Santuário de Nossa Senhora do Bom Despacho

IPA.00001143
Portugal, Braga, Vila Verde, Cervães
 
Santuário mariano, barroco, com igreja de nave única, e capelas dos Passos adossadas, à fachada posterior e lateral. Fachada principal rematada por frontão triangular com óculo no tímpano, flanqueada por torres quadrangulares, com portal de verga recta encimado por janelão com vitral. Interior com cobertura em abóbada de berço e pavimento de taburnos de madeira, com corredor central de pedra. Retábulos laterais de estilo nacional, com retábulo-mor com estrutura maneirista, mas de decoração de estilo nacional. Estrutura de talha sobre os penedos, com decoração rococó.
Número IPA Antigo: PT010313090024
 
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Registo

 
Edifício e estrutura  Edifício  Religioso  Templo  Santuário  

Descrição

Santuário composto por igreja de de planta longitudinal e nave única flanqueada por 2 torres quadrangulares, com sacristia e anexo rectangulares, adossados à direita e capelas de planta irregular, dedicadas à paixão, adossadas às fachadas posterior N. e lateral O., tendo, ainda, à direita da igreja, a capela do Calvário, de planta quadrangular. Volumes articulados e escalonados, de dominante horizontal, quebrada pelo verticalimo das torres sineiras, com coberturas diferenciadas em telhados de duas, três e uma águas. Torres sineiras com cobertura em coruchéu com cruz de metal. Fachadas da igreja rebocadas e pintadas de branco, percorridas por cornija saliente, com possantes pilastras toscanas nos cunhais, sobrepujados por pináculos, com bola, rematadas nas empenas, das fachadas principal e posterior por por cruz sobre acrotério. Fachada principal, voltada a S., flanqueada pelas torres sineiras, rematada por frontão triangular com óculo circular, moldurado por elementos vegetalistas e volutas. Portal de verga recta, encimado por cornija recta, que serve de base a vão em arco de volta inteira, enquadrado por moldura decorada com volutas, enrolados e flores-de-lis, encimado por cruz sobre esfera. Torres enquadradas por pilastras nos cunhais, sobrepujadas por pináculos, rematadas por balaustrada de pedra, com gárgulas de canhão, nos ângulos. Apresentam três registos, tendo na fachada principal, no primeiro, sobrepostos, porta de verga recta, cartela moldurada, com enrolados, com inscrição, na torre E., relógio e janelo rectangular, no segundo, janelo rectangular e, no último, sineira de 4 ventanas, em arco de volta inteira. A fachada lateral E., rasgada por 4 janelões rectangulares em capialço, apresenta dupla escadaria, de acesso à porta da nave. Corpo da sacristia com janelas rectangulares e o do anexo, com dois arcos de volta inteira e comunicação com as capelas dos Passos, no primeiro piso, e corpo de comunicação com o edifício do Patronato de Frei Gil, com janela rectangular, no segundo piso. Ligeiramente recuado, sobressaíndo nos telhados, o remate de uma sineira de duas ventanas, em arco de volta inteira, enquadradas por volutas e rematadas por esferas e catavento, de ferro. As fachadas lateral O. e posterior N., visíveis somente na metade superior devido ao desnível do terreno e às capelas dos Passos que estão adossadas, apresentam, respectivamente, quatro e um janelões rectangulares em capialço. INTERIOR da igreja rebocado e pintado de branco, com silhar de azulejos industriais estampilhados, na cor azul, amarelo e branco, iluminado por 6 grandes janelões rectangulares, confrontantes. Cobertura em abóbada de berço, rebocada e pintada de branco, assente em cornija de pedra. Pavimento em taburnos de madeira e corredores centrais em pedra. Coro-alto assente em arco abatido, iluminado por vitral com cenas da vida da Virgem, duas portas laterais, confrontantes e balaustrada torneada, em pau-preto. Sub-coro com dois painéis de azulejos, laterais, historiados, com cenas da vida da Virgem, pavimento em lajes de granito, guarda-vento em castanho, com vidraças recortadas, ladeado, à esquerda, por nicho protegido por vidro, com a data gravada de 1717, albergando ossadas humanas. A nave apresenta, do lado do Evangelho, retábulo de invocação de Santo António, de talha polícroma, ladeado pela imagem de Nossa Senhora do Bom Despacho, resguardada por oratório envidraçado, seguido de púlpito de base rectangular, de pedra, sobre mísula com decoração volutada e balaustrada torneada em pau-preto, e capela retabular, de talha dourada, com retábulo de planta recta, de um só eixo, com remate em arquivolta, prolongada pelas colunas pseudosalomónicas, de ordem coríntia, que ladeiam tela com a Virgem e São José. Do lado da Epístola, porta de acesso ao coro-alto e torre, mísulas de talha dourada, com imaginária e capela retabular, idêntica à do lado oposto, com a representação da "Apresentação de Jesus no Templo". Retábulo-mor precedido por grade de comunhão, de madeira policroma, disposta em circulo. O retábulo, de talha dourada e policroma, apresenta planta recta, de três eixos, com dois registos, separados por friso, assente assente em duas possantes bases de pedra, lavrada com volutas e losangos. No primeiro registo, dois nichos laterais, recortados com as imagens de Cristo Ressuscitado e São João Baptista, enquadrados por colunas pseudosalomónicas. Ao centro, vão recortado, encimado por cartela moldurada, com a inscrição, protegendo a gruta formada por 2 grandes penedos com pequena estrutura em talha dourada, com decoração de concheados e a imagem de Nossa Senhora do Bom, sobre peanha.. O segundo registo, possui, lateralmente, duas telas pintadas representando a Anunciação e o Casamento da Virgem,, ladeadas por colunas pseudo-salomónicas, que se prolongam no remate do retábulo em arquivolta, decorada por painéis com volutas e cartela no eixo. Ao centro, tribuna bastante profunda, em arco de volta inteira, coberta por abóbada de berço de caixotões, com balaustrada frontal, albergando a imagem de Nossa Senhora da Assunção, sobre trono. Sacristia, com pavimento em lajes de granito e tecto rebocado e pintado de branco, possuindo lavabo de pedra, com reservatório, com espaldar decorado com motivos alusivos à paixão, e arcaz em madeira de castanho.

