Edifício da Caixa Geral de Depósitos, CGD, da Covilhã
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Portugal, Castelo Branco, Covilhã, União das freguesias de Covilhã e Canhoso |
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Banco construído no séc. 20, de planta rectangular simples, com pequeno pátio na fachada posterior, com cobertura homogénea e grande regularidade de linhas e vãos. Possui de três a quatro pisos, adaptando-se ao desnível do terreno, os inferiores revestidos a cantaria, rasgados por janelas rectilíneas, com a zona das escadas marcadas por ampla janela longilínea, que encimam as portas de acesso. Edifício muito simples, estritamente funcional, de linhas sóbrias, apontando semelhanças com o edifício que marca a zona onde se implanta, a Câmara Municipal, pela existência de arcadas no piso inferior, as do edifício em questão com o interior reforçado por arcos diafragma de volta perfeita e tectos lisos, de onde se dependuram lanternas metálicas, semelhantes às da Câmara. De destacar o carácter funcional, com a existência de duas portas nas fachadas laterais, uma delas actualmente entaipada, que levam a escadas de serviço, iluminadas por enorme janela longilínea, simples na fachada lateral esquerda e com as jambas oblíquas. As janelas dos pisos superiores são uniformes, as do segundo com remate em friso lobulado e cornija e as superiores com peitoril recortado, formando lóbulos, constituindo o único elemento decorativo de todo o edifício. A galeria interrompe-se no lado esquerdo, devido ao declive do terreno, possuindo uma guarda metálica e floreira. |
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Número IPA Antigo: PT020503170073 |
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Registo visualizado 428 vezes desde 27 Julho de 2011 |
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Edifício e estrutura Edifício Serviços Banco
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Descrição
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Planta rectangular simples, formando um pequeno pátio na fachada posterior, de volume simples de tendência horizontalista e com cobertura homogénea em telhado de quatro águas. Fachadas evoluindo em trêse quatro pisos, adaptando-se ao desnível do terreno, o piso inferior em cantaria, rematado por triplo friso, o central saliente, sendo os superiores rebocados e pintados de branco, com as fachadas rematadas por friso, cornija e beirada simples, rasgada de forma uniforme por vãos rectilíneos com molduras em cantaria de granito, as do piso inferior resguardadas por grades de ferro pintadas de preto, e os superiores com caixilharias de alumínio lacado de branco e vidros simples. Fachada principal virada a N., marcada por galeria de arcadas no piso inferior, formando cinco arcos de volta perfeita, assentes em pilares de cantaria, possuindo dois laterais, para onde abre, no lado direito, a porta de acesso ao interior, com dupla moldura almofadada e elevada por quatro degraus, possuindo dois corrimões em metal tubular, ladeada por quatro janelas. O interior da galeria é marcado por pavimento em lajeado de granito e por arcos diafragma, de volta perfeita, dando origem a tectos planos, rebocados e pintados de branco, onde se dependuram lanternas metálicas de iluminação. O segundo piso possui cinco janelas de peitoril com moldura dupla e rematadas em friso recortado e cornija, surgindo, no superior, cinco janelas de peitoril mais simples, com o peitoril recortado, formando lóbulos. Fachada lateral esquerda, virada a E., com os dois pisos inferiores em cantaria, separados por friso saliente, o primeiro rasgado por porta ampla e de jambas oblíquas, ladeado por três janelas de molduras simples e, no extremo esquerdo, o vestígio de uma porta, actualmente entaipada, com moldura dupla e remate em friso e cornija; o segundo piso é marcado por três janelas amplas, com molduras duplas e pela arcada da galeria, protegida por guarda de ferro e ornada por floreira. No terceiro piso quatro janelas de peitoril com moldura