Igreja da Lapa

IPA.00015547
Portugal, Porto, Porto, União das freguesias de Cedofeita, Santo Ildefonso, Sé, Miragaia, São Nicolau e Vitória
 
Arquitectura religiosa rocócó e neoclássica. Igreja de nave única e capela-mor mais estreita, com corpos mais baixos correspondentes a sacristia, capelas e anexos nos flancos. Fachada principal composta por corpo central de dois andares e frontão triangular, ladeado por duas torres sineiras quadrangulares. Interior com tectos em abóbada de berço e paredes rebocadas e pintadas de verde. Sub-coro com dois retábulos e nave de seis tramos divididos por pilastras compósitas, que albergam quatro retábulos de cada lado. Arco cruzeiro com esmerada decoração escultórica de auriculares, voluta e flores. Retábulo-mor neoclássico, branco e dourado e monumento funerário a D. Pedro IV com caixão sobreposto por lápide. O edifício articula precoces soluções formais e espaciais neoclássicas de superfícies planas, linhas simples e vocabulário de inspiração classicizante, com elementos decorativos onde sobrevive a linguagem rocócó, patente nas molduras dos vãos do 1º andar do frontispício, nas molduras dos vãos interiores, na decoração do arco cruzeiro e cadeiral da capela-mor. Salienta-se o grande órgão de tubos, um dos maiores do país.
Número IPA Antigo: PT011312040246
 
