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Edifício e estrutura Edifício Religioso Templo Igreja paroquial
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Descrição
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Planta longitudinal orientada, composta por nave única e capela-mor; adossamento da torre sineira de planta quadrada a S. e anexo a N.; volumes articulados com cobertura diferenciada em telhado de 2 águas, prolongando-se em aba corrida sobre a sacristia / residência do pároco. Exterior: frontespício poente em empena triangular, rematado por cruz em pedra e ladeado por 2 pilastras sobrepujadas por pináculos piramidais; rosácea proeminente; sob 4 cachorros enfileirados a meia altura da frontaria abre-se o pórtico em arco de volta abatida sobreposto por cogulhos radiantes tendo no fecho as armas do cardeal-rei D. Henrique; a superfície côncava do arco é guarnecida de festões que se apoiam em 2 grifos esculpidos na parte inferior das ombreiras. A par do frontespício delimitado por 2 cunhais de cantaria, a fachada prolonga-se pelo corpo do baptistério e anexo reintrante da sacristia com alpendre. No lado oposto ergue-se a torre sineira composta de dois corpos sobrepostos, de secção quadrada, sendo o 2º piso aberto por um campanário em cada uma das faces e sobrepujado por 4 fogaréus que ornam os cantos do plano onde assenta a cúpula de ângulos quebrados. Fachada S.: avulta entre 2 frestas uma porta de verga quebrada decorada com motivos vegetalistas, com um mascarão no fecho. Fachada E.: corpo saliente e mais baixo da capela-mor, em empena triangular rematado por cruz em pedra. Fachada N.: adossamento do edifício contíguo à nave, aberto por uma porta recta entre 6 janelas da mesma feição. Interior: nave única; coro-alto sustentado por colunas; pavimento lajeado; cobertura em tecto de madeira de três planos; altares colaterais a ambos lados da nave; baptistério de planta quadrangular no lado do Evangelho; capela-mor abobadada. Iluminação feita através de frestas e do óculo do frontespício. |
Acessos
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Largo Engenheiro Sousa Lopes |
Protecção
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Inexistente |
Enquadramento
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Urbano, no centro da povoação, de implantação harmónica, dominando um vale com arvoredo, rodeado por casario envolvente. Do lado esquerdo e fora do adro, uma fonte de espaldar. |
Descrição Complementar
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Utilização Inicial
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Religiosa: igreja paroquial |
Utilização Actual
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Religiosa: igreja paroquial |
Propriedade
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Privada: Igreja Católica (Diocese de Lisboa) |
Afectação
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Sem afectação |
Época Construção
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Séc. 16 / 19 |
Arquitecto / Construtor / Autor
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Desconhecido |
Cronologia
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1520 - por provisão do cardeal D. Afonso, abade comendatário de Alcobaça, foi erigida a ermida dedicada a Nossa Senhora da Conceição; 1528 - a ermida foi convertida em paróquia, com curato amovível, por alvará do supradito abade; 1565 - o cardeal infante D. Henrique desmembrou-a da matriz de Santa Maria de Aljubarrota,em 23 de Julho, constituindo-a em vigaria perpétua sujeita ao padroado do mosteiro de Alcobaça; 1580 / 1640 - à época filipina o templo foi ampliado por conta das rendas do mosteiro; 1670 - sino do lado N. com a inscrição: NOSSA SENHORA DA CONCEIÇÃO; 1709 - a igreja caiu, sendo então a sede paroquial transferida para a igreja da Misericórdia; 1720 / 1733 - reconstrução da igreja. Sobre o portal foram novamente colocadas as armas do fundador; 1733 - os frades mandam adaptar o retábulo apainelado do altar-mor; 1737 - retábulo do altar da Conceição; 1745 - em 12 de Fevereiro são roubadas da igreja pratas, cortinados, ornamentos, etc.; 1747 - cai o côro da igreja; 1747 / 1748 - reconstrução do côro e reparação do tecto; 1749 - construção do presbitério e respectivos altares; 1754 - ajusta-se um novo retábulo no altar da Conceição; 1755 - o terramoto arruina as paredes e abóbada do baptistério; 1760 - reformulação do altar do Nome de Deus (colateral da parte do Evangelho), e incorpora-se um sacrário de madeira; 1762 - novo retábulo no altar da Conceição, substituído poucos anos depois; 1766 - assenta-se o retábulo do altar do Rosário (altar lateral da parte da Epístola); 1795 - reconstrução da torre sineira. construção do relógio; 1799 - é fundido o sino da invocação do S.S. Sacramento; 1845 / 1905 - os enterramentos fazem-se no adro; 1899 - restauro das paredes e abóbada do baptistério; 1904 / 1905 - construção do cemitério fora do adro; 1907 - adquire-se o sino das Ave-Marias para o campanário; 2006, 14 abril - Despacho de encerramento do processo de classificação da igreja. |
Dados Técnicos
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Paredes autoportantes |
Materiais
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Pavimento lajeado; estrutura em alvenaria e cantaria; revestimento: reboco a cal; cobertura em telha |
Bibliografia
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NATIVIDADE, M. Vieira, O Mosteiro de Alcobaça (Notas Históricas), Coimbra, 1885; RIBEIRO, Diogo, Memórias de Turquel, s.l., 1908; LIMA, Baptista de, Terras Portuguesas - Arquivo Histórico - corográfico, vol. 7, Póvoa-de-Varzim, 1940; RASQUILHO,Rui Manuel C. de Vieira, Roteiro Histórico - Turístico da Região de Alcobaça, Alcobaça, 1979. |
Documentação Gráfica
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Documentação Fotográfica
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IHRU: DGEMN/DSID; CMA |
Documentação Administrativa
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Intervenção Realizada
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Observações
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Os quatro cachorros alinhados na frontaria sugerem que talvez houve a disposição de se lhe agregar um alpendre. Inventário Nº C.M.A.: 16003. |
Autor e Data
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Lurdes Perdigão 1996 |
Actualização
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2010 |
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