Fonte no Largo de Santa Cristina

IPA.00014047
Portugal, Viseu, Viseu, União das freguesias de Viseu
 
Fonte manuelina e maneirista, de nicho de planta quadrada, com quatro colunas toscanas, arquitrave e cobertura por cúpula semi-esférica, possuindo tanque quadrangular simples. Lateralmente, a primitiva fonte manuelina, com arco ogival, encimado por brasão armoriado.
Número IPA Antigo: PT021823240062
 
Registo visualizado 452 vezes desde 27 Julho de 2011
 
   
   

Registo

 
Edifício e estrutura  Estrutura  Hidráulica de elevação, extração e distribuição  Chafariz / Fonte  Chafariz / Fonte  Tipo mergulho

Descrição

Planta quadrangular e regular, de massas simples e de tendência verticalista, com cobertura em cúpula. Voltada a N., possui quatro colunas toscanas, assentes em bases quadrangulares e encimadas por capitéis, delimitando a área do tanque. Um entablamento suporta a cobertura sobre o qual se desenvolve a cúpula semi-esférica encimada por pináculo. Painel de azulejos incaracterísticos, representando Santa Cristina. Tanque quadrangular ao nível do piso envolvente. Lateralmente e inserida no muro do lado E., a antiga fonte. Marcada por um arco apontado e encimada por brasão armoriado, vazio na dextra, ladeado por duas figuras fantásticas e encimado por coronel ducal *2. Em posição lateralizada, uma esfera armilar relevada.

Acessos

Largo Alves Martins *1

Protecção

Inexistente

Enquadramento

Urbano, em superfície plana horizontalizada artificialmente, em cota inferior à via pública, isolada, destacada e separada por muro e gradeamento moderno, nas imediações da Igreja de Nossa Senhora do Carmo (v. PT021823240058). Implanta-se em espaço urbano lajeado, em cota inferior à via pública, adossada de um lado a muro e rodeada de vários bancos de pedra.

Descrição Complementar

Utilização Inicial

Hidráulica: chafariz

Utilização Actual

Cultural e recreativa: marco histórico-cultural

Propriedade

Pública: municipal

Afectação

Sem afectação

Época Construção

Séc. 15 / 16 (conjectural) / 18

Arquitecto / Construtor / Autor

PEDREIRO: Manuel da Cunha.

Cronologia

Séc. 15 - já referenciada a fonte primitiva; 1523 - construção da fonte; 1706, 16 Outubro - a Câmara obrigou o pedreiro Manuel da Cunha, natural de Coura, a reformar, no prazo de três dias, os botaréus, a pôr as pedras que tirara e a compor o penedo que quebrara junto à parede do cerrado de João Rebelo de Campos; 1713 - encontrava-se em ruínas; 1717 - pela primeira vez, aparece a designação de Fonte Velha e Fonte Nova de Santa Cristina.

Dados Técnicos

Estrutura autónoma.

Materiais

Granito.

Bibliografia

PEREIRA, Botelho, Diálogos, s.l., s.d.; LEAL, Augusto Soares D'Azevedo Barbosa de Pinho, Portugal Antigo e Moderno, vol. XII, Lisboa, 1890; Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira, Vol. 36, Lisboa / Rio de Janeiro, s.d.; VALE, Alexandre de Lucena e, O Enigma duma Pedra de Armas, in Separata dos Anais da Academia Portuguesa de História, Lisboa, 1962; ALVELOS, Manuel da Cunha e, História de uma Fonte e de uma Pedra de Armas, Viseu, 1966; ALVES, Alexandre, Igrejas e Capelas Públicas e Particulares da Diocese de Viseu nos Sécs. XVII, XVIII e XIX, in Beira Alta, vol. XXVII n.º 2, Viseu, 1968; REAL, M. Guedes, Arqueologia Viseense - Uma Naiade Veneranda e o Seu Enigmático Brasão, in Beira Alta, vol. XXXV, n.º 1, Viseu, 1976 *3; CORREIA, Alberto, Cidades e Vilas de Portugal - Viseu, Lisboa, 1989; ALVES, Alexandre, Artistas e Artífices nas Dioceses de Lamego e Viseu, vol. I, Viseu, 2001, p. 242.

Documentação Gráfica

Documentação Fotográfica

IHRU: DGEMN/DSID

Documentação Administrativa

Intervenção Realizada

C.M. de Viseu: séc. 20, anos 90 - recuperação urbana da envolvente.

Observações

*1 - é conhecido como Largo de Santa Cristina. *2 - Pinho Leal refere que o brasão de armas é do Cardeal Infante D. Afonso, filho de D. Manuel, que foi Bispo de Viseu entre 1520-23; na Grande Enciclopédia refere-se que o brasão representa as Armas de Castela presumindo-se ser de uma Infanta Castelhana, D. Joana de Castela, a Beltraneja, ou de D. Isabel, noiva do príncipe D. João, filho de D. João II e depois mulher de D. Manuel. *3 - deu à estampa um outro artigo com o mesmo título, publicado na mesma revista, vol. XV, 1956.

Autor e Data

João Carvalho 2001

Actualização

 
 
 
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