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Edifício e estrutura Edifício Religioso Edifício de Confraria / Irmandade Edifício, igreja e hospital Misericórdia
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Descrição
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Planta rectangular, composta pela nave, torre sineira, de planta quadrada e o corpo rectangular da escada da tribuna, a S., o corpo rectangular da sacristia e da casa do despacho e sala da irmandade, a N.. Volumes articulados com coberturas diferenciadas, em telhado de 2 águas sobre a nave, de 4 sobre os anexos a N., de 1 sobre o anexo a S., cúpula bolbosa sobre a torre. Fachada da igreja terminada em frontão triangular, com fogaréus nos acrotérios, marcada por cunhais em cantaria e rasgada por portal de vão rectangular encimado por janelão com sacada em ferro forjado e frontão contracurvado com o escudo nacional no tímpano; torre sineira marcada por cunhais, com ventanas nas 4 faces; fachada do corpo do lado N. em 2 registos, com cunhais em cantaria, correspondendo o 1º à sala do despacho, o 2º à sala da irmandade. Cimalha envolvendo corpo lateral e igreja. No interior espaço unificado com altar-mor assente em plataforma elevada, a que se sobe por 6 degraus, delimitada por teia de balaústres; porta lateral do lado S.; tecto em madeira de caixotões, em 3 planos, com 5 séries de onze telas; coro-alto comcolunas assentes em pias de água benta, com o formato de taça, sobre pedestais; no tecto, sob o coro, seis grandes telas. No 2º registo da nave, do lado N., a tribuna dos mesários com 4 arcadas em asa de cesto sobre colunas cilíndricas marmoreadas e varandim em ferro forjado. Do lado oposto púlpito com guarda-voz sobre base em pedra. Sacristia com tecto em caixotão. Paredes integralmente revestidas a azulejos polícromos de padrão, seiscentistas; sacristia com azulejos em azul e branco, setecentistas, repetindo o motivo único de estrêlas. Por baixo da tribuna cadeiral em madeira, com frontão com o escudo nacional ladeado por grinaldas, em relevo. Na mesma parede uma pia de água benta manuelina, vinda do extinto Convento do Bom Jesus e uma lápide recente assinalando os restos mortais de D. Luís de Ataíde, para aqui transferidos em 1937. Retábulo rocaille, polícromo, com frontão encimado pela pomba do Espírito Santo, da autoria do mestre entalhador Manuel Martins da Ribeira (SALVADOR 1986: p.18). Do primitivo retábulo pictórico subsistem 2 telas hoje nas paredes laterais, junto ao altar-mor, atribuidas a Baltazar Gomes Figueira; as telas do tecto da nave, representando cenas do Novo Testamento e as do tecto do subcoro, representando cenas do Antigo Testamento, são atribuídas a Baltazar Gomes Figueira, Pedro Peixoto, António Rodrigues Raieta, António da Costa e Oliveira e outros.(Ibidem: p.17) Na sacristia, sobre o arcaz, um retábulo com tábuas representando as obras de misericórdia corporais, separadas por pilastras jónicas. |
Acessos
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Largo D. Pedro V |
Protecção
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Categoria: IIP - Imóvel de Interesse Público, Decreto nº 95/78, DR, 1.ª série, n.º 210 de 12 setembro 1978 |
Enquadramento
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Urbano. Integrada no casario da vila, a sua fachada abre para um pequeno largo, no coração da povoação, paredes meias com o antigo hospital. |
Descrição Complementar
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Utilização Inicial
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Religiosa: edifício de confraria / irmandade |
Utilização Actual
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Religiosa: igreja de confraria / irmandade |
Propriedade
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Pública: municipal / Privada: Misericórdia |
Afectação
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Sem afectação |
Época Construção
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Séc. 17 / 18 |
Arquitecto / Construtor / Autor