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Registo

 
Edifício e estrutura  Edifício  Religioso  Templo  Igreja  

Descrição

Planta longitudinal composta por nave única de sete tramos e capela-mor mais estreita, de dois tramos, a que se adossam torres sineiras, de planta quadrangular, junto à fachada principal e dois corpos que percorrem todo o comprimento do edifício, correspondentes a sacristia, capelas e anexos. Volumes articulados de dominante horizontal contrariada pela acentuada verticalidade das torres sineiras e com os corpos que se lhe adossam lateralmente mais baixos. Cobertura diferenciadas em telhados de duas águas no corpo principal, de uma água nos corpos laterais e em cúpula de perfil elíptico de aparelho de granito, encimada por esfera em bronze onde assenta cruz latina em ferro nas torres sineiras. Fachadas em granito aparente de aparelho regular na fachada principal e torres sineiras e em aparelho irregular nas fachadas laterais e fachada posterior. Fachada principal, a SO., de três panos definidos por pilastras. Pano central em ressalto de dois registos e os laterais correspondentes às torres sineiras, de quatro registos. Os registos são definidos por entablamentos, que se prolongam pela fachada. O pano central é rematado por frontão triangular encimado por platibanda onde se ergue, ao centro, cruz latina lanceolada assente em alto acrotérios de lados convexos e quatro imagens femininas de vulto, duas de cada lado, que representam Judite, Ester, Raquel e Sara. O tímpano apresenta pedra de armas real, encimada por coroa real fechada, envolvida por composição de ramagens. O pano subdivide-se em três, os dos extremos mais estreitos, definidos por pilastras com capitéis jónicos. Ao centro abre-se ao nível do primeiro registo porta axial de ombreiras rectas e verga em arco abatido, envolvida por moldura com enrolamentos, que se desenvolve superiormente em cartela com a inscrição OMNIA PER MANUS MARIE, e no segundo rasga-se janelão gradeado em arco pleno, que ostenta medalhão oval na base com o monograma AM, rematado por coroa régia e envolvido por festões. Nos extremos, no primeiro registo, janela gradeada rodeada por moldura semelhante à da porta principal, a que se sobrepõem dois trifólios invertidos e escalonados e cornija em arco canopial, e no segundo janelões gradeados rectangulares, mais baixos que o central e encimados por grinalda. Torres sineiras simétricas, com remate em entablamento encimado por balaustrada com duplos plintos rematados por urnas nos ângulos. Apresentam pilastras nos cunhais, as do segundo registo com capitéis jónicos. No pano frontal, no primeiro registo porta de ombreiras rectas e verga em arco abatido com moldura e cornija semelhantes às janelas do corpo central. No segundo registo duas janelas sobrepostas, de verga em arco abatido, as inferiores gradeadas, rodeadas por moldura recortada com volutas nos ângulos, rematadas superiormente por altos frontões de lanços, interrompidos por duas aspas que enquadram trifólio e as superiores rematadas por cornija recta. No terceiro registo, relógio circular envolvido superior e lateralmente por festão. O mostrador da torre NO. em cerâmica branca com ponteiros em ferro e numeração romana e o da torre SE. em cantaria. No quarto registo, as pilastras apresentam capitéis jónicos e é rasgado nas quatro faces ventanas em arco pleno com balaustrada. Fachada lateral NO., recuada em relação à torre sineira, composta por corpo de dois pisos correspondente a capelas e anexos, adossado ao corpo da nave e capela-mor, com quatro janelas e seis frestas gradeadas no piso inferior e sete janelas no piso superior. Corpo da nave e capela-mor elevado, com capela-mor ligeiramente mais estreita e três janelões em arco pleno. Fachada lateral SE. com os edifícios da escola e sacristia adossados e também composta pelos corpos de dois andares e telhado de uma água correspondentes a galerias e anexos, adossados ao corpo da nave e capela-mor, com quatro janelas rectangulares no segundo andar do corpo adossado à capela-mor. Corpo da nave e capela-mor semelhante à fachada oposta. Fachada posterior dividida em três panos. Pano central correspondente à igreja, enquadrado por pilastras dóricas e entablamento relevado onde assenta empena com óculo circular e urnas a rematar os cunhais. Apresenta seis registos, com três janelas em cada um, sendo gradeadas as janelas dos dois registos inferiores. Panos laterais, mais baixos, correspondentes aos corpos adossados, com segmentos de pilastras nos cunhais e três registos marcados por janelas em semi-círculo no andar inferior, sendo cega a do lado NO, a que se sobrepõe janela com verga em arco muito abatido e janelas incompletas e entaipadas ao nível das águas furtadas. INTERIOR com paredes rebocadas e pintadas a verde, pavimento em soalho de madeira com tábuas longitudinais e coberturas em abóbadas de berço, com o intradorso dos arcos torais em granito aparente, apresentando a da nave no segundo e quinto tramo janelões de arco pleno. Coro-alto, desenvolvendo-se no primeiro e segundo tramo, assente em dois arcos abatidos apoiados em pilastras dóricas. A parede fundeira é praticamente preenchida por monumental órgão de talha policroma a branco com apontamentos dourados, com 63 registos e 4307 tubos. Este envolve grande janelão central com vitral e é ladeado por outros dois, mais pequenos, de arco recortado encimado por cornija, também com vitrais. No sub-coro, desenvolvido no primeiro tramo, acesso protegido por grande guarda-vento em madeira de planta quadrangular, com pilastras jónicas nos ângulos e entablamento rematado no interior por frontão curvo. É ladeado por janelões rectangulares de verga recta, com vitrais. A ladear o guarda-vento, duas pias de água benta com taça circulares assente em pilares de granito. Nas paredes laterais do sub-coro retábulos de talha policroma a branco com apontamentos a dourado, o do lado do Evangelho dedicado a Nossa Senhora da Lapa e o do lado da Epístola a Santo António. Paredes da nave divididas em seis panos por pilastras compósitas assentes em altos plintos com confessionários em nichos de arco pleno, no alinhamento dos arcos torais da cobertura. Sobre as pilastras entablamento, prolongado nas paredes laterais da capela-mor, e encimado por varandim saliente com guarda corpos em ferro. Panos nas extremidades da nave mais estreitos albergando porta com cornija curva, a que se sobrepõe janela de sacada com varanda assente em dois modilhões, guarda corpo em madeira branca e dourada, verga ornada com concha estilizada ladeada por teoria de folhas, flores e volutas e frontão em arco contracurvado. Nos quatro panos centrais de cada parede da nave, rasgam-se capelas retabulares em arco pleno, com retábulos à face a que se sobrepõe janela de sacada semelhante à anterior, mas mais larga. No lado do Evangelho, retábulos dedicados a São João, Nossa Senhora das Dores, Nossa Senhora de Fátima e Sagrado Coração de Jesus, e do lado oposto a São Sebastião, Santa Teresinha, São José e Nossa Senhora da Conceição. Arco triunfal de volta perfeita, com pilastras coríntias de três faces assentes em plintos e decorado no arco com as armas reais ao centro, ladeadas por composição muito relevada de auriculares, volutas e flores. Capela-mor com paredes laterais simétricas de dois panos definidos por pilastra coríntia que se prolonga na abóbada em arco toral. Na parede do lado do Evangelho, no pano junto ao arco triunfal, monumento funerário a D. Pedro IV, em granito, formado por caixão com triglifos e gotas no registo inferior e tampa de dentídulos onde assenta lápide com inscrição de letras douradas sob fundo negro, ladeada por dois feixes lictóricos e rematada por entablamento com dentídulos sobreposto por urna. À esquerda da lápide, elmo com lanças cobertas de panejamentos e à direita dois escudos ovais com coroas régias albergam o escudo nacional e a esfera armilar. Na parede do lado da Epístola, no mesmo pano, cadeiral em pau-preto, ladeado por porta com cornija em arco inflectido. No segundo registo, de ambos os lados, três janelas de sacada com varandim comum em talha branca e dourada. Sendo as janelas laterais semelhantes às da nave e a janela central em arco abatido ornado com volutas e motivos fitomórficos, frontão contracurvado de lanços e mísula decorada por acantos na base e ao centro do varandim. No pano, junto ao retábulo-mor janela de sacada semelhante às da nave. Retábulo-mor em talha policroma a branco com decoração a dourado, de planta convexa e de um só eixo. Sotobanco com mesa de altar ao centro, decorada na face por pomba branca no meio de raios lanceolados dourados. Painéis laterais com moldura quadrada e dourada com ornato central em florão de oito arcos quebrados ligados entre si. Banco com templete de planta quadrada com sacrário na base e tribuna em arco pleno a albergar imagem de Nossa Senhora da Lapa sobre nuvem com cabeças de putti, que assenta em peanha com enrolamentos e putti. Cornija do templete com friso côncavo e dourado de trança, encimado por friso convexo com folhas douradas e urnas nos ângulos. Cobertura em abóbada de barrete de clérigo quadrada, revestida a escamas douradas e truncada por plinto onde repousa pomba dourada ladeada por anjos. De cada lado do templete, dois pedestais com decoração de grutescos a dourado sustentam dois pares de colunas coríntias com fustes estriados e dourados que enquadram a tribuna-mor. Colunas interiores avançadas e rematadas por entablamento com dentídulos, onde assentam quatro imagens femininas de vulo. Tribuna em arco pleno com trono de dez degraus encimado por urna, sobreposta por baldaquino semicircular. Ático com entablamento e frontão curvo, decorado no tímpano com Presépio em alto-relevo com figuras douradas, rematado ao centro por escudo oval com monograma AM rodeado de anjos. Nas extremidades do frontão, em ressalto, repousam duas figuras de vulto femininas reclinadas.

