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Edifício e estrutura Edifício Religioso Templo Igreja paroquial
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Descrição
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Planta longitudinal, composta de nave e capela-mor, com sacristia de topo semicircular adossada em eixo à capela-mor. Volumes homogéneos com coberturas em telhados de duas águas na igreja e facetadas na sacristia. Fachadas rebocadas e pintadas de branco, com cunhais de cantaria coroados por pináculos piramidais sobre plintos e terminadas em cornija na e beirado simples. Fachada principal terminada em empena de perfil curvo truncada por sineira, de dupla ventana, em arco de volta perfeita sobre pilares, contendo sinos, e rematada em cornija encimada por espaldar contracurvado corado por cruz latina e pináculos piramidais laterais. Portal de verga abatida e moldura contracurvada terminada em pequena cornija, encimada por friso e cornija recta e óculo oval com moldura prolongando-se inferior e superiormente. Fachadas laterais rasgadas na nave por portal de verga abatida, moldurado, e fresta no topo com o mesmo perfil, gradeado, e fresta de perfil curvo na capela-mor, na lateral esquerda ainda um portal de verga recta, sem moldura, bem como outro portal na sacristia. Fachada posterior da sacristia rasgada por fresta de perfil curvo, sem moldura, e terminada em beirado simples. |
Acessos
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Rua da Igreja |
Protecção
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Inexistente |
Enquadramento
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Urbano, isolado, no interior da povoação, junto à via que a atravessa, adaptado ao declive do terreno. |
Descrição Complementar
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Utilização Inicial
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Religiosa: igreja paroquial |
Utilização Actual
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Religiosa: igreja paroquial |
Propriedade
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Privada: Igreja Católica (Diocese de Vila Real) |
Afectação
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Sem afectação |
Época Construção
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Séc. 17 / 18 |
Arquitecto / Construtor / Autor
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Desconhecido. |
Cronologia
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Séc. 13, anterior - data do povoamento do território; era vigairaria anexa à reitoria de São Pedro dos Vales, (hoje São Pedro da Veiga do Lila) e da apresentação "ad nutum" do reitor da mesma; mais tarde tornou-se independente; 1258 - referência a "villa" de "Veyga de Lyra" pertencente à terra de Montenegro; a instituição da paróquia foi feita na ermida medieval de Santa Maria, que ficou por orago, sendo a paróquia filial da de São Pedro dos Vales (São Pedro de Lila), cujo reitor apresentava o pároco vigário que tinha 40$000 de renda; posteriormente passou à Casa de Bragança que apresentava o reitor com 300$000 de rendimento anual; 1527 - o Cadastro refere que ficava no termo de Chaves e tinha 34 fogos; séc. 16, depois - erecto o concelho de Carrazedo de Montenegro, a freguesia já instituía foi-lhe atribuída; 1574 - a igreja pertence ao padroado real e integra o território da Diocese de Lamego; séc. 17 - provável reconstrução da igreja; 1670 / 1677, entre - aprovação dos cidadãos de uma importante Irmandade pelo Cardeal D. Veríssimo de Lencastre, enquanto Arcebispo de Braga; 1706 - a freguesia tinha 32 fogos; 1758 - Veiga do Lila pertencia à Comarca de Chaves e Arcebispado de Braga; tinha 70 vizinhos e 170 pessoas de sacramento; a igreja tinha três altares, o maior dedicado a Nossa Senhora das Neves, com as imagens do orago e de Santo António e São Francisco, e dois colaterais, um dedicado a Nossa Senhora do Rosário com imagem da Senhora e o Menino Deus, e no outro com a imagem de São Sebastião; todos estes santos eram venerados anualmente com missa cantada para que se elegiam Mordomos que pagavam aos sacerdotes do seu bolso; não tinha nenhuma Irmandade; o pároco da igreja era vigário adenutem e apresentado pelo reverendo reitor de São Pedro da Veiga que era do padroado Real; não tinha de rendimento mais do que um alqueire de pão de cada freguês e o comendador dava-lhe 5$100 rs em dinheiro e 11alqueires de trigo e 2 para as hóstias e 2 almudes de vinho para galhetas, tudo podendo render 34$380; 1853, 31 dezembro - extinção do concelho de Carrazedo de Montenegro, passando para o de Valpaços; 1890 - a freguesia tinha 275 habitantes. |
Dados Técnicos
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Sistema estrutural de paredes portantes. |
Materiais
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Estrutura rebocada e pintada; molduras dos vãos, pilastras, frisos e cornijas, pináculos, sineira em cantaria de granito; portas de madeira; grades de ferro; cobertura de telha. |
Bibliografia
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MARTINS, A. Veloso, Monografia de Valpaços, Porto, 1990; SERRÃO, Joaquim Veríssimo - Livro das Igrejas e Capelas do Padroado dos Reis de Portugal - 1574. Paris: Fundação Calouste Gulbenkian Centro Cultural Português, 1971. |
Documentação Gráfica
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Documentação Fotográfica
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IHRU: DGEMN/DSID |
Documentação Administrativa
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IAN/TT: Dicionário Geográfico, vol 39, nº 115, pp. 657 - 662 |
Intervenção Realizada
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Observações
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EM ESTUDO. *1 - A igreja tinha casa de residência para o ermitão, com um pequeno quintal; o ermitão, que era apresentado pelo pároco da freguesia, tinha obrigação de pedir esmolas para várias comarcas do Arcebispo, tratar da limpeza da igreja e fazer à sua custa uma festa, no dia 2 de Fevereiro de cada ano, a Nossa Senhora da Purificação, dando cera e azeite para a lâmpada. O local onde se erguia a igreja era regado por uma fonte perene de boa água potável e no centro de um souto de azinheiros. |
Autor e Data
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Paula Noé 2007 |
Actualização
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