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Edifício e estrutura Edifício Religioso Templo Igreja paroquial
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Descrição
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Planta simples de uma só nave e capela-mor quadrangular. O portal principal, apoiado em quatro finas colunas, tem modinatura, impostas e capitéis de expressão nitidamente gótica. Na empena da fachada principal há uma rosácea poliocular de vitrais lisos. A porta lateral sul é de grande interesse pelos seus capitéis, dois dos quais, os da parte interna, representam figuras humanas. A sua decoração é tardia e de inspiração local feita por artista muito inábil. O arco cruzeiro, que já tem modinatura gótica, assenta em quatro colunas, duas de cada lado, com grandes capitéis cujo cesto, torneado, pertence a esse mesmo estilo, bem como a técnica alto-relevada com que são esculpidos os temas que os decoram: aves - duas a beberem pelo mesmo cálice, duas devorando cada uma a sua presa - , motivos geométricos e folhagens, quadrúpedes enfrentados. A pedra destes capitéis bem como a das bases das colunas e das arquivoltas é de grão muito fino e de coloração muito mais esbranquiçada que a utilizada nas paredes da igreja e nos lavores dos portais. O tecto da capela-mor é de caixotões, com decoração a ouro, e o altar tem nos socos das colunas quatro imagens dos Evangelistas. As paredes laterais da capela-mor estão revestidas com azulejos de tapete. |
Acessos
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Antas, EN. 573, Km. 0,5, Lugar da Igreja |
Protecção
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Categoria: IIP - Imóvel de Interesse Público, Decreto nº 42 007, DG, 1ª Série, nº 265 de 06 dezembro 1958 |
Enquadramento
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Rural. Circundada por pequeno adro que a N é intersectado pela EN e a S confina com o Seminário dos Missionários Filhos do Sagrado Coração de Jesus. Situa-se num local elevado à margem direita da estrada, e do qual se domina toda o lado nascente de V. N. de Famalicão |
Descrição Complementar
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Utilização Inicial
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Religiosa: igreja paroquial |
Utilização Actual
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Religiosa: igreja paroquial |
Propriedade
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Privada: Igreja Católica (Diocese de Braga - Arciprestado de Vila Nova de Famalicão) |
Afectação
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Sem afectação |
Época Construção
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Séc. 12 / 13 / 14 / 17 / 18 |
Arquitecto / Construtor / Autor
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ARQUITETOS: Hugo Correia (2016); Jorge Maia (2016). |
Cronologia
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Séc. 12 - épca provável da construção da igreja, documentada pela necrópole funerária posta a descoberto junto ao templo; séc. 17 - séc. 18 - remodelação profunda da igreja. |
Dados Técnicos
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Sistema estrutural de paredes portantes. |
Materiais
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Estrutura em granito; revestimento a azulejos policromos; retábulos de talha dourada e policroma; painéis pintados; cobertura de telha. |
Bibliografia
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ALMEIDA, Carlos Alberto Ferreira de Almeida, Arquitectura Românica de Entre-Douro-e-Minho, Porto, 1978, vol. II, pp. 183; «Famalicão descobre antiga necrópole junto à Igreja de Antas». In Diário do Minho. 06 agosto 2016, p. 13; «Obras na Igreja de Antas revelam antiga necrópole do Séc. XII». In Santo Tirso Digital Online. 07 agosto 2016. |
Documentação Gráfica
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DGPC: DGEMN:DREMN |
Documentação Fotográfica
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DGPC: DGEMN:DREMN |
Documentação Administrativa
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DGPC: DGEMN:DREMN |
Intervenção Realizada
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1965 - construção do muro de suporte e acesso do adro à margem da estrada bem como o respectivo lajedo pela C.M. de V.N. de Famalicão; 1968 - obras de ampliação do antigo edifício anexo para a instalação do Instituto Missionário Filhos de Sagrado Coração de Jesus; 1973 - substituição do telhado da capela-mor e da sacristia pela Comissão e Mesa da Paróquia; CMVNFamalicão: 2016 - obras de revitalização do espaço envolvente da Igreja, da autoria dos arquitetos Hugo Correia e Jorge Maia, e com acompanhamento de arqueólogos da Direção Regional de Cultura do Norte; durante as obras põe-se a descoberto uma antiga necrópole funerária, do séc. 12, tendo-se identificado e intervencionado 60 enterramentos, a grande maioria dos quais tendo esqueletos associados *1. |
Observações
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*1 - O espólio encontrado junto às sepulturas (moedas, pregos, contas, terços, anéis e material cerâmico), e a tipologia dos enterramentos, permite identificar três fases distintas de ocupação da necrópole: a primeira e mais antiga correspondente à época de construção da Igreja de Santiago de Antas, no séc. 12, a segunda dos séculos 14 e 16 e a terceira e última fase, entre os séc. 18 e 19. |
Autor e Data
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Isabel Sereno e Paulo Dordio 1994 |
Actualização
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