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Edifício e estrutura Edifício Residencial senhorial Casa nobre Casa nobre Tipo planta em L
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Descrição
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Constituída por 3 núcleos básicos: a O. o solar propriamente dito englobando a capela; a S. as cozinhas e dependências anexas comunicando com o solar e um espigueiro; a SE. a vacaria e o palheiro. SOLAR: planta centralizada composta, irregular, formando "U" fechado a N. pelo muro da fachada principal; massas dispostas na vertical; cobertura diferenciada em telhados de 4, 3 e 2 águas. Fachada principal de três panos constituída por dois corpos extremos ligados entre si por muro mais baixo, rasgado por banda de duas janelas molduradas, de vergas rectas; ao centro portão simples, destacado em altura, coroado por frontão de aletas com escudo de granito dos Salgado e sobreposto pelo seu timbre d' armas, uma águia com um saleiro no bico; uma alcachofra também em granito, remata o frontão; ladeando a verga do portal duas lápides de pedra com inscrições; os muros da fachada são ameados, de merlões chanfrados; o corpo extremo a O. é constituído pela CAPELA: planta quadrangular simples, regular, de nave única; fachada rasgada de portal armoriado com o escudo partido dos Salgado, dos Chaves e dos Carneiro e tendo como timbre a águia com o saleiro; sobre o escudo, num nicho em abóbada de concha, uma imagem de pedra figurando Santa Ana e a Virgem; no interior rodapé de azulejos azuis, brancos e amarelos, de ponta de diamante com cercadura; retábulo-mor de edícula, em talha polícroma e dourada, de colunas compósitas decoradas de ornatos vegetalistas e espirais; enquadra 2 painéis laterais em tábua alusivos à lenda de São Martinho e, ao centro, sobre uma mísula de talha, uma imagem de terracota polícroma figurando Santa Ana e a Virgem; cobertura de madeira em 3 águas e pavimentos de lajedo de cantaria. A parte habitacional desenvolve-se ao redor do pátio quadrangular: fachadas de pano único e dois registos, rasgados de janelas e portas quadrangulares de vergas molduradas; embasamentos de cantaria, remates em cornija; no ângulo interior SO. escadaria de acesso ao 2º andar e corpo avançado alpendrado; várias chaminés com cobertura em telhado de quatro águas. |
Acessos
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EN 101, EM. 569, Lugar do Quintão. |
Protecção
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Categoria: MIP - Monumento de Interesse Público, Portaria nº 884/2013, DR, 2.ª série, n.º 240, de 11 dezembro 2013 |
Enquadramento
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Rural, isolado por terras de cultivo, quintais, pomares e jardins; delimitado a O., N. e S. por cerca murada, em parte com gradeamento de ferro; a N. terreiro desembocando em via de circulação. |
Descrição Complementar
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Utilização Inicial
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Residencial: casa nobre |
Utilização Actual
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Residencial: casa |
Propriedade
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Privada: pessoa singular |
Afectação
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Época Construção
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Séc. 15 / 20 |
Arquitecto / Construtor / Autor
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Cronologia
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Séc. 15 - Início construção da capela segundo uma inscrição no seu interior; 1531 - reedificação da capela e provávelmente também da parte habitacional do solar; 1670 - instituição do morgado dos Salgado de Esporões; Séc. 17 / 18 - construção do muro e portão da fachada principal e reedificação da capela; 1766 - D. José concede Carta de Armas a Manuel Felix Salgado de Araújo Chaves; 1798 - reedificação da capela por Gabriel Salgado de Araújo Carneiro Chaves, Senhor da Casa da Quintã; Séc. 19 - vários restauros e enxertos descaracterizam em parte a sua feição primitiva; séc. 20 - a casa é desabitada deixando-se de exercer culto na capela; os pelicanos de talha que coroavam a cimalha do retábulo da capela são roubados; na década de 70 obras de adaptação procuram repôr a antiga fisionomia barroca; 1978 - o Arcebispo de Braga autoriza a reposição do culto aberto ao público na capela; 1993, 28 junho - proposta de classificação do edifício pela DGEMN; 28 setembro - Despacho de abertura do processo de classificação do presidente do IPPAR; 1994, 17 maio parecer favorável à classificação como Imóvel de Interesse Público do Conselho Consultivo do IPPAR; 2011, 23 fevereiro - parecer do Conselho Nacional de Cultura, no sentido de ser fixada uma Zona Especial de Proteção com 50 metros. |
Dados Técnicos
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Paredes autoportantes, estrutura mista. |
Materiais
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Embasamentos de granito aparelhado, paramentos de alvenaria, pavimentos de lajedo de cantaria; coberturas em telha sobre vigamento de betão armado; molduras de portas e janelas em granito; revestimentos em reboco caiado. |
Bibliografia
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NÓBREGA, Vaz Osório, Pedras de Armas e Armas Tumulares do Distrito de Braga, vol. II, Braga, 1972; ALMEIDA, Ferreira de, Tesouros Artísticos de Portugal, Lisboa, 1980. |
Documentação Gráfica
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Documentação Fotográfica
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IHRU: DGEMN/DSID |
Documentação Administrativa
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Intervenção Realizada
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1976 / 1978 - Obras de restauro e adaptação a turismo de habitação sob a direcção do Arquitecto Ruy Oliveira e do Engenheiro Agostinho Guimarães: na capela reconstrução do telhado, das portas da igreja e sacristia reaproveitando o antigo vigamento de madeira de castanho; reboco de paredes, construção de dois degraus de granito para as portas; colocação de uma cruz de pedra com peanha na empena da cabeceira, colocação de lambril de azulejos no interior; elevação do pavimento em cerca de 20 cm e seu lajeamento; restauro do altar e sua colocação numa plantaforma de pedra e madeira. No solar obras de intervenção nos corpos S. e O. de molde a torná-los habitáveis; transformação das cozinhas em sala de estar. |
Observações
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A inscrição da lápide nascente na fachada N. refere-se a uma sentença sobre a água de Esporões utilizada para regadio dos terrenos agrícolas e mencionada em documentação setecentista. Da parte habitacional do primitivo solar restam alguns paramentos de muros, várias cantarias reaproveitadas em molduras de portas e janelas, mísulas, colunas, etc. Por Despacho de Outubro de 1993, foi determinada a abertura de Processo de Instrução para eventual classificação. |
Autor e Data
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Rosário Gordalina 1993 |
Actualização
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