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Edifício e estrutura Edifício Religioso Templo Igreja paroquial
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Descrição
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Planta rectangular e volume exterior paralelepipédico, com 21 m de largura e 29 de comprimento, correspondendo o acréscimo de sete à capela-mor embebida, e 21 metros de altura até à cimalha. A frontaria, em alvenaria, divide-se em três tramos, os laterais com dois terços da largura do central, separados por pilares de cantaria em mármore apilastrados, e remata-se nos cunhais com poderosos pilares, também em cantaria. A cimalha é corrida por arquitrave moldurada. Rasga-se no tramo central singelo pórtico de vão rectangular, emoldurado por composição clássica, de simples frontão triangular a carregar sobre colunas jónicas assentes em plintos apilastrados, nas ombreiras. Luneta circular de duas voltas concêntricas de friso moldurado, o interior debruado de pérolas, anula o vazio grave de todo o paramento. Nos tramos laterais, simples portados rectangulares emoldurados de cantaria esquadriada e longas frestas, também rectangulares. Nas fachadas laterais, com graves paramentos de alvenaria rematados de cunhais de silharia, rasgam-se, quase encostados às cimalhas, três amplos janelões rectangulares, emoldurados de silharia esquadriada. INTERIOR: culmina a gravidade sábia da concepção e risco. Uma nave quase cúbica, de planta quadrada, dividida em três simulados tramos nos dois sentidos ortogonais. Trata-se, reduzindo a forma a geometria pura, da circunscrição de um quadrado perfeito por quatro rectângulos que têm de base metade do seu lado e de altura o dobro. Toda esta simetria é marcada na cobertura por tramos ogivais nervurados e no pavimento pelas bases circulares de gigantescas colunas da mais pura ordem jónica, de cantaria marmórea, sobre que descarregam os feixes em queda das ogivas. A capela-mor, realizando metade de um tramo central de acréscimo a esta harmonia, é ladeada por duas sacristias, a realizarem, cada, um quarto de tramo, dos envolventes. A cobertura, radial de quatro águas, omite-se a qualquer perspectiva tomada ao nível do solo e condiz com a depuração voluntária de todo o projecto, que tem a expressão máxima e paradigmática na ausência de frontão, torres ou pináculos. |
Acessos
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Largo do Castelo |
Protecção
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Categoria: IIP - Imóvel de Interesse Público, Decreto n.º 47 508, DG, 1.ª série, n.º 20 de 24 janeiro 1967 |
Enquadramento
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Urbano, na cota suprema da colina escarpada de Estremoz, isolada no centro da Praça de Armas do Castelo, em frente da Torre de Menagem e contígua aos antigos Paços do Concelho, Sala de Audiências de Dom Dinis, harmonizada com a envolvência. |
Descrição Complementar
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Utilização Inicial
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Religiosa: igreja paroquial |
Utilização Actual
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Religiosa: igreja paroquial |
Propriedade
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Privada: Igreja Católica (Diocese de Évora) |
Afectação
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Sem afectação |
Época Construção
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Séc. 16 |
Arquitecto / Construtor / Autor
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ARQUITECTO: Miguel de Arruda; MESTRE DE OBRAS: Pero Gomes |
Cronologia
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1560 - fundação e início da obra, em substituição do templo primitivo; 1612 - notícia de continuação das obras; 1730 - na descrição de Avis, efectuada por Francisco Xavier do Rego, surge referido que a igreja era um priorado da Ordem de Avis; 2004, 16 Fevereiro - abertura concurso pela DGEMN - DREMS para obras de conservação em caixilhos e coberturas. |
Dados Técnicos
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Estrutura autónoma |
Materiais
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Alvenaria, cantaria de mármore de Estremoz |
Bibliografia
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SERRÃO, Joaquim Veríssimo, Viagens em Portugal de Manuel Severim de Faria, Lisboa, 1947; SERRÃO, Joaquim Veríssimo, Livro das Igrejas e Capelas do Padroado dos Reis de Portugal, Lisboa, 1974; ESPANCA, Túlio, Inventário Artístico de Portugal-Distrito de Évora, Vol. VII, Lisboa, 1975; ESPANCA, Túlio, Notícia de quatro Igrejas Comendatárias da Ordem de Avis, A Cidade de Évora, nº 55; REGO, Francisco Xavier do, Descrição Geográfica Cronológica, Histórica e Crítica da Vila e Real Ordem de Avis, in Cadernos de Divulgação Cultural, ano I, n.º 1, Avis, Câmara Municipal de Avis, Novembro 1985 [1.ª ed. de 1730]; KUBLER, Georges, A Arquitectura Portuguesa Chã - Das especiarias aos diamantes - 1521-1706, Lisboa, 1988; SERRÃO, Victor, Santarém, Lisboa, 1990. |
Documentação Gráfica
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IHRU: DGEMN/DSID, DGEMN/DREMS |
Documentação Fotográfica
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IHRU: DGEMN/DSID |
Documentação Administrativa
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IHRU: DGEMN/DSID, DGEMN/DREMS |
Intervenção Realizada
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DGEMN: 1969/1970 - restauro geral; 1983 - restauro dos telhados; DGEMN: DREMS: 2004 - obras de conservação e recuperação de coberturas e caixilharias incluindo remoção e substituição de telhas partidas com telhas novas de canal romano e cobrideira; limpeza e reparação de caleiras com impermeabilização; substituição de caixilhos em madeira no alçado lateral direito |
Observações
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Autor e Data
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Manuel Branco 1993 |
Actualização
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Maria João 2005 |
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