Acessos

Cervães, Lugar do Bom Despacho EM. 541

Protecção

Categoria: MIP - Monumento de Interesse Público / ZEP, Portaria n.º 740-EM/2012, DR, 2.ª série, n.º 252 de 31 dezembro 2012

Enquadramento

Rural, isolado na encosta do Monte do Busto, dominando a paisagem do vale do Cávado. Rodeiam-no, socalcos agricultados, quintais de casas e mata com grandes monólitos graníticos. Possui, fronteiro, comprido adro, pavimentado a cubo granítico, demarcado por muros e com oliveiras, fonte, sanitários para os peregrinos e cruzes de via sacra, tendo no limite S. um cruzeiro, sobre soco de planta quadrangular, constituído por 4 degraus, com base prismática moldurada e almofadas lisas, coluna dórica e cruz de secção quadrangular com remates em ponta de diamante. Do lado E., comunicando com o santuário através de um passadiço sobre arcaria, existe um edifício, denominado Patronato de Frei Gil, outrora destinado ao recolhimento de rapazes abandonados. Nas traseiras do santuário existe uma escadaria, com 4 lanços de escadas, que permite observar o interior das capelas dos Passos, através das janelas com grades. O acesso à igreja faz-se por escadaria de um só lanço recto, com guardas delimitadas por plintos coroados por esferas que entesta em muro que define pátio rectangular, corrido por bancos de pedra no interior e decorado igualmente por esferas nos ângulos.