dupla e rematadas em friso recortado e cornija, surgindo, no superior, quatro janelas de peitoril mais simples, com o peitoril recortado, formando lóbulos. No extremo esquerdo e sobre a porta entaipada, ampla janela longilínea, com caixilhos metálicos, formando a zona da escadaria, encimado por trífora com peitoril oblíquo. Fachada lateral direita, virada a O., com três janelas rectilíneas, flanqueadas por arco de volta perfeita, de acesso à galeria, no lado direito, e porta de verga recta e moldura dupla, no lado esquerdo, sobre a qual surge janela longilínea, com jambas oblíquas, marcando a caixa das escadas. No segundo piso, quatro janelas de peitoril com moldura dupla e rematadas em friso recortado e cornija, surgindo, no superior, quatro janelas de peitoril mais simples, com o peitoril recortado, formando lóbulos. |
Acessos
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Praça do Município; Rua António Augusto de Aguiar; Rua Conselheiro Alves |
Protecção
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Categoria: CIP - Conjunto de Interesse Público, Portaria n.º 448/2014, DR, 2.ª série, n.º 113 de 16 junho 2014 *1 |
Enquadramento
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Urbano, com a fachada posterior adossada a edifícios residenciais, abrindo para uma ampla praça, a antiga Praça do Pelourinho, implantada no mesmo local onde se encontrava o primitivo edifício da Câmara, em zona de acentuado declive, surgindo como elemento unificador e destacado na Praça, fazendo a alternância entre a zona mais antiga do núcleo de Santa Maria e a zona moderna, reconstruída em meados do séc. 20 (v. PT020503170033). Fronteira, uma Rotunda, cujos elementos escultóricos são da autoria de Irene Buarque e datam da reforma do Programa POLIS, que renovou toda esta zona, no início do séc. 21. No mesmo passeio, ergue-se uma escultura de tamanho natural da figura de Pêro da Covilhã. No passeio oposto, ergue-se a Igreja da Santa Casa Misericórdia da Covilhã (v. Pt020503200013), o edifício mais antigo da Praça, o Teatro Cine da Covilhã (v. PT020503170072) e, no lado esquerdo, os Antigos Correios, Telégrafos e Telefones, CTT, da Covilhã (v. PT020503170022), com o qual possui uma classificação conjunta, criando a zona modernista da Praça, a par do Hotel da Covilhã, um pouco mais distanciado (v. PT020503200244), na zona descendente, onde se situa um edifício de feitura recente, um centro comercial. |
Descrição Complementar
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Utilização Inicial
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Serviços: banco |
Utilização Actual
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Serviços: banco |
Propriedade
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Pública: estatal |
Afectação
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Sem afectação |
Época Construção
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Séc. 20 |
Arquitecto / Construtor / Autor
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ARQUITECTO: António Maria Veloso Reis Camelo (1947-1949). |
Cronologia
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1929-1969 - estes edifícios eram denominados Caixa Geral de Depósitos, Crédito e Previdência (CGDCP); 1942 - plano para a Praça do Município, circunscrita por vários edifícios concebidos após este período; Novembro - projecto para a construção do edifício da autoria de Jorge de Almeida Araújo, que seria rejeitado; 1947, Julho - o plano foi aprovado e elogiado por Raul Lino, na condição de arquitecto da DGEMN; 19 Setembro - a Câmara pede para se remover uma torre, projectada para se harmonizar com a do edifício dos CTT; 1949 - adjudicação da obra do edifício, conforme projecto de António Maria Veloso Reis Camelo; 1951 - continuação das obras iniciadas em anos anteriores, pela Comissão Administrativa das Obras da Caixa Geral de Depósitos, Crédito e Previdência; 23 Outubro - criação da Comissão Administrativa das Obras da Caixa Geral de Depósitos, Crédito e Previdência, pelo Decreto-Lei n.