Igreja dos Terceiros de São Francisco
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Portugal, Braga, Braga, União das freguesias de Braga (São José de São Lázaro e São João do Souto) |
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Arquitectura religiosa, maneirista, barroca, rococó e neoclássica. Planta composta por igreja longitudinal com nave única, capela-mor mais estreita e torre sineira, tudo em eixo, seguindo o esquema tradicional bracarense. Adossado lateralmente à capela-mor encontra-se pequeno corpo de ligação a um outro, de grandes dimensões, onde se encontra a sacristia e Casa da Mesa, definindo o conjunto entre eles um pátio interior. A estrutura da igreja ainda apresenta características maneiristas, patente principalmente na fachada principal, com portal principal de verga recta por pilastras, rematado por frontão triangular, ladeado por cartelas e encimado por óculo circular e janelões sobrepujados por frontão interrompido. O barroco nesta fachada surge ao nível decorativo, com o recurso a volutas nas molduras das cartelas e óculo, do frontão de volutas dos janelões e ao nível do remate, com espaldar ladeado por aletas, com nicho, também enquadrado por aletas e ritmado por altos pináculos piramidais. Interiormente, a estrutura maneirista também é notória, principalmente na abóbada de caixotões de pedra e no coro-alto. Os vários elementos barrocos como é o caso das pinturas "tromp l'oeil" das paredes, órgão, do guarda-vento, capela do Senhor dos Aflitos, púlpitos, azulejos joaninos da capela-mor e mísulas, são misturados com elementos neoclássicos, como é o caso dos retábulos laterais e retábulo-mor. Sacristia coberta por abóbada de cruzaria, com retábulo relicário e lavabo rococó. As molduras do óculo e cartelas da fachada principal da igreja apresentam um decoração exuberante de motivos volutados. A fachada principal da Casa da Mesa contrasta com a riqueza decorativa da igreja. No interior salienta-se o excelente trabalho de pedraria, patente nas abóbadas, com jogo decorativo tipo colmeia, e coro-alto. Esta igreja é o imóvel que ostenta um maior número de peças da autoria de Carlos Amarante. A porta da sacristia destaca-se pela decoração da moldura, demasiado proeminente. A cobertura da sacristia apresenta uma abóbada com um jogo de nervuras em granito, contrastando com o trabalho minucioso de estuque. O retábulo relicário destaca-se do conjunto retabular da igreja pela sua exuberância, apresentando uma composição decorativa rica e uma enorme qualidade plástica dos santos relicários. |
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Número IPA Antigo: PT010303410109 |
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Registo visualizado 2593 vezes desde 27 Julho de 2011 |
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Edifício e estrutura Edifício Religioso Templo Igreja de Confraria / Irmandade Ordem de São Francisco - Franciscanos Terceiros
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Descrição
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Planta composta por igreja longitudinal composta por nave única, capela-mor mais estreita e torre sineira quadrangular, tudo em eixo, pequeno corpo em L invertido, adossado lateralmente à capela-mor, a S., de ligação ao corpo, onde se encontra a sacristia e Casa da Mesa, também ligeiramente em L, definindo o conjunto entre eles um pátio interior, trapezoidal. O topo E. do corpo da Casa da Mesa encontra-se disposto em diagonal em relação à fachada principal da igreja. Volumes escalonados de dominante horizontal, quebrado pelo verticalismo da torre sineira. Coberturas diferenciadas em telhados de duas, três e quatro águas e em cúpula granítica coroada por lanternim encimado por pináculo com cata-vento na torre sineira. IGREJA com fachadas rebocadas e pintadas de branco, à excepção da principal, que se encontra revestida por azulejos industriais de padrão, policromos a creme e azul. São percorridas por