Descrição Complementar

As capelas dos Passos, adossadas à igreja a N. e a O., possuem aparelho "mixtum vittatum" e apresentam janelas rectangulares, com grades de ferro de protecção. O interior, em aparelho "mixtum vittatum" com as juntas preenchidas por reboco de cor ocre, tem pavimentos lajeados e tectos rebocados e pintados de branco, com escadas e vãos rectangulares de comunicação, entre si, e imagens alusivas aos Passos da Paixão. A primeira capela, localmente designada do Boi Bento, é dedicada ao nascimento de Jesus, mostrando um presépio. Na segunda capela, da Agonia de Jesus no Horto, ou do Jardim das Oliveiras, vê-se Jesus, de joelhos, a orar e no alto o anjo com o cálice da amargura. Na terceira, da Flagelação, mostra-se Jesus preso à coluna, com as mãos atadas. Na quarta, de Jesus Coroado de Espinhos, Jesus está sentado num rochedo, coberto com um manto vermelho e de mãos atadas *1. A quinta capela, dedicada ao Senhor da Cana Verde e ao Senhor dos Passos, há 2 imagens de Jesus, uma de pé, segurando uma cana na mão direita e outra, caído com a cruz ao ombro *2. A sexta capela é dedicada ao desnudamento de Jesus. Isolada das demais, aparece a sétima capela, quadrangular, com cobertura simples, em telhado de 2 águas e fachadas rebocadas e pintadas de branco, com pilastras nos cunhais sobrepujadas por pináculos e cruz sobre acrotério, no remate da empena. A fachada principal é rasgada por porta de verga recta encimada por janelão rectangular. O interior possui quadro alusivo à morte de Jesus no Calvário, com o Crucificado entre duas cruzes, as cabeças dos ladrões, e cinco personagens biblicas; INSCRIÇÕES: (cartela da torre sineira E.) TORRE Q MANDOV / FAZER O CAPA MOR / IOAO DOLIVR E S / EV IRMAO ANT D / OLIVR / NATVRA / ES DSTA FRG. E A / SISTENTE. NAS / PARTES DO BRAZIL / 1740; (cartela do retábulo-mor) ASUMPTA / EST MARIA / IN CAELUM.

Utilização Inicial

Religiosa: santuário

Utilização Actual

Religiosa: santuário

Propriedade

Privada: Igreja Católica (Diocese de Braga)

Afectação

Sem afectação

Época Construção

Séc. 17 / 18

Arquitecto / Construtor / Autor

Desconhecido.

