planta longitudinal composta por nave única e capela-mor, sensivelmente mais estreita e mais alta, tendo adossada à fachada lateral esquerda sacristia e capela lateral profunda rectangulares. Volumes articulados com coberturas em telhados de duas águas na igreja e de três na sacristia e capela anexa. Fachadas rebocadas e pintadas de branco, com faixa em cimento encarapinhado, à excepção da principal da nave e sacristia, que são em cantaria de aparelho regular e alvenaria aparente, respectivamente, com cunhais da capela-mor, capela e sacristia em cantaria, e terminadas em friso sobreposto por beirada simples, na nave, apenas beirada na capela e cornija e beirada na sacristia. Fachada principal virada a O., terminada em empena truncada por dupla sineira, com vãos em arco de volta perfeita sobre pilares, albergando sinos, e rematada em empena aguda vazada por uma outra sineira, mais pequena e desnuda, coroada por cruz latina de braços cilíndricos; na face posterior tem corpo rectangular em chapa de acesso aos sinos, protegido por alpendre de chapa ondulada. É rasgada por portal em arco de volta perfeita, de aduelas largas, sobre impostas, com arquivolta e jambas esculpidas por sulco, e um óculo circular superior, decorado por elementos helicóidais. A fachada lateral esquerda é rasgada por porta travessa de verga recta, inscrita com a data 1585, e a capela lateral por janela de capialço; na sacristia abre-se a O. porta de verga recta. A fachada lateral direita apresenta a nave rasgada por porta travessa de verga recta, inscrita com a data de 1933 e com pequeno recorte lateral na moldura, e por quatro janelas rectangulares de moldura formando igualmente recorte lateral; na capela-mor abre-se janela semelhante. Fachada posterior cega e terminada em empena, coroada por cruz latina de cantaria, e sacristia rasgada por janela rectangular, gradeada.

Acessos

Alvites, Largo da Igreja

Protecção

Inexistente

Enquadramento

Urbano, isolado a Nascente da aldeia, inserido em adro, sobrelevado relativamente ao largo desenvolvido em frente da fachada principal, pavimentado a paralelos de granito. O adro, vedado por muro, é acedido frontalmente por portão de ferro, precedido por vários degraus, e flanqueado por duas aletas encimadas por plintos coroados por pináculos helicoidais. O adro tem pavimento de terra, pontuado por oliveiras, sendo envolvido por campos com oliveiras.

Descrição Complementar

Utilização Inicial

Religiosa: igreja paroquial

Utilização Actual

Religiosa: igreja paroquial

Propriedade

Privada: Igreja Católica (Diocese de Bragança - Miranda)

Afectação

Sem afectação

Época Construção

Séc. 16 / 18

Arquitecto / Construtor / Autor

Desconhecido.

Cronologia

Séc. 16 - época provável da construção da igreja; 1577 - data do primeiro registo de óbitos documentado; 1585 - data inscrita na verga da porta travessa esquerda; 1601- data do primeiro registo de baptismos documentado; 1727, Junho - o arcediago de Mirandela, Manuel de Morais da Silva ordenou ao administrador de Santa Maria Madalena do lugar mandar branquear a capela por dentro, extinguindo todas as pinturas que nela existem por indecentes podem causar irreverência e até à primeira visita lhe mandara por um retábulo; 1732 - o administrador da capela de Santa Maria Madalena não satisfaz ao retábulo e com a brevidade possível, e não branqueara as pinturas do interior ou as mandara renovar com tintas novas; 1755, 1 Novembro - não padeceu ruína no terramoto; 1758, 30 Março - segundo o padre Miguel Rodrigues de Sá nas Memórias Paroquiais, a freguesia pertence ao bispado de Miranda, comarca da Torre de Moncorvo, ao termo da vila de Mirandela e freguesia e reitoria de Santa Eugénia do lugar de Ala; o lugar de Alvites tem 66 vizinhos; a igreja, de uma nave, espaçosa e de "grandeza ordinária", tem três altares: o altar-mor dedicado a São Vicente, e os colaterais dedicados ao Santo Cristo e à Nossa Senhora do Rosário; tem ainda uma outra capela particular, do lado N., com invocação de Nossa Senhora dos Prazeres, administrada por Amador de Bandos; os párocos são dois curas, um deles coadjutor; já por muitos anos que residem nesta paróquia os reitores de Santa Eugénia de Ala por ser sua anexa; o reitor tem de renda 42$000, 2 alqueires de trigo e 23 almudes de vinho, e mais $750 que lhe dá o comendador; o cura coadjutor tem 8$000 de renda e 40 alqueires de pão meados; quando aqui residia outro curo tinha de congrua 6$000 e 30 alqueires de pão meados, o que pertence ao cura que o reitor apresenta em Ala; o reitor tem ainda de passal uma tapada ao pé da igreja de Ala que rende 1$000; esta reitoria é da apresentação do padroado real e os curas são apresentados pelo reitor; 1785- registo de receitas e despesas da igreja; 1869 - data inscrita nas duas folhas do portal axial; séc. 20 - construção do anexo; 1933 - data inscrita na verga da porta travessa direita, devendo corresponder à data da sua abertura, bem como das janelas dessa fachada.

Dados Técnicos

Sistema estrutural de paredes portantes.

Materiais

Estrutura em cantaria de granito aparente e rebocada e pintada de branco; faixa em cimento encarapinhado; molduras dos vãos, cornija e cruz em cantaria de granito; portas e caixilharia de madeira; vidros simples e martelados; grades em ferro; chapa metálica lisa e ondulada; cobertura de telha.

Bibliografia

CAPELA, José Viriato, BORRALHEIRO, Rogério, MATOS, Henrique, OLIVEIRA, Carlos Prada de Oliveira, As Freguesias do Distrito de Bragança nas Memórias Paroquiais de 1758. Memórias, História e Património, Braga, Barbosa Xavier, Ldª, Artes Gráficas, 2007; RODRIGUES, Luís Alexandre, A Reforma iconográfica e o apelo aos sentidos. A talha em Bragança: reflexões sobre alguns exemplares maneiristas e de estilo nacional, in Páginas da História da Diocese de Bragança-Miranda, Congresso Histórico 450 Anos da Fundação, Actas, Bragança, 1997, pp. 107-144.

Documentação Gráfica

Documentação Fotográfica

DGEMN:DSID

Documentação Administrativa

Intervenção Realizada

Observações

EM ESTUDO

Autor e Data

Paula Noé 2009

Actualização

 
 
 
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