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Edifício e estrutura Edifício Residencial senhorial Casa nobre Casa nobre Tipo planta retangular
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Descrição
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Planta rectangular; cobertura homogénea a quatro águas. Fachada principal: orientada a E.; embasamento: lambril; dois registos; 1º registo: portal lateral em arco abatido encimado por voluta, ladeado por pilastras lisas que se prolongam no 2º registo por dois jarrões; cinco janelas rectas com moldura simples; portal principal em arco abatido com impostas salientes com pedra de fecho em forma de voluta, ladeado por pilastras caneladas com capitel simples que se prolongam no registo superior. 2º registo: três janela de sacada rectas e encimadas por friso, com varanda rectangular, uma delas no eixo do portal lateral; cinco janelas de sacada sem varanda;pedra de armas *1 empena recta com cornija. Alçado lateral S.: dois registos; 1º registo: fresta recta, 2º registo: quatro arcadas em arco de volta perfeita com voluta na pedra de fecho, divididas por pilastras e formando uma espécie de loggia apresentando balcão corrido destinado a vasos e apoiado em mísulas curvas; empena recta com cornija. Alçado posterior O.: dois registos, 1º registo: lanço de escadas; porta recta; duas janelas e fresta rectas; 2º registo: três janelas rectas; porta recta com moldura decorada com rosetas antecedida por balcão coberto; empena recta com cornija somente a S. do balcão; anexo adossado ao ângulo SO., dando acesso, através de arco abatido moldurado, a lanço de escadas que conduz ao andar nobre; doze compartimentos (armazéns e adega): pavimento de tijoleira e cimento, cobertura: estrutura de madeira; 2º piso: dez compartimentos (salas e quartos), estruturados a partir da caixa de escadas, sendo de destacar a sala S. iluminada pela loggia e que integra no topo E. um arco pleno entaipado; vãos interiores em arco recto integrando algumas portas originais; pavimento: soalho; cobertura: tectos planos de madeira. |
Acessos
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Largo Dr. Pedro de Castro |
Protecção
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Categoria: IM - Interesse Municipal, Decreto nº 129/77, DR, 1ª série, nº 226 de 29 setembro 1977 |
Enquadramento
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Urbano; quase isolado, somente com parte do alçado O. adossado a um anexo; confronta com a EN. 221, constituindo o largo um terreiro delimitado por alguns edifícios recentes; alçado posterior confronta com propriedade rústica. |
Descrição Complementar
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Utilização Inicial
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Residencial: casa nobre |
Utilização Actual
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Residencial: casa |
Propriedade
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Privada: pessoa singular |
Afectação
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Sem afectação |
Época Construção
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Séc. 17 / 18 (conjectural) |
Arquitecto / Construtor / Autor
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Desconhecido. |
Cronologia
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Solar: séc. 17 / 18 - data de construção desconhecida, talvez ordenada por Sebastião Saraiva ( P.Leal ); pertenceu à família Saraiva pelo casamento de Sebastião Saraiva de Sampaio com Serafina Antunes Metelo, filha dos fidalgos de Quevedo, da Quinta do Ferro (freguesia do concelho de Trancoso) e, atendendo à tradição local, terá sido edificado por um dos seus ascendentes, rico-homem de pendão e caldeira (emblemas presentes na pedra de armas). Séc. 19: aí viveram Maria Antónia Saraiva (irmã do Morgado Caetano Saraiva) e seu marido, José Pinto da Lezíria; falecendo sem sucessão, o solar foi herdado pelo Morgado da Quinta do Ferro, António Saraiva, que o vendeu a Jacinto Saraiva (sem parentesco com os primeiros), natural da freguesia de Freixedas (Pinhel) que faleceu sem sucessão sendo o solar herdado por um sobrinho, Aurélio Quirino Saraiva Pacheco, proprietário em 1873; 1844 - durante a Revolta de Torres Vedras, quando o General Conde de Bonfim se apoderou de Almeida, o exército nacional estabeleceu quartel-general em Vilar Torpim, instalando o hospital militar no 2º piso do solar e a prisão no 1º piso. |
Dados Técnicos
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paredes autoportantes; tectos planos |
Materiais
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Granito, cantaria e alvenaria; madeira; aparelho isódomo; revestimento: inexistente e reboco; telha de canudo. |
Bibliografia
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LEAL, Pinho, Portugal Antigo e Moderno, Lisboa, 1873; BIGOTTE, José Quelhas, O Culto de Nossa Senhora na Diocese da Guarda; Lisboa, 1948; BARROCO, Joaquim Manuel, Panoramas do Distrito da Guarda, Guarda, 1978; CD Portugal Século XXI - Guarda, Matosinhos, 2001. |
Documentação Gráfica
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Documentação Fotográfica
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IHRU: DGEMN/DSID |
Documentação Administrativa
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IHRU: DGEMN/DSID |
Intervenção Realizada
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PROPRIETÁRIO: séc. 20, 2.ª metade - recuperação dos pavimentos, coberturas, rebocos, vãos e caixilharias. |
Observações
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*1 Escudo esquartelado oval, canto dentro do chefe: com três triangulos invertidos; canto dextro da ponta: flores-de-lis, pendão e caldeira; canto sinistro do chefe: duas caldeiras; canto sinistro da ponta: três fiadas horizontais sobrepostas com motivo enxaquetado; ladeada por pilastras caneladas e rodeada por decoração profusa de linhas curvilíneas e motivos vegetalistas, volutas e concheados, sendo encimada por coroa semi-circular saliente, também ornamentada com motivos vegetalistas estilizados. A origem do toponómio desta localidade remete para a anterior "villa" romana, que teria pertencido a um senhor de nome Turpino e por isso denominou "Villa Turpini", mais tarde Vilar de Turpino e depois Vilar Torpim. Na época medieval foi comenda da Ordem de São Julião do Pereiro e apartir de 1297 Comenda da Ordem de Cristo. Séc. 17 - XVIII : foi primeiro e único Barão de Vilar Torpim Francisco José Pereira, nascido em 1783, cavaleiro da ordem de São Bento de Avis. |
Autor e Data
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Margarida Conceição 1992 |
Actualização
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