Cronologia

Séc. 17, 1º quartel - nasce em Bela, Monção, o ermitão João da Cruz; 1640 - após uma doença grave, João da Cruz decidiu ser ermitão escolhendo para viver o monte do Busto, junto dos penedos de Penaliveira, fundando Santuário de Nossa Senhora do Bom Despacho, em cumprimento de um voto que fizera à Virgem; 1644, 1 Agosto - com o apoio financeiro do fidalgo Martim Lopes Azevedo, Morgado de Azevedo, João da Cruz aproveitou o abrigo entre dois enormes penedos, adaptando-o a uma singela capelinha ou oratório; 1644, 10 Agosto - celebração da primeira missa em presença da imagem de Nossa Senhora do Bom Despacho; 1661 - falecimento provável do ermitão João da Cruz; 1665 - 1690 - é capelão do Bom Despacho, o Padre Manuel da Cruz; 1667, 2 Junho - reunião no lugar da Senhora do Bom Despacho, dos mesários da irmandade dos Fiéis de Deus; séc. 17, último quartel - provável início da construção do actual santuário do Bom Despacho; 1704 - 1728 - o Arcebispo de Braga, D. Rodrigo de Moura Teles, terá contribuído com donativos para as obras do Santuário, em cujo púlpito figurou o seu brasão prelatício; 1706 - na descrição do Couto de Cervães referência a Nossa Senhora do Bom Despacho "a que deu principio pelos annos de 1640. & tantos João da Cruz, natural de Monção, que era Ermitão de Nossa Senhora da Estrella pouco mais abaixo: meteo-a entre dous penedos, & nos reconcavos delles com serventia occulta os passos da paixão de Christo, de modo, que vendo-se de fóra, a todos se vay por dentro. He muy frequentada de romagem de muitas partes, & lhe cantão varias cantigas, cada huma a seu intento" (COSTA 1706, p. 222); 1712 - refere-se o Santuário do Bom Despacho onde "a esta casa e a esta Senhora buscavam os Generais, e nela faziam suas mulheres novenas pelos bons sucessos de seus maridos, nas armas que governavam naquela Província" (MARIA 1712, p. 45); 1718 - registo no Livro de Usos e Costumes de Alvarães, Viana do Castelo, a obrigação do pároco acompanhar o clamor à Senhora do Bom Despacho; 1740 - o Capitão-Mor João de Oliveira e seu irmão António de Oliveira, naturais da freguesia e residentes no Brasil, mandam construir a torre sineira E.; 1752 - registo no Livro de Usos e Costumes de Parada de Gatim, Vila Verde, a obrigação do pároco acompanhar os seus fregueses ao Bom Despacho no dia primeiro de Dezembro; 1758 - nas Memórias Paroquiais, o templo surge referido, como tendo seis altares; 1783, Janeiro - referência a um milagre de Nossa Senhora do Bom Despacho a António dos Santos, da Póvoa de Varzim *3; 1825 - o Visitador de Nóbrega e Neiva, encarrega o Pároco de Cervães e o Capelão do Bom Despacho de avisarem o Administrador das esmolas, fábrica e fundos do Santuário, para dali em diante apresentar, para aprovação, as contas ao visitador; 1859, 17 Setembro - o Pe. João Carlos Macedo copiou dum antigo manuscrito de data e autor desconhecidos, existente no Santuário a "Vida e morte do ermitão João da Cruz, e princípio que teve a Capela de Nossa Senhora do Bom Despacho, na lapa dos penedos, chamados Penaliveira, da freguesia e Couto de Cervães, da Mitra Primacial e princípio que teve a dita Senhora e milagres"; 1871 - uma forte trovoada danificou, seriamente, a cobertura e as escadas interiores da torre E.; 1884, 15 e 19 de Julho - Breves do Papa Leão XIII concedendo indulgências para quem visitasse o Santuário do Bom Despacho; 1887 - angariação de fundos para obras de reparação do santuário, orçadas em mais de 500 mil réis *4; 1891 - renovação das indulgências para o Santuário; 1897 - colocação de um relógio, na torre do lado E.,; 1903, 13 Novembro - o Arcebispo de Braga, D. Manuel Baptista da Cunha, visita o Santuário onde crismou 800 pessoas; 1930 - instituição, pelo Reverendo Padre. Frei Gil Afonso, numa quinta outrora pertença do santuário, do Patronato da Senhora do Bom Despacho; 1943 - Movimento de Restauração liderado pelo Dr. Cândido Bacelar, para salvação e recuperação do Santuário do Bom Despacho, cujo telhado ameaçava ruir; 1986, 20 agosto - deliberação municipal no sentido de propor ao IPPC a classificação como IIP; 1988, 15 novembro - proposta de classificação da CM de Vila Verde; 1995, 31 outubro - proposta de abertura da DRPorto; 7 novembro - Despacho de abertura do Presidente do IPPAR; 2011, 28 julho - proposta da DRCNorte para a classificação como CIP e fixação de ZEP; 5 dezembro - parecer da SPAA do Conselho Nacional de Cultura a propor a classificação como Monumento Interesse Público; 2012, 5 setembro - publicação do projeto de decisão de classificação do edifício como Monumento de Interesse Público e fixação da respetiva Zona Especial de Proteção em Anúncio n.º 13384/2012, DR, 2.ª série, n.º 172.

Dados Técnicos

Paredes autoportantes.

Materiais

Estrutura, pavimento do sub-coro, corredor central da nave, base do púlpito, soco do retábulo-mor, lavabo, pavimento da sacristia e pavimento das capelas dos Passos, em granito; silhar de azulejos nas paredes da nave; guarda-vento, pavimento da nave; portas, retábulos, imagens dos Passos, balaustrada do coro-alto, do púlpito e da grade de comunhão, em madeira; cobertura exterior em telha de canudo; grades de ferro nas janelas.

