Pelourinho de Trancoso

IPA.00001520
Portugal, Guarda, Trancoso, União das freguesias de Trancoso (São Pedro e Santa Maria) e Souto Maior
 
Pelourinho quinhentista, de gaiola octogonal, com soco octogonal de três degraus, fuste cotogonal e gaiola com a mesma secção, com oito colunelos cilíndricos. Remate em pináculo e elemento heráldico. Mostra afinidades com os pelourinhos de Moreira de Rei (v. PT020913120005), Castelo Rodrigo (v. PT020904030003), Pinhel (v. PT020910170001), Penedono (v. PT011812060002) e Sernancelhe (v. PT011818160003). Colunelos com remate decorado por meias-esferas e esfera armilar e cruz de Cristo em ferro, no coroamento.
Número IPA Antigo: PT020913170001
 
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Registo

 
Edifício e estrutura  Estrutura  Judicial  Pelourinho  Jurisdição senhorial  Tipo gaiola

Descrição

Estrutura em cantaria de granito, composta por soco octogonal de quatro degraus de aresta viva. Coluna de fuste octogonal, de superfície lisa, com base quadrada chanfrada nos ângulos, incluindo uma argola em ferro a meia altura. O capitel é de secção octogonal, antecedido por gola com a mesma secção e encimada por três anéis também octogonais de diâmetro crescente. O remate é composto pela gaiola, com base em forma de pirâmide octogonal truncada e invertida. A gaiola é formada por colunelo central liso, conjugado com grampos de ferro e oito colunelos de fuste cilíndrico. Por sua vez estes colunelos terminam pela sobreposição de três anéis de secção circular, decorados com meias-esferas, mostrando a zona inferior esférica e a zona superior piramidal. O chapéu da gaiola é em pirâmide de base octogonal. Possui esfera armilar no coroamento, assente sobre duas peças sobrepostas, aneladas e de secção poligonal, observando-se ainda um pináculo onde se apoia uma Cruz de Cristo em ferro.

Acessos

Largo do Pelourinho. WGS84 (graus decimais) lat.: 40.778550; long.: -7.348905

Protecção

Categoria: MN - Monumento Nacional, Decreto de 16-06-1910, DG n.º 136 de 23 junho 1910 / ZEP, Portaria, DG, 2.ª série, n.º 285 de 10 dezembro 1955

Enquadramento

Urbano, ergue-se ao centro da Praça, no cruzamento dos dois eixos viários que ligam as quatro portas principais da cerca muralhada (v. PT020913170002). Praça delimitada pela Igreja de São Pedro (v. PT020913180017), junto de cuja capela-mor se situa a antiga Casa da Câmara e Cadeia, pelos alpendres de mercado e Casa dos Arcos (v. PT020913170022) e Igreja da Misericórdia (v. PT020913180018). O lado S. é aberto para a Avenida, onde antes existia o Convento de Santa Clara.

Descrição Complementar

Utilização Inicial

Judicial: pelourinho

Utilização Actual

Cultural e recreativa: marco histórico-cultural

Propriedade

Pública: estatal

Afectação

Autarquia local, Artº 3º, Dec. nº 23 122, 11 Outubro 1933

Época Construção

Séc. 16

Arquitecto / Construtor / Autor

Desconhecido.

Cronologia

1173 / 1185 - concessão da primeira carta de foral, sem data, por D. Afonso Henriques; 1217 - confirmação do foral por D. Afonso II; 1282 - doação da vila a D. Isabel, por D. Dinis; 1391 - confirmação do foral por D. João I; 1510 - concessão do foral novo e provável edificação do pelourinho, talvez aproveitando uma primitiva picota; séc. 16, 2ª metade - doação do título de Conde de Trancoso ao Infante D: Fernando, irmão de D. João III; hipotética construção da Casa da Câmara e Cadeia, com escada e balcão exteriores; 1612 - existência documentada dos alpendres de mercado na Praça; 1708 - tem 600 vizinhos e pertence à Comarca de Pinhel; 1810 - instalação do hospital militar na Casa da Câmara; saque e incêndio da vila; 1820 - D. Maria Francisca de Mendonça Corte Real era proprietária da Comenda de Santa Luzia; 1835 - reparação da Casa da Câmara; 1886 - demolição da primeira Casa da Câmara e construção de raiz do novo edifício no mesmo local.

Dados Técnicos

Sistema estrutural autónomo.

Materiais

Estrutura em cantaria de granito; cruz em ferro.

Bibliografia

A.A., Pelourinho de Trancoso, in O Occidente, Lisboa, vol. IV, nº 127, 1882; AZEVEDO, Correia de, Terras com Foral ou Pelourinhos das Províncias do Minho, Trás-os-Montes, Alto Douro e Beiras, Porto, 1967; BARBOSA, Inácio de Vilhena, As Cidades e Vilas da Monarchia Portugueza, Lisboa, 1860; CAMPOS, Norberto de, Monografia de Trancoso, in Almanach e Annuario de Trancoso, 1915, 1916 e 1917; CARDOSO, Nuno Catarino, Pelourinhos das Beiras, Lisboa, 1936; CHAVES, Luís, Pelourinhos Portugueses, Porto, 1930; COIXÃO, António do Nascimento Sá e TRABULO, António Alberto Rodrigues, Evolução político-administrativa na área do actual concelho de Vila Nova de Foz Côa, Vila Nova de Foz Côa, 1995; CORREIA, Joaquim Manuel Lopes, Trancoso (Notas para uma Monografia), 2ª ed., Trancoso, 1989; COSTA, António Carvalho da (Padre), Corografia Portugueza, vol. II, Lisboa, Valentim da Costa Deslandes, 1708; FERREIRA, Maria do Céu Crespo, Sondagem Arqueológica no Largo da Avenida, (relatório policopiado), Trancoso, 1998; LEAL, Pinho, Portugal Antigo e Moderno, Lisboa, 1873; MOREIRA, David Bruno Soares, O Foral de Trancoso, in Almanach e Annuario de Trancoso, 1931; MOREIRA, David Bruno Soares, Terras de Trancoso, Porto, 1932; MOREIRA, David Bruno Soares, Trancoso, in Altitude, Guarda, 1ª série, ano I, nº 5, 1941; MALAFAIA, E.B. de Ataíde, Pelourinhos Portugueses - tentâmen de inventário geral, Lisboa, Imprensa Nacional - Casa da Moeda, 1997; O Bandarra Almanaque - Anuário de Trancoso, Trancoso, 1988 e ss.; Plano de Salvaguarda do Centro Histórico de Trancoso - Gabinete Técnico Local, Trancoso, 1991; REAL, Mário Guedes, Pelourinhos da Beira Alta, in Beira Alta, Viseu, XXV, 1966; SOUSA, Júlio Rocha e, Pelourinhos do Distrito da Guarda, Viseu, 1998; TEIXEIRA, Irene Avilez, Trancoso, Terra de Sonho e Maravilha, Trancoso, 1982.

Documentação Gráfica

Documentação Fotográfica

IHRU: DGEMN/DSID

Documentação Administrativa

IHRU: DGEMN/DSID, DGEMN/DSARH

Intervenção Realizada

Câmara Municipal de Trancoso: 1961 - obras de limpeza.

Observações

Autor e Data

Margarida Conceição 1992 / 1998

Actualização

 
 
 
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