embasamento, enquadradas por cunhais toscanos apilastrados, coroados por altos pináculos piramidais, e rematadas por cornija sob beiral. Fachada principal voltada a E, rematada por entablamento, com o brasão da Ordem, ao centro, sobrepujado por platibanda enquadrada por aletas, rasgada por nicho, estruturado por pilastras com aletas, albergando a imagem de pedra de Nossa Senhora da Conceição. A platibanda é encimada por cornija, com cartela ao centro, coroada por frontão de volutas, interrompido por cruz sobre esfera e acrotério, e nos extremos par de pináculos piramidais. Portal principal de verga recta, enquadrado por pilastras toscanas suportando entablamento moldurado, encimado por frontão triangular. O portal é ladeado por duas cartelas rectangulares, ornamentadas com motivos volutados, e encimado por óculo circular, também moldurado por motivos volutados, ladeado por dois janelões rectangulares, sobrepujados por frontão de volutas interrompido por motivo fitomórfico que se liga ao entablamento do remate. Fachadas laterais rasgadas na nave, por quatro janelões, e na capela-mor, por dois, todos rectangulares e em capialço. A fachada lateral N., voltada à rua pública, é parcialmente tapada, na capela-mor e torre sineira, pelos edifícios adjacentes. A fachada lateral S., voltada ao pátio interior, é aberta por duas portas de porta de verga recta, uma de maiores dimensões de acesso à nave e outra mais pequena, sobrelevada, com por escadaria de pedra, de lanço recto, com guarda de ferro, para acesso ao púlpito. Torre sineira com acesso interior, delimitada por cunhais de cantaria, com três registos, tendo no último, sineira com quatro ventanas em arco pleno. É rematada por entablamento encimado por platibanda com balaústres de granito e pináculos nos extremos. INTERIOR com nave de paredes rebocadas e pintadas com motivos fitomórficos em "trompe l'oeil", e silhar de azulejos industriais de padrão, monocromos com estampilha azul. Coro-alto em cantaria de granito, sobre arco abatido com intradorso em caixotões de granito, assente em dupla cornija, com guarda recortada em balaustrada de madeira. Do lado do Evangelho encontra-se órgão de tubos, em talha policroma com marmoreados a amarelo, verde e rosa e decoração pontuada a dourado. Sub-coro com guarda-vento de madeira pintada de vermelho, enquadrado por pilastras jónicas, e ladeado por pias de água benta gomadas. Nave coberta por abóbada de pedra, decorada por caixotões sextavados e quadrangulares sobre entablamento, ritmado por mísulas. Pavimento em madeira. É iluminada por oito janelões com moldura e sanefa de talha policroma com marmoreados, e varandim em ferro. Possui, em posição confrontante, dois confessionários, dois vãos rectangulares com moldura e sanefa em talha marmoreada, o do lado da Epístola correspondendo a capela de invocação do Senhor dos Aflitos, forrada de painéis de talha marmoreada, com decoração a dourado, e o oposto com porta para o pátio. A nave apresenta ainda confrontantes, dois púlpitos rectangulares, com base rectangular de pedra sobre mísula, com guarda plena de talha marmoreada a castanho e verde e decoração a dourado, e quatro capelas retabulares inscritas em vãos de arco pleno sobre pilastras toscanas. No lado da Epístola invocam Nossa Senhora da Salvação e São Francisco e no lado do Evangelho Nossa Senhora dos Desamparados e Santo António. Colateralmente encontram-se duas mísulas de talha, com baldaquino. Arco triunfal pleno sobre pilastras toscanas molduradas. Capela-mor coberta por abóbada igual à da nave e pavimento de madeira. Paredes integralmente revestidas a azulejos figurativos, monocromos a azul, com cenas da vida de São Francisco e Santa Margarida de Cartona, do lado do Evangelho, e do oposto, de Santa Rosa. É iluminada por quatro janelões iguais aos da nave e seis mísulas confrontantes, de talha dourada e marmoreada, com querubim, suportando imaginária. Retábulo-mor de talha policroma, com marmoreados a