º 32337; 14 Abril - publicação do regulamento da Comissão criada; todos os projectos concebidos passavam pelo crivo do arquitecto António Maria Veloso Reis Camelo, responsável pela feitura de alguns projectos; 1952, 25 Maio - inauguração do imóvel, com a presença do Sub-secretário de Estado do Orçamento, Dr. Fernando Seabra, o Presidente da Câmara Municipal, comandantes militares da PSP e GNR e o deputado Dr. Luís Alçada; o primeiro piso estava reservado aos Serviços da Caixa Económica Portuguesa, o segundo aos da Casa do Crédito Popular e o terceiro para residência do gerente; 1971, 31 Dezembro - extinção da Comissão Administrativa das Obras da Caixa Geral de Depósitos, Crédito e Previdência; 1996, 28 março - parecer do Conselho Consultivo do IPPAR a classificar o conjunto de edifícios modernistas existentes na Praça; 26 abril - Despacho de abertura do processo de classificação conjunta pelo presidente do IPPAR; 1999 - 2001 - arranjo da Praça do Município, conforme projecto de Nuno Teotónio Pereira e Paulo Guerra, integrado no Programa POLIS; 2000, 18 maio - proposta da DRCoimbra para classificar o conjunto como Imóvel de Interesse Público e fixação de Zona Especial de Proteção; 2003, 07 maio - parecer favorável à classificação pelo Conselho Consultivo do IPPAR; 26 maio - Despacho de homologação da classificação do edifício como Imóvel de Interesse Público, em classificação conjunta com a Câmara Municipal da Covilhã, Edifício dos Correios, Telégrafos e Telefones, e a Caixa Geral de Depósitos. |
Dados Técnicos
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Sistema estrutural de paredes autónomas. |
Materiais
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Estrutura em alvenaria de tijolo, betão e granito, rebocada e pintada; revestimento dos pisos inferiores, modinaturas e escadas em cantaria de granito; corrimão metálico; janelas com caixilharias de alumínio lacado e vidros simples; grades em ferro; portas de madeira; cobertura em telha. |
Bibliografia
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Ministério das Obras Públicas, Relatório da Actividade do Ministério no ano de 1951, Lisboa, 1952; Notícias da Covilhã, Covilhã, 24 e 31 Maio 1952; Ministério das Obras Públicas, Relatório da Actividade do Ministério no ano de 1952, Lisboa, 1953; BRITES, Joana, "Um uníssono a quatro vozes: arquitectura(s) do Estado Novo na Praça do Município da Covilhã, in Monumentos, n.º 29, Lisboa, Instituto da Habitação e Reabilitação Urbana, 2009, pp. 126-133; MILHEIRO, Ana Vaz, "Por uma cidade amável. Espaços Públicos e Programa Polis na Covilhã", in Monumentos, n.º 29, Lisboa, Instituto da Habitação e Reabilitação Urbana, 2009, pp. 54-61; http://www.patrimoniocultural.pt/pt/patrimonio/patrimonio-imovel/pesquisa-do-patrimonio/classificado-ou-em-vias-de-classificacao/geral/view/155641 [consultado em 14 outubro 2016]. |
Documentação Gráfica
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Documentação Fotográfica
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IHRU: SIPA |
Documentação Administrativa
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IHRU: DGEMN/REE - 0194/9; IPPAR: DRC; AHCGD: Agências (caixa 10, proc. 75), Espólio da SOGRUPO GI; AMC: Livros de Actas (Liv. 55), processo n.º 147 |
Intervenção Realizada
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PROPRIETÁRIO: séc. 20, final - limpeza das cantarias; tratamento de rebocos e pinturas; remodelação do acesso; entaipamento de uma porta; colocação de caixilharias em alumínio lacado. |
Observações
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*1 - trata-se da classificação conjunta do Edifício do Teatro Cine (v. IPA.00010538), da Câmara Municipal da Covilhã (v. IPA.000111153), Edifício dos Correios Telégrafos e Telefones, CTT, da Covilhã / Edifício da Portugal Telecom (v. IPA.00011687) e o Edifício da Caixa Geral de Depósitos (v. IPA.00011117). |
Autor e Data
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Paula Figueiredo 2009 |
Actualização
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