Pelourinho de Algodres

IPA.00001460
Portugal, Guarda, Fornos de Algodres, Algodres
 
Pelourinho quinhentista, de gaiola octogonal, com soco de seis degraus octogonais, de onde se eleva coluna com base de secção quadrangular e fuste octogonal, interrompido por anel e com capitel simples. Sobre este, o remate em gaiola, com oito colunelos exteriores e um central. A base da coluna chanfrada, o capitel rnado por anéis decorados com meias esferas e o chapéu apresenta anel ornado por meias esferas.
Número IPA Antigo: PT020905010001
 
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Registo

 
Edifício e estrutura  Estrutura  Judicial  Pelourinho  Jurisdição senhorial  Tipo gaiola

Descrição

Estrutura em cantaria de granito, composta por soco de seis degraus octogonais, estando o primeiro semi-enterrado no solo, onde assenta a coluna de fuste octogonal com base quadrangular chanfrada nos ângulos, encimada por argola de ferro descaída. Capitel de secção octogonal, antecedido por anel saliente e delimitado por anéis salientes decorados com meias esferas, funcionando como base da gaiola, em forma de pirâmide invertida truncada. Chapéu assente em colunelo central liso e oito colunelos terminados em esfera, decorados com anéis na parte inferior e superior e consolidados por grampos de ferro, tendo a forma de uma pirâmide truncada de base octogonal, rematado por coruchéu com anel decorado com meias esferas.

Acessos

Largo do Pelourinho. WGS84 (graus decimais) lat.: 40,645546, long.: -7,516605

Protecção

Categoria: IIP - Imóvel de Interesse Público, Decreto nº 23 122, DG, 1ª série, nº 231 de 11 outubro 1933

Enquadramento

Urbano, isolado, em terreno um pouco desnivelado, em largo delimitado por casas rústicas, algumas já descaracterizadas, pela Igreja Matriz medieval (v. PT020905010013) e pelo Largo da Misericórdia.

Descrição Complementar

Utilização Inicial

Judicial: pelourinho

Utilização Actual

Cultural e recreativa: marco histórico-cultural

Propriedade

Pública: estatal

Afectação

Autarquia local, Artº 3º, Dec. 23 122, 11 Outubro 1933

Época Construção

Séc. 16 (conjectural)

Arquitecto / Construtor / Autor

Desconhecido.

Cronologia

1200 - povoamento promovido por D. Sancho I *1; 1258 - referência a carta de povoação nas Inquirições de D. Afonso III; era reguengo; 1311 - concessão de carta de foral por D. Dinis, da qual se infere foral anterior, que alguns autores atribuem a D. Sancho I; séc. 15 - vereadores reuniam na igreja; 1443 - era julgado; 1514 - concessão de carta de foral por D. Manuel; provável edificação do pelourinho; séc. 16 - doação do senhorio da vila aos Noronhas, Condes de Linhares, no reinado de D.João III, senhorio conservado até 1641, altura em que passa para a Casa de Bragança; 1654 - senhorio integrado na Casa do Infantado; 1708 - a povoação pertence à Comarca de Pinhel e tem 132 vizinhos; tem 2 juízes ordinários, vereadores, procurador do concelho, escrivão da câmara, juiz dos órfãos com o seu escrivão, um tabelião e um almotacé; 1758, 19 Maio - nas Memórias Paroquiais, assinadas pelo vigário António Rodrigues Pereira, é referido que a povoação pertencia à comarca de Linhares; a povoação tem 73 fogos; 1836 - extinção do estatuto concelhio e integração no concelho de Fornos de Algodres.

Dados Técnicos

Sistema estrutural autónomo.

Materiais

Estrutura em cantaria de granito; argolas em ferro.

Bibliografia

ALMEIDA, José António Ferreira de, Tesouros Artísticos de Portugal, Lisboa, 1980; AZEVEDO, José Correia de, Inventário Artístico Ilustrado de Portugal, vol. IV - Beiras, Lisboa, 1992; CHAVES, Luis, Pelourinho Portugueses, Lisboa, 1930; DIONÍSIO, Sant'Ana, Guia de Portugal, Lisboa, 1924; COSTA, António Carvalho da (Padre), Corografia Portugueza…, vol. II, Lisboa, Valentim da Costa Deslandes, 1708; LEAL, Pinho, Portugal Antigo e Moderno, Lisboa, 1873; MALAFAIA, E.B. de Ataíde, Pelourinhos Portugueses - tentâmen de inventário geral, Lisboa, Imprensa Nacional - Casa da Moeda, 1997; MARQUES, Pinheiro, Terras de Algores ( Concelho de Fornos ), Fornos de Algodres, 1938; REAL, Mário Guedes, Pelourinhos da Beira Alta, in Beira Alta, Viseu, 1949, vol. VIII; SOUSA, Júlio Rocha e, Pelourinhos do Distrito da Guarda, Viseu, 1998.

Documentação Gráfica

Documentação Fotográfica

IHRU: DGEMN/DSID

Documentação Administrativa

IHRU: DGEMN/DSID; DGARQ/TT: Dicionário Geográfico, Memórias Paroquiais (vol. 2, n.º 61, fl. 501-504)

Intervenção Realizada

PROPRIETÁRIO: séc. 20, década de 30 - escavações no Largo onde se situa o Pelourinho, sendo encontrados vários fragmentos de "tegulae romanae" e ossadas humanas.

Observações

*1 - origem do topónimo, corrupção do árabe "Alcoton" ou do latim "Algodrium".

Autor e Data

Margarida Conceição 1992

Actualização

 
 
 
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