castanho e verde, e decoração marcada a dourado. Possui planta côncava, de um só eixo, rematado por espaldar recortado, encimado por cornija com anjos e motivos fitomórficos e no tímpano cartela com símbolo da Ordem entre anjos. Tribuna em arco pleno, recortada nos ângulos superiores, com cortina que resguarda o trono eucarístico. É enquadrada por par de colunas coríntias, demarcadas no terço inferior por estrias. Sacrário sobre a banqueta encimado pelo Crucificado. Altar recto. Sacristia com acesso por porta moldurada encimada por cornija curva interrompido, por fragmento de cornija mais elevado. Possui pavimento em lajes de granito e tecto em abóbada de cruzaria, com as nervuras em cantaria e o interior com decoração de estuque. É iluminada por cinco janelões rectangulares, em capialço e possui, comprido arcaz de castanho, armário com imaginária e retábulo relicário de talha policroma, a banco, azul e dourado. Lavabo de granito, com espaldar rectangular, enquadrado por pilastras, com o interior concheado e bicas zoomórficas, em serpente. É rematado por frontão de volutas, interrompido por concha e motivos fitomórficos, encimada por pinha, e nos extremos pináculos. Taça semi-oval, gomada assente em coluna bojuda. CASA DA MESA com fachada principal virada a SE., no seguimento da fachada principal da igreja, rematada por cornija sob beiral saliente, com dois registos e dois panos, rebocada e pintada de amarelo, sendo o pano junto à igreja, correspondendo ao corpo de ligação ao coro-alto, no segundo registo, revestido a azulejos industriais de padrão, monocromos a azul. Este pano possui no primeiro registo portal de verga recta, com portão, de acesso ao pátio interior, encimado por nicho envidraçado com imagem de São Francisco e nos extremos cartelas, com dois brasões da Ordem. Segundo registo com janelas de verga recta, com brincos e moldura de madeira. Pano da esquerda rasgado regularmente por vãos de verga recta. Restantes fachadas rebocadas e pintadas de branco, rematadas por cornija sob beiral. Fachadas viradas ao pátio interior, um, dois e três registos, devido ao escalonamento dos corpos, com vãos de verga recta, no primeiro registo com molduras de granito e nos superiores com molduras de madeira pintadas de cinzento. Fachadas viradas ao quintal, de dois registos, enquadradas por cunhais apilastrados toscanos, possuindo na virada a N., ao nível do segundo registo, varanda corrida de pedra sobre cachorros com guarda de ferro, com vãos de verga recta encimados por cornija recta. Fachada O., com janela termal entre dois janelões rectangulares em capialço, no primeiro registo e, no segundo, duas janelas de sacada encimadas por cornija recta e varanda apoiada em modilhões, com guarda de ferro. INTERIOR com paredes rebocadas e pintadas de branco, com tectos em estuque e pavimentos em madeira e laje de granito. A comunicação entre os pisos faz-se por escadaria de pedra de dois lanços divergentes, com patamar intermédio, com acesso por arco pleno sobre pilastras toscanas, com corrimão de pedra integrando colunas coroados por urnas. No segundo piso, encontra-se o salão nobre, coberto por tecto de masseira, com decoração de estuque, pintado a azul e branco, com estrelas simulando o céu. Encontram-se ainda salas de arrumos com imagens, paramentos e alfaias religiosas. |
Acessos
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São João do Souto, Largo de São Francisco; Rua dos Capelistas; Rua do Castelo |
Protecção
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Categoria: MIP - Monumento de Interesse Público, Portaria nº 740-I/2012, DR, 2ª série, nº 248 de 24 dezembro 2012 / Incluído na Zona Especial de Protecção do Castelo de Braga e Torre de Menagem (v. PT010303410009) |
Enquadramento