Acessos

Largo da Lapa

Protecção

Categoria: MIP - Monumento de Interesse Público / ZEP, Portaria n.º 222/2013, DR, 2.ª série, n.º 72 de 12 abril 2013 *1

Enquadramento

Urbano, isolado, implantado em plataforma. Apresenta adro com acesso por escadaria semi-octogonal, confrontante com o Largo da Lapa, gradeado e lajeado a granito, com portão axial e dois portões laterais assinalados por pilares rematados por urnas. A igreja faz parte de um conjunto edificado que inclui o cemitério da Irmandade, e que foi o primeiro cemitério moderno da cidade, a escola primária da Irmandade e ainda o Hospital da Irmandade a O. do Largo da Lapa. Adossado à fachada lateral SE. edifício da Escola da Venerável Irmandade da Lapa, de planta rectangular, de dois pisos e cobertura em telhado de quatro águas. Adossado do mesmo lado, edifício da sacristia de planta rectangular, de um piso e cobertura telhado de quatro águas. O lado E. do conjunto edificado é separado da via pública por gradeamento assente em murete. Ao tardoz da igreja, em cota superior, o Cemitério da Irmandade, de planta rectangular e percursos ortogonais, com muros de sustentação de terras a O. e E. A entrada principal do cemitério flanqueia o lado NO. da igreja, e apresenta escadaria semicircular de acesso a plataforma ajardinada que antecede gradeamento semicircular ritmado por pilares e portal axial de cantaria em arco de volta perfeita com frontão triangular rematado por urna. Entre a fachada posterior da igreja e o muro de sustentação de terras do cemitério, implanta-se campo de jogos, no local da primitiva Capela da Lapa, de que resta a fachada principal, orientada a SE. A O., a Rua da Lapa e a Rua de Antero de Quental, com edifícios de habitação de dois a quatro pisos e o edifício do Hospital da Lapa, neoclássico, com frente para o Largo da Lapa. A E. Rua de São Brás com edifícios de habitação de dois a quatro pisos. Na proximidade, no lado oposto do Largo da Lapa, edifício do Quartel de Santo Ovídio ou Quartel General da Região Militar Norte.

