Santuário de Nossa Senhora da Ajuda
| IPA.00018153 |
Portugal, Guarda, Almeida, Malhada Sorda |
|
Santuário construído no séc. 19, mas de linguagem tardo-barroca, sobre uma antiga ermida de origem medieval e com grandes romagens, o que esteve na base da instalação de um mosteiro anexo, de Agostinhos Descalços, entretanto desaparecido. A capela é de planta retangular composta por nave e capela-mor, com coberturas interiores diferenciadas em falsas abóbadas de berço e iluminada uniformemente por janelas rasgadas nas fachadas laterais e pelos vãos da fachada principal. A fachada principal remata em empena contracurva, de inspiração borromínica, com os vãos rasgados em três eixos definidos por portal e janelão e por dois postigos. As fachadas têm cunhais apilastrados, firmados por fogaréus, e rematam em frisos e cornijas, rasgadas por portas travessas. O interior é despojado, com púlpito em cantaria no lado do Evangelho e, na capela-mor, os retábulos mor e colaterais, formando uma única estrutura côncava, de talha de falsos marmoreados pintados e com linguagem tardo-barroca, construído no séc. 19. De realçar a manutenção no pavimento em ladrilho hidráulico original. |
|
Número IPA Antigo: PT020902130167 |
|
Registo visualizado 555 vezes desde 27 Julho de 2011 |
|
|
|
Edifício e estrutura Edifício Religioso Templo Santuário
|
Descrição
|
Planta retangular composta por nave e capela-mor, de volumes articulados e escalonados, com coberturas diferenciadas em telhados de duas águas, rematados em beiradas simples. Fachadas rebocadas e pintadas de branco, percorridas por socos de cantaria, flanqueadas por cunhais apilastrados, firmados por pináculos do tipo fogaréu, e rematadas em frisos e cornijas. Fachada principal virada a sudoeste, rematada em empena contracurva, de influência borromínica, com cruz latina sobre plinto galbado no vértice. É rasgada por vãos com modinaturas duplas, as interiores salientes, com múltiplos frisos, o exterior cordiforme, e as exteriores recortadas, tendo portal axial em arco abatido, ladeada por postigos de volta perfeita e rematada em janelão com avental de concheados. As fachadas laterais são semelhantes, rasgadas por porta travessa em arco abatido e quatro janelas, duas no corpo da nave e duas no da capela-mor, retilíneas e de molduras recortadas. Fachada posterior cega, rematada em empena. INTERIOR com as paredes rebocadas e pintadas de branco, percorridas por lambril de cantaria, com coberturas em falsas abóbadas de berço de madeira, assentes em frisos e cornijas de cantaria; pavimento em ladrilho hidráulico. Portal axial e portas travessas ladeados por pias de água benta em cantaria de granito, embutidas no muro e de bordos boleados. No lado do Evangelho e em nível bastante elevado, surge o púlpito quadrangular, em cantaria de granito, assente em modilhões ornados por motivos geométricos e florais, com guarda plena decorada por apainelados fitomórficos. Arco triunfal de volta perfeita assente em pilastras toscanas com fecho de acantos. Sobre supedâneo de três degraus de cantaria, a mesa de altar, destacada do retábulo-mor, em forma de urna e ornado por folhagem. Na parede testeira, o retábulo-mor e os colaterais unidos e formando uma única estrutura, mas com os três altares bem demarcados. A estrutura é de talha pintada de marmoreados fingidos e dourada, composta por três retábulos de eixo único, os laterais formados por duas colunas e o central levemente convexo e com quatro colunas, com os terços marcados por anel e laçaria, assentes em duas ordens de plintos paralelepipédicos com as faces almofadadas e ornadas por acantos. A tribuna é de volta perfeita e extravasa para o remate, com moldura de entrelaçados e tendo no interior trono expositivo de sete degraus com a imagem da Senhora. Os retábulos colaterais, dedicados a São José (Evangelho) e a Santa Ana (Epístola) possuem nicho de perfil recortado e moldura saliente, encimado por mísula bolbosa com imaginária. A estrutura remata em entablamento, sobre o qual evoluem altos fragmentos de frisos e cornijas, transformados em pilaretes, sobrepujados por acantos vazados e que centram pequeno frontão semicircular, dando origem a painel central decorado por festões e pendentes. Os altares são em forma de urna, o mor sobrepujado por sacrário embutido, com cobertura em domo e tendo a porta ornada por ostensório. No lado do Evangelho, surgem um ábaco. |
Acessos
|
Malhada Sorda |
Protecção
|
Inexistente |
Enquadramento
|
Urbano, isolado, implantado no extremo ocidental da povoação, em zona plana, abaixo da cota da via pública. Está envolvido por adro fechado por muro de alvenaria e cantaria de granito, encimado por grades pintadas de cinza, interrompido por acrotérios, encimados por esferas. O adro está pavimentado a lajeado. O templo encontra-se rodeado por casas de habitação unifamiliares e terrenos agricultáveis. |
Descrição Complementar
|
|
Utilização Inicial
|
Religiosa: santuário |
Utilização Actual
|
Religiosa: santuário |
Propriedade
|
Privada: Igreja Católica (Diocese da Guarda) |
Afectação
|
Sem afetação |
Época Construção
|
Séc. 19 |
Arquitecto / Construtor / Autor
|
Desconhecido. |
Cronologia
|
Séc. 14 - existe já uma pequena ermida no local, com um sino; 1629, 05 fevereiro - bula do Papa Urbano VIII, concedendo indulgência perpétua aos fiéis que visitassem a capela no primeiro de maio; 1746 - referência ao antigo sino da capela; 17 dezembro - autorização do rei D. João V para a fundação de um convento anexo ao santuário, concedida aos Agostinhos Descalços; séc. 19 - início da reconstrução da capela; 1900, 06 setembro - inauguração do novo templo; 1959 - a receção aos peregrinos e as atividades litúrgicas são garantidas pela Irmãs de São João Baptista e de Maria Rainha. |
Dados Técnicos
|
istema estrutural de paredes portantes. |
Materiais
|
Estrutura em alvenaria rebocada e pintada; modinaturas, cunhais, frisos, cornijas, degraus, pináculos, cruzes, púlpito, pias de água benta e degraus em cantaria de granito; portas, coberturas e mobiliário de madeira; pavimentos em ladrilho hidráulico; retábulos de talha pintada e dourada; janelas com vidro simples e grades metálicas; coberturas em telha cerâmica. |
Bibliografia
|
|
Documentação Gráfica
|
|
Documentação Fotográfica
|
DGPC: SIPA; Diocese da Guarda: Departamento do Património Cultural |
Documentação Administrativa
|
|
Intervenção Realizada
|
Nada a assinalar. |
Observações
|
|
Autor e Data
|
Paula Figueiredo 2016 (no âmbito da parceria DGPC / Diocese da Guarda) |
Actualização
|
|
|
|
|
|
| |