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Urbano, no centro histórico da cidade (v. PT010303070088), entre ruas sem circulação automóvel, com grande concentração comercial, adossado a O. a prédios de habitação, e na torre sineira, junto à fachada posterior, a um edifício recente do Arquitecto Moura Coutinho. Na proximidade, a S., a torre de menagem do Castelo de Braga, a antiga Escola Comercial de Braga, projectada pelo Arquitecto Marques da Silva e o Edifício das Arcadas (v. PT010303410210). Possui, junto à fachada posterior, um pequeno quintal com laranjeiras, que dá acesso à antiga Fonte da Carcoda encostada ao muro de uma das construções adjacentes. |
Descrição Complementar
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INSCRIÇÕES: Inscrições gravadas em duas cartelas idênticas, rectangulares que ladeiam o portal principal da igreja; moldura com decoração de motivos volutados; granito; leitura: (cartela esquerda) TEMPLO DA SAGRADA ORDEM TERCEIRA DA PENITENCIA QUE INSTITUIO O SERÁFICO P. S. FRANCISCO PRINCI PIADO A 7 DE MAIO 1690; (cartela direita) FEITO A CUSTA DOS FILHOS SECULARES DA MESMA ORDEM AJUDADOS DA PIEDADE DOS FIÉIS QUE CONCORRERAM COM SUAS ESMOLAS; TALHA: Retábulo do Senhor dos Aflitos em talha policroma com marmoreados a verde e castanho e decoração marcada a dourado. Remate em sanefa. Painel pintura de cenário, com o Crucificado, enquadrado por pilastras com capitéis decorados por acantos, encimadas por volutas; retábulos laterais iguais, em talha policromada com marmoreados a castanho e verde e decoração pontuada a dourado. Planta recta, um só eixo. Remate em cornija curva, com fragmentos de frontão nos extremos. Ao centro, nicho recortado, enquadrado por colunas coríntias, demarcadas no terço inferior por estrias, sobrepostas em pilastras coríntias. Nos extremos peanhas com imaginária. Sobre a banqueta, pequeno nicho com imaginária. Altar em forma de urna; retábulo relicário da sacristia de planta recta, um só eixo, rematado por cornija destacada ao centro. Nicho envidraçado, com sequência de relicários em forma de bustos. É enquadrado por volutas estilizadas, com concheados e peanhas com imaginária. Sobre a banqueta, sacrário encimado pelo Crucificado. Altar em forma de urna. Todo o retábulo é ricamente decorado por concheados. ÓRGÃO: Órgão de três castelos, o central mais elevado, rematado por cornija coroada por anjos, e os laterais coroados por urnas. Possui gelosias em harpa e na base dos castelos flautado em leque. |
Utilização Inicial
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Religiosa: igreja de confraria / irmandade |
Utilização Actual
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Religiosa: igreja de confraria / irmandade |
Propriedade
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Privada: Igreja Católica |
Afectação
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Sem afectação |
Época Construção
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Séc. 17 / 18 / 19 |
Arquitecto / Construtor / Autor
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Entalhadores: João Bernardo da Silva; André António da Cunha (riscou e executou as sanefas para as portas, frestas e púlpitos); Desenhadores: Carlos Amarante (retábulos laterais, os púlpitos e o guarda-vento); João de Magalhães Calheiros (retábulo-mor); Organeiro: José António de Sousa; Pedreiros: Pascoal Fernandes, Domingos Moreira, Manuel Fernandes da Silva, Manuel Nogueira, André Ferreira, José Moreira, António Moreira, Jacinto Moreira, Domingos Gonçalves Saganha, António Correia; Pintor: Nicolau de Freitas (azulejos da capela-mor); Sineiro: Manuel Gomes Ferreira. |
Cronologia