Descrição Complementar

ESTUQUES: Nas abóbadas, nervuras caneladas de estuque dourado e nos fechos, composições ovais de acantos, rosas e costelas. RETÁBULOS: No sub-coro, retábulos em talha branca e dourada de Santo António e Nossa Senhora da Lapa, de planta recta e um eixo vertical, com mesa de altar destacada e decorada com relevos dourados vegetalistas na face. Pilastras estriadas sem capitel, rematadas por urnas, a ladearem nicho em arco pleno com moldura perlada. Frontão curvo apoiado em duas mísulas e encimado por duas figuras femininas reclinadas. Sanefa com bordo inferior de folhas pendentes e duas urnas sobre os ângulos. Retábulo de Nossa Senhora da Lapa com coroa sobre o frontão e escudo com monograma AM no tímpano. Retábulos da nave de planta côncava e um eixo vertical. Mesa de altar de secção tronco-cónica, com grinalda relevada e dourada na face, ladeada por dois pares de embasamentos. Banco com nicho central rectangular e envidraçado nos altares de Santa Teresinha, São José, Nossa Senhora das Dores e Nossa Senhora de Fátima. Com sacrário de planta em hemiciclo, cobertura cónica decorada com festões dourados e porta com ostensório dourado nos de São Sebastião, Sagrado Coração de Jesus e São João. Nicho de planta semi-hexagonal, com porta de vidro e frontão curvo ladeado por volutas sobre a cobertura. No corpo, dois pares de colunas compósitas assentes em pedestais, com capitel dourado, fuste marmoreado verde com festão em enrolamento helicoidal e rematadas por entablamento, enquadram nicho com arco contracurvado que alberga imagem do orago assente em peanha. Sobre o entablamento e no alinhamento das colunas, urnas com cercadura de godrões e grinaldas no bojo. Ático com tabela rectangular enquadrada por pilastras e remate em frontão curvo com folhas acanto enroladas e douradas. CADEIRAL: Em pau-preto com uma bancada de treze lugares, guarda-corpos dividido em painéis com decoração relevada de auriculares e costelas. Espaldar dividido por friso de trifólios invertidos e rematado por cornija. Frontão contracurvado de lanços, com as armas reais no tímpano, encimado por coroa real e ladeado a todo o comprimento do espaldar por composição de folhagens, auriculares e volutas. VITRAIS: Na parede fundeira, ao centro grande vitral representando o Nascimento de Cristo e nas janelas do sub-coro, do lado do Evangelho Jesus entre os Doutores com a inscrição IN HIS QUOE PATRIS / MEI SUNT OPORTET ME ESSE, e o do lado da Epístola Jesus a trabalhar com São José na carpintaria com a inscrição ET ERAT SUBDITUS ILLIS.

Utilização Inicial

Religiosa: igreja

Utilização Actual

Religiosa: igreja

Propriedade

Privada: Igreja Católica

Afectação

Sem afectação

Época Construção

Séc. 18 / 19 / 20

Arquitecto / Construtor / Autor

ARQUITECTOS: João Strovel (1756) e José Figueiredo Seixas (1759), Luís Chiari (guarda-vento); ESCULTORES: Manuel Moreira da Silva (retábulo-mor), Brito (seis figuras de vulto femininas no retábulo-mor), Costa Lima (Mausoléu D. Pedro IV); ORGANEIROS: Georg Jann (1991); PINTORES: Joaquim Rafael (óleo de São Sebastião na Sala dos Quadros); RELOJOEIROS: Joaquim José Marques (antigo relógio da torre E.); VITRALISTAS: Ricardo Leone (1931), Oficina De Francesco de Milão (1993).

