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Edifício e estrutura Estrutura Transportes Ponte / Viaduto Ponte pedonal / rodoviária Tipo arco
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Descrição
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Ponte de tabuleiro horizontal sobre um único arco de volta perfeita, de grande amplitude, assente nos afloramentos rochosos de ambas as margens, com aduelas estreitas e compridas de extradorso irregular e exibindo no intradorso o conjunto de baldoeiros de armação do cimbre. Os paramentos laterais são constituídos por fiadas de bom aparelho isódomo. Pavimento alargado sobre placa de betão, assente em tábuas de madeira, ainda visíveis, coberta por asfalto e com passeios em lajes de granito, sendo as guardas em gradeamento de ferro. Perto da ponte existe silhar de granito tendo em cartela, de ângulos cortados, a seguinte inscrição "A OBRA MONICI / PAL DO CON[CE]LHO / DE ALEJÓ LEMITE / DE CARLÃO 1860". |
Acessos
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EN. 212-1. VWGS84 (graus decimais) lat.: 41,327550; long.: -7,368627 |
Protecção
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Inexistente |
Enquadramento
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Rural, isolado. Ergue-se sobre o rio Tinhela, a jusante das Caldas de Carlão, possuindo nas proximidades restos de uma antiga calçada romana. |
Descrição Complementar
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Utilização Inicial
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Transportes: ponte |
Utilização Actual
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Transportes: ponte |
Propriedade
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Pública: municipal |
Afectação
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Época Construção
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Séc. 19 / 20 |
Arquitecto / Construtor / Autor
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Desconhecido. |
Cronologia
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Séc. 03 - Construção de uma primitiva ponte romana; 1739 - destruição da ponte durante uma cheia; 1758 - nas Memórias Paroquiais as águas do local são referidas sem qualquer denominação, informando-se que nasciam debaixo de grandes fragas e eram usadas pelas gentes das povoações vizinhas como remédio para várias doenças que, para isso, se abrigavam em cabanas de ramagens; 1810 - o Dr. Francisco Tavares, médico de D. Maria I, na sua obra "Ilustrações - Cautelas - Práticas, etc" descreva as águas como sulfurozas; refere não haver no local banhos próprios e que esses se tomavam em tinas ou em poços, cobertos com cabanas de ramadas; 1860 - reconstrução da ponte apenas a expensas da Câmara Municipal de Alijó, conforme atestado pela inscrição; apesar dos moradores dos concelhos de Miranda, Mogadouro, Moncorvo, Vila Flor e outros utilizarem a via onde se integrava a ponte para levarem as mercadorias para Porto e Braga, e de terem sido prejudicados pela impossibilidade de circulação na ponte, não contribuiram para a sua reconstrução; séc. 20 - alargamento do tabuleiro, com colocação de placa de betão, aplicação de asfalto no pavimento e colocação de guardas de ferro. |
Dados Técnicos
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Estrutura mista. |
Materiais
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Estrutura em cantaria de granito; placa de betão aplicada sobre tábuas de madeira; pavimento em asfalto e passeios em cantaria de granito; guardas em ferro. |
Bibliografia
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LEAL, Augusto Soares d'Azevedo Barbosa de Pinho, Portugal Antigo e Moderno, vol. 2, Lisboa, 1874; LEITÃO, Fernando Rodrigues, Monografia do Concelho de Alijó, Lisboa, 1963; s.a., Concelho de Alijó, Alijó, 1995; SERENO, M., Caldas de Carlão Mas Porquê?, Mirandela, 1974. |
Documentação Gráfica
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Documentação Fotográfica
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IHRU: DGEMN/DSID |
Documentação Administrativa
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Intervenção Realizada
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Séc. 20, 2ª metade - alargamento do pavimento, com colocação de placa de betão sobre a estrutura de cantaria. |
Observações
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Das quatro vias do itenerarium de Antonino que ligava Astorga (Asturica) a Braga (Bracara Augusta), duas atravessavam o concelho de Alijó. Uma delas entrava no concelho por Noroeste, entre as Caldas de Carlão e a foz do rio Tinhela, atravessava Carlão, que a toponímica antiga designa de "carrio", numa nítida alusão à via. O seu traçado ainda pode ser reconstituído devido aos numerosos restos da calçada que ainda existem, e nas pontes romanas de Cheires (Ribeira), Sanfins do Douro (Rei de Moinho) e Carlão (Caldas), que liga o concelho de Alijó ao de Murça. O aproveitamento terapêutico das águas de Carlão pelos romanos é atestada pelas moedas e espólio cerâmico encontrados no local e por uma tina quadrangular aberta na rocha junto à nascente do rio. |
Autor e Data
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Paula Noé 2004 |
Actualização
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