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1611 - Existência, na Sé de Braga (v. PT010303520005), da Arquiconfraria do Cordão em honra de São Francisco; 1615 - o Arcebispo de Braga, D. Frei Aleixo de Menezes aprova os Estatutos desta Irmandade; 1631 - reforma dos Estatutos da Irmandade; 1680 - nova reforma dos Estatutos da agora denominada Irmandade de São Francisco da Sé; 1685 - os irmãos da Venerável Ordem Terceira de São Francisco decidiram construir a sua própria igreja e uma casa que lhes servisse de Definitório; 1686, 22 Março - a Mesa decidiu que o sítio para a edificação da sua igreja e casa seria no local da Fonte da Carcoda; 1690 - aquisição de umas casas térreas e terrenos que estavam em volta da Fonte da Carcoda para aí construírem a igreja e a sua casa; 1693, 30 Novembro - os irmãos da Ordem Terceira de são Francisco declaram Nossa Senhora da Conceição padroeira da sua igreja; 1693, 9 Dezembro - contrato feito com o mestre pedreiro Pascoal Fernandes para a construção da frontaria da Igreja dos Terceiros; 1694, 12 Fevereiro - ajuste da obra de parte da igreja com o mestre pedreiro Domingos Moreira por 430$000 réis; 11 Maio - a Mesa decidiu que se fizesse uma casa nova, junto ao templo, para servir de "casa da mesa e sacristia"; 1695, 18 Maio - os irmãos, na presença do seu Comissário, Frei Manuel de São Maurício, propuseram mandar vir um sino da Alemanha pelo preço de 127$702 réis; 1696 - os irmãos da Venerável Ordem Terceira de São Francisco mudam-se para a sua nova casa; 1699 - em virtude do sino anteriormente adquirido apresentar defeito, foi ajustado um sino, idêntico ao de São Victor, com o mestre sineiro Manuel Gomes Ferreira; 1701 - são admitidos como irmãos os lavradores de São Victor e de Palmeira atendendo ao muito trabalho e esforço prestado trazendo gratuitamente muita pedra para as obras da igreja; 1701, Dezembro - ajuste da obra do arco cruzeiro e abóbada, com Pascoal Fernandes e seu filho, Manuel Fernandes da Silva; 1702, 16 Dezembro - Pascoal Fernandes toma sobre si a obra que Domingos Moreira não cumprira, razão pela qual se encontrava preso; 1703, 19 Janeiro - o mestre pedreiro, Domingos Moreira compromete-se a pagar a Pascoal Fernandes e Manuel Fernandes da Silva toda a obra que fizerem por ele na igreja da Ordem Terceira; 1703, 5 Agosto - Manuel Nogueira, de Moreira da Maia, assume contrato, juntamente com André Ferreira, da freguesia de Santa Maria de Ferreiros, para continuarem abóbada da igreja da Ordem Terceira, fazendo-lhe mais três arcos pelo preço de 350$000 réis; 1710 - é chamado a concluir o frontispício o mestre pedreiro Manuel Nogueira; 1712 - conclusão do corpo da igreja; 1713, 18 Outubro - descontentes com as obras da frontaria foi ajustado com Manuel Nogueira o acrescentamento da fronteira da igreja na forma da planta que se lhe deu; 1715, 2 Setembro - contrato da obra do coro como estava determinado em meia folha de papel, com os mestres José Moreira, António Moreira e Jacinto Moreira, da freguesia de Moreira da Maia; 1722, 25 Julho - petição ao Arcebispo D. Rodrigo de Moura Teles para se edificar a capela-mor e a torre da sua igreja; 1723, 22 Janeiro - ajuste da obra da capela-mor e torre com os mestres bracarenses Domingos Gonçalves Saganha, de Navarra, e António Correia, de Palmeira, Lugar de Coucinheiro, pela quantia de um conto e cento e oitenta mil réis; 7 Agosto - os mesmos mestres pedreiros contratam a obra da abóbada e acabamento da capela-mor pelo preço de um conto e duzentos e sessenta mil réis; 1725, 6 Junho - em virtude da construção da abóbada da capela-mor não oferecer a segurança exigida pela Mesa, foi ajustado o seu acabamento com Domingos Gonçalves Saganha e António Correia; 1734 - colocado o revestimento de azulejos na capela-mor, obra de Nicolau de Freitas; 1739 - colocação do primitivo retábulo-mor, entalhado por Bento Ferreira de Sousa; 1742 - reforma dos Estatutos da Venerável Ordem Terceira da Cidade de Braga; 1745, 11 Maio - perante a ameaça de ruína da abóbada foi chamado a dar um parecer o arquitecto carmelita, Frei Pedro da Conceição; 1760, 4 Junho - é inaugurado o novo retábulo de Santo António; 1774 - chegada da imagem de Santo António; 1781 - João Bernardo da Silva contratou a feitura de um novo retábulo-mor neoclássico; 1782 - execução do órgão por José António de Sousa, por 480$000 réis; 1996 - devido a construção do túnel que liga o Campo da Vinha à Avenida da Liberdade, o coro alto teve de ser reforçado com