Cronologia

1753 - Chegada a Portugal do Padre Ângelo de Sequeira, natural de São Paulo, Brasil; 1754, 31 de Janeiro - vistoria ao terreno no lugar do padrão velho de Santo Ovídio para fundação de um seminário e capela; 1755, 7 de Janeiro - é assente a primeira pedra da primitiva capela; 1755, 29 de Julho - aprovação do projecto de fundação da irmandade por Bula do Papa Benedito XIV; 1756 - encomenda do risco da nova igreja a João Glama Strovel; 1756, 17 Julho - foi assente a primeira pedra da igreja, por iniciativa do Padre brasileiro Ângelo de Sequeira; 1759 - nova planta da igreja da autoria de José Figueiredo Seixas *2; 1773 - conclusão da capela-mor; 1784 - estava apenas construído parte do coro; 1799 - inauguração da igreja; 1833 - fundação do Cemitério da Irmandade; 1835 - construção do Mausoléu de D. Pedro IV, por decisão de D. Maria I; 1855 - conclusão da torre O.; 1863, 17 de Abril - conclusão da torre E.; 1866 - colocação do antigo relógio; 1874 - ampliação do Cemitério da Irmandade; 1931 - vitral na tribuna do órgão da autoria de Ricardo Leone; 1982 / 1983 - substituição da instalação eléctrica e projecto de iluminação; 1991, 5 de Maio - contrato de aquisição do novo órgão de tubos entre a Venerável Irmandade de Nossa Senhora da Lapa e a firma alemã Georg Jann, por 1.380.000 marcos alemães; 1993 - colocação de três vitrais na sacristia, da oficina De Francesco de Milão; 1995, 7 de Julho - inauguração do novo órgão de tubos; 2004, 16 de março - proposta da DRPorto para a abertura do processo de classificação do conunto Igreja e Cemitério da Lapa; 20 Julho - despacho de classificação do Presidente do IPPAR; 2009, 17 de dezembro - proposta da DRCNorte para a classificação como IIP e a definição da respetiva ZEP; 2012, 31 de maio - nova proposta da DRCNorte para a classificação como MIP; 17 outubro - publicação do Projeto de Decisão relativo à classificação como Monumento de Interesse Público a Igreja e Cemitério, e fixação da respetiva Zona Especial de Proteção em Anúncio n.º 13579/2012, DR, 2.ª série, n.º 201.

Dados Técnicos

Paredes autoportantes, tectos em abóbada e estrutura da cobertura em madeira.

Materiais

Granito, estuque trabalhado, ferro fundido, castanho, talha dourada, vitral.

Bibliografia

LEITE, G. Cesário, A Venerável Irmandade de Nossa Senhora da Lapa Erecta na Cidade do Porto, Porto, 1939; COELHO, Cesário, Venerável Irmandade de Nossa Senhora da Lapa. Factos da sua História, Porto, Imprensa Social, 1973; GONÇALVES, Flávio, A Arte no Porto na Época do Marquês de Pombal in Pombal Revisitado, vol. II, Lisboa, 1984, pág. 101-130; ALVES, Joaquim Jaime Ferreira, O Porto na Época dos Almadas. Arquitectura. Obras Públicas, Porto, 1988; FRANÇA, José-Augusto, A arte em Portugal no século XIX, volume I, Lisboa, 1990; QUEIROZ, José Francisco Ferreira, O ferro na arte funerária do Porto Oitocentista: o Cemitério da Irmandade de Nossa Senhora da Lapa. 1833-1900, Dissertação de Mestrado apresentada à Faculdade de Letras da Universidade do Porto, Porto, FLUP, 1997; SILVA, Francisco Ribeiro da, Os Primórdios da Irmandade de Nossa Senhora da Lapa in "O Tripeiro", Porto, 1998; SILVA, Francisco Ribeiro da, D. Pedro IV e a Venerável Irmandade da Lapa in "O Tripeiro", Porto, 1999; QUEIROZ, José Francisco Ferreira, Os cemitérios do Porto e a Arte Funerária oitocentista em Portugal: consolidação da vivência romântica na perpetuação da memória, Dissertação de Doutoramento apresentada à Faculdade de Letras da Universidade do Porto, Porto, FLUP, 2002.

Documentação Gráfica

Documentação Fotográfica

IHRU: DGEMN / DSID

Documentação Administrativa

Intervenção Realizada

Observações

Destaca-se, no interior, um mausoléu de granito, onde se guarda o coração de D. Pedro IV, Duque de Bragança, que antes de morrer legou o coração à cidade como homenagem pela abnegação dos portuenses durante o cerco do Porto. *1 - Classificação conjunta com o Cemitério de Nossa Senhora da Lapa. *2 - A construção da igreja, que decorreu entre 1756 e 1866, seguiu o projecto de José de Figueiredo Seixas.

Autor e Data

David Ferreira 2004

Actualização

 
 
 
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