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PINTORES:: Baltazar Gomes Figueira (1641), Josefa de Óbidos (1679), Pedro Peixoto ( 1710). ENTALHADOR: Manuel Martins da Ribeira (1767) |
Cronologia
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1629 - aprovação do Compromisso da Irmandade; 1634 - conclusão das obras de construção da igreja (Salvador, 1986: p. 9); 1636 - execução do Calvário; 1641 - pintura de Jesus no Horto e Flagelação, atribuíveis a Baltazar Gomes Figueira; 1679 - encomenda de um retábulo para o altar-mor a Josefa de Óbidos (Ibidem: p. 17) 1694 - construção do púlpito, segundo data inscrita no mesmo; 1697 - dão-se início às obras da torre do relógio, encomendadas pela Câmara; 1710, cerca - o pintor Pedro Peixoto retoca algumas das 55 telas do teto de caixotões da igreja; 1712 - o Padre Carvalho da Costa refere a existência da Misericórdia e hospital; 1736 - conclusão das obras da torre (Ibidem: p. 20); 1767 - encomenda do novo retábulo em talha para o altar-mor ao Mestre Manuel Martins da Ribeira (Ibidem, p. 18); 1793 - restauro da fachada, segundo data aí inscrita |
Dados Técnicos
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Estruturas autoportantes. |
Materiais
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Alvenaria rebocada e cantaria de pedra calcária, tijolo, betão armado, tijoleira, telha cerâmcia, madeira, vidro. |
Bibliografia
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COSTA, P. António Carvalho da, Corografia Portugueza..., 2.ª ed., tomo III, Braga, 1869 [1.ª ed. de 1712]; SEQUEIRA, Gustavo de Matos, Inventário artístico de Portugal, V, Lisboa, 1955; SALVADOR, Francisco Manuel, Santa Casa da Misericórdia de Peniche - apontamentos históricos, Peniche, 1986; CALADO, Mariano, Peniche na História e na Lenda, Peniche, 1991; http://www.patrimoniocultural.pt/pt/patrimonio/patrimonio-imovel/pesquisa-do-patrimonio/classificado-ou-em-vias-de-classificacao/geral/view/73897 [consultado em 20 dezembro 2016]. |
Documentação Gráfica
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DGEMN: DRMLisboa |
Documentação Fotográfica
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DGEMN: DSID, DRMLisboa |
Documentação Administrativa
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DGEMN: DSID, DRMLisboa |
Intervenção Realizada
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1977 - As telas do tecto da nave são retiradas para restauro no Instituto José de Figueiredo; 1979 - Reconstrução da cobertura em materiais pré-esforçados (cinta em betão armado, viga da cumeeira em betão); novo telhado e beirado, rufos e caleiras em zinco; consolidação da estrutura do tecto; restauro das molduras dos caixotões; reboco da fachada principal e torre com acabamento e caiação final; 1984 - consolidação e conservação dos azulejos, picagem do reboco e assentamento de novo reboco hidrofugado, incluíndo face interna da fachada principal, sem azulejos, com pintura final; instalação eléctrica; 1985 - rebocos e pinturas do interior; reparação e pintura da porta principal e janelão do coro, execução de nova porta lateral, novos caixilhos; pavimento de tijoleira na nave, complemento do pavimento em lajedo junto ao altar-mor; rodapé emcantaria junto aos azulejos; reparação das portas interiores; lintel em betão armado na porta de acesso ao coro; reparação do cadeiral; electrificação; picagem dos rebocos exteriores da fachada lateral da igreja, novo reboco e pintura final; cimalha em argamassa de cimento e areia; calçada à portuguesa no acesso àporta lateral; 1986 - reparação do pavimento do coro e restauro do varandim em madeira; reconstrução da sanca em remate do tecto, incluíndo restauro da sua pintura marmoreada; restauro das molduras das telas, do púlpito; limpeza dos balaústres, banquetas dos altares, escadas, altar-mor; reparação do guarda-vento reboco nas paredes do coro, com pintura final. |
Observações
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Autor e Data
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Isabel Mendonça 1992 |
Actualização
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