Bibliografia

AFONSO, Gil, Senhora do Bom Despacho. Porto: 1944; ARAÚJO, A. Sousa - Cervães e o Bom Despacho. Braga: Paróquia de São Salvador de Cervães, 1977; BACELAR, J. J. da Silva - Apontamentos Históricos do Santuário de Nossa Senhora do Bom Despacho. Braga: 1898; BARARDO, Maria do Rosário - Santuários de Portugal. Caminhos de Fé. Lisboa: Paulinas Editora, 2015; BARREIROS, Manuel de Aguiar - Nossa Senhora nas suas imagens e no seu culto na Arquidiocese de Braga. Braga: Revista "Opus Dei", 1931, pp. 109-111; COSTA, A. Carvalho da - Corografia Portugueza e Descripçam Topografica do Famoso Reyno de Portugal..., 2.ª ed., Braga: Typographia de Domingos Gonçalves Gouveia, 1868, tomo I, p. 222; FERNANDES, Mário Malheiro - «Cervães dinamiza Santuário do Bom Despacho». Diário do Minho. Braga: 26 janeiro 1998, p. 13; Guia de Portugal. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 1983, vol. 4; História, Arte e Paisagens do Distrito de Braga - I - Concelho de Vila Verde. Braga: Junta Distrital de Braga, 1963, pp. 47-53; MARIA, Frei Agostinho de Santa - Santuário Mariano. Lisboa: Officina de António Pedrozo Galrão, 1712, vol. 4; SMITH, Robert - A Talha em Portugal. Lisboa: Livros Horizonte, 1962, p. 74.

Documentação Gráfica

Documentação Fotográfica

IHRU: DGEMN/DSID; IPPAR Porto; CCRN

Documentação Administrativa

Proprietário; IPPAR Porto; CCDRN

Intervenção Realizada

PROPRIETÁRIO: 1944 - Substituição da cobertura exterior; 1960 / 1961 / 1962 / 1963 / 1964 / 1965 / 1966 / 1967 / 1968 / 1969 / 1970 / 1971 / 1972 / 1973 / 1974 / 1975 / 1976 / 1977 - restauro dos pavimentos, telhados, rebocos, altares, imagens e vitral dos frontespício, electrificação, instalação sonora, colocação de relógio eléctrico e órgão electrónico *5; 1995 - renovação dos telhados; 1997 / 1998 - Aquisição de órgão, sonorização, aquisição de ambão e duas mísulas em talha dourada; pintura exterior e interior, renovação do pavimento com instalação de dreno, renovação da instalação eléctrica, recuperação da obra de talha e revisão do reboco das capelas dos Passos *6.

Observações

*1 - Conhecido localmente por Senhor da pedra fria; *2 - esta capela, mais comprida que as demais, é o resultado de obras recentes que retiraram o muro divisório que fazia deste espaço 2 capelas distintas: a do Senhor dos Passos e a do desnudamento de Jesus; *3 - consta de um ex-voto, com pintura em tábua, datada, e com o seguinte texto: "Milagre que fez N. Senhora do Bom Despacho a António dos Santos, da Póvoa de Varzim, que vindo com três pessoas em um batel para entrar na Barra, se levantou o mar e o submergiu, de sorte que dois sairam a nado, e um desapareceu. E o sobredito andou quatro horas em água amarrado ao batel, até que sua mãe Maria Francisca se apegou com a dita Senhora, que foi servida dar-lhe tempo a uma lancha o fosse buscar, pois não sabia nadar. Em Janeiro de 1783 anos"; *4 - para pôr fim aos prejuízos provocados pelas trovoadas, entre os melhoramentos, refira-se a colocação de pára-raios nas torres sineiras; *5 - o custo da obra foi suportado pelos donativos dos benfeitores e dos fiéis e contou com uma pequena comparticipação do Estado; *6 - obra acompanhada por técnicos do IPPAR, com a comparticipação financeira do CCDRN, IPPAR e Câmara Municipal de Vila Verde.

Autor e Data

António Dinis 1999

Actualização

 
 
 
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