vigas; 1997, 22 Julho - proposta de classificação da Câmara Municipal de Braga; 1999, 31 Maio - proposta de abertura da Direcção Regional do Porto; 4 Junho - despacho de abertura do Vice-Presidente do IPPAR; 2000 - a Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto estuda uma solução para reforçar a estrutura do coro alto; 2004 - novo estudo da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto para reforçar a estrutura do coro alto; 2010, 14 Maio - proposta da Direcção Regional de Cultura do Norte para a classificação como IP; 2011, 7 Outubro - publicação do anúncio nº 14227/2011, DR, 2ª série, nº 193, do projecto de decisão relativo à classificação como Monumento de Interesse Público e respectiva zona especial de protecção. |
Dados Técnicos
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Paredes autoportantes. |
Materiais
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Estrutura, embasamento, cunhais, molduras dos vãos, cornijas de remate, elementos decorativos, coro-alto, tectos da nave e capela-mor, pias de água benta, base dos púlpitos, nervuras da abóbada, lavabo e pavimento da sacristia, em granito; paredes da nave, tectos da Casa da Mesa, e revestimento da abóbada da sacristia em estuque; revestimento da fachada principal, sub-coro e silhar da nave com azulejos industriais; revestimento da capela-mor com azulejos tradicionais; estrutura do telhado, portas, janelas, pavimento da nave e capela-mor, balaustrada do coro-alto, guarda dos púlpitos, órgão, sanefas, retábulos e arcaz, em madeira; grades e sacadas das janelas, corrimão de escadas e portão de acesso ao pátio em ferro; algerozes em zinco; cobertura exterior em telha de canudo. |
Bibliografia
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Vv.Aa., Tesouros Artísticos de Portugal, Lisboa, 1976, p. 148; MECO, José, Azulejaria Portuguesa, Lisboa, 1985, p. 59; COSTA, Luís, Braga. Roteiro Monumental e Histórico do Centro Cívico, Braga, 1985, pp. 13 - 14; VALENÇA, Manuel, A Arte Organística em Portugal, vol. II, Braga, 1990; ROCHA, Manuel Joaquim Moreira da, Arquitectura Civil e Religiosa de Braga nos séculos XVII e XVIII. Os Homens e as Obras, Braga, 1994, pp. 73 - 74, 142, 148 - 152, 179 - 181; PROENÇA, Maria José, A Ordem Terceira Franciscana em Braga e sua Igreja, Braga, 1998; OLIVEIRA, Eduardo Pires de, Braga. Percursos e memórias de granito e oiro, Porto, 1999, pp. 141-143; Arte Religiosa e Artistas em Braga e sua Região (1870 - 1920), Braga, 1999, pp. 116 - 120; PEREIRA, Ana Maria Magalhães de Sousa, Da Casa Grande da Rua dos Pelames à Casa Nova da Rua de Dom Gualdim. Braga, séculos XVII XVIII, Braga, 2000, pp. 56 - 58; ENCARNAÇÃO, Marta, Dignificar a cidade e o culto, in Diário do Minho, 6 de Janeiro de 2004, p. 4. |
Documentação Gráfica
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DGPC: DGEMN:DSID |
Documentação Fotográfica
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DGPC: DGEMN:DSID |
Documentação Administrativa
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VOTF: Arquivo; ADB: Nota Geral (ms. 831) |
Intervenção Realizada
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CMB: 1996 - Colocação de vigas para suportar o coro alto; DGEMN: 1997 - elaboração de diagnóstico sobre o estado de conservação e patologias; informação de base para elaboração de cadernos de encargos relativos ao tratamento a efectuar nos azulejos 2001 - projecto de obras de conservação das coberturas; 2005, 5 Agosto - conclusão do projecto de reabilitação e reforço estrutural do arco do coro-alto, conforme consta da acta da igreja; 2007 - fase final dos trabalhos de reabilitação e reforço do arco do coro-alto e instalação de tirantes de suspensão, de modo a assegurar a sua integridade estrutural. |
Observações
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Autor e Data
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António Dinis 2001 |
Actualização
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