Castelo de Penela
| IPA.00001597 |
Portugal, Coimbra, Penela, União das freguesias de São Miguel, Santa Eufémia e Rabaçal |
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Castelo medieval, deixaando antever preferencialmente duas épocas: o séc. 14 a que pertence o circuito das muralhas e o séc. 15 a que pertence a porta da vila e o castelejo; neste século devia ter já a forma poligonal irregular que hoje apresenta. | |
Número IPA Antigo: PT020614060001 |
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Registo visualizado 1517 vezes desde 27 Julho de 2011 |
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Edifício e estrutura Edifício Militar Castelo
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Descrição
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Planta poligonal irregular com implantação N. - S. Construção adequada ao terreno sendo os panos de muralha a O. mais elevados e fortes que os a E. que aproveitam o escarpado e se elevam a pouco mais do que o arranque dos adarves. Castelejo a E. adossado de panos de muralha. As muralhas, ameadas, são flanqueadas de torres das 12 que teve: de S. para N., uma quinária, outra redonda e duas quadrangulares. Possui duas portas: a da vila a SO., de arco a pleno centro e ombreiras cortadas aberta na face de uma torre, e a da traição ou dos Campos, a NE., rasgada numa torre, com 2 aberturas em tércio-ponto dispostas em cotovelo, e supondo caminho interno. Da torre de menagem subsistem apenas uma porta de arco quase a pleno centro e 2 bombardeiras |
Acessos
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Penela. Rua do Castelo, Rua da Filarmónica Penelense |
Protecção
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Categoria: MN - Monumento Nacional, Decreto de 16-06-1910, DG n.º 136, de 23 junho 1910 / ZEP, Portaria, DG, 2.ª série, n.º 208 de 05 setembro 1958 |
Enquadramento
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Urbano, montanha, sobranceiro à vila extramuros a SO., implantação destacada. Assenta sobre rochedos em terreiro no qual se encontra a Igreja de São Miguel; entre ela e o castelo há cavadas no arenito, sepulturas antropomórficas da Baixa Idade Média |
Descrição Complementar
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Utilização Inicial
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Militar: castelo |
Utilização Actual
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Cultural e recreativa: marco histórico-cultural |
Propriedade
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Pública: estatal |
Afectação
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DRCCentro, Portaria n.º 829/2009, DR, 2.ª série, n.º 163 de 24 agosto 2009 |
Época Construção
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Séc. 11 / 12 / 13 / 14 / 15 / 16 |
Arquitecto / Construtor / Autor
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Desconhecido |
Cronologia
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1087 - D. Sesnando diz no seu testamento que povoou o castelo; 1137 - foral por D. Afonso Henriques que terá reedificado o castelo, caindo pouco depois em poder dos mouros; Séc. 13 / 14 - D. Sancho 1 e D. Dinis mandaram-no restaurar, resulta destas campanhas de obras a abertura da Porta da traição; 1315 - donatária da vila D. Isabel, neta de D. Afonso III; 1394, cerca - D. João I adquiriu Penela por 8.000 dobras (384.000 libras); 1408, Outubro - D. João I doou o senhorio de Penela ao seu filho, o Infante D. Pedro, posteriormente Duque de Coimbra; 1420, 14 Novembro - o Infante mandou fazer o levantamento e demarcação de todos os reguengos e terras que tinha na zona, outros casais e bens que tinha por compra ou herança; Séc. 15 - D. Pedro, Duque de Coimbra, mandou edificar dentro da cerca a Igreja de São Miguel e um Paço; reedificação do castelejo; 1449, 20 Maio - D. Afonso V confiscou os seus bens que passaram para a coroa; 1461, 23 Setembro - D. Pedro, o primogénito do Infante D. Pedro, recebeu a posse de Penela e os reguengos de Camponês e do Rabaçal; 1465 - 1465, 23 Junho - tornou-se donatário de Penela D. Afonso de Vasconcelos e Meneses, bisneto do Infante D. João; 1471, 24 Outubro - D. Afonso V concedeu-lhe o