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Edifício e estrutura Edifício Religioso Convento / Mosteiro Convento masculino Ordem de São Francisco - Franciscanos (Província dos Algarves)
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Descrição
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Planta composta pela igreja de planta longitudinal, tendo adossado a O. a portaria, a E. as fundações da torre sineira e o corpo da cozinha e a N. as ruínas das dependências conventuais. Volumes articulados com coberturas inexistentes. Da igreja subsiste apenas a Fachada E. dividida em três panos por contrafortes, estando o primeiro bastante arruinado. Fachada da portaria virada a O. de um pano rematado por beirado, rasgada por dois arcos de asa de cesto, entaipados, tendo à esquerda uma porta, ao nível do primeiro andar rasgam-se três janelas com molduras de cantarias, seguidas por uma janela de sacada com moldura e mísula de cantaria e duas outras janelas já sem cantarias; Fachada S. da portaria de um pano rematado por beirado, rasgado por arco de asa de cesto. Cozinha com Fachada N. de um só pano, rasgado à direita por um arco em asa de cesto e a um nível superior por quatro arcos de volta perfeita; Fachada E. cega; Fachada S. cega. Interior da igreja com uma só nave, de que subsiste parte da parede do lado da Epístola, rasgada por dois arcos de volta perfeita, onde se inserem banquetas de alvenaria e nichos em arco de volta perfeita, de planta rectangular, seguia-se a porta de acesso à torre sineira de que subsiste um bloco de cantaria lavrada com parte de um arco de querena e três degraus de arranque da escada em caracol. Portaria com átrio no piso térreo coberto por abóbadas de aresta, dois arcos entaipados comunicavam com o exterior a O. e um a S. para o interior do convento comunicada uma porta com moldura de cantaria, a E. hoje entaipada e um arco de asa de cesto a N. comunicava com outra dependência onde por sua vez se abria uma porta a N. ligando a um corredor coberto por abóbada de berço. |
Acessos
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EN 120 a c. de 5Km de Santiago do Cacém |
Protecção
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Inexistente |
Enquadramento
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Rural, isolado, a meia encosta, com vista para o mar, tendo a E. um vale com uma linha de água, numa zona de serra florestada. |
Descrição Complementar
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Utilização Inicial
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Religiosa: convento masculino |
Utilização Actual
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Criação e exploração animal: estábulo / Devoluto |
Propriedade
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Pública: estatal |
Afectação
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Real Sociedade Arqueológica Lusitana |
Época Construção
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Séc. 15 |
Arquitecto / Construtor / Autor
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Desconhecido |
Cronologia
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Séc. 15 - edificação por iniciativa de dois franciscanos de origem castelhana; Séc. 15, 2ª metade - construção da igreja manuelina sob o mecenato de D. Brites de Noronha mulher de Pedro Pantoja, alcaide-mor de Santiago do Cacém; 1532 - adstrito à Província dos Algarves passando a funcionar como casa de recolação; 1836 - expulsão dos frades e posterior venda a particulares; 1960, década de - deslocação de cantarias lavradas, nomeadamente o pórtico manuelino, para o Museu Arqueológico de Sines; 2009 - encerramento do processo de classificação do imóvel. |
Dados Técnicos
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Estrutura mista |
Materiais
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Paredes de alvenaria de pedra e cal, rebocadas e caiadas, abóbadas de tijolo, rebocadas e caiadas, portal, mísulas, chaves de abóbada e elementos secundários de cantaria, pavimentos de tijoleira, azulejos de aresta e de corda seca. |
Bibliografia
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Documentação Gráfica
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IHRU: DGEMN/DSID; Real Sociedade Arqueológica Lusitana |
Documentação Fotográfica
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IHRU: DGEMN/DSID; CMSC; Real Sociedade Arqueológica Lusitana |
Documentação Administrativa
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IHRU: DGEMN/DSID; Direcção-Geral de Florestas; Real Sociedade Arqueológica Lusitana |
Intervenção Realizada
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C.M. de Santiago do Cacém: 1995 - conclusão obras de vedação do convento. |
Observações
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Existem fotografias de finais do séc. 19, em colecções particulares, que mostram a estrutura arquitectónica do convento ainda na sua quase totalidade em pé. Duas fotografias de inícios do séc. 20, da autoria de Hidalgo Vilhena, serviram de base à execução de dois painéis de azulejos da Estação da C.P. podendo ver-se o portal da igreja e o interior da nave ainda com as mísulas da abóbada no seu lugar. O pórtico manuelino e muitas outras peças encontram-se no Museu Arqueológico de Sines; grande parte do espólio encontra-se na posse de particulares. |
Autor e Data
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Ricardo Pereira 2000 |
Actualização
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