Pelourinho de Figueiró da Granja
| IPA.00001454 |
Portugal, Guarda, Fornos de Algodres, Figueiró da Granja |
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Pelourinho quinhentista, de pinha piramidal embolada, com soco octogonal de quatro degraus, de onde evolui coluna de fuste octogonal e capitel tronco-piramidal invertido, com elemento heráldico. Remate em pináculo piramidal e esfera. Apresenta afinidades com os Pelourinhos de Ínfias (v. PT020905070005), Casal do Monte (v. PT020905120002) e Melo (v. PT020906090001). É muito simples, mas com alguns elementos decorativos, onde predominam, os cordiformes. Possui uma originalidade heráldica que levou M. G. Real a afirmar que o pelourinho será posterior ao reinado de D. João II. É possível que o remate superior constitua uma esfera armilar rudimentar. |
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Número IPA Antigo: PT020905040003 |
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Registo visualizado 399 vezes desde 27 Julho de 2011 |
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Edifício e estrutura Estrutura Judicial Pelourinho Jurisdição monástica Tipo pinha
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Descrição
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Estrutura em cantaria de granito, composta por soco octogonal de quatro degraus, estando o primeiro semi-enterrado no solo, de onde evolui a coluna de fuste octogonal com base quadrangular chanfrada nos ângulos e com gola ou anel superior e de secção octogonal. O remate é constituído pela sobreposição de duas pirâmides de base octogonal, unidas pela base e estando a inferior em posição invertida; apresenta friso na união decorado com motivo cordiforme. Escudo adossado a NO. do remate e circundado por motivo decorativo em forma de cabo; o campo de escudo apresenta nove compartimentos cavados nos quais figuram cinco besantes em aspa. O remate é encimado por coruchéu em forma de cilindro estriado ou esfera armilar muito rudimentar. |
Acessos
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Intersecção da EN 330 com a Rua da Botica. WGS84 (graus decimais) lat.: 40,627694; long.: -7,499492 |
Protecção
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Categoria: IIP - Imóvel de Interesse Público, Decreto nº 23 122, DG, 1ª série, nº 231 de 11 outubro 1933 |
Enquadramento
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Urbano, isolado, situado em terreno um pouco desnivelado, na intersecção da EN 330 com a Rua da Botica, caracterizado por casas rústicas e lateral à Capela de São Sebastião (v. PT020905040024). |
Descrição Complementar
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Utilização Inicial
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Judicial: pelourinho |
Utilização Actual
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Cultural e recreativa: marco histórico-cultural |
Propriedade
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Pública: estatal |
Afectação
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Autarquia local, Artº 3º, Dec. 23 122, 11 Outubro 1933 |
Época Construção
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Séc. 16 (conjectural) |
Arquitecto / Construtor / Autor
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Desconhecido. |
Cronologia
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Época medieval - a povoação era denominada Granja ou Herdade da Figueirola ou de Figueiró; 1146 - venda da quinta por D. Afonso Henriques e D. Mafalda a Egas Gonçalves, pelo preço de um cavalo e uma mula; 1161 - doação de Egas Gonçalves ao Mosteiro de São João de Tarouca, confirmada pelo Papa Alexandre III em 1163; 1170 - concessão de carta de couto ou de foral por D. Afonso Henriques e D. Sancho, talvez a pedido do donatário; definição dos limites concelhios que se mantiveram até à actualidade; o convento arrendava as terras e mandava construir casas pelas quais recebia uma renda, as casarias; a jurisdição pertencia à coroa; 1247 - contrato de enfiteuse ou carta de prazo perpétuo, abrangendo todas as terras cultivadas ou a cultivar; 1392 - transferência ou subemprazamento das rendas pertencentes ao convento, por uma quantia anual, à família Osório, que aí viveu em fins do séc. 16 e cujos descendentes se passaram a intitular "Senhores de Figueiró da Granja"; 1443 - elevação à categoria de concelho por alvará de D. Afonso V, sendo já vila e julgado; 1510 (DIONÍSIO) - 1515 (MARQUES) ou 1518 (REAL) - concessão de carta de foral por D. Manuel como "Figueiró da Granja do Mosteiro de São João de Tarouca"; provável edificação do pelourinho; possuia forca no Alto do Soitinho; 1708 - tem 132 vizinhos; tem juiz ordinário, vereadores, procurador do concelho, escrivão da câmara, juiz dos órfãos e um almotacé; pertence à Comarca de Pinhel; 1758, 01 Maio - nas Memórias Paroquiais, assinadas pelo pároco João Pedro Pimentel e Brás, é referido que a povoação, com 118 fogos, é pertença do rei e integra a Comarca de Pinhel; tem juiz ordinário, 2 vereadores e um procurador; 1836 - extinção do estatuto concelhio e integração no concelho de Fornos de Algodres; 1857 - venda da Casa da Câmara; 1887 - deslocação do pelourinho que se localizava no sítio da Praça, devido ao traçado da estrada. |
Dados Técnicos
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Sistema estrutural autónomo. |
Materiais
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Estrutura em cantaria de granito. |
Bibliografia
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ALMEIDA, José António Ferreira de, Tesouros Artísticos de Portugal, Lisboa, 1980; COSTA, António Carvalho da (Padre), Corografia Portugueza…, vol. II, Lisboa, Valentim da Costa Deslandes, 1708; DIONÍSIO, Sant'Ana, Guia de Portugal, Lisboa, 1924; LEAL, Pinho, Portugal Antigo e Moderno, Lisboa, 1873; MALAFAIA, E. B. de Ataíde, Pelourinhos Portugueses - tentâmen de inventário geral, Lisboa, Imprensa Nacional - Casa da Moeda, 1997; MARQUES, Pinheiro, Terras de Algodres ( Concelho de Fornos ), Fornos de Algodres, 1938; REAL, Mário Guedes, Pelourinhos da Beira Alta, in Beira Alta, vol. XII, Viseu, 1953. |
Documentação Gráfica
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Documentação Fotográfica
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IHRU: DGEMN/DSID |
Documentação Administrativa
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DGARQ/TT: Memórias Paroquiais (vol. 15, n.º 82, fl. 509-515) |
Intervenção Realizada
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Nada a assinalar. |
Observações
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Autor e Data
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Margarida Conceição 1992 |
Actualização
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