título de Conde de Penela; 1476 - doação da vila em sucessão para o seu filho mais velho após a sua morte; 1543 - após a morte do 2º conde de Penela, a vila passou para D. Jorge, Mestre de Santiago, Duque de Coimbra, filho bastardo de D. João II; Séc. 16 - foral novo por D. Manuel; 1514, 1 de Junho - início provável de obras e consolidação; 1550 - com a sua morte do Duque de Coimbra, passou para a Casa de Aveiro, na qual permaneceu até 1759, ano da sua extinção devido ao atentado a D. José; 1755 - terramoto destrói torre do relógio; 1760 - demolida a 3ª porta do castelo para reaproveitamento da pedra para construção da torre do relógio; séc. 18 - com a extinção por D. José da Casa de Aveiro o Castelo deixa de estar na sua posse; 1992, 01 junho - o imóvel é afeto ao Instituto Português do Património Arquitetónico, pelo Decreto-lei 106F/92, DR, 1.ª série A, n.º 126; 2005 / 2006 - construção do anfiteatro e requalificação do r/c da casa paroquial para museu de arte sacra; 2006, 17 Junho - inauguração do museu de arte sacra no rés-do-chão da casa paroquial, e inauguração do anfiteatro pelo cantor Pedro Barroso; 2018, 14 maio - abertura do concurso de ajudicação de obras na envolvente do castelo. |
Dados Técnicos
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Estrutura autónoma, sistema estrutural de paredes portantes. |
Materiais
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Pedra |
Bibliografia
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ALMEIDA, J., Roteiro dos Monumentos Militares Portugueses, Lisboa, s.d.; Castelo de Penela, Boletim da Direcção-Geral dos Edifícios e Monumentos Nacionais, nº 91, Lisboa, 1958; CORREIA, Vergílio, Inventário Artístico de Portugal, Vol. IV, Lisboa, 1953; Jornal Diário das Beiras, 11 Maio 2000, p.3 (suplemento); Diário de Coimbra, 16 Junho 2006, p. 12; JARNAUD, Monografia do Município Penellense, Lousã, 1915; ARNAUD, Salvador Dias, Gazeta de Coimbra, 16 e 27 de Setembro, 1933; LARCHER, J., Castelos de Portugal, Coimbra, 1935; PINA, Rui de, Crónica de El-Rei D. Sancho I, Lisboa, 1906; http://www.patrimoniocultural.pt/pt/patrimonio/patrimonio-imovel/pesquisa-do-patrimonio/classificado-ou-em-vias-de-classificacao/geral/view/69810 [consultado em 23 agosto 2016]. |
Documentação Gráfica
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IHRU: DGEMN/DSID |
Documentação Fotográfica
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IHRU: DGEMN/DSID |
Documentação Administrativa
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IHRU: DGEMN/DSID |
Intervenção Realizada
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DGEMN: 1941 - consolidação das muralhas e reconstrução as ameias segundo o existente; 1943 - 1944 - continuação da obras; 1945 - demolidas paredes argamassadas e reconstruídas com alvenaria e argamassa hidráulica; 1958 - consolidação de fundações; reconstrução de adarves; remate do torreão e das muralhas, limpeza das cisternas, arranjo junto porta de acesso; apeamento da torre do relógio no paramento S. da muralha seguida de integração do relógio na torre da igreja de São Miguel; 1998 - recuperação de muros e acessos; IPPAR / CMP: 2005 / 2006 - obras de remodelação limpeza e beneficiação: pavimetação do arruamento intra-muros, construção do anfiteatro, colcação de 3 portas nos acessos ao interior da muralha, adaptação do r/c da casa paroquial a museu de arte sacra, arranjos e iluminação dos arruamentos circundantes ao castelo. |
Observações
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Por aqui passava a via imperial de Mérida a Conimbriga, como chave do vale do Dueça, possuia 2 importantes atalaias no Sobral e Germelo, de que restam só os alicerces. A torre de menagem e a porta principal a S., junto da torre quinária, já não existem; o castelejo era adossado interiormente à face oriental da muralha, assente em rochedos no local mais elevado do terreiro, possível evolução da torre de menagem. |
Autor e Data
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Margarida Alçada 1984 / João Grilo / Fernando Grilo 1996 |
Actualização
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Margarida Silva 2006 |
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